Predestined escrita por Clarissa Cullen Potter Mellark, thayanecullen


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

E aí, meus amores? Aí vai mais um capítulo com extrema fofura para vocês! Nos vemos nas notas finais...



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Capítulo 4

PDV 3ª Pessoa

— Bella! Acorde, minha filha! Você vai se atrasar! – bateu na porta do quarto da garota. Bella olhou o relógio e percebeu que tinha apenas meia hora para se arrumar e tomar café para conseguir pegar carona com seu pai. Torcia para que seus dezesseis anos chegassem logo para que pudesse dirigir o carro que Charlie prometera lhe dar quando tivesse idade. Odiava ter que ir de ônibus e a escola era longe demais para ir a pé.

Correu para o banheiro e tomou o banho mais rápido de sua vida. Tinha dormido tarde mais uma vez, esperava sempre até quanto aguentasse para ver quando Edward apareceria para vê-la dormir, mas sempre pegava no sono antes, mas mesmo inconsciente sabia que ele estava lá, cuidando dela. Foi rapidamente para o closet e pegou o horrendo uniforme da escola que, por sorte, sua mãe já guardava passado, vestiu-o e desceu para a cozinha. Ficou feliz que conseguiu arrumar-se em vinte minutos.

— Pai, me espera que eu quero carona. – pediu Bella enquanto comia uma torrada.

— Hoje eu não vou te levar, minha filha. – falou Charlie, terminando de arrumar a arma.

— Então como eu vou? – perguntou desesperada. – Eu odeio aquele ônibus escolar, só tem idiota fazendo baderna e a escola é longe demais para se ir a pé.

— Calma, Bella, eu já conversei com seu padrinho e a partir de hoje Edward vem lhe buscar e te trazer da escola todos os dias. Vocês estão na mesma escola só que em séries diferentes, segundo o próprio Edward não seria incômodo nenhum, muito pelo contrário. Eu acho uma boa oportunidade de vocês se conhecerem melhor. – disse Charlie.

— Se é assim, tudo bem. – falou Bella, subitamente mais feliz. – Ah, antes que alguém fale que eu não avisei, Edward me chamou para um encontro e eu aceitei.

— Que maravilha, minha filha! – exclamou Renée. – Quando vai ser esse encontro? O que vão fazer?

— Vai ser hoje à noite. Ele me convidou para jantar e um cinema, deve ser em Port Angeles, acabou de inaugurar um cinema lá. – falou, dando um gole do seu copo de leite.

— Que romântico! – exclamou Renée outra vez. – Lembro-me quando seu pai me convidava para esses tipos de encontro, ele também era bastante romântico. Sempre que saíamos, ele me dava pelo menos uma rosa.

No momento em que Renée disse aquilo o rosto de Charlie assumiu um tom vermelho de vergonha.

— Deixe-me ir que eu tenho que dar o exemplo e chegar no horário. Tchau minhas lindas. – falou Charlie, dando um beijo na cabeça de Bella e um selinho em Renée.

— Tchau pai! – disse Bella.

— Tchau querido! – disse Renée.

Assim que Charlie fechou a porta ouviu-se um som de buzina do lado de fora de casa. Bella olhou pela janela e viu dois carros parados, um branco e um preto, um com Emmett e Rosalie e outro com Edward, Jasper e Alice.

— Edward chegou, mamãe, já vou indo. – falou Bella, dando um beijo no rosto de sua mãe.

— Tchau, minha filha. Vá com Deus! – despediu-se Renée.

— Tchau mãe!

Rapidamente Bella pegou sua bolsa na sala e saiu apressadamente para o carro de Edward. Vendo que o banco do carona estava vago, entrou e sentou ao lado de Edward.

— Bom dia Bella! – falaram Alice e Jasper, juntos.

— Bom dia pessoal! – respondeu Bella feliz.

— Bom dia, meu anjo. – falou Edward, beijando sua mão.

— Bom dia. – sussurrou, quase sem fôlego, mas sabendo que ele iria escutar. Ele sorriu e deu a partida no carro.

Rapidamente estavam na escola, o que chamou a atenção de todos os alunos da pequena Forks High School pelo fato de dois carros desconhecidos, mas esperados, estacionarem no estacionamento da escola.

Rosalie e Emmett foram os primeiros a serem notados pelo fato de estarem em um carro conversível, logo depois Edward, Jasper e Alice. Como perfeitos cavalheiros, Jasper abriu a porta do carro para Alice e Edward abriu para Bella. A escola toda ficou toda de boca aberta quando viu a garota saindo do carro dos Cullen. Edward, mesmo que não tivesse o dom de ler pensamentos, pode ouvir cada sussurro que os alunos davam entre si, mas os pensamentos eram os que lhe davam mais raiva.

“O que a Swan está fazendo com os alunos novos?”

“Será que a Bella já fisgou um dos alunos novos? Espero que não, aquele de cabelos ruivos é tão lindo!”

“O que será que aquele ruivo tem que eu não tenho para a Bella nunca me dar bola?”

Edward ficou particularmente raivoso com o último.

— O que houve, Edward? – perguntou Bella, percebendo que ele estava irritado.

— Esse dom de ler a mente das pessoas pode ser muito útil, mas às vezes me dá ódio ter que ficar ouvindo o pensamento das pessoas, principalmente quando estão interessados na mulher que eu amo. – sussurrou ele em seu ouvido.

— Não se preocupe, eu não tenho olhos para ninguém além de você. – disse Bella, constrangida por ter falado aquilo em voz alta. Edward sorriu com a declaração dela, era bom demais ouvir da pessoa que se ama uma declaração daquelas.

— Bella! Para manter as aparências você deve nos mostrar onde fica a secretaria, afinal supostamente somos alunos novos e não conhecemos a escola. – disse Alice.

— Tudo bem. Vamos. – falou ela, seguindo até a secretaria de mãos dadas com Edward. Rapidamente resolveram tudo, pegaram os horários e o papel para os professores assinarem.

