A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 2
Um coruja com uma carta na janela da sala de aula?


Notas iniciais do capítulo

Oie! Geeente, tem pessoas comentando o prólogo! Isso é tãããããão... Incrível! Muitas obrigada por comentarem, e espero que continuem gostando da fic! Então, comentem gente, compartilhem, recomendem, façam suas caras e bocas no facebook para divulgar! Vamos ao capítulo!



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15 anos se passaram desde o ocorrido em Godric’s Hollow. Harry Potter crescera em volta de sua família, com as roupas de seu primo, e sendo maltratado. Apesar de tudo, ele cresceu protegido. Famoso pelo seu feito. A cada esquina, um bruxo sabia seu nome. Cresceu sem saber de nada, até a carta que chegara a sua casa, quando tudo mudou. Foi para Hogwarts, descobriu o que acontecera no passado, e vira Voldemort retornar. Viveu amado em Hogwarts. Cercado de amigos verdadeiros, e pessoas o admirando. Cresceu achando ser o único. Lawrence Potter cresceu em volta de desconhecidos, que nunca a trataram como filha. Pessoas ruins, que mais ligavam para o dinheiro que tinham. Que não era pouco. Ela crescera sendo chamada de estranha pelas crianças da escola, por ter uma cicatriz de raio na sua nuca. Crescera ouvindo idiotices, sempre sendo superior com sua inteligência suprema. Ela se tornara fria, por tudo que passara. Ela só podia contar com uma pessoa: sua amiga Carrie.

– E aí gatinha? Aceita sair hoje de noite Lawren? – perguntou Jason para a garota ruiva, que fazia dupla com uma morena. Ela revirou os olhos e ignorou o comentário. – Vai me ignorar porque a sua amiguinha Carrie está aí? Vamos lá, a gente não é mais namorados! – falou ignorante.

Ela fechou os olhos e simplesmente desejou que ele se engasgasse, para poder fechar a boca finalmente, e parar de falar bobagens. Ouviu-se o som de tosse ao lado, e a óbvia falta de ar de alguém. A morena e a ruiva riram, e esta, olhou para o quase afogado.

– Sabe Jason, você se acha o bambambã. Você até que é bonitinho, quando se encontra em bom estado. Mas você deveria saber se controlar, e não ficar tossindo por aí. É nojento. Você não fica em tão bom estado quando está tão vermelho. – disse fria e indiferente. Ah, e respeite minha amiga, pois ela é a única que teve piedade o suficiente para te aceitar como namorado. – o garoto estava ficando sem ar, e um fio de sangue escorria de seu nariz – Pare de tossir. – e na mesma hora ele parou. Todos a olharam – O que? Vai dizer que não foi nojento?

O garoto arfava, procurando por ar.

– O senhor está bem Sr. Collins? Precisa ir ao banheiro?

– Seria uma boa professora. – falou ele, sendo zoado por alguns da turma.

– Então vá, antes que coma sangue né babaca! – falou indiferente novamente, com todos rindo.

Ela revirou os olhos ao perceber ele sair correndo atrapalhado. Riu debochadamente, e voltou a fazer os exercícios completamente fáceis que a professora passara no quadro. A amiga olhou para ela meio indignada e com a boca aberta.

– Por que você é tão má? – perguntou baixinho para não ouvirem.

– Não me venha com lições de moral Carrie. Você me liga toda à tarde, me dizendo o quanto sente por ter se separado dele uma tarde, e na outra ele estar agarrando a Sophie. Eu lhe defendi, e fiz o babaca pagar. Você é a única amiga que eu tenho, e que eu não ousaria encostar um dedo. Mas não abuse de sua autoridade. Você não sabe do que eu sou capaz. – falou, olhando nos olhos azuis, apavorados da amiga.

– Você é de uma inteligência suprema. Nunca vi uma mente tão brilhante. Mas às vezes você me assusta com sua inteligência. Parece até que... Você manipula a mente das pessoas. Como faz isso?

