Pare! Não se aproxime escrita por Apiolho


Capítulo 12
12 - Uma pessoa a mais no terraço


Notas iniciais do capítulo

Boa noite leitores lindos! *-*

Estou hiper, super, ultra feliz porque eu recebi a minha TERCEIRA RECOMENDAÇÃO. E eu agredeço tanto a Ney Gremory por isso. Nossa, suas belas palavras me deixaram muito emocionada e alegre. Principalmente porque nunca imaginaria que chegasse a tanto. E também, claro, por ter me dado esse presente maravilhoso. Espero que goste mais e mais, porque eu fiz para vocês. Vim correndo fazer esse capítulo por conta dessa linda recomendação.

Quero agradecer também, gente, a Ney Gremory, Senhorita Foxface, hans, Sparkly Dark Angel, Drama Queen, Rani (por postar durante esses período nos outros, obrigada), Melanie Dixon Winchester, Maiza Souza, Le e gih por mandar review no capítulo anterior. Mesmo, fiquei super animada com as opiniões, tanto dos velhos leitores quanto os novos.

Quero dizer obrigada também a Maiza Souza (por acompanhar também!), gih, Jhaay e a um outro leitor que não apareceu por favoritar a minha fanfic.

Espero que gostem, como eu disse antes, fiz para vocês!



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Capítulo doze

Uma pessoa a mais no terraço

“Solidão é quando o coração, se não está vazio, sobra lugar nele que não acaba mais.”

(Antônio Maria)

Quarta feira = meio da semana e um dia nada animador.

Coloquei uma jaqueta preta com capuz, calça do uniforme e amarrei meu cabelo em um trança em formato de espinha de peixe. Peguei minha mochila de única cor e botei meu lanche nele, apostilas, caderno e o estojo. Hoje teria literatura.

Corri para dentro do ônibus e percebi que a minha pasta estava meio pesada, mas não liguei. Ao passar pelo pátio da instituição escolar ela rasgou em baixo e meus materiais caíram na grama. Os papeis soltos se espalharam e o sinal bateu.

Eu tinha me atrasado hoje e não poderia perder tempo. Puxei a bolsa pela alça e peguei os objetos rapidamente e comecei a caminhar novamente. Cheguei no corredor e me dirigi ao armário, e quando abri para botar a mochila e pegar o que necessitava as três apareceram.

– Presta atenção na gente, Amelinha. – disse Thalia de maneira falsa.

– O que desejam? – sem vontade.

– Não se esqueça da “senhoritas”. – debochou Lorena.

Juro que não aguento mais.

– Qual o motivo para estarem conversando comigo? – perdi a paciência.

– Nunca mais fale desta maneira conosco. É que o Henry pediu para que fosse andar no recreio conosco, já que ele mandou eu aceitei. Todavia quero que invente uma desculpa para sair de perto da gente e ir para outro lugar. – explicou a Megan.

Como se eu quisesse ficar na presença delas.

– Está bem. É só isso senhoritas? – ironizei.

– Sim, até daqui a pouco. – despediu-se com uma careta de nojo.

E quando estava indo a Lorena me empurrou, fazendo com que alguns matériais caíssem no chão.

– Desculpa, foi sem querer. – declarou com cinismo e foi para a sala.

Percebi que o corredor estava enchendo e várias pessoas estavam se acumulando ao meu redor, o que me dificultava na hora de juntar os documentos.

– Posso te ajudar? – questionou uma voz.

Era a Jully.

– Sim. – respondi em um tom baixo, mas por sorte ela entendeu.

– Onde você passa o intervalo que nunca te vi? – questionou quando pegamos tudo.

Eu não queria ficar enrolando, porque estava mais que na hora de estar na classe. Então, sem pensar, confessei.

– No terraço. – disse e sai.

Meu lugar estava vago e de uma forma ágil me sentei, e surpreendentemente não havia nada na cadeira. Nem chiclete, nem tachinha ou algum desenho constrangedor.

– Bom dia Amy. – começou Henry de maneira animada.

Eu já disse que acho muito assustador como ele sorri para tudo?

– Oi. – respondi com irritação por conta do apelido.

Esse ano não estavam nos meus planos. E agora tinha um garoto que entrou na minha vida de maneira repentina, entrou na minha casa, fica me tocando sem motivo e ainda sabe onde trabalho. Praticamente um caos.

– Então... vai ficar no intervalo conosco? – questionou.