— Bella, consegui que tivéssemos todas as aulas juntas, assim sempre teríamos a companhia uma da outra. – falou Alice alegremente.

— Que bom, Alice! – falou Bella, realmente feliz por ter Alice em todas as aulas. Apesar de Edward ser seu favorito, ela não deixava de gostar dos outros Cullen, especialmente de seu padrinho Carlisle e Alice, sentia que ela seria sua melhor amiga para sempre.

— Vamos logo para a aula antes que nos atrasemos. – disse Alice, puxando Bella para sua primeira aula.

— Eu acompanho vocês até a sala de vocês. – falou Edward, não largando a mão de Bella.

Andaram em passos apressados para os humanos e chegaram a primeira aula do dia para Alice e Bella, Inglês.

— Até logo Edward. – disse Bella, se despedindo contra a vontade.

— Até logo Bella. – falou Edward, acariciando a bochecha de Bella. Inclinou-se para ela e beijou sua testa, tentando demonstrar todo o sentimento que sentia. – Estarei contando os segundos para a hora do intervalo.

— Eu também. – sussurrou. Tomando o máximo de coragem que tinha, Bella ficou na ponta dos pés e deu um beijo no rosto de Edward, não exatamente na bochecha, mas bem próximo da boca.

Com a coragem se esvaindo, abaixou o rosto e entrou dentro da sala, torcendo para ninguém perceber o quanto ela estava corada. Quando sentou em sua carteira ao lado de Alice viu que fazia essa aula com a Jessica. Ela lhe olhou de maneira assassina e virou-lhe a cara.

— Na hora do intervalo ela vai querer “conversar” com você. Quer que eu a impeça? – murmurou Alice para que o professor não ouvisse, deixando bem evidente as aspas em conversa.

— Não, uma hora ou outra vou ter que enfrentá-la, melhor passar por isso logo. Mas, por favor, fique por perto, eu não sei do que ela é capaz, ela só se sentava comigo por conveniência, minha única amiga antes de vocês é Angela. – sussurrou Bella de volta.

— Tudo bem. – e voltaram a atenção para a aula.

Quando chegou a hora do intervalo, enquanto caminhava até o refeitório, Bella e Alice foram interceptadas por Jessica.

— Que ceninha foi aquela na hora da chegada e quando você entrou na aula? Pensei que você conhecesse só o Dr. Cullen... – falou Jessica, com irritação na sua voz.

— Eu falei que só conhecia meu padrinho pessoalmente, o resto dos Cullen eu já conhecia, mas por cartas, especialmente Edward e Alice. – disse Bella, sem se intimidar, embora em parte fosse mentira, os Cullen apenas mandavam presentes, só Edward que lhe mandara uma carta no dia do seu aniversário.

— Por que não me disse que era a pretendente de Edward Cullen? – vociferou Jessica, com mais raiva ainda.

— Porque isso não é da sua conta e sim minha e de Edward. – disse Bella, cheia de raiva. Alice nem ousou se intrometer, já tinha previsto que acabaria do jeito mais conveniente para os Cullen e para Bella.

— Você sabia que eu fazia planos para conquistar Edward e não me falou nada! – continuou Jessica.

— Eu já falei que isso não é da sua conta! Você que cismou em querer um homem que nem conhecia. – retrucou Bella.

— Eu não vou desistir dele! Pode esquecer se pensa que terá uma vida tranquila porque se depender de mim Edward Cullen se casará comigo e não com uma sem sal como você!

— Quem deve esquecer qualquer coisa é você, Jessica Stanley. – disse uma voz masculina por detrás dela. Edward saiu do meio da multidão e foi em direção a Bella, que bufava de raiva da garota. Calmamente colocou suas mãos no rosto de Bella e deu um pequeno beijo na ponta de seu nariz, fazendo com que ela se acalmasse. – Esqueça que Bella, minha família e eu existimos. Não tem chance de você nos separar. Bella é minha pretendente sim e não há nada que você possa fazer. – terminou de falar, pegando a mão de Bella e levando-a até o refeitório, sendo seguidos pelo resto dos Cullen.

— Como você pode ficar focado apenas nessa garota? Por que não olha e vê que tem opções muito melhores do que ela? – gritou Jessica, fazendo os dois pararem.

— Melhores? Quem seria essa opção melhor? Você? – debochou Edward.

— Sim! Eu sou uma opção muito melhor que ela. – falou Jessica, sem se importar com o deboche na voz de Edward.

— Jessica, eu vou lhe explicar pela última vez: Bella é minha pretendente, em breve iremos noivar e os motivos são um tanto complexos para uma mente limitada como a sua. – disse Edward.

— Me dê motivos para que eu aceite esse seu noivado com ela! – exigiu Jessica.

— Não preciso lhe dar motivos de nada, você não é dona da minha vida, eu mal te conheço e você mal me conhece, mas se isso servir para lhe deixar satisfeita eu lhe dou dois motivos: 1º - Eu tomo minhas próprias decisões e a minha decisão é me compromissar com Bella, depois eu que arque com as consequências das minhas decisões e eu tenho certeza de que não vou me arrepender; e 2º - Eu amo Bella e não há nada que você possa fazer para mudar isso. – terminou Edward, finalizando aquela discussão inútil e voltando a caminhar com Bella para o refeitório.

— Você vai se arrepender! – gritou Jessica, desesperada.

— Veremos. – disse Edward em voz alta para que ela ouvisse, mas sem se virar para ela.

Caminharam até o refeitório, pegaram a comida e sentaram-se na mesa mais isolada do local. No mesmo instante que sentaram Edward pegou delicadamente o rosto de Bella entre as mãos e olhou em seus olhos.

— Está tudo bem? Você não deu atenção para o que aquela garota disse, deu? – perguntou Edward.

— Não, de jeito nenhum. O que Jessica faz ou fala não me afeta em nada. – disse Bella, segura de si. – Eu me sinto completamente segura em relação a você, eu sei que vai ficar comigo para sempre.

