Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 29
29 - O famoso clichê "odeio amar você"


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindérrimos! *-*

Gostaria de agradecer ao AkumaKun, Senhorita Foxface, Like a Little Girl, Small long hair, Nobody, Maíza Souza, Ney Gremory, Melanie Dixon Winchester, hans, LuhLerman, Júlia Albrecht, Sheila Lima, Lunista Crowler, HyAlyss, honeycupcakebr, Giovana, mrs stilinkski, likeavirgin, Paradise, Cris chan, gih, Raene Melo, Birthday, Vengeance e Sparkly Dark angel por comentar no anterior. Um record! São super importantes para mim, tanto dos novos quanto dos velhos.

Obrigada a Cris chan, Mellany Scot, Youcanseethis, Mary Jane e uma leitora por favoritar a fic, de verdade. Adorei quando vi.

Estou com saudade dos outros leitores, onde estão vocês queridos?

Espero que gostem, fiz para vocês.



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Capítulo vinte e nove

O famoso clichê “odeio amar você”


“Quando a gente fica junto, tem briga. Quando a gente se separa saudade. Quando marca um encontro, discute. Desconheço um amor tão covarde!”

(Dorgival Dantas)

Posicionei no meu armário para pegar a apostila de história. Eu ainda tinha de passar minhas aulas e fazer os trabalhos com o Henry. E era muito ruim para mim saber que a pessoa que me considera uma caça, apenas mais uma, senta ao meu lado em todas as aulas.

Menos em educação física e as vezes artes, claro.

E ao abrir a porta com o número 666 algo me chamou atenção, um papel que caiu ao pegar o caderno.

“Você é muito mais que só uma da lista”

Com toda a certeza eu sabia quem era, mas isso não significa que ia perdoá-lo. Conquistadores tem lábia, e eu não queria cair nelas tão fácil. Com esse pensamento em mente fechei o objeto de metal, levando um susto depois disso.

Enzo. – berrei automaticamente.

E a sua risada foi ouvida logo depois. Poderia até me contagiar, se eu não fosse uma pessoa fria e quase sem sentimentos.

– Tudo bom Lia? – questionou.

Bem, ele me chamava assim há um tempo. Pois como seu apelido era o final do seu nome, resolveu fazer a mesma coisa comigo também. E esse foi o resultado. Desde aquele dia que entreguei as coisas na casa do Henry que ele falava comigo.

– Sim. – menti de novo.

E novamente engoli em seco.

– E eu estou muito bem, ainda mais por saber que posso sentar do seu lado nas aulas. Só que o diretor não me aceitou como seu parceiro nos trabalhos. – declarou.

O quê? Então o Nagel ficará longe de mim?

Nada respondi e simplesmente o acompanhei até a nossa sala. Lorenzo foi para o seu novo lugar e sorriu para mim, já eu dei de ombros e fiquei lendo a nova matéria. Hoje era uma segunda em que entregariam as notas do boletim do primeiro semestre.

Com o tempo o de olhos azuis entrou e me mirou, só que sua alegria acabou ao ver que não correspondia. Simplesmente o ignorei ao abaixar a cabeça e ficar fitando o caderno, mas sem prestar atenção no conteúdo.

Provavelmente sabia que não havia o perdoado.

Andou pela nossa fileira e parou na frente da sua carteira. Sua mão ficou em formato de punho no mesmo instante, o que me incomodou um pouco.

– Esse assento é meu! – exclamou.

Foi a primeira vez que ouvi sua voz depois da nossa última briga.

– Não é mais. – devolveu simplesmente o garoto.

– Por acaso seu nome está no mapa? – insistiu.

Percebi uma impaciência por parte do castanho.

– Logo estará. – de maneira irônica.

– Então até lá ficarei aqui. – praticamente gritou.

As pessoas que se encontravam ali começaram a falar em sussurros, e alguns já iam até os dois.

– Pode ir para onde eu sentava que essa cadeira não é mais sua. – provocou.

Simplesmente me virei quando ouvi um alto som, vendo que o Enzo havia apanhado. Essa atitude me deixou tão irritada que eu fui em direção ao garoto machucado e o levantei. Mirei o Nagel em reprovação e sai da sala, os passos rudes evidenciavam isso. Todavia antes de passar pela porta percebi que me fitava em um misto de surpresa, arrependimento e mais algo que não sabia identificar.

Não acredito que fez algo tão... cruel.

– É um covarde. – sussurrei.

– Vocês por acaso tem algo? – parecia curioso.

Lembrei-me de tudo que passamos, sabendo a resposta de cor. Enquanto seus olhos pareciam me analisar a cada instante, deixando-me até um pouco sem graça. O que realmente se tornou muito comum desde quando começou a mostrar interesse em andar comigo.

– Não, nunca. – devolvi em exaltação.

Passamos pelo corredor e fomos até a enfermaria, para depois vê-la correndo até ele de maneira preocupada. O pior é que nunca fez isso quando precisei da sua ajuda, dando a entender que tem uma queda pelos alunos da escola.

– O que aconteceu querido? – parecia uma galinha cacarejando.

Digo, uma sereia cantando.

– É... – parou por um momento.

Fitou-me e ficou por um tempo me olhando. E isso me fez pensar na pergunta da mulher. A verdade é que não desejava que o Henry levasse a culpa, o que realmente fez com que me detestasse ainda mais.

