Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 34
34 - Por trás de um sorriso


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde queridos leitores! *-*

Estou super, hiper, mega feliz. Gente, eu recebi outra lindérrima recomendação. E isso graças a Catnip. E confesso que novamente me emocionei e pulei quando vi nas atualizações esse presente. Maravilhosas palavras, que me motivaram por saber que poderei lê-lo e relê-lo para me dar um gás a mais.

Queria agradecer a Vanessa, Gio, Sparkly Dark Angel, Autumn, Lunista Crowler, Senhorita Foxface, hans, AkumaKun, unicorniolaranja, mrs stilinski, Catnip, LM Forever, uma leitora, Small long hair, gih, Raene Melo, Maíza Souza (31 e 32 também), Helen, Gabihramos02 e Viih Malik por comentar no anterior. São muito importantes para mim, tanto dos novos quanto dos velhos.

Muito obrigada a LM Forever, carol e AngelGirl por favoritar a fanfic. De verdade, adorei demais quando vi.

E onde estão meus outros leitores? Estou com saudades. E também serão muito bem vindos.

O próximo é o final, depois terá epílogo acho.

Espero que gostem, pois fiz para vocês.



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Capítulo trinta e quatro

Por trás de um sorriso

“As pessoas que mais gostamos são as que mais nos decepcionam, pois pensamos que são perfeitas e esquecemos que são humanas.”

(Giulia Passagem)

Domingo, 13 de julho – Final da copa.

– Faz a pipoca logo. O jogo já está começando. – disse o Henry.

Estávamos na minha casa, sentados no sofá. Sophie estava dormindo no meu quarto, depois de tomar leite quente e ver o seu filme favorito. Lembrei-me que vi a abertura com ele, assim como o último agora.

Peguei a bacia e levei rapidamente para comermos. Levou em sua mão um montão de pipocas e colocou na boca, fazendo com que a maioria caísse e se posicionasse perto de nós. O resto não se salvou por ficarem no chão. Não estava com a minha roupa de torcida.

– Vamos fazer uma aposta? – começou.

– Qual? – questionei com animação.

Eu era viciada em desafios.

– De cantar corretamente o hino nacional. Se eu ganhar terá de colocar aquela sua veste curta no intervalo, como da outra vez. – propôs.

– E se perder? – quis saber.

– Dou-te o meu moletom.

Como antes.

– Fechado. – apertei sua mão sem intenção.

Quando percebi estava massageando o local com delicadeza enquanto me olhava. O sorriso não saiu do seu rosto, sendo daqueles encantadores e tortos. Já eu tinha a certeza de que estava vermelha que nem um tomate. Soltei ao abaixar a cabeça pela vergonha.

No decorrer da nossa cantoria percebi que o Nagel tinha errado, só que eu acabei trocando uma palavra por outra perto do fim. Os dois perderam, decidimos por cumprirmos as nossas apostas.

– Se a diretora descobrir isso nos obrigará a decorar o hino. – disse.

– Então esse deslize ficará só entre nós. – complementou o de olhos azuis.

– Confia em mim? – sussurrei enquanto o via se aproximar.

– Eu entendo pelo que você andou passando, e vice e versa. E sei que não ia me trair por conta disso. É como se fizéssemos parte de um mesmo clube. – parecia sério ao falar.

Droga, praticamente mordi meus lábios com o intuito de não mostrar a minha emoção. E a vontade de chorar.

Ele definitivamente acredita em mim.

– É... – então o apito rolou.

Tinha começado a partida. E em todos os lances importantes eu comia o brigadeiro e deixava a minha colher na boca em nervosismo. Quando um gol aconteceu o Henry me levantou, pegando-me de surpresa. Sua felicidade era tanto que me senti contagiada.

Parou de repente enquanto me girava e me botou no sofá. Olhava-me com intensidade, parecendo admirado com o que via.

– Você... sorriu finalmente! E é lindo. – aquele tom rouco costumeiro.

Que mancada.

Virei minha face e me agarrei no encosto que se encontrava ao meu lado. Eu realmente tinha o feito? Será que dei bandeira de que o amo ao fazê-lo? É que vê-lo tão contente realmente me fez ficar assim também.

Amy, olha para mim. – foi autoritário neste momento.

Eu não queria, não mesmo.

– Não há nada com que se envergonhar, mas sim por ter escondido por tanto tempo. Quando eu digo que é lindo é porque é verdade. – continuou.