— Não tenha dúvidas disso. – confirmou Edward.

— Eu te amo. – sussurrou Bella, pela primeira vez dizendo que o ama.

Sem poder conter, Edward abriu um sorriso imenso.

— Eu também te amo. – sussurrou de volta. Lentamente, Edward e Bella foram se aproximando, seus olhos intercalavam olhares para os lábios e para os olhos um do outro. Quando eles estavam pertos o suficiente para encostar os narizes um no outro, automaticamente fecharam os olhos e continuaram se aproximando, deixando que seus lábios se encostassem levemente. Foi um beijo leve, suave, um pouco além de um roçar de lábios, mas que para ambos fora um passo gigantesco na relação dos dois. Tinham certeza que se amariam pro resto da vida, apesar da pouca convivência. O amor deles era um amor raro, daqueles que se fica constrangido em observar momentos de carinho, não pelo modo que demonstram, mas sim pela profundidade e intensidade daquele amor tão puro e verdadeiro.

O resto da família Cullen permaneceu quieto, mas feliz com o rumo dos acontecimentos. Tudo estava saindo exatamente como foi planejando, deixando Alice um tanto mais presunçosa. Achava lindo o amor de Edward por Bella, como ele a tratava, como cuidava dela. Era lindo, especial e único e ela teve o prazer de ter ajudado aquele amor, não se arrependia de nada que tinha feito para que seu irmão pudesse ser feliz. Apesar de não terem participado tão ativamente quanto Alice, o restante da família estava igualmente feliz, o que mais desejavam era a felicidade do irmão que passou décadas de solidão e frustração.

Mais rapidamente do que o de costume, logo passou o tempo das aulas e eles retornaram para casa. Como haviam combinado que às sete horas da noite Edward passaria na casa dos Swan para buscar Bella para o encontro tão esperado por ambos. Quando o relógio deu quatro horas da tarde Bella tirou sua mãe da cozinha para que a ajudasse a se arrumar.

Depois de um banho quente e demorado, Bella e Renée foram até o closet escolher a roupa perfeita para o evento.

— Que tal este, minha filha? – sugeriu Renée.

— Não, eu quero algo ainda mais bonito. – falou Bella, apenas de lingerie revirando seu closet.

— E este? – sugeriu outro, só que de mangas compridas.

— Não, por incrível que pareça hoje está calor em Forks e eu quero aproveitar esse momento raro. – disse Bella. – Já sei!

— Qual minha filha? – perguntou a mãe.

— Lembra daquele vestido com todas aquelas joias, até sapato que o Edward me deu no meu último aniversário? Edward disse que eu saberia o momento certo de usá-lo. Tem momento melhor que este? É perfeito! – exclamou Bella.

— Tem razão, minha filha! Veste ele que eu vou separar a maquiagem que vou passar em você. Já sabe o que vai fazer no cabelo?

— Eu estava pensando em fazer uma trança embutida, o que acha? É simples e elegante ao mesmo tempo... – disse Bella enquanto vestia a roupa.

— Perfeito, minha filha. Deixe para colocar os sapatos e as joias depois, sente-se aqui para eu poder fazer sua maquiagem e seu cabelo. – falou Renée, puxando Bella para sentar em frente a uma grande penteadeira.

Ficou cerca de meia hora fazendo a maquiagem de Bella, queria que ela ficasse linda, mas sem exageros. Depois mais algum tempo fazendo o cabelo. Quando terminaram se deram conta que faltavam quinze minutos para as sete da noite. Apressaram-se e colocaram as joias e os sapatos, Bella optou pela sapatilha preta mesmo, não confiava muito em seu equilíbrio.

Cinco minutos depois estavam descendo, encontrando Charlie assistindo ao telejornal na televisão.

— Você está linda, minha filha! – elogiou Charlie.

— Obrigada, papai. – agradeceu Bella. Quando pensou que iria se sentar a campainha toca. Percebendo pelo horário que só poderia ser Edward, rapidamente correu até a porta.

— Olá Edward. – disse sorrindo assim que viu o rapaz do lado de fora da casa.

— Olá Bella. – disse Edward, com um sorriso igualmente grande. – Você está linda, mais linda do que eu imaginei.

— Você também está muito bonito. – elogiou Bella. E ele realmente estava, vestia uma calça social preta, sapatos de couro preto e uma camisa social azul marinho, dobrada até os cotovelos. – Só vou pegar minha bolsa e já vamos. – continuou, lembrando da bolsa que tinha deixado em cima da cama.

— Tudo bem, enquanto isso eu cumprimento seus pais. – disse Edward.

Depois de todas as despedidas e recomendações, Edward e Bella foram até o carro e partiram em direção a Port Angeles, a cidade mais próxima com cinema e restaurantes decentes.

— O que gostaria de fazer primeiro: cinema ou jantar? – perguntou Edward.

— Acho que prefiro o cinema primeiro, não estou com fome agora, mas provavelmente estarei depois do filme. – respondeu Bella.

— Tudo bem. Já sabe qual filme quer ver? Para mim o que importa é o que você escolha. – disse Edward.

— Eu acho que vou querer ver ”The Music Man” *, eu li a sinopse e me pareceu um filme bem divertido. – sugeriu Bella.

— Era este que eu iria lhe sugerir caso não tivesse nenhum filme em mente. – confessou Edward.

— Sério? – questionou Bella.

— Sério. – confirmou. – Mesmo tendo passado tanto tempo sem nos falarmos, Bella, eu conheço você melhor do que ninguém, eu sei todos os seus gostos, apesar de não conseguir ler sua mente sei o que se passa por sua linda cabecinha só de observar suas expressões. Tudo que tenha a ver com você faço questão de saber.

— Fico feliz que me conheça tão bem, porque desde que chegou o que eu mais quero é saber tudo sobre você. – falou Bella.

