A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 29
Passeio a Hogsmeade: Luna Lovegood é minha lunática predileta.


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Amores, amorecos! Fiquei feliz de ver tanta gente voltando *-* É sempre bom ver comentários novos, mesmo quando você disse que continuaria escrevendo sem eles. Demorei um pouco para escrever esse capítulo, porque escrevi durante o jogo do Brasil com o México. E tipo assim, eu escrevia duas palavras e saía pulando e chorando pela casa de tanta raiva. Jogadores burros, burros, burros. Se ouvissem o que eu digo em casa, eles teriam feito cinco gols! Cinco! Mas, vamos aos avisos.

* Dediquei esse capítulo para a minha querida, linda, gata: Grazy Nunes. Amor, ainda não estamos no Natal, mas dei um jeitinho de colocar a Gina no meio dos pensamentos da Law diva. Espero que goste, para matar um pouco da sua ansiedade.

* Eu enfiei a Cho Vaca Chang na história, e a Law diva vai ser diva e vai responder a Cho Vaca do jeito que ela merece. Espero que gostem.

* A Luna é tããããão fofinha.

* Owwwt, eu simplesmente amo a ansiedade de vocês para Drawren. Isso é tããããão kawaii *-*

* Próximo capítulo: A Brigada Inquisitorial: a AD odeia Dolores Umbridge!

* Dá para entender, né?

Espero que gostem. Beeeeeeeijos! Agora eu escrevo só na quinta, que é feriado! Ufa! Ainda bem. Vou ir para os braços do meu boymagia, como dizia a Mel, e ficarei colada nele o feriadão (sim, faremos feriadão por aqui)! Junto da companhia belíssima da minha irmã e do irmão dele (cara, os dois são fofos juntos!). Beeeeeeeijos! Xoxo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480186/chapter/29

Naquele final de semana haveria o primeiro passeio à Hogsmeade. O tão esperado passeio à Hogsmeade. O tão admirado passeio à Hogsmeade. O tão atarefado passeio à Hogsmeade.

Pessoas normais, provavelmente ririam. Como assim, atarefado? O passeio era um momento de relaxamento, de risadas, onde não precisavam usar uniforme, onde não precisavam fazer temas, onde não precisavam se preocupar com os professores ou com as provas. Era sábado! Mas para Lawren, Harry, Draco, Daniel, Hermione e Ronald, esse seria o fim de semana mais complicado do ano.

Para toda escola, Harry Potter se tornara o lunático que gostava de chamar atenção, dizendo que Lorde Voldemort voltara. Lawrence somente não recebera essa denominação porque era respeitada. Lawrence Potter não se julga, se respeita. Era o que todos pareciam pensar, pois nem mesmo um mísero sussurro fora pronunciado sobre ela.

Era por essa razão que as coisas seriam complicadas. Convencer tantos alunos cabeça-de-vento, que era necessário lutar, seria complicado. Muitos dos estudantes e professores ficaram realmente curiosos perante o fato de que o trio Slytherin e o trio Gryffindor simplesmente não parara de andar junto um minuto naquela semana. Eles haviam passado os sete dias pensando em como iriam argumentar, como seria o modo de comunicação entre os estudantes, como seria a lista de “chamada” e quem seria convidado para entrar. Somente pessoas de confiança. Parecia fácil, mas era um trabalho complexo, que exigia cautela e tempo. Tempo... Tudo que não tinham. A única coisa que não haviam conseguido era um lugar para treinar. E isso, sem dúvida, era o problema mais difícil de se resolver.

Para Lawren, havia ainda outra angústia. O feitiço de isolamento mental não estava tendo grandes avanços nas pesquisas. Não foram poucas as vezes que o olhar preocupado de Draco e Daniel a captavam. Disfarçava de todos os jeitos, mas Hogwarts só estava interessante pela AD. Sem quadribol, aulas nada interessantes e pesquisas frustrantes. Madame Pince a olhara da forma mais desconfiada o possível quando mostrou a autorização do Snape para entrar na sessão restrita, mas agora quando ela chegava, somente abria a porta sem achar estranho. Pegara um livro chamado “Ilusões dos feitiços mentais”, que tinha 500 páginas. No dia que Hermione a viu com o livro, ficou pasma. Em uma das aulas de Snape, se esquecera de prestar atenção e acabou por ler o livro na aula.