Percebi que as pontas dos meus dedos estavam brancas de tanto apertá-los. Pegou-me pela mão com discrição e o segurou, beijando-a em seguida com ternura.

Como o esquecerei assim?

Virei-me para frente e prestei atenção na televisão, tentando não encará-lo quando eu sabia o tamanho dos meus sentimentos que tinha por ele. E o quanto o prezava mais a cada gesto seu.

– O primeiro tempo acabou. – declarou.

Fui a passos largos para o meu cômodo e coloquei a vestimenta em pouco tempo. Voltei meio apreensiva e com o meu rosto ardendo.

– Pode vir, está gostosa. – o tom malicioso.

– Diz isso para qualquer uma. – contrariei.

Ele riu e me pediu para sentar ao seu lado com as mãos, e eu fui, sem sequer reclamar. Entrelaçou nossos dedos agilmente, como se necessitasse fazê-lo. Minha carranca se formou para que não percebesse a minha exaltação.

– Por que não sorri para mim mais uma vez? Quero vê-lo de novo. – sussurrou perto do meu ouvido.

– Isso não se obtém forçadamente. – rebati.

– Eu espero, o tempo que for. – continuou.

Senti-o tocar os lábios ali, para depois seguir até meu pescoço. Dando vários selinhos e seguindo até a nuca. Arrepiei-me ao passar o nariz no local. Como se estivesse analisando cada parte, sem pressa.

– Henry, estão na área. – pulei.

Sua expressão estava confusa por um instante, tornando-se numa de raiva ao ver que tinham contra-atacado, todavia o time pelo qual torcia conseguiu virar e fez mais um gol. O grito que deu me assustou, só que não se comparava ao ver seus braços enlaçando a minha cintura.

– Eu quero... – começou.

– O que? – perguntei ao parar.

Fez com que tivesse que o mirar.

– Tanto que está me deixando louco Amy, pirado. – continuou.

– Não estou entendendo. – devolvi sem realmente compreender.

– Isso. – finalizou.

Ia novamente o questionar, mas simplesmente fui calada quando seus lábios se colaram aos meus. Ficou um tempo apenas apertando a minha cintura, só que ao invés de aprofundar parou de repente. E ao notar que se afastaria agarrei sua blusa com afinco, deixando-o mais perto de mim para que não acabasse.

Só que ele não continuou.

– Sobre o beijo... – continuou ao recuperar o folego.

– Não quero falar sobre nada disso, e nem das vezes que aconteceram – cortei-o por medo.

– Foi um erro. Até por que você nunca quis não é? – questionou.

Só o que me vinha a cabeça era a primeira frase.

– Não foi certo Henry, mas não adianta dizer isso agora. – respondi.

Percebi que ia voltar ao assunto, mas parou quando a porta da casa se abriu. E por ela passou a minha mãe e o seu marido. Recusava-me a chama-lo de padrasto.

– Quem é ele Amélia? – berrou.

Quando o Nagel a mirou pareceu se surpreender, fazendo-a dar um sorriso meigo logo depois. Como se estivesse admirando uma obra de arte.

– É meu amigo. – sussurrei.

Não creio que estou com ciúmes, só não sei se dele ou dela.

– É claro, como um se um garoto lindo como esses ia querer ter mais do que a tua amizade. E provavelmente deve ter vestido essa roupa velha e vulgar para que viesse aqui não é? Você nunca me enganou. – berrou.

– Pior que está gostosa mesmo. – disse o pai da Sophie.

Pareceu lamber os lábios enquanto dizia. Já um bolor se criava em minha garganta enquanto lágrimas se formavam no canto dos meus olhos. Isso fez com que o de olhos azuis me abraçasse em proteção.

– Calma, estou aqui contigo. – segredou em meu ouvido.

– Tem alguém dormindo nessa casa. – balbuciei.

– Bem capaz de ir para a cama com ele se não tivéssemos vindo, e nem se importaria com a sua meia-irmã nessa hora. Só diz isso porque sabe que é verdade. Nunca conseguiria um homem sem se vestir assim. – continuou.

Foi a gota da água para que eu ficasse em prantos.

– Ela não é assim. – devolveu o meu parceiro ao esbravejar.

Quando a briga ia continuar alguém nos interrompeu.

– Parem de discutir. Vamos embora mãe, quero ir para a casa. – uma voz infantil soou perto de nós.

Esfregava os olhos com as pequenas mãos, ainda com sono. A sorte é que acataram o pedido dela e saíram rapidamente. Já o outro resolveu ir para a casa após notar que eu tinha ficado melhor.