— E você saberá, minha princesa. – concordou Edward, pegando a mão da garota e entrelaçando seus dedos por entre os dela. Bella não parecia se incomodar com a pele fria de Edward, muito pelo contrário, lhe parecia agradável demais ao tato. Olhou para ele e sorriu, demonstrando que estava feliz com a intimidade que estavam criando e com o amor que só fazia crescer. Ele lhe sorriu de volta e levou sua mão aos lábios, beijando amorosamente enquanto dirigia.

E assim se passou a viagem para Port Angeles; por vezes conversavam alguma coisa, com as mãos sempre unidas, só separando-as quando Edward tinha que trocar a marcha do carro.

Cerca de uma hora depois que saíram da casa de Charlie em Forks, Edward e Bella chegaram a Port Angeles. Não era uma cidade grande, mas também não era tão pequena quanto Forks, tinha mais recursos e um comércio mais ativo, mas nada comparado a Seattle. Habilmente Edward estacionou em frente ao recém-inaugurado cinema de Port Angeles. Rapidamente Edward saiu do carro, antes que Bella saísse sozinha e, como um cavalheiro que era, abriu a porta e a ajudou a sair.

— Vá comprar a pipoca e o refrigerante para você enquanto eu compro nossos ingressos, meu anjo. – disse Edward, entregando uma nota de vinte dólares para a garota.

— Você poderia me deixar pagar pelo menos isso. – tentou convencê-lo a não pagar tudo.

— De maneira nenhuma! Eu te convidei para sair e eu pago tudo, mesmo que eu não usufrua de certas coisas. – terminou, falando baixinho para que apenas Bella ouvisse.

— Não vou conseguir te fazer mudar de ideia, não é? – perguntou Bella.

— Por mais que eu seja encantado em você, não, você não vai me fazer mudar de ideia. – falou Edward, sorrindo.

— Já comecei a descobrir coisas sobre você. – falou Bella, enquanto andava de braços dados com Edward em direção ao cinema.

— O que? – perguntou ele, curioso.

— Uma que você é um verdadeiro gentleman. Outra que você é bastante teimoso. – riu Bella.

— Você também é bastante teimosa. – riu Edward, apertando de leve o nariz da garota.

— Ok! Nós dois somos teimosos! Vai ver é por isso que combinamos... – disse ela.

— Vai ver é apenas um dos fatores que nos faz perfeitos um para o outro. – disse Edward, depois dando um leve beijo nos lábios de Bella, nada além de um encostar de lábios, mas que demonstrava tanto carinho que era quase palpável.

Chegaram ao cinema e Edward se encaminhou para a fila dos ingressos enquanto Bella ia para a fila da pipoca. Poucos segundos depois que Bella entrou na fila dois rapazes que aparentavam ter cerca de dezessete ou dezoito anos entraram atrás dela, um loiro e outro negro. Ela não percebeu, mas os dois olhavam cobiçosamente para seu corpo.

— Sabe, gatinha, não é seguro uma moça tão bonita quanto você andar desacompanhada. – disse o loiro. – Se você quiser posso lhe fazer companhia. A propósito, meu nome é James e esse é meu amigo Tyler.

— Eu não preciso da companhia de vocês, se puderem me deixar em paz eu só quero comprar minha pipoca. – cortou Bella, sem querer assunto.

— Vamos lá, gatinha, deixa de se fazer de difícil, eu sei que você ficou gamada no loirinho aqui. – disse James, convencido.

— Ela já falou que não precisa da companhia de vocês. – disse Edward gelidamente por trás dos garotos. Eles se viraram rapidamente e se depararam com um homem mais de um palmo mais alto que eles e, embora não aparentasse ser muito forte, era bastante intimidador.

— Quem é você para responder por ela? – disse Tyler, com um resquício de coragem.

— Meu pretendente. – disse Bella, sorrindo para Edward e esticando sua mão para que ele pegasse. Rapidamente, como se precisasse daquele contato, Edward entrelaçou sua mão na dela. Os dois engoliram seco e rapidamente ignoraram o casal a sua frente. Terminaram de comprar a pipoca e foram para a sala de cinema. Entraram e foram para o fundo, onde tinham uma visão melhor da imensa tela.

O filme começou, mas eles não prestavam nenhuma atenção, por mais que tentassem. Já tinha passado meia hora do filme quando Edward, percebendo que Bella também não conseguia prestar atenção no filme, pegou sua mão e levou aos lábios. Bella tinha uma pele maravilhosa, pensava Edward, era quente, lisa e macia. Beijar seu rosto ou sua mão só não superava a sensação de beijar seus lábios, por mais leve que fosse o beijo.

Bella olhou para Edward e sorriu. Quando o filme atingiu uma hora, Bella não resistiu e começou a acariciar a nuca de Edward, passando os dedos levemente sobre os cabelos dele. Ele fechou os olhos, aproveitando ao máximo o carinho de sua amada. Inconscientes, eles foram se aproximando até que seus lábios se tocaram. O beijo começou lento, leve e suave, mas uma urgência tomou ambos e eles começaram a aprofundar o beijo, até que Edward pediu passagem com sua língua para que pudesse desfrutar inteiramente do sabor de Bella, passagem que lhe foi concedida imediatamente. Não havia guerras ou batalhas naquele beijo, a boca de cada um era explorada com o máximo de carinho e amor. Isso simplificava qualquer coisa: era um beijo de amor.

Infelizmente tiveram que parar para que Bella pudesse respirar. Encostaram as testas uma na outra, ofegantes, até mesmo Edward que não precisava respirar. Nunca, em todas as suas décadas de existência, havia experimentado algo tão prazeroso quanto beijar Bella, era um verdadeiro manjar dos deuses. Seus olhares estavam conectados, incapazes de se afastarem um milímetro que fosse. E assim passaram o resto do filme, se beijando e trocando carinhos.

Quando o filme acabou Edward pegou a mão de Bella e a guiou para fora do cinema. O sorriso estava estampado no rosto dos dois, impossível conter sua felicidade.

