Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 24
24 - Escândalo na cabine de som?


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meu lindos leitores! *-*

Eu praticamente fiquei o dia inteiro na corrida para postar esse capítulo porque eu fiquei super, hiper, mega feliz por receber uma bela e diva recomendação. E graças a Melanie Dixon Winchester, que me mandou a nona. Quero super agradecer por sua palavras, eu gostei demais. Emocionei-me muito e também te adoro. Espero que goste mais e mais, porque eu alegrei-me muito por ter mais uma recomendação para ler.

Agradeço demais a Senhorita Foxface, Melanie Dixon Winchester, Vanessa, Like a Little Girl (por mandar review no processo até essa postagem!), gih, HyAlyss, Sparkly Dark Angel, Raene Melo, hans, LuhLerman, Drama Queen, Ney Gremory, Paradise e Catnip por comentar no anterior. São muito importantes para mim, tanto dos novos leitores quanto dos velhos. E também aos que resolveram acompanhar a minha outra fanfic, a Idiot guy.

Muito obrigada a coala rosa e Lisandra Cyrus Bangerz por favoritar e Nands Evellyn por acompanhar a fanfic. Adorei demais quando vi, de verdade.

E onde estão meu outros leitores queridos? Será que já voltaram da querida viagem ou dias de feriado de páscoa? aiuhwuiw

Espero que curtam, pois fiz para vocês.



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Capítulo vinte e quatro

Escândalo na cabine de som?

Porque a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu. Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão. Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não...

(Vinicius de Moraes)

Quarta-feira dia da apresentação

No dia anterior o Henry simplesmente me ignorou, fazendo-me ter um dia de sossego e poder ir na biblioteca sem ninguém por perto. E, por incrível que pareça, nem Megan, Lorena ou Thalia vieram me importunar até agora.

Surpreendente não?

E eu também fui maquiada para que a psicóloga não reclamasse, mas por outro lado ficou falando das minhas roupas. Que era o costumeiro moletom preto. E ainda me deu uma pulseira para que eu usasse, dizendo que me daria alta mais rápido se a pusesse por um tempo.

O meu parceiro se posicionou ao meu lado e pegou a minha mão com força, fazendo me aproximar dele com um olhar que me transmitia calma. Nem parecia a mesma pessoa de ontem.

– Não fique nervosa, estou aqui para quando se sentir indisposta. - sussurrou.

Sim, ele sabia do meu medo. Até porque eu tinha de contar.

– Obrigada. - devolvi e fui para a frente da sala.

Já estávamos vestidos e a professora perguntou nossos nomes, colocando a presença na chamada. O frio na barriga veio com tudo enquanto colava o cartaz no quadro negro, tanto que tremi um pouco. Minha sorte era que o Nagel ia começar.

– Bom dia. - iniciou com franqueza. - Chamo-me Pedro Missionário e me feri na guerra, sendo acolhido pela família Terra. Conheci a Ana e nos apaixonamos... - continuou, mas nem ouvi direito, minha atenção estava no que iria falar.

– Sou a A-Ana e... - engoli em seco neste instante e só consegui falar o resto por conta de seu incentivo silencioso. - como o meu colega disse, acabo me apaixonando por ele... - sim, eu consegui terminar.

Fui correndo até a saída para tirar a roupa de cima e ficar com a de baixo, já que faria outra personagem e notei que uma gritaria aconteceu, por parte das garotas, ao verem que o de olhos azuis estava tirando a blusa, ia ficar de farda agora. Até a professora quase desmaiou.

Olhei para o corredor e vejo Lorenzo indo em minha direção, mas apenas deu uma piscadinha e seguiu a caminhar. Eu fiquei tão encucada que só despertei quando me chamaram em um berro. Abri a porta da sala devagar pela vergonha e fiquei sem graça.

– Desculpa a demora. - balbuciei.

– Fala mais alto! - exclamaram uns alunos.

– Perdoem-me por me atrasar. - gritei.

O castanho me chamou com as mãos e cheguei perto dele, deixando-o beijar minhas mãos com delicadeza e cavalheirismo. E me fitou intensamente, sem me soltar.

– Senhorita, posso ser o primeiro a apresentar? - questionou.

– Claro. - respondi com o rosto em chamas.

Mirei a plateia e fiquei o escutando contar nossa história, dos descendentes dos Terras e sobre o que aconteceu e toda a confusão. Já eu contei sobre a parte feminina e como as mulheres eram tratadas. No final todos nos aplaudiram, sendo que a educadora também.

– Divino, esplêndido. Amélia, confesso que me impressionou. E alguém tem perguntas a fazer? - declarou.

Alguns levantaram as mãos.

– Eu tenho uma para o Angel. – a garota que sempre o bajula.

