Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 33
33 - Depois da música vem o beijo?


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde leitores queridos! *-*

Estou duplamente super, hiper, mega, ultra feliz. Gente novamente recebi duas lindérrimas recomendações. E graças a Helen e a LM Forever. Nossa, não tem noção do quando eu pulei ao ver nas atualizações o presentes de vocês. E como tinha começado o capítulo eu corri para postar. Maravilhosas palavras, que me emocionaram. E estou muito contente também por saber que terei mais recomendações para ler e reler em meus tempos para me motivar mais a escrever.

Agradeço a LM Forever, Helen (no cap. 9 durante o processo), Vanessa (no 31 também), Senhorita Foxface, gih, mrs stilinski, Gabihramos02, Ney Gremory, hans, uma leitora, IsabelNery, AkumaKun, Barbara, Raene Melo, Gio, Charlot, Viih Malik, Paradise, Lunista Crowler, Small long hair e Sparkly Dark Angel por comentar no anterior. São muito importantes para mim, tanto dos novos quanto dos velhos.

Muito obrigada a Helen, Viih Malik e MisticGirl por favoritar a fanfic. De verdade, adorei demais quando vi.

E onde estão meus outros leitores lindos? Estou com saudades, e também serão super bem vindos.

Confirmo que, infelizmente ou felizmente, terá mais dois ou três capítulos (com epílogo) para que a história acabe. :(

Espero que gostem gente, pois fiz para vocês.



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Capítulo trinta e três

Depois da música vem o beijo?

“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda.”

(Mario Quintana)

Uma, duas, três semanas e nada.

Nem eu ou ele dávamos o braço a torcer.Eu tive de novamente colocar o nome dele nos meus trabalhos, porque voltamos à estaca zero. Na verdade estávamos no negativo.

Sentia-me em um jogo de paquera na internet em que sua sintonia com um deles é a pior possível quando o via perto de mim. No começo o Henry nem sequer apareceu na escola, e quando deu as caras alguns ainda o humilhavam.

Tudo que faziam com o meu ex-colega-quase-amigo fazia o meu sangue ferver por conta da raiva. Para mim era uma injustiça. E apesar de querer tentar falar com o de olhos azuis sobre o assunto sempre perdia a coragem na hora. E tudo isso para não ouvir de novo suas cruéis palavras.

Méli, eu quero bolo de cereja! – minha meia-irmã.

Era tempo de férias, 8 de julho, e eu tinha de cuidar dela. Peguei-a pela mão, quando interrompeu meu pensamento pela milésima vez com a sua birra, e a levei até o mercado mais próximo.

– Não esse, o com chocolate. – reclamou.

– Sabe que faz mal, então pegarei o branco. – devolvi.

A calma era pouca, e quando a puxei para ir ao caixa vi um casal no meio do corredor. A garota abraçava o outro pela cintura e seu gesto era delicado e fofo. Na verdade era belíssima, e poderia ser comparada com uma modelo. Meu estomago pareceu embrulhar ao perceber que o garoto era o Henry. Isso mesmo.

Já minha meia-irmã parecia querer falar com ele.

– Vamos Sophie! – fui um pouco rude.

– Mas... o Ry. – em um sussurro.

Peguei-a no colo e consegui sair do mercado após pagar pelo produto. Soltei-a quando me senti cansada, tendo de aguentar as suas falações no meio do caminho. Que com toda a certeza era sobre o castanho.

Só o que eu via na minha frente era aquela cena dos dois enquanto concordada com tudo o que dizia inconscientemente. Quando chegamos em casa botei a torta no prato de plástico e um garfo do mesmo estilo. Escolhi um dos filmes que veio com ela para assistirmos.

Será que aquela garota era namorada dele? Talvez fosse, até porque parecia ser perfeita. Como uma Barbie. Eu senti a minha garganta queimar e meu estomago se corroer, sem falar da raiva, da qual crescia a cada dúvida que vinha em minha mente.

Eu não queria mais vê-lo, nunca mais.

– Qual o motivo de estar chorando Méli? – a voz infantil.