Sabendo que a comida preferida de Bella era a italiana, Edward levou-a até o La Bella Italia, duas quadras depois do cinema, nem se preocupando em ir de carro. Caminharam sorridentes pelas ruas de Port Angeles, felizes como não eram há bastante tempo.

Talvez seja esse o momento certo. Pensou Edward em relação ao pedido de casamento. É isso! Vou pedi-la durante o jantar.

Entraram no restaurante e logo foram atendidos pela hostess. Descaradamente olhando para Edward, levou o casal até a parte mais movimentada do restaurante.

Talvez ela seja apenas uma prima, ou uma irmã adotiva. Vou dar um jeito de lhe passar meu telefone. Pensou a jovem.

Edward revirou os olhos para futilidade da mulher.

— Pode nos dar uma mesa mais reservada? Eu gostaria de ter mais privacidade com a minha garota. – falou ele, encerrando dando um beijo leve nos lábios de Bella.

Droga! Eles são no mínimo namorados! Sortuda essa garota. E azarada sou eu, quando encontro um cara bonito ele é comprometido ou é gay! Reclamou em pensamento a hostess enquanto os guiava até um lugar com cabines, onde tinham mesas privadas.

— Vocês tiveram sorte que não estamos tão cheios hoje, normalmente essas mesas lotam rapidamente. – falou, pensando ainda em como era azarada.

— Obrigado. – agradeceu Edward.

— Já sabem o que vão querer? – perguntou a garçonete que apareceu, já sabendo da beleza do novo cliente, olhando para Edward. Quem sabe ele não se encanta por mim e larga essa garota. Pensou, sem perder as esperanças.

— Já sabe o que vai querer, meu amor? – perguntou Edward, olhando diretamente para Bella.

— Eu vou querer um Tagliarini ao Pesto e uma Coca Cola. – falou Bella. (N∕A: Eu não quis colocar Ravióli de Cogumelos para não ficar muito parecido com o livro.)

— E você? – perguntou a mulher, insistente.

— Pra mim nada. Traga os pedidos da minha linda. – falou Edward.

— Tudo bem, já trago os pedidos. – anotou. O cara parece vidrado na garota. Não vou perder mais meu tempo com quem não me deu atenção. Conformou-se a garçonete.

­— Não gostei daquela garçonete. – resmungou Bella – Ela não tirava os olhos de você.

— Sabe que só tenho olhos pra você, meu anjo. Ninguém no mundo tomará o seu lugar no meu coração. – disse Edward, encantado com os ciúmes que a sua garota estava demonstrando.

— Isso é o que me deixa mais tranquila. – falou Bella para Edward, não contendo um sorriso pela declaração.

Ficaram conversando amenidades até a comida de Bella. Sem insistir, assim que entregou a comida saiu, falando que se precisasse era só chamar.

Certo ponto do jantar Edward tomou coragem e resolveu entrar em certo assunto com Bella.

— Bella, eu queria conversar com você algo um tanto sério, pelo menos pra mim. – começou.

— Pois então fale, Edward. – incentivou Bella.

— Antes de saber que você ia existir, eu tive outras mulheres, mas nenhuma significou nada pra mim. No momento em que Alice previu seu nascimento eu esqueci qualquer mulher que tinha passado pelos meus braços, só tinha em mente que finalmente eu teria uma razão para existir. – disse Edward.

— Eu não me importo que tenha tido outras mulheres antes de mim, Edward, até mesmo quando eu já tivesse nascido. Pra mim o que importa é que você esteja comigo neste momento, que a partir de agora em sua vida seja apenas eu. – falou Bella, apertando a mão carinhosamente.

— Desde o momento que eu soube que iria nascer, você já tinha se tornado a única em minha vida. Desde a visão de Alice eu não estive mais com nenhuma mulher, até mesmo porque elas já não me atraiam mais, eu só via você em minha mente. É por isso que, hoje, eu estou lhe fazendo esse pedido. Eu quero deixar de ser apenas seu pretendente e passar a ser seu noivo, quero que você me apresente como seu noivo e quero te apresentar como minha noiva. Isabella Marie Swan, você aceita se casar comigo? – falou Edward, tirando uma caixinha preta de veludo de dentro do bolso. Abriu a caixinha e dentro dela tinha um lindo anel de noivado, ele era todo em platina pura, com uma grande pedra safira redonda do meio, com dois diamantes menores de cada lado. Era simplesmente o anel mais lindo que tinha visto.

— E então? Aceita? – perguntou ele novamente.

Bella respirou fundo. Ficou realmente surpresa com o pedido, pensava que ele fosse esperar mais um tempo, mas isso não alterou em nada sua resposta.

— É claro que eu aceito me casar com você Edward. – respondeu Bella, com um imenso sorriso no rosto.

Edward lhe deu um sorriso torto deslumbrante, tirou o anel da caixa e colocou delicadamente no dedo anelar direito de Bella, dando um singelo beijo em cima, depois se voltando para a garota, acariciando seu rosto.

— Você me faz o homem mais feliz do mundo! – disse Edward.

— E você me faz a mulher mais feliz do mundo! – disse Bella.

Edward se inclinou sobre a mesa beijou delicadamente os lábios de Bella, que correspondeu imediatamente. Logo o beijo foi ficando mais quente, mais afoito. Quando o ar faltou
à Bella, Edward parou o beijo lentamente, dando suaves selinhos sobre os lábios rosados da garota.

— Eu te amo Edward. – disse Bella, sem fôlego.

— Eu te amo Bella. – retribuiu Edward. – Vamos para casa? Se você quiser podemos passar em minha casa antes da sua para contarmos para minha família...

— Eu vou adorar! Já estou com saudades do tio Carl e da Esme. – falou Bella. – Fora que Alice deve estar toda empolgada para falar do casamento que ela já previu.

— Com certeza. – disse Edward, rindo. Acenou para que a garçonete viesse e pediu a conta. Tirou uma nota de cem dólares da carteira e colocou na pasta preta com a conta.

— Sem troco. – disse, entregando a pequena pasta para a garçonete.