Quando o terceiro bimestre começou, várias pessoas estavam caracterizadas de super-heróis. Como se fosse a mais nova moda na escola. O Henry, que estava ao meu lado, parecia nada surpreso. Estava com o moletom que tinha ganhada dele na nossa aposta.

Não tínhamos nos beijado desde aquele dia.

– O que você fez? – sussurrei para ele.

– Falei com algumas pessoas para fazerem isso, até para não terem mais motivos para me humilhar. – respondeu.

No fundo era inteligente.

Nada falei mais, e quando o intervalo começou fui para o banheiro. Estava usando um batom, rímel e nada mais. Em minhas mãos havia um tom de esmalte, mas pela metade por conta do desgaste. Quando sai uma pessoa me parou.

– Enfim te encontrei. – era o Enzo.

– Não tenho nada a tratar contigo. – rebati.

– Preciso de ti urgente. – parecia desesperado.

Simplesmente me levou até o banheiro mais longe da escola sem nem sequer ouvir meus protestos, e quando vi já estava dentro dele. Tentei sair, mas duas pessoas me pegaram. Notei um cabelo loiro.

– Desculpa, por favor. – Ouvi-o gritar antes de passos se afastarem.

Viram-me sem dó, fazendo-me ver que quem estava na minha frente era Megan Queen. E no meu lado estava Lorena e... Jully. Isso me deixou realmente surpresa, todavia mais do que isso, sentia-me chateada.

– Não poderia simplesmente nos obedecer e se afastar do meu namorado? Ainda estou pensando o que farei contigo por conta da sua desobediência. – o olhar sombrio.

– Eu nunca ia fazer isso com o meu único amigo. E o Henry não é nada seu. – respondi sem temer.

– Tem a amizade de uma pessoa que só se aproximou para ganhar uma aposta e conseguir beijar a mais antissocial daqui? Ele só finge gostar de ti e me odiar, a verdade é que ele me ama. O problema é que você, a vadia, fica tomando o tempo dele. Se por acaso dar uma sumida não vai ser melhor? – propôs.

– Não acredito em ti. – rebati.

Muito menos que tudo o que fez foi para algo tão fútil como uma aposta. Pegou o celular dela e mostrou um vídeo, em que ele dizia que a Megan era uma princesa e a mulher da vida dele. Além de que me deixou ver uma mensagem em que dizia:

“Eu o desafiei a beijar a Amélia até as férias de julho. Diz ele que não é uma aposta, mas é como se fosse. E o pior é que CONSEGUIU e teve a coragem de beijar aquela mulher macho! – James

A Lorena pegou o meu celular e ficou rindo por causa do chaveiro. Balançando-o no meu rosto. Dei um chute na pessoa que estava mais perto, fazendo-a bater na pia do sanitário. Tentei fugir, mas conseguiram novamente me segurar.

E depois de todas aquelas provas sabia que ia ficar sozinha. Que tudo não passava de um desafio e os dois estavam juntos. Era eu que tinha sobrado naquela história. Todos aqueles toques eram arquitetados, só para me fazer ficar apaixonada.

– Traz a tesoura. – berrou a Queen para a Jully.

Ela pegou sem nem sequer hesitar, mesmo a olhando sem entender. Como uma pessoa poderia fingir ser minha amiga? O pior, por que eu não os afastei? Remexi-me para tentar escapar quando vi aquele objeto perto de mim. E cortaram o meu cabelo até um pouco depois do ombro. Percebi que filmavam com o meu aparelho.

Colocaram uma fita adesiva na minha boca também.

– Fala alguma coisa merdinha! – berrou uma enquanto ria.

Iam continuar, mas finalmente me soltei e corri até o corredor. Percebi que o celular estava em minha mão e ainda parecia estar fazendo a gravação, simplesmente o desliguei no meio do caminho. Tirei o negócio da minha boca com dificuldade e fiquei aliviada ao ver a placa da minha turma. Entrei na sala, tremendo, chorando. O professor da última aula deixou-me entrar por conta do meu desespero.

Parecia uma criança assustada.

Nem olhei para o Henry, e sequer falei uma palavra. Meu penteado estava meio torto e quase curto. Coloquei o capuz em minha cabeça e fiquei fitando a parede. Fui para a casa naquele dia com o coração na mão.

Estava em pedaços, e eu só conseguia soluçar. Era noite de estrelas, mas nem isso me animava. A campainha tocou e pensei ser o Henry, e como queria acabar com isso abri sem nem pestanejar.