– Não seja tonta. Você não é tosca Carrie. Não me faça pensar que você é mais uma daquelas menininhas babacas do fundo da sala, que ficam conversando sobre como o Martin é bonito. Hey bobinhas, - gritou para as meninas que davam risinhos baixos – O Martin não olha para gente como vocês. Não tentem. Beijinhos – falou baixo, para as meninas fazerem leitura labial.

Voltou-se para o caderno, e viu que estava na última questão, que era quase a mesma coisa que 1+1. Respondeu, na mesma hora que o sinal bateu. Suspirou, revirando os olhos ao ver a professora gordinha se atrapalhar com os materiais, e as bajuladoras indo ajudar. Olhou para a janela, e viu uma coruja voando. Corujas de dia? Está bem, ela realmente estava louca.

Já aprendera a conviver com as loucuras, de tudo o que desejava se tornava realidade. Mas ver corujas voando... Com cartas? Aquilo no bico da coruja era realmente uma carta? E ela vinha em direção à janela... Mais perto, mais perto, e mais perto... Ela estava batendo na janela!

Ninguém estava vendo? Como ninguém podia ver? Ah, claro, estavam todos muito ocupados com o tombo que a professora levara na frente da sala. Estavam todos de pé, tentando ajuda-la a se levantar.

A ruiva olhou para os lados, procurando ver alguém olhando. Ninguém. Mordeu o lábio inferior, e ficou olhando a coruja. Abrir, ou não abrir? Não era correto abrir. Não podia abrir. Mas ela nunca ouvira regras! Por que ouviria agora? Esticou-se sobre a classe, e abriu uma pequena fresta da janela. A coruja simplesmente deixou a carta e saiu voando. Ela pegou a carta desconfiada de ser alguma pegadinha, mas quem?

Quando ela ia finalmente abrir a carta, todos se sentaram na sala e se aquietaram porque a nova professora entrara. Ela tinha uma expressão dura, e um cabelo estilo “segunda guerra mundial, quando as mulheres eram bravas”. A pele bem branca, morena e os olhos azuis. Apesar de parecer bonita, ela era feia. Ela era magra na parte do tronco, mas a bunda era maior que o mundo. Ela fazia um pequeno beicinho ao entrar. A professora de matemática saiu apressada, com um pouco de medo. Lawren teve que, novamente, revirar os olhos. Quanta gente tosca.

– Meu nome é Alasca. – falou a professora, com a voz brava e firme. – “E a sua irmã é o Polo Norte?” pensou Lawren, mas não falou. Não estava afim de ouvir xingamentos – Se vocês ouviram falar que eu sou uma bruxa, sou sim. E das piores. Não tentem puxar meu saco – olhou para as meninas do fundo da sala – Porque isso não cola comigo. Se o aluno é bom, é bom. Se for ruim, é ruim. Eu dou no máximo oito nas provas! Nove somente para mim, e dez, só Deus! – “Essa então começará a me chamar de Deus a partir de agora”, pensou novamente – Estou aqui, para domesticar vocês. Do-mes-ti-ca-ção.

– Só esqueceu-se de domesticar ela, e ensinar que baleias não devem sair do mar. – falou ignorante para Carrie, que deu uma risada nervosa, que não passou despercebida pela professora.

– Algum problema?

– Não professora. Nada.

– Ótimo. – deu uma risada debochada – Agora, escrevam com uma letra grande e definida, com uma cor forte e perceptível, no topo do caderno: ORGANIZAÇÃO. – escreveu no quadro.

Lawren pegou a caneta laranja fosforescente, junto com o verde, rosa, azul, vermelho e amarelo. Escreveu, com uma letra de cada cor, a palavra “organização”, e para completar, botou uma nuvem ao redor.

– Quer que a gente tatue também professora? – perguntou debochada, depois de terminar.

– Desculpe? Creio que não ouvi direito o que a senhorita disse. Você disse se deve tatuar também? – perguntou indignada.

