A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 15
Umbridge: a primeira aula a gente nunca esquece.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI! Gente, obrigada por todos os comentários seus lindos! Amo vocês todos! Obrigada por acompanharem! Fiquei feliz de ver que tem gente acompanhando a fic da Callie! Aquela menina tem talento! Quero dedicar esse capítulo lindo a:

— Mel: que voltou para mim, quando achei que tinha me abandonado. Mas no fim eu descobri que ela tinha razões para se manter afastada. Mel, eu e toooooodo o elenco da fic (elenco, isso é sério produção?) desejamos melhoras para a sua mãe. Esperamos que ela realmente se recupere sem nenhuma sequela e que esteja linda, perfeita, diva e gostosa para o dia das mães. Obrigada por voltar!

Bom gente, o capítulo ficou meio grande eu acho, mas vale a pena. Você vão sim, começar a desconfiar da Carrie, muito provavelmente. E ela vai ter sim, razões para ser vigiada de perto pela Lawrence e seus fieis escudeiros. Mas bem! Spoilers para o próximo capítulo:

Nome: A detenção: não devemos contar mentiras. Somente quando os gêmeos aparecerem.

Se alguém não entendeu, eu falo: os gêmeos aparecerão, e terão uma participação muito significativa para o próximo capítulo.

Beeeeeeeeeeeijos! Comentem, recomendem, compartilhem, favoritem... Sei lá! Divulguem! Xoxo



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Era sábado. O dia estava monótono para a grande e iluminada Hogwarts. Os alunos que não tinham tarefas poderiam arriscar uma saída para o pátio, em uma calça jeans e manga curta, para aproveitar o Sol.

Menos Slytherins. Se nas outras três casas de Hogwarts o tédio era predominante, na casa da Slytherin o tédio já passara do predominante para um status diário. Estavam todos entediados.

O trio famoso da casa da cobra não estava muito diferente. Daniel estava sentado em uma das poltronas de couro, com um livro no colo, enquanto bocejava já Draco e Lawren sussurravam alguma coisa um para o outro.

Quem passava olhava. A situação era estranha. Para as “draconetes” que olhavam, Lawrence era uma vadia. O Malfoy estava sentado na ponta do sofá, com uma calça jeans, uma camiseta de manga curta e um tênis da Nike. Já a ruivinha estava deitada no seu colo, com uma almofada de escora. Usava uma calça jeans rasgada, um All Star e uma blusa branca de manga comprida, com o número 11 na frente. A blusa mostrava uma parte da barriga lisa, e era bem estilo “time de futebol”.

O loiro mexia no cabelo dela, com um olhar curioso. Estavam lisos e com colorações diferentes. Mais claros em uma parte, e mais escuros em outras, como se realmente tivesse feito californianas. Ele analisava cada mecha como se fosse uma raridade.

– Não quer pegar uma tesoura e aproveitar para cortar uma parte? – ela murmurou irônica. O garoto riu baixo.

– Se você me deixar. – sussurrou de volta – Seu cabelo dava uma ótima peruca.

– Ótima ideia! – ela gritou como se tivesse a melhor ideia do mundo. Daniel deixou o livro cair com o susto, e Draco olhava arregalado. – Vamos cortar o meu cabelo! Estava querendo cortar faz um bom tempo. Na altura do ombro pode ser. – ela saiu correndo pulando, sendo observada por algumas pessoas, e pegou uma tesoura, voltando. – Quem é o melhor cabeleireiro? Melhor: quem corta os papeis mais reto?

– Você deve estar louca... – murmurou Daniel – Olha o seu cabelo Lawrence Potter! Você tem o cabelo mais invejado da escola! Eu não vou cortar. – declarou.

– Draco? – perguntou animada.

– Faço das palavras do sábio Daniel, as minhas palavras. – disse num tom tedioso, com a cabeça escorada nas mãos.

– Carrie cortava para mim... – ela murmurou, tristemente – Ficava tão bonito. Por que fui me relacionar com pessoas que não gostam de se divertir? Vamos lá gente! Depois é só tomar uma poção e cresce de novo!

– Não seja estúpida! – falou alguém atrás da ruiva, se jogando no sofá em que Daniel acabara de se sentar, e caindo em cima dele. A menina logo saiu, sorrindo – Eu cortava porque o seu cabelo estava com pontas. Mas o seu cabelo está bonito agora. Seria a maior estupidez do mundo se você cortasse. – falou Carrie, abraçando as pernas.

– De onde você brotou? – perguntou Draco, assustado.

