Saint Seiya: A vingança de Poseidon escrita por Odnanref Occutep


Capítulo 5
Um velho companheiro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/479346/chapter/5

Cinco picos antigos, Rozan

Próximo a grande cachoeira de Rozan um ancião está sentado meditando:

– Finalmente receberei a visita de um velho amigo que não vejo há muitos anos.

De dentro de uma casa próxima a cachoeira sai uma jovem com um bebê no colo.

– Tem um senhor querendo lhe ver Mestre. – disse a jovem.

– Peça-o para vir até aqui, eu estava a sua espera. – respondeu o Ancião.

O Grande Mestre foi até o encontro do senhor:

– Meu velho companheiro Shiryu. Há quanto tempo não nos vemos?

– Grande Mestre! Já faz algumas décadas que estou recluso em Rozan, ainda mais agora que tenho uma discípula.

– É o que reparei assim que cheguei. Senti um cosmo maior que o normal e logo imaginei que você estava treinando alguém. Qual o seu nome jovem?

– Lorelai.

– E está treinando para assumir qual armadura?

– A armadura de prata de Ave-do-paraíso.

– Muito bom Lorelai, estamos precisando de muitos cavaleiros ativos para a guerra que está para iniciar. Dedique com todas suas forças e com um mestre como Shiryu você será uma ótima amazona.

– Obrigado, Grande Mestre.

– E este bebê no seu colo?

– É meu irmãozinho. Nossos pais morreram num incêndio e o Mestre Shiryu nos adotou.

– Qual o nome dele?

– Yao, e se tudo der certo o Mestre Shiryu também irá treina-lo para ser um cavaleiro de Atena, o cavaleiro de Escudo.

– Ótimo, que ele cresça saudável e seja um grande cavaleiro de Atena.

– Vou deixar vocês aí, tenho que continuar meus afazeres. Até mais, Grande Mestre.

– Até mais, Lorelai. Se cuide e espero você no Santuário em breve.

Lorelai retira-se com Yao para dentro da casa.

Agora que estão a sós, o Grande Mestre tira o elmo.

– Grande Mestre não faça isso, não se esqueça que ainda sou um cavaleiro e as regras são claras quanto a ver o Grande Mestre sem elmo. – disse Shiryu.

– Deixe de bobagens Shiryu, você poderia muito bem estar no meu lugar. Alias, até me surpreendi no fim da grande batalha de 80 anos atrás quando Atena antes de partir me deu a missão de cuidar do Santuário. Por favor, deixe isso de Grande Mestre de lado, entre nós velhos amigos essas formalidades não são necessárias.

– Que assim seja. Kiki, o cavaleiro de ouro de Áries e o Grande Mestre desta geração.

– Muito melhor assim!

– Kiki, estava pensando. O que aconteceu com a minha armadura e dos meus quatro irmãos?

– Após a batalha contra Artemis e Apolo as armaduras de Pégaso, Dragão, Cisne, Andrômeda e Fênix foram mortas pelo cosmo de Apolo e Artemis e estão no Santuário até hoje. Nem mesmo o sangue de Atena que elas possuem conseguiu fazer com que elas retornassem a vida. Nada que eu conheça nas minhas técnicas de restauração pode dar vida a elas novamente.

– Fico muito triste em saber isso. Nossa última batalha juntos. Já se passaram 80 anos desde aquele momento fatídico aonde tivemos que tomar atitudes extremas para salvar a humanidade.

– O momento em que precisamos selar os portais da Lua e do Sol para evitar uma invasão em massa dos exércitos de Artemis e Apolo a Terra.

– Naquele momento eu e o Hyoga fomos para o portal do Sol. Hyoga usou todo seu poder para congelar a entrada, mas o poder do Sol que o portal emanava sempre repelia os ataques gelados. Nesse momento unimos nossas forças, Hyoga utilizou seu poder além do zero absoluto em conjunto com minha Cólera dos 100 Dragões, o efeito devastador das duas técnicas conseguiu sobrepujar o poder do Sol que vinha do outro lado do portal e conseguimos congelar sua entrada. Porém, não sabíamos que o poder do Sol do outro lado ao ser bloqueado causaria uma explosão com poder até maior que a nossa poderosa Exclamação de Atena...