Olhei para ele e o fulminei. Nagel apenas riu em resposta. Da minha cara ainda.

– Não, tenho que ver mais algumas coisas para o trabalho de literatura. – menti.

– Então irei ficar contigo. – decretou.

– Nem precisa, são só os detalhes finais. – sem-graça.

Fitou-me de maneira intensa, como se estivesse analisando minha alma.

– Espero que na próxima vez possa lanchar conosco. – sussurrou perto do meu ouvido.

Tentou pegar em minha mão e eu consegui me esquivar. O que não entendia era o porquê de me querer por perto e parecer tentar a todo o custo me agradar. Entretanto confesso que não estava gostando nada disso.

– Não tenho a obrigação de fazer nada com vocês. – rebati com ira.

– Claro que sim, é mais que meu dever cuidar de ti. – declarou.

E então aquele contrato maldito veio na minha mente.

– Eu não concordei com isso, então se vira. – briguei.

Virei meu rosto para o lado e novamente o ignorei, como fiz várias vezes. Quando meus olhos correram em sua direção as meninas estavam falando com ele.

– Henry... – começou uma delas.

– Parem de falar e prestem atenção na professora aqui! – gritou.

– Logo agora que eu ia combinar de sair com o Angel. – disse e apontou para o castanho.

Sinceramente? De anjo ele não tem nada, só se for da safadeza.

– Já está traindo a Ortiz? – questionou com um sorriso nos lábios.

É hoje que eu morro. Só posso ter ajudado a pôr fogo em Roma para merecer isso.

– Ela nem é ciumenta, não é meu amor? – perguntou para mim ao me pegar pela mão e me abraçar de lado.

Ele me chamou de amor? Duvido que ele alguma vez tenha nutrido esse sentimento por alguma pessoa. Dei uma cotovelada fraca nele para que me soltasse, o que felizmente deu certo.

– Pode ficar com quem quiser, não ligo. Nem comprometida contigo sou, e espero nunca ser. Esse garoto nem meu amigo é. – respondi de maneira séria e me sentei na carteira novamente.

Encolhi-me mais no capuz por conta dos olhares assassinos que eram direcionados a mim, mas a maioria era de incredibilidade. Já ele me mirava tristemente.

– Então nada mais justo vocês dois terem um encontro. Digo, o Henry e a Yasmin saírem juntos. Enfim... vim falar que, além de responder as perguntas e trazê-las no dia, terão de apresentar sobre o que acharam mais relevante do trabalho. Sendo que eu quero que haja cartazes ou outra coisa que possa ilustrar o que irão demonstrar aqui na frente. Peço que dirigem-se a essa urna para ver qual o número da sua apresentação. – explicou.

Isso significa que eu terei de passar mais dias com o de olhos azuis? Não, por favor!

– Eu vou lá ou você? – com expectativa.

– Vai tu mesmo. – escolhi sem vontade.

E ao sair do meu lado ouvi os suspiros femininos, que o viam passar pelas carteiras e ir até o local mandado. E quando chegou a sua vez, pegou o papel e fez com o dedo o número três para mim. As garotas só faltaram desmaiar quando ele piscou em minha direção. Depois que tudo se acalmou a educadora começou a explicar.

– Tenho uma dúvida. – berrou um ruivo.

– Pode dizer, estou aqui para isso.

– Meu número é o 11 e eu tenho certeza de que apresentarei no outro dia, se não irmos, a senhora considerará como falta?

É óbvio que sim!

– Não, como o assunto é o mesmo nem tem necessidade de ficar para ver. – respondeu simplesmente.

E cadê aquele discurso normal deles de que é preciso comparecer para fazer perguntas? Ela não fará chamada? Um murmúrio começou a correr pela sala depois disso.

– E se eu não entregar o trabalho no dia, poderei entregar na outra semana? – uma aluna com dúvida.

– Sim, mas valerá 10% a menos da nota total. – explicou.

Pelo menos nisso ela não exagerou.

– E pode vir trajado com roupas daquele época? – um sabichão questionou.

– Com toda a certeza, quanto mais criativo melhor.

E é bem nisso que eu peco, não tenho cabeça e nem sou extrovertida para criar algo inovador e que façam todos se surpreender. Eu sou uma decadência quando se trata desse assunto. Deve ser por esse motivo que nunca me dei muito bem em artes.

– Amélia. – chamou o meu parceiro.

Não vou responder, não. Tenho de prestar atenção na aula.

