A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 17
Gryffindor x Slytherin: um jogo de sorte


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI

Oi. Calma. Oi. Okay euheuhe. Gente, muita gente comentou! Mais do que o normal! E me admirei ao ver o número de gente nova comentando. Então aqui vai os meus devidos agradecimentos a: Coffee, Yara Inácio, Vicky e Chloe. Obrigada por comentarem! E sejam bem-vindas.

Okay: vamos aos avisos!

* Não. A Carrie não vai matar ninguém. Pelo menos nessa parte. Então não se preocupem!

* Gente, eu estou precisando de uma música para um determinado assunto na qual eu não posso comentar agora, mas que sim, envolve o trailer. Então, eu gostaria que vocês me mandassem alguma sugestão, sei lá. Alguma música que gostem, ou que achem que combina com o estilo da história, ou da personagem... Não tenho preferência por internacionais ou nacionais. Sintam-se a vontade para me mandar qualquer música.

* Melzita meu amor! Dessa vez eu botei o Snape divo fazendo coisas divas! Acho que você vai gostar. E acho que vai gostar mais ainda do próximo cap. Aliás, quem gosta do Snape, vai gostar ainda mais do próximo capítulo, que se chamará...

* Mágicas curativas: que o treinamento comece!

* Basicamente haverá sim uma discussão entre Lawren e Snape, e vai acontecer algumas coisas que impulsionarão o Snape a... Bater no tórax de Lawren. E torcer o braço dela. Pois é. Mas somente no próximo!

* Peço que prestem bastante atenção, não só nesse capítulo, mas sim em todos os outros, em frases ditas por pessoas, meio que falando que Law é fraca. E quero que prestem muita atenção nas frases onde ela se acha muito superior. Quando não deveria. E frases insinuando algo, como: "Se não fosse eu, você não seria nada". Prestem atenção. Talvez agora não entendam, mas no penúltimo capítulo entenderão.

Agora! Podem ler! Beijinhos! Xoxo



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No outro dia, Lawrence faltara aula. Nem Draco, nem Daniel sabiam onde ela estava. Harry estava começando a achar tudo muito estranho, pois ela não era de fugir, achava. Saiu para procura-la, acabando por acha-la na árvore em frente ao lago. Parecia ser o seu lugar preferido, uma vez que trouxera até um cobertor.

– Você faltou à aula hoje. – murmurou o moreno, sentando ao lado da irmã – Tudo isso porque sabia que seríamos uma dupla? – arqueou a sobrancelha.

– Estava me sentindo indisposta. – falou sem expressão, Lawren – O que quer?

– Por que odeia tanto o nosso sobrenome? Você acha que eu não notei, mas eu notei. Quando me mandou o bilhete de volta, escreveu somente L. Não botou um P logo depois.

– Realmente brigará comigo por isso? – falou, parecendo cansada da detenção.

– Só quero entender. – ele disse calmamente – Se não se sente pronta para falar, eu...

– Pronta? – ela riu, revirando os olhos, e tirando a mecha da frente do olho – Eu odeio o nosso sobrenome, e isso não é nenhum segredo. Eu simplesmente continuo achando que se realmente pertencesse a essa família, eu pelo menos seria reconhecida como filha. E nem isso eu fui.

– Por proteção – rosnou o irmão – Pura proteção.

– Okay Harry. Certo. Proteção. – fechou os olhos, colocando a mão na cabeça.

– Algum problema? – perguntou o garoto preocupado.

A ruiva negou, ainda com os olhos fechados. Fez uma careta, colocando então as duas mãos na cabeça, e logo depois na nuca. Parecia tentar parar algum tipo de dor. Quando finalmente se acalmou, abriu os olhos, fazendo o irmão recuar um pouco. Fora extremamente rápido o que vira. Quando ela abrira os olhos, ele poderia jurar que vira uma espécie de símbolo dentro de seu olho, que estava preto. Como uma marca ou algo do tipo. E ainda um lampejo verde na íris. Como se ela estivesse assistindo um Avada Kedavra.

– O que foi? – ela perguntou confusa – Parece que viu um fantasma...

