Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 22
22 - A coelhinha invadiu outra toca - POV Henry


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde leitores lindos! *-*

Quero muito agradecer a Ney Gremory, gih, Ane Bee, Sheila lima, Senhorita Foxface, LuhLerman, Paradise, Drama Queen, HyAlyss, Catnip, Raene Melo, Carolccastro, mrs stilinski, hans, Sparkly Dark Angel, Rani, Srta Grimm e Melanie Dixon Winchester por comentar no anterior. São muito importantes para mim, tanto dos novos quanto dos velhos.

Muito obrigada também a Drama Queen e panda pitts por favoritar a fanfic. Gostei demais quando vi que chegou a 30. E ainda mais 80 acompanham a história. Então fico super grata também.

POV do Henry galeeera!

Espero que gostem, fiz para vocês.



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Capítulo vinte e dois

A coelhinha invadiu outra toca

“Amor cafajeste
Amor!
Olhares, desejos, promessas de paraíso...
depois risos, depois flores, depois beijos.
Depois...
Depois amor?
Depois nada.”

(José Nilson Padilha)

Estou enfiado embaixo das cobertas em um sábado à tarde. Sentia-me assustado e muito receoso do que ia acontecer, como se fosse criança novamente. Como um cão abandonado e mal tratado. Mas o motivo não era por deixar de ganhar um brinquedo como antigamente, e sim o que aconteceu na viagem.

Quando vi aquele rosto sofrido e lágrimas correndo por ele quis que abrisse aqueles olhos brilhantes e verdes em minha direção, mesmo que transmitisse raiva e antipatia. Depois de tanto tentar acordá-la ao mexê-la tive a ideia de beijar aqueles lábios que tanto me chamava atenção em nossas brigas.

E, droga, como foi bom tocá-los. Ela tremia e parecia se esforçar para despertar, fazendo-me afaga-la ao massagear as costas e cintura. A íris apareceu para mim de maneira apavorada e inocente, e sorri em reação ao me lembrar da cena no banheiro do primeiro dia de aula.

O modo estático dela me fez pensar que desejava algo mais íntimo, e foi por esse motivo que entreabri os lábios e passei minha língua no dela de maneira lenta. Só que a fez reagir ao contrário do que previa ao nos separar rapidamente e me dar um forte tapa. Daquele que ainda doí até agora.

“Vamos sair Hen, por favor. Me desculpa!” – Meg Q.

Não falava com ela desde daquela briga em que a Amy saiu muito machucada. Aquela fragilidade dela me deu uma imensa vontade de protege-la, e foi o que fiz. E o pior é que eu acordei muitas vezes no meio de um sonho erótico com a Ortiz, o que sempre me lembrava de que teria de conquista-la e fazê-la rastejar aos meus pés como as outras.

“Como está se saindo com aquela irritadinha? Não se esqueça que me disse que até as férias de julho ficaria com ela” – James

Nem me importei com o da garota e enviei uma SMS para o meu amigo fofoqueiro. Só que como sei o quanto é piadista e não tem noção o perdoei por aquela brincadeira de mal gosto.

“Dei um beijo nela e recebi uma tapa, mas foi apenas um selinho mesmo. Hey! Mas não é uma aposta.” – Henry

A resposta veio rapidamente, assim como outra da Queen.

“Eu sei, porque se acharem que é uma será difícil conseguir conquista-la e blá, blá, blá. E acho que o pegador de olhos azuis e que conseguia todas está ficando enferrujado” – James.

“Não vai me responder? :(” – Meg Q.

Simplesmente deixei meu celular de lado e me ajeitei naquele local quente e seguro. Nem vontade de ir na casa dela para fazer o trabalho eu tinha, mesmo sabendo que teria aquele bolo delicioso na mesa. Mas estava com vergonha e até chateado por conta dos inúmeros foras. E passou-me muitas vezes pela cabeça de desistir desse desafio imposto por mim.

Mas aquela pestinha sempre vem com aquele cara sofrida, misteriosa e assustando, deixando mais instigado a ir atrás dela. E também tem o contrato, tanto de me ensinar, quanto do meu dever de zelá-la.

“Eu te amo tanto S2– Meg Q.

Quero esclarecer que ela sempre teve essa obsessão por mim desde criança, quando nos conhecemos no jardim de infância. Nossos pais são amigos e muitas vezes tive de encontrá-la e até me forçar a falar com ela. Concordo que é gostosa, bonita e que ficamos algumas vezes, mas repito que não é meu tipo preferido.

Odeio grudentas!

“Me esquece” – Henry

Mandei, o que a fez parar de me mandar recados. Sabia que isso significava que estava chorando e ligando para uma das suas amigas. E depois de um tempo sem me mexer praticamente e ficar com aquele meu pijama do Batman, fui no notebook para ver o meu facebook.