Não, não sei o porquê de sentir isso.

– Cai da cadeira e na hora bati com o nariz na carteira. – explicou no improviso.

Sim, o soco foi bem nessa parte.

O que me incomodou foi se transpareci o que minha mente concluiu.

– Coitado. – berrou.

Ai, meu ouvido.

Passou os produtos no local e nos liberou, mas sem antes dar um beijo leve no ferimento do rapaz. Lorenzo gargalhou baixo ao passarmos pelo corredor. E o que eu realmente gostava nele era que nunca inventava uma desculpa para me tocar, até porque nunca o fez.

– Obrigado por me acompanhar. – com um fraco sorriso.

– Só devolvendo por me salvar aquele dia em que me afoguei na piscina. – revidei.

Omiti a raiva que tinha sentido por ter se machucado sem motivo.

– Mesmo assim agradeço. – continuou.

Depois disso voltamos a aula e o outro educador nos deixou entrar. Notei que o Henry estava um pouco longe, ou seja, no local onde o outro garoto sentava. Posicionei-me na minha velha carteira, suspirando em alivio e começando a acompanhar o que a pessoa falava na frente.

– Amélia, tem como pegar outra caneta para mim? – perguntou.

Isso que dá ficar na frente do único armário da sala.

– Tudo bem. – gaguejei.

Praticamente corri enquanto tremia para levar o objeto até a sua mesa. Poderia sim ser sombria e dar medo, mas era tímida também. Depois de todo aquela murmúrio o relógio e a campainha anunciou o intervalo.

– Te esperarei no terraço. – comentou o loiro.

Sabia que ia no banheiro primeiro, então preferia ir até lá do que me esperar. O segurança no começo ficou dizendo que éramos namorados, mas depois entendeu que somos apenas colegas.

Fiquei lavando minha mãos na pia e ao me olhar no espelho notei o quanto estava pálida. Neste meio tempo a porta bateu, revelando uma pessoa chorosa no toalete. E sabia muito bem quem era, a Jully.

– Amélia? – parecia assustada.

Pensei que ia se esconder e ficar na cabine para não precisar revelar nada, mas logo se aproximou de mim e se sentou na minha frente, ou seja, na pedra onde ficava o lavatório. E seria eu a ir embora, mas ela me parou ao me segurar pelo braço.

– Preciso falar contigo. – declarou.

Depois de sumir por semanas ainda quer se explicar?

– Tudo bem. – declarei.

– Primeiramente quero que não fique chateada, mas só me aproximei de você porque era sempre sozinha e parecia não gosto do Henry. Era muito ruim ficar do lado de alguém que o adora e sempre fala dele. – confessou.

Tentei esquecer o que disse no começo, já que a curiosidade falou mais alto.

– E o que mais? – apoiei-a.

– Eu o odeio, de todo o coração. Por ser meu amigo de infância, por me conquistar, dizer que gostava de mim e me apresentar aos seus pais, fazer com que me entregasse para ele. Era a minha primeira vez. Só que no final terminou comigo e ainda disse que não era homem de ficar com apenas uma pessoa. – as lágrimas caiam com mais força agora. – Vi que ele se aproximou de ti, então tive de me afastar para não precisar saber dele. Mas eu mesma ficava pensando nele o tempo todo por o detestar. – declarou.

Aquilo era muito estranho. Então seria o costumeiro amor e ódio?

– E por que está falando isso para mim? – quis saber.

Mordeu o lábio inferior e começou a mexer as pernas de forma inquieta. Seu rosto estava vermelho e quando percebi que quase me acertava com o seu nervosismo me afastei. Acabei por sentar perto e a fitar em expectativa.

– Percebi que não anda mais com ele e... – parou de repente.

– E? – não sou a rainha da paciência.

– Acho que está braba com o Nagel, então queria me ajudasse a se vingar dele. – propôs.

Meu queixo foi ao chão neste instante.

– Não. – decretei sem pensar.

Caminho até a saída, querendo ir para comer meu lanche.

– Mas ele me usou e jogou fora! – exclamou.

Aquilo me lembrou da maldita lista.

– Você quis e acreditou nele, então não pense que foi a vítima. Foi culpa sua também, por cair no joguinho mesmo sabendo que sua natureza é ser cafajeste. – gritei.

– Eu o amava. – rebateu.

– Não, está errada, você ainda o ama. Então deixe esse pensamento de tramar contra ele e tente o conquistar. – finalizei.

Depois disso ficou estática e me deixou sair. Deve ser por só ter percebido agora que o sentimento dela continuava o mesmo, mas com aquele rancor de ter levado um fora. Só que no fundo eu fiquei abalada com o que disse, e isso me deu mais razão para me afastar daquele garoto dos olhos azuis.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

A imagem não é minha, mas gostei dela (mesmo n tendo muito a ver), desculpem-me pelos erros de português.

Mandem-me reviews, please? E quem quer recomendar que nem as divas da Lily LoveUU, Small long hair, Birthday, Like a Little Girl, Vanessa, Melanie Dixon Winchester, Ane Bee, Srta Grimm, Miss Avila, Maiza Souza, hans, Ney Gremory, Paradise e Naty fizeram? Ficarei super, hiper, mega feliz também. Por favor galera. *-*

Beijos e até a próximo, que estou achando que será apenas na quinta que vem, mas é um talvez.