– Ao mesmo tempo, Shun e Ikki foram para o portal da Lua. E conseguiram selar, porém as duas explosões ocorrem simultaneamente, ao observar ao longe pensei que conseguiria salvar vocês quatro, mas só tive tempo de me teleportar até o portal do Sol. Ao chegar lá, consegui salvar você, mas não encontrei o Hyoga. Depois da grandiosa explosão, fomos procurar os três e só encontramos os objetos das armaduras petrificadas e mortas, inclusive a sua armadura durante a explosão abandonou seu corpo e voltou à forma de objeto e estava na mesma situação das outras.

– E o Seiya desapareceu no espaço dimensional que foi aberto juntamente com Apolo e Atena - Shiryu respira fundo por um tempo e volta a falar – e nunca mais soubemos o seu paradeiro. Ainda tenho esperanças que a alma dele esteja por aí nos olhando. Quem sabe um dia ele não retorna para mais uma vez vestir a armadura de Pégaso.

– O desaparecimento de Seiya ainda é um grande mistério para todos nós. Uma coisa eu tenho certeza aonde quer que ele tenha ido Apolo jamais voltará a aparecer na Terra. Tenho certeza que o Seiya deu um fim neste Deus perverso.

– Eu confio no meu irmão. Também tenho essa certeza. – Shiryu olha pra a constelação de Pégaso relembrando os inúmeros momentos que passou com Seiya nas incontáveis batalhas – E após o desaparecimento dele e Atena, o cosmo de Atena falou com nós. Os únicos sobreviventes. Lembra-se daquele momento, Kiki?

– Jamais vou esquecer aquele momento em que Atena falou aos nossos cosmos e me deu a missão de ser o Grande Mestre e controlar o Santuário e lhe mostrou o Misopheta Menos e o orientou a dar prosseguimento ao clã de Rozan e preparar novos cavaleiros para uma futura guerra.

– E aqui estamos nós Kiki, as vésperas de uma nova guerra santa.

– Sim, meu amigo, a hora que esperávamos chegou. Agora não existe mais tempo de relaxamento.

– Kiki, há umas semanas atrás senti um cosmo muito parecido com o de Atena...

– Sim, Shiryu. Eu também senti, Atena reencarnou naquele dia e não sabemos onde ela está. Já enviei diversas missões pelo mundo na esperança de localizá-la, mas sem sucesso. Acho que Atena não quer ser encontrada e deve estar ocultando seu cosmo. Mas não iremos desistir precisamos achá-la o quanto antes.

– Também senti que desapareceram alguns cosmos de cavaleiros uns dias atrás.

– Exatamente, Shiryu. Dois cavaleiros nossos: Paul de Compasso e Aedis de Mosca, foram mortos por um cavaleiro desconhecido. Esse cavaleiro possuía uma técnica muito estranha, através de um líquido que saía de sua armadura atacava nossos cavaleiros e transformava as armaduras de Atena em líquido, destruindo-as completamente. Partindo dessas características e a forma como esse cavaleiro sabia da composição de armaduras, meu julgamento é que esse cavaleiro desconhecido é um marina de Poseidon. Somente Poseidon tem conhecimento tão profundo sobre nossas armaduras.

– Os marinas voltaram a ativa, isso quer dizer que Poseidon deve ter desperto em algum hospedeiro.

– Possivelmente.

– E como vamos combater esta técnica?

– Não sei. Por isso estou indo até Jamiel consultar os Alquimistas e ver se eles já viram algo parecido, mas sem alguma amostra acho que continuaremos no escuro.

– Mais do que nunca devemos intensificar as missões de busca por Atena, concorda Kiki?

– Absolutamente, Shiryu. Assim que retornar ao Santuário irei meditar em busca de algum rastro de cosmo de Atena para tentar diminuir a área de procura.

– Será que não é a hora de convocar os cavaleiros de ouro?

