The Way You Look Tonight escrita por Clarisse Hugh


Capítulo 7
Un petit repas


Notas iniciais do capítulo

Um milhão de anos depois.... Tudo que me resta é pedir desculpas.... Aproveitem o capítulo fresquinho!



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O clima dentro do carro estava leve, não era um silêncio incômodo, por isso preferi mantê-lo e aproveitar aquele momento para contemplar os primeiros movimentos matutinos de Nova York. Viramos em uma curva e o sol estava em uma posição no céu que fazia seus raios incidirem diretamente sobre mim, por isso desviei o olhar para a esquerda, encontrando Poseidon de expressão serena, concentrado aos obstáculos do trânsito. Notei suas mãos, seguras, apertando suavemente o volante, uma curva insinuante de felicidade em seus lábios e as diferentes nuances do alvorecer tingindo seus traços com luz. Os negros e desalinhados fios de seu cabelo retorciam-se em pequenos cachos próximo de sua nuca e, como se uma paleta rara houvesse sido responsável pela incrível e maravilhosa tonalidade verde esmeralda de seus olhos, duas pedras preciosas brilhavam bem ao alcance da vista a milênios, mas ainda assim, pareciam inéditas. Corei ao notar o perigoso rumo de meus pensamentos e, não mais que rapidamente, ajeitei-me no banco, apoiando meu braço na janela, buscando outra visão para me entreter enquanto, distraidamente roçava meus dedos nos lábios. Arg! O que há comigo? Tenho que parar de analisa-lo desse jeito!

– E então, senhorita nerd? O que vamos fazer primeiro?

– Ué, você foi o sorteado, só estou aqui como ajudante... – um discreto sorriso nada modesto remodelando a expressão em minha boca.

– Não sei é algo chocante para você, Loira, mas eu não faço ideia de como se organizar uma festa.

– Bem, então sorte a sua estar acompanhado por mim. – foi a vez dele revirar os olhos – O que foi? Relaxe um pouco, temos tempo e eu sei o que faço. Acho que hoje podemos ir ver algumas coisas de alimentos e bebidas que independem de cores ou qualquer coisa do tipo.

– A senhora é quem manda. Já estava com fome mesmo...

– Você é inacreditável! Mas tudo bem, eu conheço o lugar perfeito para a gente ir degustar coisas deliciosas! Ele é um pequeno bistrô que serve tudo em pequenas porções e é muito fofo, além de ser francês, o que eu acho que combina demais com o nosso tema. Lá com certeza iremos encontrar uns petisquinhos do jeito que precisamos!

–------*-------*-------

Nem precisei dar muitas instruções sobre o endereço e logo estávamos no local.

– Le Printemps, ali! Aquela construção com os vidros coloridos!

Lá estava, um dos melhores lugares que já tive o prazer de visitar: uma construção sucintamente clássica, com suas tábuas caramelo convidando para o aconchego do maravilhoso cheiro de pães, queijos e carnes que sempre acalorava seu interior.

Melhor do que isso só o espaço semiaberto do lindo jardim em sua lateral onde ficam algumas mesas de madeira escura, rodeada pelo verde e, se você tivesse sorte, o belo colorido das pétalas magenta da enorme primavera que agraciava o ambiente. Além disso, se os raios solares acharem o caminho certo e se encontrarem com os cristais coloridos do balcão e de seus vitrais, um arco-íris de pura magia estendida ao alcance das mãos e criava interessantes sombras no ar.

Um som de buzina arrancou-me de meus devaneios e focou minha atenção ao trânsito, que estendia-se por poucos metros, mas ainda assim Poseidon insistiu para que eu descesse e esperasse na frente do restaurante.

– Vai logo, Atena, deixe-me ser considerado um cavalheiro ao menos uma vez na vida! Afrodite te colocou nestes saltos, estou somente te poupando de andar muito com eles.

Isso não era algo que eu pudesse recusar, afinal, o máximo que eu pudesse encurtar a tortura medieval que é equilibrar-se nesses sapatos altos e finos, melhor para o bem-estar de meus próprios pés, embora eu ainda relutasse em deixa-lo sozinho, ainda um pouco desconfiada com sua súbita gentileza e com o fato de ainda não termos discutido. Olhei-lhe fixamente por alguns segundos e suspirei, resignada.

– Tudo bem, eu vou e agradeço, mas só porque quanto antes eu chegar mais chances de conseguirmos uma boa mesa!

Ele tentou conter o riso, fato que foi quase que totalmente em vão, ao finalizar, destrancando a porta:

– Claro, claro, jamais sequer cogitaria outra possibilidade.

Fechei a porta com um pouco mais de força do que o necessário e atravessei a rua.


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Notas finais do capítulo

Alguém ainda lê isso? :x
Enfim, vejo vocês no próximo. Até mais!



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