— Ok. Obrigada pela vinda e voltem sempre. – falou, tentando ignorar a imensa gorjeta que acabara de receber.

Edward e Bella saíram do restaurante do mesmo jeito que entraram: sorrindo e de mãos dadas. Logo já estavam no carro, voltando para Forks. Primeiro eles foram para a casa dos Cullen, para contar a novidade (esperavam que Alice não tivesse contado nada). Entraram por uma estrada perpendicular a principal quase despercebida e, depois de poucos quilômetros, chegaram à casa dos Cullen.

Era uma casa de aspecto antigo, mas em perfeito estado. Tinha três andares e enormes janelas de vidro, tudo muito simples e elegante.

— Gostou? – perguntou Edward.

— É linda! – admirou Bella.

— Esme ama decoração, fez questão de reformar a casa quando nos mudamos pra cá. Vamos entrar que Alice não agüenta mais esperar. – falou Edward, rindo do entusiasmo da irmã.

Não ria! Eu finalmente vou poder preparar um casamento! Ralhou Alice em pensamento.

Eles entraram e foram logo recebidos por toda a família Cullen. Bella ficou pasma com a beleza do interior da casa. Era toda em tons pastéis de bege e marfim, mas com pequenos detalhes em cores fortes como azul e preto. Logo que entravam se deparavam com uma escada que levava para os andares superiores, a direita ficava uma sala de estar com TV e algumas poltronas de tom marfins, a esquerda tinha uma sala de jantar com uma imensa mesa feita de madeira esculpida e pintada de branco, com uma porta que provavelmente levava para a cozinha.

Não se preocupe, eu não contei para eles que Bella aceitou. Pensou Alice.

— Edward! Bella! Que bom vê-los! – disse Esme.

— Oi mãe. – disse Edward. – Oi pessoal.

— Oi Esme. – cumprimentou Bella, dando um aceno para os outros.

— Pessoal! Bella e eu temos uma notícia para dar. Alice já sabe porque ela previu, mas não contou para ninguém. – Edward olhou para Bella e sorriu. – Bella aceitou se casar comigo.

— Que bom meu filho! – disse Carlisle, abraçando os dois ao mesmo tempo. – Fico feliz que tenham se dado tão bem logo de cara. Seja muito bem vinda a família, minha querida. – terminou ele, dando beijo na testa de Bella.

— Obrigada tio Carl. – disse Bella.

— Bellinha! Temos que começar os preparativos! Temos que ver a data, o Buffet, o vestido, o pastor, tudo! – tagarelou Alice, puxando Bella para se sentarem no sofá da sala de estar.

— Alice, Bella aceitou se casar comigo, mas não vamos nos casar agora. Bella tem apenas quinze anos e eu supostamente tenho dezessete, para a sociedade ainda não temos idade para casar. Temos que esperar pelo menos mais três anos. – falou Edward, tentando conter a irmã.

— Tudo bem! Você tem razão. – se conformou Alice. – Mas eu posso pelo menos fazer uma grande festa de noivado, não é? – pediu ela, com os olhinhos suplicantes.

— Pode Alice. – permitiu Bella, fazendo Alice bater palminhas de felicidade. – Quero que todos em Forks saibam que Edward agora é meu noivo, assim todas as solteiras assanhadas param de dar em cima dele.

— Assim também espantar os homens que derem em cima da minha garota. – disse Edward.

— Maravilha! – comemorou Alice.

— Vou levar Bella em casa antes que fique muito tarde. – comunicou Edward.

— Tem razão, meu filho. Depois venha passar um dia inteiro conosco, minha querida. – disse Carlisle para Edward e Bella, abraçando os dois novamente.

— Pode deixar, tio Carl. Sua benção? – pediu ela.

— Deus lhe abençoe, minha filha. Até breve!

Despediram-se do restante da família e foram para a casa dos Swan. Chegaram e, antes de se despedirem, Edward entrou para comunicar o noivado.

— Charlie e Renée, eu fico muito feliz em dizer que pedi Bella em casamento e ela aceitou. Mesmo tendo combinado antes mesmo dela nascer, eu gostaria que vocês abençoassem nosso noivado. – disse Edward, com o mesmo sorriso que estampava seu rosto desde que pode finalmente falar com Bella.

— É claro que abençoamos esse noivado. Não há ninguém no mundo melhor para cuidar de nossa menina melhor que você, Edward. O que mais queremos é que vocês sejam felizes. – disse Charlie.

— Obrigada pai! – disse Bella, abraçando-o.

— Temos que organizar uma festa de noivado! – exclamou Renée, feliz.

— Alice já pensou nisto, mãe. Se você quiser pode se juntar a ela. – falou Bella, indo se sentar ao lado de Edward. No momento em que sentou o telefone da casa toca, fazendo ela se levantar novamente emburrada.

— Alô? – disse Bella.

— Bellinha! É a Alice! Chame sua mãe, por favor? – disse Alice ao telefone.

— O que você quer com a minha mãe, Alice? – perguntou Bella, sem entender.

— Temos que organizar sua festa de noivado e ninguém melhor que a mãe da noiva para me ajudar. – explicou.

— Tudo bem. – disse Bella, passando o telefone para Renée. No momento em que começaram a se falar já entraram numa conversa animada sobre a organização da festa.

— Eu vou indo, meu amor, não é muito bom que as pessoas falem que eu fiquei em sua casa até muito tarde, podem falar mal de você. – disse Edward se aproximando e abraçando Bella.

— Eu não me importo com o que falam. – disse Bella, retribuindo o abraço.

— Mas eu me importo com o que pensam de você, não quero que façam mal-juízo da minha noivinha linda. – disse ele, apertando levemente a ponta do nariz dela.

— Tudo bem. Eu te levo até a porta então. – falou, guiando-o até a porta.

— Hoje foi o melhor dia da minha vida. – disse Edward, antes de se despedir.

— Da minha também, mas tenho certeza que ainda acontecerão dias melhores que este. – disse ela.

