A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 28
Armada de Dumbledore: meu irmão é um nerd em DCAT?


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Assim gente linda do meu coração: o cap ficou um tanto quanto grande. Okay, eu sei. Tá. Bom, fiquei bem triste porque somente quatro pessoas comentaram cap passado, mas tudo bem. Até agora, estava sendo motivada por comments, mas então eu tive uma palestra na escola com um escritor gaúcho magnífico chamado Charles, e ele falou coisas que me marcaram para valer. Ele deixou uma pergunta no ar, pergunta na qual eu pensei por todo o fim de semana. A pergunta era: você escreveria algo por prazer? Sabe, mesmo sabendo que nunca seria publicado, ou que ninguém comentaria, você continuaria escrevendo? E eu resolvi hoje de manhã que sim. Eu escreveria, porque no fim, mesmo amando cada comentário que deixam, e cada um que me motiva, eu escrevo para mim. Porque eu me sinto bem por escrever. Então mesmo sabendo que ninguém vai comentar, eu vou continuar a escrever, porque é o que eu sou. Eu vou ir até o fim, mesmo que vocês nunca mais comentem. É isso pessoal.

* O próximo cap se chamará: Passeio a Hogsmeade: Luna Lovegood é minha lunática predileta.

* Quanto ao trailer: perdi tudo. Fizeram a formatação no computador e eu perdi todos os meus dados. Sorry.

* Obrigada a todos que comentaram. Amo vocês



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Na enfermaria da escola, a situação era crítica. Madame Pomfrey tentava de todos os jeitos proporcionar mais alguns segundos de vida, enquanto Daniel andava de um lado para o outro, murmurando coisas em francês. Os pais de Draco, inexpressivos, enquanto Harry suspirava nervoso. Snape olhava a menina adormecida, mas com algumas lágrimas caindo pelo rosto. Vez ou outra ela mexia a cabeça e praguejava algumas coisas, mas não acordava. Apesar de não demonstrar, estava preocupado. Havia colocado toda a fé que tinha em uma menina!

– Eu... Sinto muito. – começou Madame Pomfrey, mas foi interrompida com o som de uma pessoa arfando.

Em segundos, Lawrence estava acordada, olhando todos ao seu redor. Estavam todos em silêncio até ela notar o que estava acontecendo. Seus olhos se direcionaram para Daniel, que a olhava boquiaberto. Se ela acordara, quer dizer que Draco... Draco estava vivo. O riso da ruiva ecoou pela sala, e logo Surrey e Potter se abraçavam.

– Você conseguiu! - ele a girou no ar – Conseguiu! Você o trouxe de volta! Eu sabia da sua capacidade!

Madame Pomfrey ria indo verificar rapidamente os batimentos de Draco. Ela o deu um pouco de água, e o menino foi direto para o soro. A mulher andou para um armário e de lá de dentro tirou um frasco com um líquido verde, que pingou dentro do saquinho de soro.

– Não é mais fácil mágica? – Lawren perguntou, se direcionando ao amigo.

– Sim, em circunstâncias normais. Mas Draco está há três dias sem comer ou beber, e seu corpo precisa se adaptar antes de receber comida novamente. Primeiramente precisa ser hidratado, para então ingerir quantidades pequenas de comidas mais aguadas, como sopa. Mas ele logo ficará bem.

– Por que eu não estou no mesmo estado que ele? – ela perguntou curiosa.

– Quem não poderia comer era ele. Você aceita qualquer tipo de comida, mesmo presa dentro da mente dele. Nós lhe alimentamos, por isso ainda está bem como se nada tivesse acontecido. – ela respondeu, e Lawrence compreendeu – Sugiro que vá para o dormitório Srta. Potter. Tome um banho e durma. Todo esse estresse dentro da mente devem ter lhe deixado esgotada. Amanhã apareça por aqui e faremos uns exames procedimentais, somente para ver se está tudo realmente bem com você. – e deu-lhe um sorriso doce.

A ruiva assentiu e olhou para Draco que respirava normalmente. Olhou de canto para os pais dele, e sentiu uma imensa vontade de matá-los. Tão... Estúpidos. Deu somente um beijo na testa do loiro e se levantou. Olhou para o irmão, que balançou a cabeça em aprovação. A Potter o olhou e repetiu o gesto. Séria, e sem sentimento algum.

Abriu a porta calmamente, e a fechou. Tinha algo em mente, e nada mudaria a ideia. Estava decidida.

X

A ruiva estava andando a passos apressados. Em dois meses, nunca sentira tanto a necessidade de ver o professor como agora. Adorava seus amigos, mas não queria falar com eles sobre o assunto que trataria com Snape. Por dois motivos: (1) Draco ainda se recuperava (2) Eles nunca deixariam sua ideia se concretizar. O professor era sua única saída.