– Boa noite. – sussurrou uma das três.

Tentei fechar a porta, mas conseguiram entrar ao empurrar-me e invadiram a sala do domicilio. Percebi que a Megan trazia em suas mãos um pacote, no entanto foi direto para a geladeira.

– Então esse é o famoso bolo, quero ver se é tão bom como o meu namorado disse. – berrou.

– Sabe... foi muito feio da sua parte fugir. Mas não irá fazer mais isso não é? – começou.

Pegou um pedaço da comida e pareceu saboreá-la. Já eu ficava apreensiva por saber que estava acabando. E ainda era de chocolate, com um recheio suculento.

– O que estão fazendo aqui? – em um murmúrio.

– Por que não come o que preparei para ti? Não aceito uma desfeita.

Colocou uma torta em cima da mesa. Era rosa e com um aspecto horroroso. Sem falar do cheiro. Fiquei parada ali, e quando viram que não ia fazer nada botaram em minha boca. Abocanhei um pedaço mínimo e mastiguei, notando que tinha algo errado. Engoli um pouco.

– Pega mais. – continuou.

Neguei com a cabeça e virei de costas. Senti um soco sendo desferido no meu corpo, e depois mais outros. Doía a cada vez, e o gosto amargo em minha língua me deixava fraca. E em um momento a Lorena pisoteou no meu aparelho, mas não chegou a quebrar.

– Foi o James que me contou sobre o Henry gostar do super-homem. Aquele é um cãozinho e está nas minhas mãos, era só dizer que sairia com ele e pronto. E a Jully nos procurou falando sobre vocês e contou sobre a sua ideia. Depois o Henry nos facilitou ficando berabo contigo. Só que fazerem as pazes de novo não estava nos meus planos... – disse a Queen.

O resto eu não ouvi, não porque eu não quis, mas por ter apagado. Só que antes de desmaiar perguntei-me se ia morrer.

Despertei com a minha alguém ao meu lado, com o semblante cansado. As olheiras enormes, só que ao perceber que tinha abrido os olhos correu em minha direção. Estava em um lugar com as paredes brancas e uma cama perto de mim.

– Filha, perdoe a sua estupida mãe. – choramingou.

– O que aconteceu? – disse simplesmente.

Parecia estar em outro mundo.

– Você ficou desacordada por uma semana. Os médicos pensaram que nunca ia sobreviver por causa das pancadas que levou na cabeça. Teve traumatismo craniano leve, sem falar do pouco de veneno de rato que tinha ingerido. Pensei que ia te perder Amélia. – continuou.

Caramba! O que eu perdi?

– E por que está se desculpando? – sussurrei.

Parecia estar sem forças ainda.

– A Sophie me contou que tinha escutado uma conversa sua com aquele garoto na páscoa. Disse que não era culpada por nada que aconteceu com seu pai. Conversei com meu marido e realmente percebi que era apenas uma criança quando ele morreu e que nunca me deu trabalho. Eu te amo minha filha, e sei que nada justifica todas as vezes que te deixei sozinha, todavia fiquei com uma mágoa tão grande que te culpei por tudo. – detonou.

Percebi que a loirinha estava do seu lado, segurando a mão dela com força. Sorriu para mim com doçura.

– Quero que minha irmã fique conosco. Como deveria ser desde do começo. – um biquinho se formou em seu rosto.

– Seremos como uma família daqui para a frente. Começaremos do zero e vamos ver o que acontecerá. – declarei.

Até porque minha meia-irmã não merecia continuar a viver em um local desestruturado. E foi porque ela que aceitei seu pedido de perdão.

– É para você. Como garantia. – disse dona Helena.

Era a quantia que tinha furtado de mim.

– Eu... – cortaram-me.

– Precisa descansar, e além do mais, tem outras pessoas que vieram te visitar. – finalizou.

Percebi que era um menino ali, mais especificamente o Enzo.

– Veio terminar o serviço? – esbravejei.

Tanto que cheguei a tossir por conta do nervosismo.

– Foi minha culpa, não deveria ter te levado lá, mas... – parou.

– Continue. – apoei-o.

Desejava saber toda a verdade.

– A verdade é que eu sou apaixonado pela Thalia. E sempre a seguia para bater umas fotos e depois desenhá-lo. Chega a ser doentio. Quando fiz isso vi-a entrar no banheiro, e fiquei a espiando. Lorena e Megan estavam junto com ela e começaram a questioná-la sobre o beijo que deu no Henry. Ela ficou nervosa e elas a bateram até que desmaiasse.