– Do chão. – revirou os olhos – Ouvi a conversa, desculpe. Não deveria dar a minha opinião, mas até onde eu sei, não existe poção alguma para fazer o cabelo crescer. E se existe, deve ser bem complicada.

Lawrence suspirou, indiferentemente. Nunca ouvia Carrie. Mas sua intenção era cortar para depois tomar uma poção que fizesse o cabelo crescer novamente. Não queria perder seus fios tão preciosos.

– Ótimo. – falou fria – Não corto. – jogou a tesoura no chão – Poderíamos ter nos divertido. E então? O que faremos?

O silêncio predominou no grupinho. Draco parecia pensativo. Daniel abrira o livro novamente, mas fechou cinco segundos depois. Lawren aproveitou para observar Carrie. Estava totalmente diferente.

Para começar, usava uma calça jeans bem colada, com um All Star preto. Uma blusa verde marinho, com o desenho de um grande fone de ouvido, com uma frase. Prendera o cabelo parcialmente, deixando os cachos morenos caírem para frente. E para completar tinha uma franja. Estava bonita, sem usar joia alguma, e nem mesmo maquiagem.

– Lawren. Você já parou para pensar se você tem um nome do meio? – perguntou Draco – O do Potter é James. Não? Harry James Potter.

– Andou stalkeando meu irmão? – perguntou com a sobrancelha arqueada – Sim. É. Por que a pergunta? – indagou curiosa, mas meio impaciente.

– Qual é o nome da sua mãe? – surgiu Daniel no meio da conversa. Entendera Draco.

– Lilian. – respondeu, sem emoção.

– E se o seu nome for Lawrence Lilian Potter? – completou Carrie, compreendendo imediatamente – Seria interessante. Mas não tem nada a ver com você, com todo o respeito. Lilian significa inocência. Uma pessoa pura.

–Por que não tem a ver comigo, Carrie? – disse fria – Acho que a única que não é pura andando com as bermudas enterradas no útero é você, meu amor. – retrucou, com calma e com um sorrisinho irônico. Carrie fechou o sorriso. Levantou-se, e nessa hora tudo aconteceu. Rápido, mas aconteceu.

A camiseta de Carrie levantou um pouco quando ela ficou de pé, revelando algo de couro enfiado dentro da calça. A ponta de um punhal.

– Espera! – gritou Lawrence, barrando a morena – Por que você está andando com um punhal? – sussurrou retirando o objeto dela, mostrando para os outros dois. Não queria chamar atenção.

– O-o-o que? – gaguejou – E-eu não s-sei por que esse o-objeto estava aqui! A-alguém colocou!

– Por favor! – os loiros já estavam de pé – Ninguém enfia um punhal em suas calças e você não percebe. Ou você está escondendo algo, ou está desprovida de um dos sentidos! Tato! Para não sentir um punhal em sua pele, só pode não ter tato mesmo. – sibilou. Algumas pessoas olhavam.

A outra suspirou. Os olhos azuis escondiam algo, e isso era óbvio. Baixou os cílios espessos para baixo, e respirou fundo, tremendo.

– Eu... Eu fiquei meio insegura. – ela confessou – A garganta da Amanda ainda... Ainda está me atormentando de noite. O sangue... E os olhos dela vidrados em um só ponto. O pavor no rosto dela. Isso está me enlouquecendo. – ela deixou uma lágrima escapas, enquanto descabelava os fios – Eu não sei o motivo. Mas eu fiquei paranoica. – ela murmurou, com os olhos azuis opacos – Eu achei que eu seria a próxima. Que me matariam também. Então comecei a andar com isso. – apontou para o punhal na mão da ruiva – Se fossem me matar, então eu teria que me defender. – ela falou, ainda tremendo.

– Sabe o que eu acho? – a ruiva sussurrou, com raiva – Eu acho que está mentindo. Mentirosa. – falou com repugnância. Draco então se meteu.

– Chega Lawren. Ela vai desmaiar aqui dentro. Se ela está mentindo ou não, não é assunto nosso. – puxou Lawren para o lado, deixando a morena sair correndo e chorando.

Daniel olhava a situação com uma expressão duvidosa. Parecia pensativo quanto ao que acabara de acontecer, e ainda olhava para onde a morena de olhos azuis acabara de sair.

– O que foi aquilo Lawrence? Você quer que a escola pense que você matou a loirinha? Com esse punhal na mão e ameaçando a Carrie, é isso eu vai acontecer. – Draco sibilou, sentando ruiva no sofá, enquanto Daniel sentava no outro – Era óbvio que ela estava falando a verdade.