Chegou a frente à porta, e deu duas batidas leves que ecoaram pela masmorra. Ouviu a voz dele do outro lado, falando um “entre”. Abriu, entrando. Era um lugar diferente dos que estava acostumada a ter aula. Espaçoso, talvez? O que não vinha ao caso. Precisava conversar, e não reparar na sala. Snape se encontrava atrás de uma mesa lendo um livro e tomando café.

– Srta. Potter. Que surpresa. Achava que não iria vir, já que Papoula mandou você descansar. – ele falou sem muita emoção, sem tirar os olhos do livro – Como vai?

– Nunca estive melhor. – declarou – Tenho uma detenção hoje, e devo cumpri-la. Então?

Ele a olhou, e deu um sorriso de canto. Gostava cada dia mais dela.

– Pois bem – suspirou – Você fez um ótimo trabalho, Potter. Te livrarei dessa detenção, uma vez que acho que você aprendeu o suficiente na mente de Draco. – ele estreitou os olhos ao ver o rosto de decepção da menina – Mas imagino que queira falar mais alguma coisa.

– Ah. Sim. As mágicas curativas, eu... – tentou falar, mas foi interrompida.

– Não conseguiu executá-las. Sei bem. Sabia que não conseguiria desde o início, mas deixei que você mesma tentasse notar isso. Pelo visto é orgulhosa, porque não procurou por ajuda nenhuma vez.

– Então está me dizendo que sabia que eu não conseguiria fazer as mágicas? Eu fiquei esse tempo todo nervosa achando que era burra e estúpida!

– Você está aprendendo algo complexo. Não queria realmente aprender em dois dias, queria? A Srta. McSimmons demorou três meses para aprender a primeira fase.

– Eu não sabia que treinava ela. – Lawren retrucou – Achava que era somente eu. Pelo visto está treinando ela antes mesmo de vir para escola...

– Estou treinando ela por um motivo: Estou sendo obrigado, pois ela é importante para negócios particulares de Dumbledore. Se estiver lhe treinando, deveria se sentir no mínimo grata, garota. Porque se eu aceitei lhe treinar por livre e espontânea vontade, deve ser porque acredito no seu potencial. E porque acredito que tem mãos talentosas para aprender isso em um mês.

A ruiva estava assustada. Não esperava ver o professor exaltado, mas não gostava da ideia de saber que Carrie estava em sua frente. Mas mesmo assim, se sentiu orgulhosa por saber que seu professor acreditava que tinha mais potencial que a McSimmons. Então assentiu lentamente.

– Perdão. – falou o olhando nos olhos – Não direi que não foi a minha intenção, porque foi. Eu queria mesmo saber o motivo pela qual Carrie está aprendendo isso. Mas entendi agora. Pois bem, professor, mas na verdade esse não era o único assunto que eu tinha a tratar com você.

Snape pareceu surpreso e franziu as sobrancelhas. O assunto parecia mesmo ser sério. Mostrou uma cadeira para a ruiva, que se sentou. Esfregava os dedos um no outro. Não sabia exatamente como explicar, ou por onde começar. O professor serviu uma xícara de café para ela, que tremia. Seus cabelos ainda estavam molhados porque lavara e não secara antes de vir. Tirou um cabelo do olho e cruzou as mãos como se estivesse orando.

– Fale.

– Bom... Eu nem sei bem por onde começar. Você é o único que posso falar sobre isso, porque no fundo eu tenho esperança que achará a minha ideia aceitável. Você disse que o feitiço isolamento mental era muito antigo e pouco se sabia sobre ele. Falou também que consistia em um universo feliz. Mas como posso dizer? Quando entrei na mente de Draco, tudo era bem diferente do que você disse. Tinha pessoas, e não era o Draco controlando sonho. E as memórias, elas não são felizes. Eu estava pensando... A gente sabe tão pouco sobre esse feitiço...

– Não! – ele exclamou, assustando a garota – Olhe, você é exatamente igual à Lilian! Eu não irei fazer isso por você.

– Eu nem falei o que queria e por que você colocou a minha mãe na história? – perguntou incrédula alterando o tom de voz.

– Porque ela tinha sempre as mesmas ideias toscas! Você acha que eu não sei? Você quer saber mais sobre esse feitiço, e vai me pedir autorização na sessão reservada. Sua mãe fazia a mesma coisa! Pedia sempre para o Slughorn, o queridinho dela. Mas eu não sou seu queridinho, e não te autorizarei a nada!