– Qual? - deu ouvidos.

– O que tem depois dessa farda? Já que tirou a de cima, não tem outro personagem escondido atrás desse não? - enquanto mordia os lábios.

– Outro dia te mostro. - e piscou ao dar aquele sorriso galanteador.

Que tarado! E por que estou me importando com isso?

– Podem parar! Grupo quatro aqui na frente. - em um tom alto.

Então fomos até nossas carteiras e o sorriso do Henry murchou, como se novamente estivesse magoado com algo. Mas o quê?

– É... - fui cortada.

– Quero ver a apresentação, fazendo o favor. - rebateu.

Senti-me culpada e ao mesmo tempo intrigada. Era como se tivéssemos trocado os papéis nesse instante. Só que eu ia descobrir o que aconteceu, e é uma promessa. No intervalo novamente fiquei solitária, e ao ir na biblioteca notei que apenas Thalia estava ali, mas acompanhada de outra garota.

Escondi-me para não ser vista e correr o risco de ser humilhada novamente.

– Não vai mais andar com elas? Como assim? - disse a outra de forma assustada.

– Eu quero voltar a ser do grupo delas, mas não posso. - voz de tristeza.

Um soluço veio, e outro, e foi neste instante que notei que a menina estava chorando.

– E não vai me contar o por quê? - quis saber.

Até eu estava curiosa.

– Melhor não. - a voz abafada pelo desespero.

Quando saíram do local eu devolvi os dois livros do o tempo e o vento. Não precisei pagar por ter renovado três vezes, já que necessitava dele até o dia da apresentação. Para não me esquecer da história em si ou se ia somar um detalhe a mais dos personagens.

– Mexe mais essa colher, parece que está morrendo. - gritou D. Diná.

Ninguém merece.

– Está bem. - devolvi em desanimação.

Estava aprendendo a fazer purê de batata. O resto ela mesmo preparava, já que estávamos um pouco atrasadas. E confesso que foi por causa da minha vontade de descobrir mais sobre o que ouvi na biblioteca, mas não a encontrei, fazendo-me perder o ônibus e chegar um pouco depois na loja.

– Posso te falar uma coisa? - comecei.

Nossa, que vergonha.

– Claro querida.– concordou.

– É que o Henry e eu, nós, a gente se beijou. - confessei rapidamente.

O sorriso dela pareceu aumentar neste momento.

– Então estão namorando? - praticamente gritou.

– Claro que não. Mas eu nem sei se um beijo de verdade, porque só tocamos os lábios um no outro. Só que ele fez isso quando eu estava dormindo. - alterada.

Minha face parecia esquentar a cada segundo.

– É apenas um selinho. E você não correspondeu? - perguntou.

– Óbvio que a resposta é negativa. - declarei.

– Se fosse eu já teria o agarrado. - aos risos.

Que coroa mais faceira!

– Em um ônibus lotado? - quis saber até onde chegaria.

– Melhor ainda, assim aquelas atiradas iam ter a certeza de que era seu. - concluiu.

– Ele não é nada meu, nem amigo, apenas colega. - rebati.

Só que a sua alegria não diminuiu.

– As coisas estão evoluindo então, mesmo que a passos milimétricos. - teimou.

– A senhora que acha isso, não eu. - um pouco irritada.

Quando o turno começou eu fui no balcão, mas a minha chefe pediu para que eu fosse escutar alguns produtos novos que chegaram dos cantores. Entrei na cabine e coloquei o primeiro CD, botando o enorme fone no ouvido. Era um ritmo meio pop e bom, daquelas que devem fazer sucesso nas rádios.

Passei para o outro, desligando-me do que passava ali fora, e percebi que era sertanejo. Mas isso sabia de certeza ao ver a capa, pois são quase sempre iguais. E quando abri os olhos vi um garoto próximo a mim, do qual tirou o objeto da onde vinha o som sem minha permissão.

– Olá Amy. - sussurrou de maneira rouca.

E então notei que sim, era o Henry.

– Agora resolveu falar comigo? - reclamei.

Como se realmente sentisse sua falta.

– Não é o que sempre quis? Só estou fazendo um favor, deixando-te em paz. - explicou.

Mas sua carranca dizia o contrário, já que sua frase não vinha acompanhada de um sorriso torto e galanteador, daqueles que fazem a maioria das alunas se derreter inteira.

– Sim, mas você nunca se importou com isso. - devolvi com impaciência.

– Só que eu desisti de tentar correr atrás e te fazer confiar em mim, porque eu só levo patadas. Não se preocupe, irei falar com o diretor amanhã. - revidou.

– E repito: por que só agora? - perguntei.

Virou-se para trás e as mãos de novo em punho, como daquela vez.