– Acho que não. Até o momento só tivemos um ataque dos marinas, prefiro deixá-los em suas casas de modo a evitar o encorajamento de uma invasão por parte de Poseidon se ele descobrir que os cavaleiros de ouro não estão no Santuário. No momento, além de mim, há nove cavaleiros de ouro presentes.

– Somando comigo, cavaleiro de ouro de Libra, somamos onze. Qual cavaleiro está ausente?

– O cavaleiro de ouro de Aquário está em uma missão secreta. Nem mesmo eu sei que missão é essa. Ele simplesmente sumiu há alguns meses e disse que em breve entraria em contato, mas até o momento não houve nenhum contato.

– Vamos aguardar.

– Shiryu, pretende ficar no Misopheta Menos até quando?

– Assim que essa guerra começar para valer o Dragão retornará ao campo de batalha.

– Muito bom, vamos precisar da sua ajuda e experiência para liderar os jovens cavaleiros nessa guerra.

– Pode contar comigo.

– Agora é hora de partir meu amigo, ficarei a sua espera no Santuário. Treine bem essa jovem, vamos precisar de cavaleiros com coragem nessa guerra.

– Absolutamente, Kiki. Tenho certeza que ela será uma grande amazona, e este bebê eu já sinto que possui um grande poder oculto.

– Até mais, meu amigo.

Assim, Kiki partiu de Rozan rumo a Jamiel. Shiryu continuou na cachoeira e sua discípula se aproxima:

– Mestre, quando vou poder ter minha armadura? Com tudo isso que o Grande Mestre falou é preciso ter o maior número de cavaleiros urgentemente.

– Lorelai, tenha calma. Você ainda está em aprendizado e deve continuar com o treinamento para aperfeiçoar seu cosmo e suas técnicas, a hora de você vestir a armadura logo chegará. Mas uma coisa me intriga, você estava ouvindo nossa conversa?

– Desculpa, Mestre. É que você sabe que sou curiosa e não me aguentei.

– Tudo bem, Lorelai. É bom que você saiba o que está acontecendo. Não quero esconder nada de você.

– Sim, Mestre.

Em algum lugar do deserto de Nevada, EUA

Três cavaleiros estão andando desolados pelo deserto sem rumo e sem saber como prosseguir na missão.

– O Grande Mestre só pode estar de sacanagem com a gente, nos mandar pro meio do deserto atrás de pistas de Atena. – indaga Nanuk.

– Decepcionante essa missão, andamos e andamos e não conseguimos a mínima pista. – lamenta-se Bernard.

– Sem reclamações, vocês parecem criancinhas mimadas. Como podem ter cavaleiros como vocês que só ficam reclamando a todo instante. – indignou-se Kazimir.

Ao longe, um brilho dourado cruza os céus em direção a eles.

– Olhem aquilo, será um cavaleiro de ouro vindo em nosso auxílio? – perguntou Nanuk.

– Não, não, aquilo não é um cavaleiro de ouro. É um cosmo agressivo e gigantesco. – assustou-se Kazimir.

Ao aterrissar, uma nuvem de poeira se formou e do meio da poeira saiu um general marina com uma escama emitindo um brilho dourado que ofuscava a visão dos cavaleiros.

– Enfim achei um bando de ratinhos para me divertir. Não posso esquecer do desafio de Cabiros e levar as armaduras inteira. Vamos cavaleiros de Atena digam seus nomes para eu saber quem estarei mandando para o mundo dos mortos.

– Vamos nos apresentar sim e grave o nome dos cavaleiros que vão acabar com você. Eu sou Bernard, cavaleiro de bronze de Vela.

– Eu sou Nanuk, cavaleiro de bronze de Índio.

– E eu o líder da missão Kazimir, cavaleiro de prata de Cérbero.

– Já que vocês disseram seus nomes vou me apresentar. Os mortos merecem saber o nome de seu asassino. Sou Enrico de Scylla, general marina de Poseidon. Chegou a hora de torturar e matar alguns ratinhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo:

Scylla começa sua tortura e massacre.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Saint Seiya: A vingança de Poseidon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.