– Eu não quero saber mais sobre esse feitiço, professor! – ela se levantou assim como ele – Eu quero pesquisar sobre ele. Professor, eu acho que se a gente souber mais sobre isso, podemos ter uma vantagem enorme na guerra! Se alguém usar esse feitiço, saberemos a cura. Eu quero entender como isso funciona. Eu quero achar algum antídoto que faça uma pessoa acordar sem ameaçar a vida de mais uma! Draco e eu quase morremos. Se tivermos algo para nos sustentar, acho que teremos vantagem sobre Voldemort! E você mais do que ninguém pode me ajudar nisso. Você tem conhecimento de ervas, sabe combinações boas, entende de mágica curativa, é um gênio e é um professor! Ou seja: pode entrar e me dar autorização para entrar na sessão reservada. – o homem colocou a mão na testa e respirou fundo.

Nunca pensara que havia tanta semelhança entre Lawrence e Lilian. Para ele, somente os olhos e os cabelos eram iguais. No começo, pensava que era arrogante e estúpida como o pai, mas depois de um tempo, percebeu o mesmo temperamento forte, a vontade de deixar tudo mais simples, a vontade de ajudar, sabiam ser dóceis quando queriam, eram leais... Era como se a melhor amiga simplesmente tivesse voltado ali.

– Eu nunca neguei nada a sua mãe, Potter. E esse foi um dos meus maiores erros. Eu não irei lhe ajudar nisso. – declarou sério.

– Professor... Tem uma guerra se aproximando. Iremos perder muita gente forte se os comensais decidirem usar esse feitiço. Imagine como pouparemos tempo e força se tivermos o antídoto... Olhe, eu fiz os cálculos enquanto estava indo para o dormitório. Temos Dumbledore do nosso lado, o que aumenta em... 10% a chance de vitória. Eu e Harry somos tudo o que Voldemort pode querer, mas estamos do lado adversário. Ou seja: aumentamos em mais ou menos 15%. Com isso somamos 25%. Temos uma equipe de professores treinados e que são simplesmente fortes. Com isso, somamos... 45% de chances. Mas ainda não temos nem metade! Temos também aurores, eu sei. Harry me contou da Ordem. Com a Ordem, professor, aumentamos para 55%. Agora, temos uma biblioteca imensamente grande e antiga, com livros que podem nos ajudar muito. E temos você, que tem conhecimentos de antídotos. Se conseguirmos achar um antídoto para esse feitiço, será uma preocupação a menos. E então, segundo meus cálculos, aumentaremos a nossa probabilidade em 68%.

Snape suspirou. Não imaginava que ela iria tentar ser tão persistente nessa ideia. Botou a mão na testa. Seria tão mais simples se ela simplesmente fosse mais uma estúpida Gryffindor. Mas a maldita tinha que entrar para a sua casa, ter uma droga de talento excepcional, ser um crânio e ter sede de descobrir algo novo. Como seu professor, ele deveria dizer não. Mas ele acreditava que ela poderia fazer isso. Acreditava no seu potencial. Era sempre o mesmo motivo. Ela tinha o potencial. Nunca negava nada, porque a maldita podia! Ela simplesmente tinha o poder nas mãos delas, e não demoraria para perceber. Esse era seu maior medo. Que ela descobrisse a quão poderosa era, e acabasse por usar o poder do jeito errado. Como ele fizera.

– Lawrence. – ele a chamou, sem mesmo notar que a chamara pelo nome, como fazia com Draco - Eu vou me arrepender para sempre disso. – revirou os olhos – Mas que se dane. Eu irei lhe ajudar nessa ideia maluca, para ver se você aprende que isso nunca dará certo.

– Está mentindo! – ela falou animada, com um sorriso gigante no rosto – Fala sério? Isso! Obrigada, professor! Não, não irá se arrepender!

– Com exceções, Potter. – voltou ao normal – Ninguém, nem mesmo Draco e Daniel podem saber disso. Eu lhe darei a autorização para entrar na sessão reservada, mas você não deverá dizer nada sobre isso.

– Não era a minha intenção contar isso a alguém. Mas se alguém desconfiar, o que eu devo dizer?

– Diga que está tendo recuperações de poções. Não é como se você contasse as notas excepcionais que tem para todos.

– Mas Draco e Daniel saberiam que eu não estou em recuperação.

– Diga que são treinamentos de mágica curativa, tanto faz. Invente algo, só não diga a verdade. – entregou-lhe um papel da autorização – Use sabiamente. – e ela assentiu – Agora você precisa ter mais cautela o possível. Estamos todos na cola do ministério.

– Tudo bem. Eu devo ir, professor. – falou ainda animada – Nos encontramos quando? – indagou.