– Srta. Potter. – falou Snape alto - Acredito que o livro deva estar realmente muito interessante para não fechá-lo na minha aula. – deu a bronca, apesar de ter um leve sorriso de canto nos lábios.

No fim, o livro falara sobre vários feitiços de arrepiar os pelos, mas nada sobre Isolamento Mental. Era como se esse feitiço simplesmente não existisse.

– Estou lhe dizendo, professor Snape, esse feitiço não é de Merlin! – exclamou frustrada entrando na sala do homem sem nem bater na porta. Ele, que lia um livro, somente levantou os olhos e a olhou, com as sobrancelhas arqueadas e sem expressão alguma.

– Deve ser por isso que é um feitiço das trevas, Potter. – ela falou calmo e sério.

– Mas não há nem mesmo uma única citação desse livro em algum lugar! – sentou-se na cadeira em frente a sua mesa – É como se ele tivesse sumido da face da terra por 50 bilhões de anos e então reapareceu nesse ano. Uma droga.

Lawrence se permitiu a ouvir pela primeira vez na vida a risada de Snape. Sim! Ele estava rindo. Uma risada meio fria, mas mesmo assim, uma risada.

– Não fale bobagens. Você alguma hora parou para pensar que talvez o feitiço tenha outro nome? – ele perguntou, sério novamente.

– Como assim outro nome? – perguntou com os olhos fechados e massageando as têmporas.

– Estupefaça, por exemplo, também atende pelo nome Estupore. Isolamento mental... Esse feitiço é quase tão antigo quanto as maldições imperdoáveis, Lawrence. Talvez ele possa se chamar Trancas da Mente, Cerramento mental, ou até mesmo... Prisão Mental. – disse, estendendo a ela um livro, com uma página marcada.

– Não... Você... Você... Você não achou, sim? – perguntou meio receosa, pegando o livro e o abrindo.

Seus olhos se arregalaram e sua boca se abriu num sorriso enorme. Ela colocou os cabelos atrás da orelha, e segurou o livro melhor, para que pudesse ler mias confortavelmente.

– Não é uma citação gigante, mas...

– Mas é brilhante! – ela gritou – É muito, muito, muito melhor do que nada, professor. Agora temos uma mínima esperança!

Prisão mental: o sujeito atingido por esse feitiço fica submisso a vários tipos de memórias, estas, que podem variar de pessoa para pessoa. Quem consegue sair dessa prisão geralmente não se lembra de grande parte dos acontecimentos, somente coisas felizes.

– Hum... Bom. Eu ainda não questionei a Draco sobre isso, porque não sei se ele está preparado para falar do assunto. Mas, resta saber se isso é um efeito colateral de ficar desidratado tanto tempo ao ponto de se esquecer de grande parte dos acontecimentos, ou se é uma forma de defesa do próprio feitiço, para manter todos os acontecimentos em segredo.

– Mas isso não faria muito sentido se as pessoas que entraram lá dentro para salvar os outros, sabem do que acontece. – argumentou Snape, aceitando a sugestão muito bem observada por Lawrence.

– A não ser.... Que eles sabiam de outro jeito para anular o feitiço, mas que esse jeito se perdeu após tantos anos. – pensou Lawren. Snape cerrou os olhos encarando aquilo como uma grande possibilidade a ser avaliada.

X

Sábado finalmente chegara. O estabelecimento escolhido para a reunião fora um pequeno e molambento pub, chamado “Cabeça de Javali”, por duas razões: era afastado de todos. Segundo: era pouco frequentado.

Assim que o sexteto chegou lá, tiveram um grande remorso por não terem escolhido um lugar melhor. Era um lugar extremamente fedorento e sujo, e a primeira coisa que viram ao entrarem, foi uma cabra. Sim. Havia uma cabra naquele pub!

E logo depois, um homem velho, com uma barba grande e grisalha apareceu. Ele tinha olhos azuis e o cabelo gigante. Não era muito alto, e parecia ser muito, mas muito antipático.

– O que vão querer? – perguntou.

– Ah... Uma cerveja amanteigada, por favor. – pediu Hermione, meio constrangida. Lawrence revirou os olhos.

– Duas. – falou Harry.