– Eu vi o quão bem você tratou aquele garoto, que você conhece há dois dias, enquanto eu que sempre me preocupei contigo é diferente. Não importa o quanto tento te fazer ser minha amiga, porque nunca parece confiar o bastante, mas com o Lorenzo pareceu ser bem fácil te conquistar. - confessou.

O que foi isso agora? Como assim? Eu sequer falei direito com aquele menino.

Peguei-o pela mão e o fiz se virar para mim, olhando-o diretamente.

– Ele não é nada meu e nem sequer meu amigo é. Então pare de se comportar de maneira tão estranha. Ignorar-me por isso foi no mínimo infantil. - esbravejei.

Nagel fitou onde o toquei e um pequeno sorriso apareceu.

– Sabia que foi a primeira vez que tomou a iniciativa? - o tom baixo e sensual.

Chegou mais perto de mim, fazendo-me ficar entre a parede da cabine e ele. Estava tão apertado que quase fiquei sem ar, mas o que mais me incomodava era a nossa proximidade.

– O que vai fazer? - balbuciei, quase sem folego.

Nada disse por enquanto ao tocar em meu cabelo de leve.

– Afaste-se dele, por favor. - tão desesperado que me deixou nervosa.

– Henry, não posso prometer nada. O Enzo é da nossa sala. - respondi.

Percebi que seu rosto se tornou rubro neste momento.

Enzo? Já estão trocando apelidos é? Depois diz que não significa nada para você. Por acaso se beijaram também? - a irritação presente.

Por acaso ele acha que sou quem? Uma de suas vadias?

– Você está me desrespeitando! Não sou dessas. Aliás, o que eu fiz ou deixo de fazer não te interessa. - exclamei.

– Depois de segunda não duvido de nada. - teve a coragem de dizer.

Estava tão irada que meus olhos chegaram a marejar.

– O que eu fiz? - questionei em curiosidade.

– Ficou desfilando com aquele roupão pela escola! - exclamou.

Neste instante estou achando que a Dona Diná estava bem longe para não nos escutar.

– O que eu poderia fazer se um garoto estava com a minha mochila? - irônica.

Foi assim que me pegou pelo pulso e se sentou na cadeira do local, colocando-me em seu colo, de frente para ele. Tentou me soltar, mas parei ao sentir seus braços me rodeando.

– Me perdoa Amy, eu te peço. Não sei o que deu em mim e nem como tive a coragem de te dizer coisas tão terríveis. - o tom nervoso.

Em sua íris a dor era transmitida. Percebi que estava arrependido, tanto que nenhum esboço de divertimento estava em sua expressão ou lábios.

– O que me dará em troca? - soei.

Disse em brincadeira, na verdade eu era um pouco obrigada a me dar bem com ele, já que tinha a certeza que o diretor nunca anularia o contrato. É... isso é o que eu ganho por ser antissocial o tempo todo.

– Que tal o meu quadro de super-homem? - o sorriso voltando em sua face.

– Fechado. - concordei.

Só aceitei para que ele não pense que o desculpei tão fácil, já que minha fama de má, sombria e coração de pedra tem que continuar intacta. Depois disso me soltou e me fez ficar envergonhada novamente por lembrar-me a posição em que nos encontrávamos.

Realmente deveria ter parecido uma atirada para quem visse de fora.

– Obrigado. - sussurrou.

Para completar ainda deu um beijo na minha bochecha de maneira rápida, saindo do lugar na mesma velocidade. Sendo que eu tive de aguentar a tarde inteira as piadinhas da Dona Diná, de como combinamos e seriamos o belo casal, o que não tem cabimento e é impossível de acontecer. Tanto por eu ser praticamente assexuada quanto pelo castanho ser mulherengo.

Só que eu ainda tinha de saber sobre o caso da Thalia e qual o verdadeiro motivo para o Nagel ter se portado dessa maneira. Ao ponto de insinuar que eu estava tendo um caso com o Lorenzo. Quebrei minha cabeça parte da noite inteira tentando descobrir algo, mas nenhuma explicação me veio à mente.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam dessa briga? E da apresentação? E do conselho da Dona Diná?

A imagem não é minha, e desculpem se tiver erros de português. E logo irei responder aos reviews que faltam. E aviso que só poderei postar agora apenas na sexta, pois tenho prova. Então até esse dia lindos leitores.

Mandem-me a sua opinião ao comentar do que acham sobre a fanfic? E quem quer recomendar que nem as queridas da Melanie Dixon Winchester, Ane Bee, Srta Grimm, Miss Avila, Maíza Souza, hans, Ney Gremory, Paradise e Naty fizeram? Ficaria super grata também. Por favor galera. *-*

Beijos e até a próxima.