Nem tinha reparado nisso.

– N-nada. – gaguejei enquanto limpava as lágrimas que teimavam em cair.

Virou-se para frente com aquela expressão de preocupada.

– Você e o príncipe estão brigados? – soou depois de um tempo.

Engoli em seco.

– Por que acha isso pequena? – o tom baixo e machucado.

Lembrar dele não me fazia bem.

– Ficou mais triste quando o viu no mercado. – respondeu sem hesitar.

– Ele não quer mais ser meu amigo. – expliquei.

As pernas dela ficaram de mexendo constantemente neste instante enquanto me olhava com inquietação. Inflou as bochechas de forma meiga antes de continuar.

– Então por que não fala com ele? É ruim ficar de mal com alguém, principalmente quando é uma pessoa da qual gostamos. – filosofou.

Muitas vezes parecia minha mãe.

– E como está com o garoto da sua sala? – quis saber.

– Não mude de assunto. Você vai tentar fazer as pazes, não é? – decidida.

E não ia desistir, pois sabia o quão teimosa era.

– Só se não comer o meu chocolate escondido. – dei uma condição.

Se aceitar serei obrigada, pois considerava uma promessa como desafio.

– Fechado. – riu depois disso.

Vi ela dormir perto de mim e a coloquei no meu quarto, fechando-o com delicadeza após pegar o meu sinistro. Fiquei parada olhando para a TV desligada enquanto meu coração parecia bater no peito de forma escancarada, como se quisesse chamar atenção.

Um arrepio se formou, fazendo-me pegar a coberta para me aquecer. Henry veio em minha mente sem pedir permissão e lembrei-me do que combinei com a Sophie. Teria de comprar um presente também, até porque ele sempre o fazia quando queria que eu o perdoasse.

Mexi no meu dinheiro e vi que não tinha muito, até porque a maioria era com o aluguel e o resto. Peguei a quantia decidida a ir no shopping amanhã e enfrenta-lo no outro dia. Ter de encarar aqueles olhos azuis e não me derreter, parecer a mais fria possível.

O choro veio rapidamente e me enrolei mais ainda com o intuito de me acalentar. Lembrei-me quando vestia seu moletom quente e me sentia protegida. Só que agora que está com outra não poderia mais ir à minha casa como antigamente. Nem ser abraçada, tocada e muito menos me beijada.

Um beijo, uma briga e tudo mudou.

Mesmo sem intenção minha meia-irmã tinha toda a razão. Eu gostava dele, e muito mais, eu sou completamente apaixonada por ele. E como sempre gosto de sofrer, já que tive a audácia de o olhar com outros olhos, ou seja, como mais do que um simples amigo.

Sou uma burra, uma idiota, uma pessoa que eu nunca quis ser.

Sentia-me fraca por sentir ciúmes dele com aquela garota que parecia uma modelo. E mesmo se tivesse solteiro não o teria para mim, nem se desejasse por anos. Teria de me conformar de ser a pessoa que faz os trabalhos com ele e recebia a sua preocupação por pena.

Porque no fim das contas eu sou aquela que todos acham que tem pensamentos suicidas, que matou o pai e o irmão inexistente. E então dormi enquanto me xingava, e fechei os olhos muito antes de parar de me lamuriar.

10 de julho, dia do meu aniversário.

Ia comprar o seu perfume “212 men”, todavia era tão caro que resolvi por pegar uma camiseta do super-homem e outros acessórios dele. Praticamente gastei todo o dinheiro que ficou guardado no meu urso de pelúcia. No meu melhor amigo de anos.

Havia crescido, amadurecido, mas ainda precisava dele.

– Vou conhecer a casa do Ry. – cantarolou a So.

Suspirei pelo meu nervosismo e sai do ônibus, praticamente travando ao ver a enorme residência dele. Eu não ia conseguir falar com ele, não ia. E coloquei um rimel, blush, pó e me arrumei mais por conta da concorrencia e da minha insegurança. Mesmo assim não chegaria aos seus pés.