– Amy, por favor, preciso falar contigo. – declarou com uma voz chorosa.

E então minha tentativa de resistir foi por água abaixo. Olhei para ele, só para ver o que estava fazendo, e quase cai na gargalhada por causa da sua expressão, contudo me segurei. Logo a seriedade voltou na minha face.

– Já falei para parar de me chamar assim. – o tom irritado.

– Não prometi nada. Mas então, faremos esse trabalho na sua casa ou na minha? – deu a mim a opção de escolha.

– Claro que... – porém fui cortada sem dó.

– Dessa vez será na minha. – decretou.

– Mas... – de novo interrompida.

Caramba! Está pior que o Faustão agindo assim.

– Irão me buscar no sábado à noite e não poderei ficar muito na sua casa, se for na minha teremos mais tempo. – explicou.

– Está bem então. – desisti de teimar.

Só aceitei porque é carnaval, e certamente irá sair com a sua turma nesse dia.

– Sabia que ia me entender. – finalizou com um sorriso.

Como assim? Eu sou uma garota má, não era para ele ter falado isso de mim. Tem alguma coisa errada, já que deveria ter contado o coro de aleluia e não ter dito essas palavras.

Ao virar para a frente, outro professor já estava escrevendo no quadro. Segurei meu lápis com força e comecei a anotar, sem sequer olhar uma vez para o lado. Sabia que ele me fitava, todavia não ia entrar no seu jogo novamente. Eu vim para a escola para estudar, e não para ficar batendo papo.

O intervalo veio e eu voei para o terraço. Ao chegar Jully se encontrava sentada no banco, ao seu lado estava o segurança. Como tinha mais lugar me acomodei ali também.

– Deixei entrar porque ela disse que é sua amiga. – começou o homem.

– Ela não é nada minha, mas não tenho problema quanto a isso. – respondi.

Notei que depois de falar isso a garota parecia ter ficado triste e até sentida. Sei que sou grossa as vezes, mas ser antissocial tem suas desvantagens, e essa é uma delas.

– Trouxe lanche? – declarou o de farda enquanto lambia o beiço.

Parecia um esfomeado. Apenas dei um meneio de cabeça e dei um pastel para ele. Já a outra estava com um assado em mãos, fazendo com que não precisasse oferecer um para ela.

– Sempre fica aqui no intervalo Amélia? – questionou a de cabelos castanhos.

Queria responder que não, no entanto minha voz parecia nem querer sair.

Ela veio ontem, e segunda também. – respondeu o guarda por mim.

– Então sempre virei aqui para os acompanhar. – disse de maneira alegre.

– Se for por pena pode esquecer. – o tom baixo, mas dolorido.

– Não trate os outros dessa maneira. – decretou o segurança.

Ninguém merece ter de discutir com alguém bonzinho.

– Você por acaso paga as minhas contas? – estava irritada.

– Não, mas o que está fazendo é errado. – revidou.

– Deixa, ela só precisa ser ajudada.

– Eu não necessito de nada. Não pararam para pensar, nem por um instante, que eu gosto de ficar sozinha? Que tem algum motivo para isso? Aliás, vocês não tem o direito de se meter na minha vida. – explodi.

E então eu não fiquei para ouvir o resto e desci as escadas de maneira rápida. Quando estava no final dela o sinal bateu, e ao tentar subir para levar a garota o diretor passou por ali. A minha sorte foi que não me viu.

Anotação – selva escolar: nunca, eu digo, nunca mesmo suba no terraço nos dias seguintes a um quase suicídio ou quando alguém tenha pulado do prédio. Já que o dono da escola constantemente visita o lugar para ter a certeza de que não tem ninguém lá.

Apenas sei que a Jully provavelmente está na sala dele agora. Enquanto eu estou na classe deitada com a cabeça na carteira. A expressão magoada e até um pouco arrependida se formou em meu rosto por não ter a avisado.

Não! Essa não sou eu. Ela que se vire para resolver o erro que cometeu.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Nada demais né? auha

A imagem não é minha e desculpem-me se tiver algum erro de português.

Mandem-me reviews com sua opinião sobre esse capítulo ou a história? Seja para criticar, dizer que está ruim, está bom, seja o que for, estou aberta para tudo. E quem quiser recomendar, como as lindas da Ney Gremory, Paradise e Naty fizeram, serão muito bem vindos. Ficarei super feliz também.

Beijos e até a próxima.