Naquele foto constrangedora e repelente de garotas tinha 976 curtidas e 70 comentário, além de uns 30 compartilhamentos. E o pior é que mesmo estando escrito que eu era gay, várias meninas ficavam me consolando, seja por ali ou no bate-papo. Neste momento a campainha tocou insistentemente.

– Já vai! – exclamei sem paciência.

Desci como estava e atendi a porta, revelando uma pessoa irritada, do qual me olhava como se fosse me matar a qualquer instante. Sim, era Amélia Ortiz. A minha parceira morena que beijei ontem. Em sua face não havia um resquício de maquiagem e usava aquele moletom comum.

– Eu... – cortou-me sem dó.

– Não há desculpa, o trabalho é nessa quarta e ainda nem começamos a ensaiar nossas falas ou sequer termina-las. Sem falar das roupas e a música de funda. – esbravejou.

Estava tão linda irritada que meu vontade de provoca-la mais.

– Eu já gravei a abertura da minissérie. – declarei com um sorriso torto.

Pegou o caderno que segurava firmemente e riscou algo. Deixei-a entrar depois disso e notei que ficava observando o local de maneira minuciosa, provavelmente para ver se tinha mais alguém.

– Perdoe pelo que aconteceu aquele dia com minha mãe. – pedi novamente.

Olhou-me agilmente e sua boca cortada me fez morder a minha ao me lembrar do que aconteceu, tanto que meu semblante mudou.

– Tudo bem. – indiferente como sempre.

Aquele cabelo preto em formato de rabo de cavalo me fez ter a vontade de tirar aquele rabicó e deixa-lo solto, só para tocá-los e vê-la se alterar de novo.

– Vamos no meu quarto para terminarmos esse trabalho logo. – comentei.

E também para continuar deitado em minha cama e dormir até não poder mais. Porque todo o momento só o que me vem à mente são seus tapas, patadas e um imenso histórico de pés na bunda. Caminhamos e me posicionei na cadeira para visualizar o que tinha anotado no computador.

– Tem alguma veste para usar já? – perguntei sem nem olhá-la.

Que problema eu tenho afinal? Desde quando me tornei tão covarde?

– Não. – respondeu com o mesmo tom nada simpático.

– Eu tenho um da minha irmã, acho que algo dela servirá em ti. – opinei.

Pareceu me fitar me maneira confusa depois de me ouvir.

– Ela mora com minha tia em outro país. – expliquei rapidamente.

Fui no antigo cômodo dela e peguei uma saia comprida de cor salmão e uma blusa branca folgadinha que usava nas apresentações de dança dela. Tinha 15 anos e foi para a França com a bolsa que recebeu para estudar lá.

– Vê se cabe em ti. – declarei ao nota-la sentada na cama de maneira distraída.

Depois diz que não é fofa.

E se meu amigo soubesse disso me chamaria de gay por meses. Até porque não é de meu feitio, mas é impossível não acha-la assim. Até porque por trás daquele jeito durão tem um garota meiga e frágil, do qual me esforço para não protege-la ou a olhar com cara de bobo.

– E a peruca? – questionou de repente.

– Seu cabelo serve. – devolvi.

Pareceu dar de ombros e pegou o que estava em meus braços e foi no banheiro mais próximo. Se eu dissesse que não ansiava por saber como era de lingerie estaria mentido. Ainda mais por saber que frequenta academia e tem um corpo tão belo, daqueles que tem vontade de tocar ao estar perto de você.

Em poucos minutos chegou no quarto e a vermelhidão em seu rosto era gritante. A roupa tinha caído bem nela, e quando se virou as nádegas eram o que mais me chamava atenção por estar bem delineada naquela saia. E o extinto de obriga-la a tirá-la ou eu mesmo faze-lo era frequente em meu pensamento. Já eu aproveitei para colocar uma calça normal e camisa vermelha.

– A-acho que não ficou legal. – gaguejou pela vergonha.

Não ficou? Eu tenho vontade de a despir inteira e fazer loucuras de tão sensual e maravilhosa que está e ela me diz isso?

Droga! Remova essa roupa já se não nem responderei mais por mim ou meus atos.

– O que importa é que ficou parecida com a personagem. – contrariando-me.

– Tem razão. – a expressão sem graça em sua face.

Ficamos a tarde inteira ensaiando as falas e comendo a torta que trouxera, e a sua tentativa de tentar se fazer de apaixonada me arrancou várias gargalhadas. Só para ver aquele bico emburrado que só me convencia de provocá-la mais.

– Senhorita coelhinha... – comecei.

Sim, eu levei um tapa só por dizer aquele apelido proibido.

– Eu falei para nunca mais dirigir essa palavra a mim. – gritou praticamente.

– E se eu mandar parar de me bater? Por acaso vai acatar a minha ordem? – revidei.

Levantou uma sobrancelha, fazendo-me perceber que pegou a minha mania.

– Óbvio que não. – o tom irado.

– Então. – falei simplesmente.

Notei que ficou mais confusa ainda.

– Então o quê? – quis saber.