— Não tenho dúvidas. – disse ele, se aproximando para beijá-la. O beijo não foi muito casto, mas também não foi tão afoito como outros, porém igualmente bom.

— Eu te amo, Bella. – disse por entre seus lábios.

— Eu te amo, Edward. – retribuiu da mesma forma. – Posso te esperar acordada durante a noite? – perguntou ela, meio insegura.

— Creio que a partir de hoje não terá problema, não é? – disse ele, dando diversos beijinhos em seu rosto.

— Não será não. – disse ela, quase sem fôlego.

— Espere-me acordada. Assim que Renée e Charlie estiverem dormindo eu apareço. – sussurrou.

— Estarei esperando.

— Até mais tarde. – disse Edward, dando um beijo de despedida e saindo.

Bella acenou e esperou que o carro virasse a esquina para entrar. Entrou dando pulos de felicidade, era impossível estar mais feliz.

— Vejo que minha filha está apaixonada... – falou Renée da entrada da sala de jantar.

— Estou mais que apaixonada, mãe, estou amando! – disse Bella.

— Que lindo, minha filha! – exclamou Renée. – Ele já te deu um anel de noivado?

— Sim! Olha que lindo! – disse Bella, mostrando a mão direita para a mãe.

— Nossa! Ele tem muito bom gosto! – disse Renée, olhando o anel na mão da filha. – É lindo, meu anjo.

— É sim. Vou me deitar, mãe, esse dia apesar de maravilhoso foi cansativo. Sua benção?

— Deus te abençoe. Vá falar com seu pai antes de dormir.

Bella foi até a sala de estar onde Charlie assistia televisão.

— Vou dormir, pai, estou cansada. Sua benção? – disse Bella, sentando ao lado do pai.

— Deus te abençoe. Bella, antes que vá se deitar quero lhe fazer uma pergunta.

— Faça pai. – incentivou.

— Edward te faz feliz?

— Muito, pai. – respondeu sinceramente.

— Não quero que se case com ele só porque o escolhemos, minha filha, quero que se case com ele porque você o ama e ele lhe faz feliz. Edward realmente é o que você quer? – insistiu Charlie.

— Eu não poderia escolher homem melhor para minha vida, pai. Mesmo que vocês não tivessem escolhido ele como meu pretendente em algum dia nos encontraríamos e seria exatamente como está acontecendo agora. Edward me ama e eu o amo. Não se preocupe com isso, pai.

— Isso me deixa muito feliz, minha filha. Pode ir dormir. Boa noite! – disse Charlie.

— Boa noite, pai! – disse Bella, subindo as escadas. Entrou no seu banheiro e tomou um banho. Queria esperar Edward aparecer, por isso foi até seu ateliê e pegou algumas folhas em branco e sua caixa de lápis. Ficou desenhando por cerca de duas horas, até que ouviu Edward entrando em seu quarto pela janela.

— Oi meu amor! – disse Bella, se levantando da cama e o abraçando.

— Oi minha princesa! Pelo visto você conseguiu me esperar acordada... – disse ele, abraçando-a apertado contra seu corpo.

— Consegui, eu fiquei desenhando para espantar o sono. – disse ela, respirando fundo para sentir o cheiro de Edward. Tinha certeza que não era nenhuma colônia, era um cheiro característico dele. – Você cheira tão bem, um cheiro meio amadeirado, tão único...

Edward riu do seu comentário. – Você também cheira muito bem, cheira a morangos silvestres.

Sem aguentar esperarem muito tempo, logo estavam se beijando. Eram beijos carinhosos e ao mesmo tempo quentes, não aguentavam se conter por muito tempo. Quando se deram contra estavam deitados na cama de Bella, com Edward por cima de seu corpo. Era um beijo quente, excitante. Sem se conter, uma das mãos de Edward foi para na coxa de Bella, que nem se importou. Quando tiveram que se separar em busca de ar, Edward se deu conta da posição que estavam.

— Eu acho que fomos longe demais, Bella. – disse ele, se levantando.

— Não vá embora. – pediu Bella. – Não vamos fazer nada, eu prometo! Só fica aqui comigo...

— Você não é como as outras, Bella...

— Eu sei que não sou, Edward, mas eu sinto que se me separar de você vai doer e muito. – confessou ela.

A declaração da garota lhe baixou a guarda. Ela se sentia exatamente como ele, como fosse sofrer uma dor dilacerante se ficasse longe dela um segundo que fosse.

— Tudo bem, mas não vamos fazer nada além do que fizemos, ok?

— Perfeito! Agora fica aqui comigo... – pediu ela novamente, fazendo um biquinho adorável na opinião de Edward.

— Não consigo negar nada pra você. – disse ele se aproximando e abraçando-a. Bella se deitou e aconchegou-se no peito de Edward.

— Boa noite minha princesa. – disse ele.

— Boa noite meu príncipe. – respondeu ela, bocejando.

Quando já estava quase dormindo, Bella sussurrou audivelmente.

— Eu te amo Edward.

— Eu também te amo, Bella. – disse ele, torcendo para que ela tivesse ouvido.

Duas semanas depois, Festa de Noivado de Edward e Bella

Não sabiam como, mas Alice tinha conseguido preparar uma festa completa em duas semanas, com direito a convites feitos em Seattle e Buffet completo vindo direto de Portland para a festa de noivado de Edward e Bella, que era o assunto mais comentado por toda a cidade. Por todos os cantos se ouviam “Como um recém-chegado na cidade conseguiu conquistar a garota mais bonita de Forks?”. Obviamente eles não sabiam dos detalhes, os boatos que surgiram foi que os pais de Bella a tinham prometido desde criança ao filho de seu melhor amigo que morava em Seattle e, quando o rapaz completou dezessete anos, resolveram se mudar para Forks para apresentá-los e, por acaso do destino, acabaram se apaixonando de verdade.