Interrompeu para respirar.

– Viram-me ao sair e me ameaçaram, dizendo que iam fazer da minha vida um inferno se contasse. Não poderia entrar no banheiro feminino, então tentei procurar alguém para socorrê-la. Soube que tinha a salvado e me senti na obrigação de te agradecer, fazendo isso ao tirá-la da piscina naquele dia. Foi a Lorena que te empurrou. Depois daquele dia me disseram para me aproximar mais de ti, dizendo que se não fizesse isso iam machucar a Thalia de novo.

Era tanta coisa que senti minha cabeça rodar.

– Virei seu amigo por conta disso, e quando consegui ficar perto da pessoa que me amava soube que não precisava mais entrar nesse jogo. Poderia eu mesma a proteger, sendo seu namorado. Então disse todas aquelas coisas ao saber o quanto é insegura, se afastando de mim poderia te deixar a salvo. Só que elas ficaram me ameaçando e eu tive de te levar aquele dia no banheiro. – terminou.

– E por que está aqui agora? Por que veio me contar?

– Olha Lia. Tentei até te beijar e fazer se apaixonar por mim, tudo a mando delas. Só que o Henry ficava furioso toda vez que nos via, como se fosse me matar. E as minhas tentativas de cumprir o combinado dava errado, você mesma se retraia. Você se tornou uma pessoa especial para mim e diferente do que parecia. Além da culpa que senti por ir para o hospital, é como se você fosse minha amiga. Foi por isso que te contei tudo. – sussurrou.

Sentou-se no sofá enquanto uma pessoa entrava. Era a Thalia. Mirou-me com pena e apertou a mão do seu companheiro com ternura. Pareciam realmente apaixonados um pelo outro, o que deixou meu estomago embrulhado.

Sabia que nunca experimentaria dessa felicidade.

– Se é amiga dele também é minha. Sei que pode achar estranho e até estar magoada, mas não faremos mais mal a você. - balbuciou.

– Obrigada por tudo que disseram, mas necessito ficar um pouco sozinha agora.

Remexi-me com cuidado pela cama dura, enquanto notava meu corpo ainda doer por conta dos ferimentos. A porta se abriu de novo, mas agora um médico entrou. Pareceu me avaliar e constatar que estava bem, apesar de ainda não poder receber alta.

– Tem um garoto que quer te ver, mas ele perguntou se permitiria. – comentou.

– Quem? – com o coração saltando pela boca.

– Um tal de Henry. – explicou.

Paralisei por um momento e meu sorriso se alargou, mas logo se desmanchou ao lembrar-me do que ocorreu. E a sua falsidade para comigo. Poderia até estar mais alegre, mais viva e sociável. Só que preferia ser a pessoa do primeiro dia de aula.

– Não quero sua visita por enquanto. – fui dura.

– Avisarei a ele.

– Tem como me dar um saco plástico? – perguntei rapidamente quando vi que ia sair.

– O que houve? – preocupado.

Senti-me um pouco enjoada e o homem correu para me acudir, pegando um balde. Coloquei minha cabeça ali e vomitei. Como não tinha comido por um tempo saiu sangue também. Depois disso o gosto e o cheiro ruim me invadiu.

– Acho que foi por conta dos remédios. – tranquilizou-me antes de se afastar.

Simplesmente fiquei ali me remoendo, mordendo os lábios. Segurando-me para não chorar ou gritar que o queria perto de mim. E eu pensando que quando acordasse não o amaria mais. Só que parecia ter crescido dentro de mim, junto com a decepção.

Quem sabe sem vê-lo esse sentimento morreria.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

A imagem não é minha, na verdade foi a leitora Vengeance que mandou para mim. Achei muito lindo e resolvi colocar nesse capítulo. Desculpem-me se tiver erros de português.

Mandem-me reviews? Seja que achou ruim, bom. E quem quer recomendar que nem as lindas da Catnip, Helen, LM Forever, Senhorita Foxface, Charlot, Lily LoveUU, Small long hair, Autumn, Like a Little Girl, Vanessa, Melanie Dixon Winchester, Queen Bee, France, Say something, Maíza Souza, hans, Ney Gremory, Paradise e Naty fizeram? Ficarei super feliz também. Por favor galera. *-*

Beijos e até a próxima, talvez no sábado.