– O que era aquilo no seu olho? – perguntou o garoto, arfando. Nunca vira nada parecido.

– No meu olho? Absolutamente normal. Continua o mesmo olho de sempre... – ela riu, e se levantou – Vamos? Ou quer ficar? – falou friamente.

– Vou ficar. – a menina assentiu, e ia se virando quando alguém pegou seu pulso, forçando-a virar.

– O que há? – ela perguntou impaciente.

– Você já teve algum contado com Voldemort? – ele perguntou, recebendo o olhar confuso de Lawren – Digo... Ele já tentou falar com você? Entrar na sua mente... Não sei...

– Harry. Voldemort ainda nem deve saber da minha existência. – ela riu, e deu um aceno, saindo dali, deixando um menino atordoado. Aquele símbolo nos olhos dela. O lampejo verde... Fora alucinação? Estava tão maluco por algum sinal?

– Eu discordo, caçulinha. – murmurou o menino, se sentando. – Eu discordo.

***

Haviam se passado quase dois meses desde o início das aulas. O Halloween estava próximo. Estava tudo normal, e isso estava deixando Hogwarts um lugar muito monótono. Ninguém mais pegava detenção, todos faziam os deveres e nenhum sinal de que o mal realmente voltara. Tudo por causa do ministério.

Lawrence estava diferente. Mais fechada. Desde a conversa com Harry. Ria, conversava, mas parecia ainda mais indiferente ao que via. Tinha um olhar distante, e não eram poucas as vezes que os amigos viam aquele olhar mais negro, dela. Não que os olhos mudassem de cor, como Harry vira. Mas sim, como se ela olhasse com ódio.

A briga pela copa de quadribol começara há um mês, e o jogo da Slytherin seria no mesmo dia, contra a Gryffindor. Já haviam estreado contra a Hufflepuff, que perdeu em cinco minutos porque Lawren achara o pomo. A ruiva estragara a alegria dos alunos, porque o jogo acabara muito rápido. Mas ela queria sair o mais rápido daquele campo. Precisava ficar sozinha.

– Ouviu? – perguntou Draco – Marcos pediu para você demorar pelo menos vinte minutos hoje. Para podermos apreciar o jogo contra Gryffindor.

– Tudo bem, Draco. – comentou, olhando para a mesa vermelha – Mas não fale como se fôssemos tão superiores. Podem ser artilheiros bons, mas eu andei vendo o ataque da Angelina e da Katia. Elas são tão boas quanto vocês. Elas gostam de atacar pelos cantos, e a mira de ambas é muito melhor do lado direito, porque ambas são destras. Podemos ter vassouras rápidas – Draco e Daniel a presentearam com uma Firebolt, assim como a do Harry – Mas precisamos ter mais do que isso. O time da Gryffindor é bom.

– E quanto ao Harry? Qual a estratégia dele? – perguntou Daniel.

– Ele gosta de ficar parado, ou fingir que achou o pomo, para ganhar tempo. Mas não se preocupem com Harry. Dele eu cuido. A única preocupação de vocês é os aros. – falou, bebericando seu suco, e olhando para o irmão, que parecia tentar apoiar Rony de algum jeito.

– Vamos? – chamou Marcos.

O trio assentiu, se levantando. Andaram calmamente até a porta do salão principal, sem olhar para ninguém. Estava frio naquele dia. Lawren usava o blusão da Slytherin, junto com um cachecol, uma calça preta, com botas. O cabelo estava preso em um rabo-de-cavalo, e as mãos tinham luvas de couro.

Quando estavam saindo pela porta, um aluno do primeiro ano apareceu correndo. Ele tivera o azar de pegar Lawren distraída, e acabou por empurrá-la ao chão sem querer. A menina, desesperada por algo em se apoiar para não bater com a cabeça, acabou por usar as mãos como apoio. No fim, ela caiu batendo as costas com tudo no chão, e torceu o pulso. O menino também caiu, mas ao ver o que fizera, tentou correr, sendo barrado por Daniel.

– Ai... Eu estou sem ar... – sussurrou Lawren, tentando respirar fundo – E a minha cabeça está latejando. – declarou. Daniel começou a rir.