– Três. – completou Ronald.

– E vocês? – perguntou para o trio Slytherin que permaneceu quieto.

– Nada. Não estamos aqui para comer. E então: quanto você quer que a gente pague para você expulsar todos que estão dentro desse pub, inclusive a sua pessoa? – arqueou a sobrancelha, falando Lawrence.

O homem pareceu considerar a ideia. Não havia quase ninguém ali. Na verdade, somente duas pessoas: uma mulher de preto que não parecia muito interessada na conversa, e um outro homem ao fundo. No fim, ele conseguiu tirar o homem lá atrás, mas convenceu ao grupinho de que a mulher de negro era surda, e que não ouviria absolutamente da conversa. Sendo assim, ele sumiu para detrás do balcão.

Após uns cinco minutos, eles passaram a acreditar que ninguém viria já que ninguém dos convidados aparecera para ouvir o que eles tinham a dizer. Estavam pensando seriamente em ir embora, quando Fred e Jorge, acompanhados de uns trinta alunos, apareceram.

Lawren e Harry se olharam animados, esperando que todos os que estavam lá para se sentarem e se acomodarem. A ruiva olhou por todos com um sorriso no rosto, mas percebeu quase que instantaneamente a falta de alguém que ela tinha quase certeza que viria, e que apoiaria.

– Onde está a irmã de vocês? – perguntou para os gêmeos, sobre Gina. Eles a olharam desconfiados, mas mesmo assim responderam.

– Eu não sabia que eram amigas, Lawrence. A Gina tinha um encontro com o namorado – o tom de voz ficou amargo – Mas prometeu que viria.

– Sei...

Não eram amigas. Nem perto disso. Deveria ter trocado no máximo cinco palavras com ela. Mas Gina era uma menina de temperamento forte e extremamente poderosa pelo que ouvira de Ronald. Poderia ser um forte aliado para a AD. E ela não era uma menina cheia de frescuras que nem a oriental que acabara de entrar e encarava tudo com nojo. Apesar de nunca ter falado com a Weasley direito, simpatizava muito mais com ela do que com a Hermione, por exemplo.

– Com todos aqui, acho que podemos começar. – falou Hermione baixinho, sem conseguir chamar a atenção de ninguém. A Potter revirou os olhos novamente. Era por esse motivo que gostava bem mais da Gina. Ela não era tão tímida que nem a Mione.

– Fale direito. – reclamou – Silêncio, por favor. A Granger está tentando falar! – alterou a voz, e todos ficaram quietos.

Como comentado antes: Lawrence Potter não se julga. Lawrence Potter se respeita.

– Obrigada, Lawrence. – falou Hermione simpática – Bom pessoal. Nós estamos aqui, porque tivemos uma ideia. – o trio Slytherin revirou os olhos – Sabendo sobre a revolta de vários alunos com a professora Umbridge, e querendo proporcionar mais qualidade de ataque e defesa, nós decidimos criar um grupo. Esse grupo, nos ajudaria com feitiços, e a gente treinaria...

– Licença. – falou uma voz firme e decidida vinda da porta – Desculpe atrapalhar, Hermione. Desculpe o atraso, também. – falou a ruiva calma, se sentando ao lado dos gêmeos e de uma loirinha de olhos azuis que tinha um olhar aéreo.

– Continuando... A gente treinaria feitiços, para poder nos defender de... De... De Voldemort. – falou Hermione, finalmente com coragem o suficiente para falar o nome do homem. Uma onda de murmúrios passou pela sala.

– Pelo amor de Merlin! – falou Lawren – Isso é um nome! É a mesma coisa que falar Merlin, ou James ou Lilian. Continuam sendo nomes! – os primeiros nomes que vieram a sua cabeça foram o dos pais.

– E quem nos treinaria? O lunático, Potter? O mentiroso, Potter? – perguntou um menino desagradável.

– Exatamente. E eu. E Hermione. E Ronald. E Draco, e Daniel. – falou Lawrence – Ou vai me dizer que você é mais um daqueles cabeça-de-vento que acredita em tudo que a fofoqueira da Rita Skeeter escreve? Então, se não acredita no que dizemos, e se acha que é sábio o suficiente para se defender, não só de Voldemort, mas sim de todos os futuros bruxos das trevas que vierem, então eu peço que, por gentileza, se retire desse estabelecimento, porque ninguém irá sentir sua falta, pode ter certeza. – encarou o garoto desafiadoramente, que baixou a cabeça imediatamente.