– Fico feliz em lhe dar a notícia de que você não tem nenhum problema auditivo, e que se você ainda não entendeu, o seu problema é burrice, e não surdez. – e deu um sorriso amável.

A professora ficou vermelha que nem um tomate. Depois verde, amarela, e ia seguindo a ordem das canetas da palavra “organização” em seu caderno. Ela abriu a boca, e expôs os terríveis dentes.

– Para. A. Diretoria. AGORA! – falou com uma voz fina. Lawren apoiou a cabeça com o braço na mesa, e olhou para a professora, com a expressão divertida.

– Se é isso que você for me mandar fazer quando eu lhe desrespeitar, eu vou para a diretoria todo dia, e sairei sem sequelas.

– AGORA!

– Não. – falou firme – E se levantou, andando calmamente pela sala, sendo notada por todos – Não vou. Vou ao banheiro, isso sim.

– Fazer o que no banheiro? – falou ela subitamente calma.

– Ir para o país das maravilhas e me casar com o chapeleiro maluco. O que fazemos em um banheiro professora? É seu problema realmente é burrice. – e saiu andando calmamente.

Lawrence usava uma camiseta de malha toda cinza, um short, um All Star azul com estrelas brancas, e uma mochila toda listrada. Ela usava o cabelo atado em um rabo se cabelo, fazendo os cachos definidos ficarem bonitos e ajeitados. Apenas uma parte da franja estava solta. O cabelo dela era tão longo, que com o rabo de cavalo alto que ela fazia, ficava na metade das costas, quase na cintura. Era por isso que esse era o penteado preferido dela, pois era fresquinho e bonito nela.

Ela saiu da sala com sua mochilinha listrada. A professora nem notara. Dentro da mochila, a carta. Ela entrou no banheiro feminino da escola, e largou a mochila na pia. Mirou-se no grande espelho. Pele branca, olhos verdes, cabelos ruivos longos, baixinha e magrinha. Mas ela via uma pessoa fria ali. Que não recebera amor, e que nunca soubera seu passado. Ela não queria saber, também. Tinha raiva de tudo que poderia ter acontecido. Ela tinha raiva dela. Do que vivia. De Boston. Da família. E tinha raiva até dos malditos passarinhos que cantavam de manhã. Deixou uma fina lágrima escapar, e suspirou. Abriu a torneira, e encheu a mão de água, jogando na cara. Repetiu o movimento umas três vezes. Pegou papel na parede, e se secou o rosto. Quando se olhou no espelho novamente, a surpresa! Uma mulher velha a olhava.

– Ah! – pulou de susto e olhou rapidamente para trás, pegando a primeira coisa que viu: o sabonete líquido.

– Baixe isso garota. Você realmente acha que poderá me matar com um sabonete? – perguntou a velhota, cheia da razão.

Lawrence ficou sem reação. Ficou somente de boca aberta, olhando para ela. Usava um chapéu grande e pontudo, junto com vestes longas de veludo verde. Ela tinha um rosto severo e fino, e os olhos eram curiosos por dentro.

– Quem... É você? – perguntou pausadamente, criando coragem.

– Você entenderá tudo agora. Segure firme no meu braço.

– Por que eu faria isso? – perguntou confusa.

– Porque eu estou mandando! – disse a mulher, segurando o braço da garota firmemente. Logo a menina viu tudo rodar, e sentiu algo a puxando para “dentro do ar”. A barriga se contorcia, e ela sentia vontade de vomitar. A mulher não a deixou se soltar, e seus olhos já estavam fechados. Ela só sentia tudo rodar... Rodar... Rodar...

***

– Pode abrir os olhos. Estamos em casa. Remo realmente lhe deixou num lugar bonito. Assim como nós deixamos Harry. O problema são as pessoas, as pessoas minha querida! – falou, se sentando no sofá, de frente para os pais da menina, que encaravam a situação boquiabertos. – Você tem a carta que a coruja lhe deu? – perguntou.