– Você não é muito boa se defendendo, sabia? Eu achava que era mais forte que isso. – declarou debochadamente. A ruiva deu uma leve risada pelo nariz, mas acabou tossindo e se engasgando, precisando da ajuda dos loiros.

– Continuo sendo melhor que você. – retrucou.

– Saiam da frente! – gritou uma voz masculina, e logo Snape encontrava-se ao lado da ruiva, que já estava cercada por um bolinho de gente – O que aconteceu aqui? – perguntou sério para Draco, sem olhar para ele, e sim se abaixando ao lado dela, e tirando as luvas que usava.

– Um garoto a derrubou. – falou Draco.

– O que está sentindo, Potter? – perguntou Snape, sério. A menina pensou em falar algo irônico, mas optou por falar a verdade logo.

– A minha cabeça está latejando – respirou fundo, mas o ar lhe faltava – A minha mão está terrivelmente ruim. E estou... – respirou fundo novamente – Sem ar.

– Precisamos leva-la a enfermaria. – falou Daniel.

– E fazer a Slytherin perder? – disse Snape – Nunca. Sr. Surrey, poderia levantar a cabeça dela e deitá-la no seu colo, sim? – perguntou o homem, rouco. O loiro assentiu e segundos depois Lawrence estava deitada no seu colo – Certo. Potter, eu preciso que respire o mais fundo que puder.

Ele juntou as mãos, e uma leve luz azul se formou em volta delas, como uma espécie de proteção ou algo assim. A luz era tremulante como fogo, e causava uma leve ventania. O homem separou as mãos, e as pequenas chamas se espalharam pela ponta de seus dedos. Ele os colocou sob o tórax da garota, que tentava respirar o mais fundo que podia, mas ainda sim tentando prestar atenção no que ele fazia. Ele encaminhou dois dedos para a traqueia dela, e outros dois para os pulmões, fazendo círculos em volta dos dois. Logo depois levou os dedos até as têmporas da garota, fazendo leves movimentos circulares igualmente. E por fim, juntou as mãos de novo, e as separou. Mas dessa fez, a espécie de chama se encontrava em uma só mão, como uma bola de borracha. Ele colocou essa mão exatamente sobre a barriga de Lawrence, e colocou a mão sem nada em cima. Ficou alguns minutos ali, e então fez as chamas desaparecerem em um estado.

– Consegue se levantar agora? – ele perguntou indiferente, já de pé, olhando para a ruiva no chão, que o encarava estática. Ela arfou, se levantando.

– A minha mão continua a doer. – disse estendendo o pulso para ele, que simplesmente encostou.

– Tome mais cuidado da próxima vez Potter. Não vai querer correr o risco de fazer a nossa casa perder por causa de um empurrão. – disse sério, e se virando, andando em direção as masmorras.

A ruiva olhava para o lugar em que ele havia desaparecido, e então encarou a mão novamente. Estava intacta, e sem dores. Ela estava arfando. As costas não doíam, os pulmões pareciam mais limpos que antes, e a cabeça estava tão leve... Como se fosse uma pena.

– Está bem, Law? – perguntou Draco, encarando em seus olhos. E mais uma vez o lampejo verde pôde ser visto por Harry, que a olhava, quando ela parou de olhar para onde Severo saíra, olhara para o loiro, e dissera:

– Estou bem sim, Draco. – bagunçou os cabelos do amigo – Vamos Dan? – perguntou, quando Draco passara os braços por cima de seu ombro em um abraço de lado.

– Vamos. – ele disse animado – Vamos ganhar esse jogo!

A ruiva sorriu, e olhou de canto para o Harry. E ele conseguiu ver pela segunda vez aquele símbolo em seu olho. Mas ele não sabia identificar se era bom. Ou ruim. E ele não acreditava muito na hipótese de aquilo ser bom.

***

– Eu quero um jogo limpo! – gritou a professora.