– Nesse ponto, eu devo concordar com a Lawrence. – falou Daniel – Para alguém ficar tão assustado assim com um corpo. Tão assustado com os olhos e o rosto de alguém morto. Para alguém ficar tão paranoico ao ponto de achar que era assassinado. Ao ponto de sonhar com aquilo. Ou é alguém que realmente tem algum tipo de trauma. Ou é alguém que carrega uma culpa. Uma grande culpa.

***

Segunda-feira chegara mais rápido do que alguém poderia pensar. Logo como primeira aula? Adivinhação. Novamente. O dia estava nublado, e havia fortes previsões de que sim! Iria chover.

No café da manhã, a ruiva da Slytherin parecia que não comia há anos. Devorara três sanduíches, sete brownies, dois copos de suco e três de café. Uma legítima Weasley, diga-se de passagem.

– Vai morrer hoje, é? – perguntou Daniel – É o único motivo que eu acho para você comer tanto.

– Ou talvez aquela comida de ontem estivesse enjoativa. – falou contente como nunca fora vista – E eu pão vopi pada de vestasse. – com a boca cheia.

– Fale civilizadamente, por favor. – sussurrou Draco, colocando a mão em cima da mão da ruiva, e apertando. Ela engoliu a comida rapidamente, e colocou a outra mão em cima da dele.

– Eu estava dizendo, meu amor, que eu não comi nada que prestasse ontem, e a comida estava enjoativa. – e o encarou, enquanto ele colocava a outra mão em cima da sua. Ficaram se encarando, como em uma competição, por uns dez segundos, até ouvirem um sussurro estranho ao fundo.

– Que clima estranho é esse? – perguntou Daniel, olhando para as mãos dos dois, e abrindo um sorriso – Ah, cara! Você ‘tá pegando minha melhor amiga! – ele murmurou e gritou – Cara, você ‘tá pegando a Lawren! – pulou da mesa, enquanto todo o salão olhava assustado – Parabéns! Sejam felizes! – ele gritou, se atirando em cima de Draco e beijando a testa dele – O Draquinho virou homem! – ele riu.

– Cara, para com isso... Isso ‘tá muito gay... – murmurou, enquanto observava Lawren quase morrer rindo.

– Eu não posso parar! Vocês dois acharam um no outro a chama da paixão! – ele disse, quase com lágrimas de felicidade caindo – Isso é tão bonito! Lawren! EU ACHAVA QUE NÃO PUDESSE AMAR! – ele falou, pulando a mesa e abraçando a amiga que ficou subitamente séria. – MAS EU ME ENGANEI! Seja feliz! Continue ouvindo seu coração e...

– Que algazarra é essa? – perguntou Dumbledore parado na frente de todo o salão, querendo falar. O semblante dele era divertido.

– É eu, Dumbledore! – gritou Daniel – Meus amigos acharam a verdadeira força do amor e...

– CALA-BOCA DANIEL! – gritou Draco – A gente não ‘tá namorando! Não estamos ficando. Eu não estou pegando ela. E o que você acabou de ver, foi uma competição de quem pisca primeiro com as mãos dadas! – sibilou com raiva – Pode falar barbudo! – gritou o loiro – Digo professor!

O velho olhou para a mesa da Slytherin e deu um sorriso de canto, olhando para o professor Snape. Ele estava sério, mas o olhar era curioso para com Lawren.

– Aos alunos do quinto ano: a primeira aula começa em cinco minutos, e será trocada pela aula de defesa contra a arte das trevas. A professora Umbridge já está recuperada, e pedimos aos responsáveis pela fatalidade – falou com um tom mais divertido ainda – Entrem em contato conosco. – olhou para os gêmeos, e piscou sorrindo.

– Só pode ser brincadeira... – murmurou Lawren, se recompondo, enquanto Daniel ainda ria um pouco.

Aos poucos, as pessoas do salão foram saindo, e junto com elas, os Slytherins. Lawren disse para os dois loiros que iria ao banheiro, mas que encontrava ambos na classe.

Foi normalmente para lá, ajeitou o cabelo bagunçado, e sorriu. Daniel era um hipopótamo ambulante. Burro como um. Pesado como um. Aquilo lá era magro, mas era pesado!

Saiu do banheiro calmamente, acompanhando alguns outros alunos atrasados. Logo surgiu um moreno com a expressão divertida do seu lado.