– Se não me obedece também não o farei. – expliquei.

Ia me dar uma patada quando alguém bateu, e abri. Pensei ser meus pais, mas ao ver Megan Queen na minha frente fiz um muxoxo. Só que antes de sequer enxotá-la da minha casa agarrou meu pescoço e me deu um beijo surpresa. Daqueles que eu não dei na Amy, e provavelmente nunca ia.

– Gostou da minha visita amor? – questionou com animação.

– Eu disse que não quero mais te ver ou falar contigo. – fui duro.

E simplesmente me posicionei na frente dela para que fosse embora ou não entrasse.

– Tem alguma vadia junto contigo por acaso? – urrou.

Como uma cachorra que era.

– Não te interessa. – detonei.

Nem me ouviu mais e quando vi já estava indo em direção ao meu quarto, abrindo a porta e vendo a Amélia no local. Sua cara se transformou de triste para irritada, tanto que seu rosto estava vermelho.

– O que essa assexuada está fazendo aqui? – gritou.

Percebi que a Ortiz ficou assustada e os olhos se tornaram marejados. E penso que a outra nem sabia o que essa palavra significava.

– Ela não é o que fala. – revidei com raiva.

Queria defende-la e até animá-la.

– Não quero... – começou, mas a escutei.

– Vamos embora. – disse para a minha parceira.

Peguei-a pelo braço com delicadeza e levei para fora, todavia fui impedida pela Queen.

– Estou falando com você. – esbravejou.

– Mas eu não. – devolvi com ira.

– Ficarei te esperando então.

Continuei a caminhar com a morena perto de mim, estática, branca e com o semblante machucado. Aquilo simplesmente me feriu tanto que a abracei, para depois a levar pela mão como uma criança até sua residência.

“James, a Megan está lá em casa, tire-a de lá que se eu for falar com ela será apenas para esganá-la.” – Henry.

Enviei rapidamente e me virei para a garota ao meu lado.

– E-eu sou assexuada não sou? – sussurrou de repente.

Percebi que chorava e lágrimas grossas escorriam por seu rosto de boneca. E como se não conseguisse mais andar sentou-se na calçada, ficando com a cabeça baixa entre os joelhos.

“Será um prazer.” – James.

Não sei como meu amigo gosta dessa fútil, que só serve para transar e nada mais. Antes eu não reclamaria, mas agora algo me fez querer muita mais do que uma garota vazia que só sabe falar de roupas, cabelos e de humilhar os outros.

– Amy, você já sentiu atração por alguém? – questionei.

– Não. – declarou sem jeito.

– Então logo irá, tenho certeza de que não é só por não se interessar por uma pessoa até agora. – aconselhei.

Isso ai, dá uma de psicólogo Henry!

– É verdade, eu sou realmente assexuada. – declarou.

Nem deu tempo de ir ao seu encontro ou negar sua fala porque entrou na casa rapidamente. Tentei entrar, mas a porta estava trancada. E os boatos de que tem tendências suicidas me veio à mente. Que ela não se mate.

– Abre Amélia! – exclamei em desespero.

– Não, vai embora. – gritou do outro lado.

– Está bem, mas te ligarei mais tarde, e espero que me atenda. – finalizei.

Fui para a casa e a Megan estava lá enquanto James comia o resto de bolo que a minha parceiro de trabalhos tinha trazido. O que realmente me deixava com uma vontade de matá-la.

– Quem fez? – perguntou.

– Foi a Amy. – respondi.

– É delicioso. – declarou.

E então depois de tanto tempo eles foram embora. Sim, a guria ficou me importunando para eu responder o que a Ortiz fazia na minha casa, mas apenas a ignorei. Ao ir para o meu quarto me deitar vi um rabisco que chamou minha atenção em cima da escrivaninha.

“Será que alguém ligaria se eu desaparecesse amanhã?”

Sim, se importariam com toda a certeza.

Aquele era o caderno da morena, e provavelmente a anotação era um pouco antiga, mas me deixou extremamente preocupado. O que me fez ligar para ela, e ao ouvir sua voz nada alterada suspirei em alivio. Depois disso fiquei folheando para ver se encontrava algo mais grave, e nada encontrei, deixando-me cair na cama e dormir pelo cansaço.

É... não sei o que seria dela sem mim.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que vai acontecer agora que a Megan viu a Amy na casa dele? E o que vai dar na apresentação agora que ensaiaram? E do James gostar da chefe do bando?

Se não gostarem desculpa, estou sensível por conta da TPM, então ficou meio assim também.

A imagem não é minha, e desculpa se tiver erro de português.

Mandem-me reviews com suas opiniões sobre o que acharam do POV? Se querem mais, se odiaram, gostaram. E quem quer recomendar que nem as lindas da Naty, Paradise, Ney Gremory, hans, Maíza Souza, Miss Avila e Srta Grimm fizeram? Ficarei super, hiper, mega feliz também. Por favor galerinha. *-*

Beijos e até a próxima.