– Nessa sexta-feira. – ele respondeu pensando. Estava achando tudo tão estranho, porque afinal, estava combinando um encontro não romântico com a aluna que era filha da melhor amiga na qual sempre amou. Situação complicada – Venha logo após a janta. E não se preocupe com o Fylch. Diga que são aulas de reforço. Ou qualquer outra desculpa e eu irei concordar.

– Tudo bem. – assentiu, já séria e virada para a porta o olhando pelo canto do olho – Boa noite, professor. – e se encaminhou para a porta.

– Potter. Tenho uma pergunta para você.

– Sim?

– Você tem certeza do lado que irá atuar nessa guerra? – ele perguntou. De todas as coisas, essa pergunta era a única que o preocupava.

– Irei atuar do lado correto. – ela respondeu voltando a andar, mas foi chamada novamente – Sim?

– Outra pergunta: você tem alguma ideia do que deseja ser ao sair de Hogwarts?

Ela se virou dessa vez e encarou o professor pensativamente. Balançou a cabeça algumas vezes, e olhou o lugar como se pudesse achar a resposta lá dentro. Aparentemente pôde, porque seus olhos brilharam e seus lábios se abriram num sorriso.

– Acho que ser auror seria legal, senhor. Sabe... Derrotar bruxos e tudo mais. Seria um trabalho interessante, penso. – deu mais um sorriso e dessa vez saiu mesmo da sala, sob o olhar negativo de Snape.

O homem se virou e olhou de canto para a porta novamente, suspirando. Ele sabia que a resposta estava errada. Só não sabia como ela não percebera que seu futuro não era esse.

X

– Estamos aqui. – declarou Draco.

Se passara uma semana desde o Halloween. Nesse momento, ele, Daniel e Lawrence estavam na frente do trio de ouro. Haviam recebido um bilhete dos Gryffindors, para se encontrarem depois da aula de Herbologia atrás da estufa 3. E ali estavam.

– Certo. – começou Hermione – Bom, como devem saber, Umbridge pegou pesado na detenção de vários alunos nessa semana. Estávamos conversando ontem à noite – ela estava meia nervosa, já que estava falando com três Slytherins, um deles que a insultou sua infância inteira – Sobre esse assunto que já tínhamos na cabeça há um bom tempo. No início, devo admitir que a ideia era só ter a Lawrence dentro, já que ela é irmã do Harry, mas percebemos dez segundos depois que ela nunca iria aceitar sem vocês.

A ruiva ergueu a sobrancelha.

– Bom. Conversando, decidimos que a Umbridge não deveria continuar com isso. Está passando dos limites. Então... Tendo em mente que não estamos aprendendo nada nas aulas de DCAT, eu tive uma ideia. E se.... Nós fizéssemos nossa própria aula? Escondidos. Com treinamentos e tudo mais. Com a volta de você-sabe-quem, precisamos estar cada vez mais fortes.

– Então comece falando o nome dele. – falou Lawren. Estava de mau humor – A única coisa que vai conseguir não falando, é convencê-lo de que pode causar medo em todos. Mas devo admitir que a ideia seria ótima... Se tivéssemos alguém para nos treinar. – a imagem de Snape apareceu na sua mente, mas foi excluída instantaneamente.

– E temos. – ela declarou óbvia – Harry! Ele sabe tanta coisa em DCAT que poderia ser um professor! – o Potter estava sem emoção alguma olhando a melhor amiga o elogiar.

Lawren olhou para o irmão, e logo depois para Daniel e Draco. Era orgulhosa, mas deveria admitir que sim, seu irmão tinha talento nessa área. E isso a irritava mais que tudo. Pois ela também sabia tanto quanto ele.

– É claro que você pode me ajudar, Lawrence. – Harry falou, vendo o olhar da irmã – Sei que tem tanto talento quanto qualquer um daqui. No caso, todos seriam uma espécie de professor. Nós seríamos uma espécie de... Instrutores. Não posso fazer isso sozinho.

Os irmãos se olharam e Lawrence resolveu deixar o orgulho de lado por um momento.

– Estamos dentro. – declarou, e todos sorriram animados – Só precisos saber o nome do que estamos dentro? Essa organização precisa de um nome.

– Pensamos nisso. – se pronunciou Rony – Considerando o fato que estamos contra você-sabe-quem e contra Umbridge e todo o ministério – sua voz se tornou amarga, e Harry soube que ele pensava em Percy – Estamos do lado de Dumbledore. Que tal AD? Armada de Dumbledore.

Os Slytherins se olharam. Adquiriram com os dias esse talento de se comunicar sem palavras. Logo então assentiram com um sorriso no rosto. Lawrence olhou para os três.

– Perfeito.


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Notas finais do capítulo

Beijos!