Lawren revirou os olhos, de frente para Harry. A gritaria em volta era imensa, e podia ser ouvida nitidamente. Por ambas as partes. “Gryffindor! Gryffindor! Gryffindor!”. E pelo outro: “Weasley é o nosso rei!”. O novo hino da Slytherin. Era sempre a mesma ladainha. Sempre. “Quero um jogo limpo!”. “Sem trapaças”. “Se eu pegar roubando, está expulso”. A ruiva olhou em volta. As colunas estavam todas cheias. Ravenclaw gritava a favor da Gryffindor. Hufflepuff também. Ninguém gostava da Slytherin. Na coluna da casa do leão, encontravam-se Hermione e Hagrid, nítidos por causa da altura e peso do homem.

Por fim, pairou o olhar no irmão. Nunca parara para reparar como o outro Potter era bonito. Seu irmão era alto, um peso adequado, cabelos morenos que ficavam ainda mais charmosos por serem tão bagunçados, os olhos ainda mais verdes por trás das lentes, pele clara e aquela cicatriz interessante na testa. Nunca parara para imaginar como seria se ela fosse famosa, como ele. Porque até agora, a fofoca não se espalhara. Mas não passaria do natal. Hogwarts não permitia fotógrafos, somente no torneio tribruxo. No fim do ano, em King’s Cross provavelmente estaria cheio. Não era algo legal.

Ela ouviu o soar do apito, e saiu voando o mais rápido que podia para onde podia ter uma visão mais ampliada do campo. Olhou em volta, procurando pelo pomo. Fez o sinal de mãos tão conhecido, e fechou os olhos, eliminando tudo. Pessoas, vassouras, colunas, arquibancadas, aros, goles, balaços, bastões... E lá estava. Bem abaixo da coluna da Gryffindor. Sorriu.

Já se inclinara para pegar, quando se lembrava do pedido de Draco “Vinte minutos? Tanto tempo...”. A bolinha dourada parecia brilhar ao seus olhos. Decidiu esquece-la por um tempo, e começou a olhar o jogo. Os meninos estavam conseguindo seguir às dicas da Potter, atacando e marcando as artilheiras da Gryffindor, fazendo com que elas tivessem que atacar pelo meio, onde não conseguiam direito.

– isso já está me deixando nos nervos! – gritou Fred, nervoso. Gryffindor estava indo muito mal para um time tão bom. Rony já deixara passas cinco gols, todos marcados por Draco e Daniel, enquanto o goleiro da Slytherin deixara somente um. Não se atrevera a deixar mais ao ouvir os gritos de Marcos.

Sorriu, e olhou para o relógio em seu pulso. Dois minutos? Arqueou a sobrancelha. Só isso? Passara somente dois minutos e eles já haviam feito cinco gols. O jogo estava meio agitado, e a ruiva sabia que mesmo que achasse o pomo antes de Harry, nãos seria tão fácil pegar. Ele era rápido, e bem mais experiente nisso. Teria que enganá-lo. Fazer exatamente o que ele fazia com os outros times. Voou calmamente até Marcos, que observava o jogo, já que Draco e Daniel não passavam a goles para ele, e então declarou.

– Eu achei o pomo. – ele ia interferir, quando ela continuou – Não irei pegá-lo. Preciso enganar Harry antes, e isso pode demorar alguns bons minutos. Tenho um plano, que pode ser bem mais fácil, ou não, mas de qualquer maneira, acho que pode adiantar. Dê-me cobertura. Não quero balaço algum atrás de mim, ouviu? – o capitão assentiu, com um sorriso vingativo no rosto. Lawren retribuiu satisfeita, e suspirou. Esperou trinta segundos, e então, como se realmente estivesse à procura do pomo, inclinou-se para o chão rapidamente, e começou a voar rapidamente, com a mão estendida. Não demorou muito e viu Harry vindo atrás, achando que ela tinha o pomo em vista. Agora teria de se manter sempre na frente. Era isso. Agora era somente sorte que definia o destino desse jogo.

“E eu vou ganhar” pensou satisfeita, antes de fazer uma volta, e se inclinar mais ainda em direção ao chão.


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Notas finais do capítulo

E então? Pois é. Beijos! Tchau! Xoxo