– Tudo bem... Onde está a escola? Como eu vim parar aqui?

– Lhe explicarei isso depois. Agora, a carta, por favor.

Ela olhou em volta, e notou que estava sem mochila. Pronto, lá se fora um mochila boa. A sorte dela, é que a carta estava dentro do bolso de seu jeans. Ela retirou de lá, e entregou a velhota, que sorriu.

– Ah, aqui está! Hogwarts... Doce... Hogwarts.

Os pais da menina se olharam confusos. A mulher sorria bobamente.

– Bom, aqui na carta está explicando tudo, mas vamos ao ponto. Sente-se primeiro, senhorita. – a menina se encaminhou lentamente até a poltrona, ainda tentando manter o olhar frio – Você é uma bruxa.

– Obrigada! Minha melhor amiga me lembra disso todos os dias! – falou ironicamente.

– Não. Eu digo. De verdade, você é uma bruxa. Sabe fazer magia, e tudo mais. Você irá para a escola de magia e bruxaria de Hogwarts, no quinto ano, junto com o seu irmão Harry Potter. Vocês dois sobreviveram ao Avada Kedavra de Voldemort, mas somente Harry ficou famoso senhorita.

– Vá com calma, por favor.

– Tudo bem... – falou a professora – Meu nome é Minerva McGonagall. Eu sou professora de uma escola de magia e bruxaria, chamada Hogwarts. O que nenhum trouxa sabe, é que existe um lado mágico do mundo. E esse lado mágico, você compreende. Você é uma bruxa. Todo bruxo vai para alguma escola de magia os 11 anos, mas você não foi, pois é um caso diferente.

– Como assim... Um caso diferente? – falou calma, meio indiferente. Até agora, não estava surpresa. Todos os dons, e tudo aquilo mais.

– Seu nome. É Lawrence Potter, como sabe. Potter é um nome muito famoso no mundo da magia. Quando você tinha um ano, existia um bruxo das trevas muito poderoso, chamado Voldemort. Voldemort matou seus pais em uma noite em Godric’s Hollow. Os únicos que sobreviveram, foram você e seu irmão. Acontece que ninguém sabia de sua existência, pois seus pais queriam lhe proteger.

– Espere... Eu tenho um irmão?

– Sim. Você e seus irmãos foram os únicos que sobreviveram a uma maldição Avada Kedavra. Como todos sabiam da existência de seu irmão, ele é mundialmente famoso no mundo bruxo. Mas você também será a partir desse ano.

– Tá, mas por que me separaram dele?

– Achamos melhor ninguém saber de sua existência. Deixaria você mais segura. Harry mora com os tio maternos, e seu padrinho, Remo Lupin, lhe trouxe para cá. Mas Voldemort voltou esse ano, e precisamos que vá para Hogwarts. É preciso dizer, que com o sobrenome Potter, todos lhe conhecerão, e seus atos serão controlados pela mídia. Então? Você aceita ir para Hogwarts?

– Ela não aceita! – falou o “pai” da garota.

– Diga-me: esse meu irmão... Ele estuda em Hogwarts? – falou, com um rancor nascendo em seu peito.

– Sim. Estuda. No mesmo ano que você, o quinto.

– Mas eu não tenho que ir para o primeiro?

– Você já sabe tudo que é necessário. Nós ensinamos você a noite, e depois apagamos a sua memória. É por isso que você fica tão cansada. Você quase não dorme praticando. – a mulher deu um estalo, e de repente ela se lembrou de tudo.

Da história inteira, das casas de Hogwarts, da escola de magia... Tudo. Ela era uma bruxa. E estava indo para Hogwarts, se vingar de seu “querido” irmãozinho.

– Eu vou. – falou decidida. Então tudo ficou embaçado novamente.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam do primeiro capítulo de história história... Espero que tenham gostado, e comentem! Aqui está o look da nossa queria e fria Lawrence: http://www.polyvore.com/lawren/set?id=115149825

Beijooos! Até o próximo cap! Xoxo