Harry sorriu para a irmã, mas esta desviou o olhar. Não fizera isso por ele. E sim pela AD. A loirinha que até então estava quieta, levantou a mão e olhou para Harry.

– É verdade que você sabe fazer o feitiço do patrono? - sua voz era angelical e fofinha, e ela parecia ser bem simpática, do tipo que parece inofensiva, mas não é. Lawren a olhou com mais cuidado. Um silêncio se instalou lá, enquanto Harry processava a pergunta totalmente fora do planejado.

– É, é sim, mas...

– E é verdade que você entrou na câmara secreta? – perguntou outro menino lá atrás, e Gina baixou a cabeça.

– Sim, é verdade, mas...

– E você lutou contra você-sabe-quem no primeiro ano? – perguntou a oriental, com uma voz no mínimo chata. A Potter a odiou de primeira vista.

– Sim, é sim. Mas... – falou Harry, meio corado.

– E você viu ele ano passado? – perguntou Fred.

– Sim, eu...

– E você, Potter? – quem perguntou foi novamente a oriental – Fez alguma coisa do tipo? Sabe fazer o feitiço do patrono?

Então a ficha de Lawrence caiu. Seu irmão passara por muita coisa perigosa, sabia feitiços que ela nunca ouvira falar, enfrentara Voldemort quatro vezes, e ela uma só, quando era um bebê. O que ela sabia que o irmão não sabia? Capturar um pomo tão rápido quanto o vento. Sabia observar, ser estratégica e era um gênio. Sabia parcialmente mágicas curativas e a única aventura perigosa que presenciara no mundo bruxo, foi na mente de Draco.

– Bom, não... – ela pensou – Mas eu sei coisas diferentes.

– Tipo? – a japonesa retrucou desafiadora.

– Tipo coisas que você nem tentando um milhão de vezes faria. Eu sei feitiços antigos, sei controlar minha magia como ninguém, sei capturar um pomo em cinco segundos e não preciso ficar voando atrás do meu irmão para isso, como certas pessoas fazem. Sei como paralisar a sua respiração tempo o suficiente para você desmaiar, e sei como paralisar todo o seu corpo por duas horas, sem nenhum uso de magia. Sei qual seu ponto forte e seu ponto fraco, e sei usar magia sem precisar falar. Tenho um dos melhores reflexos que meus professores já viram, e tiro notas maiores que as da Granger e que as suas, que deveriam ser maiores pelo fato de ser da Ravenclaw. E o melhor de tudo: sei fazer tudo isso e bem mais, sem precisar ficar exibindo isso por cada canto do castelo, que é o que você faria com toda a certeza. – retrucou calma e fria, assustando todos ali dentro.

Após isso, um silêncio constrangedor se formou, até Hermione voltar a falar. No fim, todos foram convencidos, e eles assinaram a lista que já fora assinada pelo sexteto de “educadores”. Aos poucos todos iam saindo. Cho Chang, como descobrira ser seu nome mais tarde, saiu encarando Harry com o peito estufado e o nariz empinado. Estava frio naquele dia, e ela usava muitas roupas, mas Lawrence não conseguia parar de pensar que Gina, que usava quase a mesma coisa, parecia uma menina normal, enquanto Cho parecia uma vadia.

Sobraram então somente os seis, a loirinha e a Weasley, que esperava a amiga. Luna Lovegood, que assinara seu nome ao contrário, largou a pena, deu um sorriso simpático para Harry e depois olhou para Lawrence.

– Sabe, você não deveria se importar tanto com o que a Cho diz. Ela ainda não aceitou a ideia de que você pode estar no mesmo nível dela, sendo que entrou para a escola só esse ano. Se ajuda um pouco, eu acho seus talentos incríveis. Você não sabe o feitiço do patrono ainda, mas tenho certeza que tem algo muito, mas muito melhor nas mangas. – ela deu um aceno e saiu com Gina.

Lawrence sorriu. Ela sim, era digna da Ravenclaw. Era visivelmente inteligente, mas não se gabava por isso. Era a loira mais... Amável que já conhecera.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos!