Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 26
26 - A lhama me persegue


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde lindos leitores! *-*

Estou supér, hiper feliz. Até eu recebi minha décima terceira recomendação em menos de dois meses de "Pare! Não se aproxime". Nossa, emocionei-me demais com suas belas palavras Small long hair. E meus leitores que são super fofos, assim como a senhorita. Espero que goste mais e mais, porque eu adorei muito por ter mais um para ler em meus momentos. Nossa, e foi um dos motivos para correr com esse capítulo, porque foi lindérrimo o presente.

Agradeço a Small long hair, Senhorita Foxface, hans, Sparkly Dark Angel, Melanie Dixon Winchester, gih, Maíza Souza, Miss Avila, Ney Gremory, Alessandra Reis, Ane Bee, Raene Melo, LuhLerman, AkumaKun, Like a Little Girl, Paradise, Giovana e Vanessa por comentar no anterior. São muito importantes para mim, tanto dos novos quanto dos velhos.

Muito obrigada a Driih Santos8, Abelhinha, AkumaKun, monstrinha e Gabi por favoritar e a Paradise e Giovana por acompanhar. Adorei demais quando vi, de verdade.

Estou achando que chega no 300 nesse cap. Nossa, super obrigada a vocês.

E cade meus outros leitores? Não se acanhem gente, serão muito bem-vindos, de verdade.

Espero que gostem, fiz para vocês.



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Capítulo vinte e seis

A lhama me persegue

Solidão é a distância
que o separa de você mesmo
e não a distância
que o separa dos outros.

(Luiz Gasparetto)

O sinistro estava mais pesado, por conta do dinheiro que recebi na segunda-feira, tanto da escola quanto da Dona Diná. Sendo que também recebi da nora dela. E isso significava que eu realmente tinha batido uma foto minha com maquiagem.

E também resolvi para ver o minha identidade, percebendo que a data do meu aniversário era 10 de julho de 1997. E eu faria dezessete anos nesse dia.

– Amy, abre aqui. - uma voz me tirou dos devaneios.

Era o Henry. E justo quando estava preparada para ir à academia e tinha ficado aliviada por ele não ter vindo. Só que nunca podemos nos precipitar, porque as coisas sempre pioram.

– Já vou. - gritei.

O Nagel estava com uma jaqueta e uma bermuda do mesmo tecido do moletom, contudo ao entrar ficou apenas com a regata. Daquelas bem coladas, tanto que a barriga delineada dele era marcada pela blusa.

E, nossa, tem pernas muito bonitas.

– Vamos. - sussurrei ao recuperar o folego.

É, acho que safadice pega.

– Claro. - a voz rouca.

– Mas antes eu quero o pagamento. - declarei com seriedade.

Aceitei mesmo tendo apenas R$70,00, deixando os cinquenta reais para ser pagos depois. Entramos na academia de casa e eu comecei a me aquecer, e o de olhos azuis também. Percebi que encarava minha bunda as vezes, para depois dar um tapa nela.

Acho que tem aqui com uma queda por nádegas.

E o pior é que quase cai por estar distraída e por não ter previsto isso.

– Avisa primeiro! - exclamei ao subir na bicicleta.

Acompanhou-me também, ficando ao meu lado, até porque tinha duas no lugar.

– Se eu pedisse você iria deixar? - questionou depois de um tempo.

– Óbvio que não. - praticamente gritei.

Seu sorriso então se alargou, mas não deixando de ser galanteador.

– Então estava certo em fazer de surpresa. - rebateu.

Sai da bicicleta depois de um tempo e fui para os outros equipamentos. Percebi que umas gotas de suor estavam escorrendo pelo corpo do meu parceiro de escola, parando apenas ao encontrar a gola da roupa.

– Descobriu que dia faz aniversário? - quase não conseguia falar.

Percebi que tinha colocado uns 120kg para levantar.

– 10 de julho. - respondi.

Nossas aulas terminarão no dia quatro desse mês.

– Bom saber. - a alegria presente na frase.

Quando os músculos dele pareceram saltar por conta do movimento, notei que sua mão tinham marcas de calos antigos. E eu sabia que era um pouco áspera nas vezes que encostei nela, seja por minha iniciativa ou dele.

– Desculpa perguntar, mas por que suas mãos são calejadas? - quis saber.

– Por causa dos exercícios físicos e dos momentos que toquei banjo, sendo que faz tempo que não faço mais o segundo. - explicou.

Ah! Que instrumento musical mais diferente de ser aprendido. Se bem que é um pouco parecido com o violão.

Já eu não tinha por conta dos cremes e remédios que passo quando está ficando machucada.

– Entendi. - disse apenas.

Concentrei-me no que estava realizando, tanto que meu rosto estava queimando e minha roupa chegava a colar de tão molhada que estava. Depois de terminar fui direto tomar banho, deixando-o sozinho no local.

Peguei o que a minha chefe tinha feito para mim e comecei a esquentar, separando o do Henry em um outro prato. Quando terminei de comer e iniciei a preparação do lanche da manhã, notei dois braços me rodeando e alguém encostando o nariz no meu pescoço de forma delicada.

– Cheirosa como sempre. - arrepiei-me ao dizer de forma baixa em meu ouvido.

Meu rosto estava vermelho agora, todavia por causa da vergonha e ira. Até porque ele é muito atrevido. Fica me tocando a todo o momento, seja na mão, no rosto, na cintura e nos glúteos. Achando que tem permissão para isso.

– Preciso de espaço para terminar a comida. - devolvi.

Um frio passou pelo meu corpo ao se afastar, vendo de esguelha que tinha sentado na mesa. E ficava encarando o alimento de maneira esfomeada.

– É para mim? - perguntou com animação.

– Sim. - fui monossílaba novamente.

Então atacou sem dó, no entanto pelo menos consegui terminar de fazer dois sanduiches para mim, e coloquei na mesma quantidade em outra. Isso porque o Nagel sempre fica pegando e eu passo fome se não fazer a mais.

– Delicioso! - gritou, tanto que levei um susto.

Coloquei a mão no coração por conta disso.

– Tudo que a D. Diná faz é. - respondi.

Depois disso o celular dele começou a tocar. Acho que era urgente, porque após o encerramento teve de ir embora. Acompanhei-o até a porta, observando-o me fitar de maneira intensa e provocadora.

– Tchau Amy. - sussurrou de maneira maliciosa.

Aquele sorriso me deixava com inveja as vezes.

– Espero que até nunca mais. - revidei com escarnio.

Quando fui voltando para o domicilio para finalmente folhear o caderno e fazer as atividades sossegada, senti alguém me puxando com força e o baque da minha cabeça em seu peito duro. Que como estava suado me fez ter um pouco de repulsa, entretanto fiquei estática mesmo assim. Seus belos olhos estavam mais brilhantes enquanto me mirava, aproximando seu rosto do meu.

Eu não sabia o que ia fazer, mas ao chegar perto dos meus lábios desviei, fazendo-o beijar minha bochecha de maneira leve. E notei que sua língua vinha de encontro com minha pele, porém logo se afastou.

Nada disse, indo em direção a sua bicicleta. Com aquela jaqueta e o seu corpo molhado por conta dos exercícios, a cada pedalada via que seu musculo aparecia. E eu não sabia o motivo de ter notados tantos detalhes dele antes de ir para o meu quarto.

Era um dia horrível para mim, pois teria artes. E eu praticamente fiquei um mês inteiro para escolher uma imagem que transmitisse tudo o que achei da viagem. Por fim resolvi colocar uma com a loja, uns animais atrás, e o nosso guia chupando um picolé.

Na verdade tudo o que rolou no passeio em uma cena só. E fiquei grata por ter batido uma foto dessas. Coloquei na mochila e cheguei a cozinha, vendo minha mãe na mesa me esperando.

– Quero os R$225,00 na minha mão. - disse simplesmente.

Sem dar bom dia ou esboçar um sorriso.

E além de pegar tudo o que tinha na minha poupança ainda quer mais?

– Está bem. - acatei contra minha vontade.

Fui no meu ursinho de pelúcia, após ver se estava me espionando, e peguei a quantia que pedira. Novamente cheguei ao local e comecei a comer, dando para ela o meu suado dinheiro.

Peguei o ônibus rapidamente, lamentando pelo que perdi. E também pelo que vai ocorrer. No armário peguei as apostilas de hoje e fui em direção à sala, sabendo que teria química.

Até que passou rápido, e em meio a piadinhas e a afirmação de que semana que vem seria a entrega do relatório sobre a viagem começou a outra aula. Vários murmúrios foram feitos enquanto a professora de artes chegava.

– Tragam-me os trabalhos que colocarei no biombo. - declarou.

O quê? Como assim as nossas fotos ficarão no pátio para todos ver?

– Terá o nosso nome neles? - questionou uma ruiva.

– Sim. - respondeu.

É agora que eu morro de vergonha.

– Tenho certeza que vai adorar a minha imagem. - a voz rouca soou perto de mim.

Era o Henry, que ainda não havia se distanciando.

Não respondi por conta do nervosismo. E a educadora pegou nossos trabalhos escritos, colocando um por um num estande que havia no local mais movimentado. Ninguém estava ali no momento, entretanto no intervalo teria. Percebi que já havia de outra turma também, e da Megan era dela de óculos escuros na frente da gaiola com a águia.

Bem típico dela. E eu pensando que não tinha ido na excursão.

Corri meus olhos por cada um e notei que o do castanho era uma minha, justo aquela em que a lhama puxava meu cabelo. Minha face pegou fogo e quis mata-lo, mais ainda quando começaram a rir de mim por conta disso.

– Belo tratamento para o cabelo Ortiz.– gritou um.

Uma aglomeração foi na direção deles e a maioria começou a gargalhar, meus olhos começaram a lacrimejar, fazendo-me sair rapidamente dali. Sentei-me mais ao longe e esperei o sinal tocar, e enquanto limpava meu rosto com a manga da camisa ia em direção a nossa classe.

É, eu sou uma fraca. Uma medíocre que não sabia me defender.

– Desculpa, não sabia que ia mostrar para todos. - disse uma voz atrás de mim.

Sabia quem era, o meu parceiro.

– Tudo bem. - sussurrei apenas.

Estava tão cansada que nem brigar mais tinha vontade.

Quando o sinal do intervalo bateu, notei que todos foram em direção a exposição. E um bolo estava onde se encontrava a minha imagem. E por sorte eu tinha conseguido inventado uma desculpa para ficar longe do Nagel.

Percebi que as duas inimigas foram em minha direção, encarando-me com ira. Tentei fugir, mas elas foram mais rápidas e me pegaram. Lorena pegou pela braço e ficou me segurando, enquanto a outra ficava na minha frente.

– Então a merdinha ficou com o meu namorado na viagem é? - exclamou.

Não respondi de tão apavorada que me encontrava.

– Não vai falar? - continuou a outra.

Quando nada disse começaram e me dar chutes, as duas. E eu tentava me soltar a todo custo, só que em vão. Depois que perceberam que estava debilitada se afastaram. Fui em direção ao banheiro, todavia antes disso algo foi jogado em cima de mim. Era nada menos que lixos do colégio, como restos de comida, latinhas e até chiclete.

Fiquei completamente suja.

– Nunca dei motivos para me tratarem assim. - berrei quando estavam se afastando.

Elas nada falaram enquanto desfilavam até o pátio. Enquanto eu me sentia humilhada e completamente derrotada. No toalete comecei a me limpar, mas de nada adiantou. Minha única saída era ir para a diretoria, em que consegui uma nova roupa ao mentir sobre o que tinha ocorrido.

Ao chegar na sala, com a autorização do Sr. Clemente, dirigi a minha carteira rabiscada. Nem sequer troquei umas palavras ou olhei para o Henry, pois estava temendo uma nova represália por parte da Queen e da Lorena. E simplesmente torcia para que não aparecesse na minha residência mais tarde.

É... começará tudo de novo.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Da violência? Da foto? Do momento na academia? Do que a mãe da Amy fez?

Desculpa se tiver erros. E a imagem não é minha.

Mandem-me reviews com a sua opinião? Quem quer recomendar e quem as divas da Small long hair, Birthday, Like a Little Girl, Vanessa, Melanie Dixon Winchester, Ane Bee, Srta Grimm, Miss Avila, Maíza Souza, hans, Ney Gremory, Paradise e Naty fizeram? Ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Até dia 01/05, se tudo der certo.