– Olá, ruiva. – ele falou animado. Ela bufou.

– Oi, testa rachada. – ela falou entediada.

– Anda convivendo bastante com o Malfoy, nuca rachada. – sussurrou – É verdade o que ouvi? Estão... Argh! Namorando?

– Vira essa boca pra lá. Aquele protótipo de Barbie! – murmurou – Daniel é muito precipitado.

– Daniel parece ser alguém legal. – ele falou animado – Um cara melhor que Draco. Opinião de irmão. Se for se casar com um dos dois, case-se com ele. – ele disse sério – Apesar de que eu quero que você se case somente aos 30, porque...

– Calma, calma, bezerrinho! – ela gritou na porta da sala, sendo observada por alguns alunos – Eu não vou me casar aos 30. Nem vou me casar com o Draco. E muito menos com o Daniel. E você não é meu pai! É somente meu irmão mais novo!

– Mais novo? – ele riu – Eu ainda provo como sou mais velho. – empinou o rosto e estufou o peito.

– Até lá – ela riu e saiu andando – Eu sou a mais velha! – gritou se sentando ao lado de Draco.

Nesse momento a professora entrou usando uma saia e um casaquinho de veludo rosa bem claro, junto com uma tiara com um laço. As sapatilhas de cor rosa bem escuro contrastavam com seu batom quase roxo, e com a sombra bem clara. Ela deu uma risadinha ao ver todos sentados e calmos. Estavam quietos.

– É tão satisfatório ver como os alunos sentiram minha falta enquanto estava na enfermaria. – falou emocionada, com uma voz irritante – Primeiramente, quero que abram o livro e leiam o primeiro capítulo.

A mão da Granger se ergueu.

– Sim, Srta...

– Granger. Senhora acontece que eu já li o capítulo um.

– Leia o dois.

– Li também. Para falar a verdade, eu já li o livro inteiro. E gostaria de lhe questionar algo.

– As perguntas serão permitidas no fim da aula.

– Mas... – tentou contestar Lawrence, sabendo o que a menina Gryffindor queria.

– Alunos devem levantar a mão para falar na minha aula. – ela gritou.

– Mas... – tentou defender Harry.

– O que eu acabei de dizer? – gritou com uma voz aguda.

A mão de Hermione continuava no ar, e mexia sem parar para chamar atenção. A mulher de rosa suspirou.

– Fale.

– Aqui no livro fala somente sobre aulas teóricas. Não está falando anda sobre as aulas práticas e...

– Aulas práticas para que? Se podemos aprender tudo em aula.

– Sei lá, para se defender do mal que há lá fora? – falou Lawren.

– Que mal?

– Sei lá, Voldemort? - contestou Harry.

– Exatamente. Voldemort está esperando lá fora, somente para atacar! – falou Lawrence.

– Não permito mentiras. – a mulher falou com raiva – Não permito mentiras na minha sala! Todos sabem muito bem que essa história é somente mais um truque do professor Dumbledore para tirar o cargo do nosso ministro tão amada, Cornélio Fudge!

– Truque? – falou Daniel – Truque? Dumbledore é bem melhor que o ministro, e isso até ele sabe!

– Sr. Surrey! – gritou a professora – Não admito que insultem o ministro e o ministério nas minhas aulas! Não existe essa história de que aquele-que-não-deve-ser-nomeado voltou! Logo, não há motivos para aula prática!

– Isso não é uma mentira como todos dizem! Isso é a mais poura verdade, e você sabe disso. – falou a ruiva, divertidamente – Mas quer negar, porque o ministério nãos aberia o que fazer diante de algo assim. A mídia estaria em cima, e o ministro pareceria tão fraco... Porque ele é. E todos aclamariam Dumbledore, e o ministério seria a piada do ano. Mas eu quero ver quando essa guerra acontecer. – ela riu.

– Lawrence, pare... – murmurou Draco.

– Haverá sim, uma guerra! – e riu – E graças ao ministério, os alunos não saberão lutar.

– Detenção! Para todos vocês! Surrey, Malfoy, Potter, Granger e Weasley!

– Por que eu? – perguntou Rony indignado, já que estava quieto.

– Por isso. Você não levantou a mão... – olhou para os olhos deles, e chegou bem perto do rosto – Para falar.


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Notas finais do capítulo

Looks: http://www.polyvore.com/cgi/collection?id=3547704&.locale=pt-br

Perguntinha: por que será que a Carrie anda com um punhal? Beeeeeijos! Xoxo