Era visível para todos em Forks o amor do casal. Eram frequente os passeios deles pela cidade, irem até a lanchonete onde os jovens de Forks se aglomeravam, passeios na pequena praça central da cidade, entre tantos outros programas de namorados. Embora eles fossem a lugares comuns e movimentados sempre ficavam sozinhos, envolvidos em sua bolha particular, ou ficavam em companhia dos outros Cullen e os amigos de Bella Angela Weber e Ben Cheney. Eles passaram a se sentar junto com Bella e os Cullen na hora do intervalo na Forks High School, se acostumando rapidamente com a presença dos novos moradores. Jessica tinha se bandeado pro lado negro da força, como dizia Ben, se sentando no grupo dos invejosos da escola.

Quando chegou a noite da festa, todas as famílias de Forks tinham sido convidadas para a festa e, para manter as aparências, os Cullen também convidaram os Denali. Eleazar, Carmen, Kate, Garrett, Irina e Laurent compareceram a festa, mas Tanya, por conta ainda da mágoa que sentia por Edward, não compareceu. Apreciaram a festa tanto quanto os outros convidados, mas pediram desculpas pela ausência de Tanya.

A última a chegar à festa foi Bella, que foi recrutada logo pela manhã por Alice, Esme, Renée e Rosalie para um dia de beleza. Ficou extremamente mal-humorada por ter que passar o dia inteiro longe de seu noivo, o que foi totalmente ignorado pelas outras mulheres. Elas (quer dizer Bella) passaram o dia entre cabeleireiros, massagistas, manicures e pedicuras, segundo elas para exaltar ainda mais a beleza delas. Quando chegou o final do dia o trabalho todo tinha sido recompensando, no quesito beleza Bella não perdia para nenhuma das Cullen, vestia um vestido de mangas compridas cor marfim, com joias todas com diamantes e pedras azuis, fora o anel de noivado que permanecia em seu dedo.

Quando chegou entrou no lotado quintal dos Cullen, onde acontecia a festa, a noiva chamou a atenção de todos que estavam presentes, a maioria por admiração, mas alguns (leia-se Jessica e o grupo dos invejosos) por inveja. Edward, que conversava com Carlisle e Jasper, abriu logo um sorriso imenso ao ver sua noiva. Ela já era linda todos os dias, mas as garotas tinham conseguido deixá-la ainda mais deslumbrante. Pediu licença ao seu pai e irmão e foi em direção a mulher mais linda que já tinha visto. Chegou perto dela e pegou-lhe a mão, dando um beijo casto.

— Você está mais que deslumbrante, meu amor. – elogiou.

— Obrigada, meu príncipe. Você também está deslumbrante. – disse corando. – Pelo o que eu vejo terei que tomar conta para que ninguém o roube de mim.

— Impossível, minha linda, completamente impossível. – disse ele, abraçando-a.

Logo a atenção da maioria dos convidados já tinha voltado para a festa.

— Venha. Vou lhe apresentá-la a parte da família que você não conhece. – falou Edward, puxando a noiva em direção aos Denali.

— Bella, esses são parte dos Denali. Eleazar, Carmen, Irina, Laurent, Kate e Garrett. Pessoal, essa é minha Bella. – apresentou Edward.

— É um prazer conhecê-la Bella. – adiantou-se Irina, abraçando Bella. – Edward sempre falou maravilhas de você e vejo que não está enganado.

— O prazer é meu, Irina. – respondeu Bella. Os outros foram cumprimentando a garota do mesmo jeito que Irina, aceitaram a escolha de Edward como Tanya nunca aceitou. Bella sentiu que os Denali gostaram dela sinceramente. Conversaram por alguns minutos e juntos foram falar com os outros convidados.

Quando ficaram sozinhos por alguns instantes Bella perguntou a Edward uma coisa que tinha percebido.

— Edward, você disse que era parte dos Denali quando me apresentou a eles. Tem alguém faltando? – perguntou Bella, observadora.

Edward suspirou, lembrando do ataque de Tanya há quase dezesseis anos atrás.

— Sim, falta a irmã de Kate e Irina, Tanya. Antes de você nascer, Tanya e eu tivemos um caso. Quando Alice teve a primeira visão sua eu estava com Tanya e ela presenciou tudo. Eu não sabia, mas ela nutria uma paixão por mim, paixão que nunca foi correspondida e sempre deixei isso bem claro. Quando contei que tinha encontrado minha predestinada ela não acreditou, disse que era ela a minha predestinada, coisa que eu tinha certeza que não. Mesmo sendo gentil e dizendo que não teria mais nada com ela, Tanya ficou magoada e armou um escândalo na minha casa e foi embora, voltando para sua casa no Alasca. Desde então ela não fala nem comigo nem com Alice, com quem ela antipatizou logo de cara. Continuei mantendo contato com os outros que, ao contrário dela, ficaram muito felizes por eu ter encontrado você. – explicou Edward todo o seu caso com Tanya.

— Agora entendi. Edward, você deve levar em conta que é muito fácil se apaixonar por você... – disse Bella, enlaçando os braços ao redor do pescoço de Edward.

— É mesmo? – perguntou Edward, entrando no jogo de Bella.

— É sério, eu me apaixonei por você antes mesmo de te ver pessoalmente, imagina ela que conviveu com você constantemente. – disse ela, dando um leve selinho nos lábios do noivo.

— Eu te amo Bella. – disse Edward por entre os lábios de Bella.

— Eu te amo Edward. – retribuiu Bella.

* The Music Man é uma comédia musical de sucesso do ano de 1962. Concorreu ao Oscar de melhor filme direção de arte, melhor filme, melhor som, melhor edição, melhor figurino e melhor trilha sonora, ganhando este último.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço muitos reviews? Quem sabe uma recomendação? Eu estou triste, tem 66 pessoas que acompanham a fic, mas só cerca de 20 pessoas comentam. Vamos me incentivar a continuar escrevendo, ok? Assim eu não tenho como saber se estou agradando ou não já que a maioria não comenta. Vejo vocês no próximo capítulo! Beijos! Clarissa Cullen Potter Mellark.