– Eu sabia que ele era um príncipe. – disse ao me levar a força.

Tocou a campainha com dificuldade e uma pessoa atendeu, e para a minha surpresa era aquela garota. E ele até havia a apresentado para seus pais já, o que realmente me deixou chateada.

Lembre-se que é só seu amigo, nada mais seu.

– Quem seria vocês? – questionou.

– Preciso falar com o Henry, e essa é a minha meia-irmã. – respondi com dificuldade.

Ela era tão linda que me deixava irritada.

– Que fofa! – gritou.

Sua histeria foi mais além, até porque pegou a criança e a colocou em seu colo. E nem pareceu me fulminar quando disse sobre o seu suposto namorado.

– Você gosta de desenhar? – questionou ao chegar na sala.

– Amo. – parecia animada.

– Então pegarei papéis e lápis de cor para você. – declarou.

Fiquei as observando pela porta.

– Não vai entrar? O meu irmão está no seu quarto. – questionou ao me mirar quando voltou ao local.

São irmãos? Então eu praticamente chorei por nada. Realmente eu sou mais idiota do que pareço, mas senti-me aliviada por saber a verdade.

– Tudo bem, obrigada por me receber. – sussurrei e fui correndo até a porta que já conhecia.

Bati e o esperar abrir enquanto segurava a sacola com os presentes.

Amélia? O que está fazendo aqui? – não parecia tão irritada.

Mas o não uso me deixou inquieta, e não o contrário como antes.

– Vim me desculpar. – falei de forma baixa.

Quase não consegui me pronunciar ao ver seu rosto, tanto que minha vontade era fugir. Só que eu tinha de ser forte, mesmo que meu coração parecesse pular dentro do meu peito.

Como se falasse: “você se ferrou”.

– É... pode vir. – nem me deixou reagir e me pegou pelo braço.

Arrepiei-me enquanto meu corpo parecia como a de uma gelatina.

– Minha irmã estava nos observando. – começou ao sentar na cadeira do computador.

Estava com um moletom e com o meu gorro, o que me deixou contente e ao mesmo tempo em que fiquei emocionada por vê-lo com algo meu. Pensava que tinha até jogado no lixo com o nosso último desentendimento.

– É para você. – balbuciei.

Não conseguia nem sequer fazer o discurso que ensaiei neste momento.

– Isso é para quê? Para me humilhar ainda mais? – esbravejou depois de ver o que comprei.

– Não, não é isso. – sussurrei sem jeito.

– Continue, estou ouvindo. – parecia mais calmo agora.

– Nunca teria necessidade de contar aquilo, e sabe o por quê? – perguntei.

Pareceu me analisar antes de eu responder.

– Gostar de super-heróis não é algo com que se preocupar, e nem nada vexatório. Mostra que você é humano, e eu também acabei os adorando também por sua causa. O seu amor por eles desde criança é algo para se orgulhar, e os outros são idiotas por não perceberem isso. – confessei.

Um silencio se formou no lugar. O que me fez pensar que ia me expulsar dali.

– Acha mesmo? – questionou.

– Com certeza. E sendo sua amiga nunca ia querer te prejudicar. – disse.

Chegou perto de mim, ainda sentado na cadeira de rodinhas, e pegou nas minhas duas mãos com delicadeza, entrelaçando com as dele. Mirou-me com intensidade e deu um enorme sorriso.

– Você me considera seu amigo? – a voz rouca perto de mim deixou-me nervosa.

Muito mais.

– Não teria motivos para não ser. – expliquei com certeza.

– Então acredito em ti, e sei que logo descobriremos quem espalhou o meu segredo. – parecia estar falando a verdade.

Colocou a camisa do seu idolo e esboçou a alegria por recebê-la.

– Muito obrigada Henry. – disse enquanto meu rosto se tornava vermelho.

A vontade de chorar era grande, mas de emoção.

Ele confiava em mim!

– Hoje é seu aniversário não? – depois de um tempo.

– Sim. – o tom baixo.

Definitivamente tinha me esquecido disso.

Levantou-se rapidamente e foi em direção ao seu armário, para depois pegar algo que estava do lado dele. Era um instrumento musical, parecido com guitarra e violão. Era um banjo.

Começou a tocar uma música que eu conhecia, até porque trabalhava em uma loja de discos. Quando errava a nota tinha vontade de rir, mas não o fazia ao vê-lo tentando de novo. E em uma eu conheci como sendo a de “janeiro em janeiro”. Aquela que o garoto do teatro tinha tocado na nossa sala.

Quando finalizou largou o objeto perto de mim e me pegou sem eu perceber. Praticamente me colou entre a parede e ele, fazendo-me sentir seu perfume cítrico e sua respiração ir de encontro ao meu rosto.

– Eu tinha ensaiado para te dar como presente de aniversário, e parava quando brigávamos. Fiquei um pouco enferrujado por nem tocar nele nessas semanas. – explicou.

Quis dizer que foi um dos melhores que recebi.

– Agradeço. – falei apenas.

– Sabe o que estava pensando? – com uma expressão maliciosa.

– O quê? – quase sem folego.

– Que depois daquela música não temos de nos beijar? – questionou sem nem hesitar.

Enquanto eu estava praticamente caindo só de imaginar seus lábios tocando o meu. Sabia que se isso acontecesse eu ia ficar mais apaixonada ainda e praticamente em suas mãos. O que eu mais queria era esquecê-lo o mais rápido possível, e não o contrário.

– Isso é coisa da Megan. E você não ia querer viver comigo para sempre. – tentei me desvencilhar.

Essa verdade tinha me atingido, mesmo que tenha sido eu a dizer.

– Realmente acha que alguém não ia querer isso? Por que sempre foge? É algo que todo mundo faz, não precisa de compromisso ou sentimento para que um beijo seja dado. - indiferente

Seu rosto tão perto do meu me faria desistir de resistir daqui a pouco.

– Não te interessa seu... seu cafajeste. Se todos não se importam com isso não quer dizer que vou querer que seja assim também. – gritei.

Empurrei-o e corri para a sala sem nem sequer olhar para trás. Ele não poderia brincar comigo dessa forma. Sei que muitas pessoas beijam sem motivo, em uma balada ou em outro lugar. Mas eu corri o risco desde o momento que me permiti sentir algo a mais por ele, e sabia que cresceria se nos beijássemos de novo. Talvez ao ponto de ficar me remoendo e o amando até o último suspiro.

Méli, eu desenhei você e o Ry. – o rosto inocente.

Tinha a minha franja, seus olhos azuis, o cabelo desarrumado e nós de mãos dadas, sendo que um coração nos rodeava. Fiquei envergonhada no mesmo instante e me despedi rapidamente, levando a Sophie e a sua arte consigo.

Suspirei e corri até o quarto, lembrando-me das cenas do melhor aniversário que não tive há anos. Só que infelizmente estraguei tudo ao dar bandeira e o afastar, sendo que talvez concordasse com ele se não tivesse completamente apaixonada por aquele galã de quinta categoria.

E o pior, nos encontramos direto, ainda mais agora que reatemos. Estou ralada, ferrada, estraçalhada, destruída. E por fim meu coração ficará partida em mil pedaços.

Órgão idiota.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Estou meio insegura em relação a isso, porque ia colocar mais, mas resolvi deixar para o próximo.

A imagem não é minha. Desculpem-me pelos erros de português.

Tentarei responder os lindos comentários logo, logo. Nunca ia esquecer disso.

Mandem-me reviews? Seja para falar que gostou ou não. Quem quer recomendar que nem as lindas da Helen, LM Forever, Senhorita Foxface, Charlot, Lily LoveUU, Small long hair, Autumn, Like a Little Girl, Vanessa, Melanie Dixon Winchester, Queen Bee (agora anonima), France, Say something, Maíza Souza, hans, Ney Gremory, Paradise e Naty fizeram? Por favor galera, ficarei super hiper mega feliz também. *-*

Beijos e até a próxima, talvez quinta ou só no sábado.



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