My Dream escrita por Susan Salvatore


Capítulo 18
A queda de um




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Ele observava as chamas da lareira, enquanto meditava sobre sua fúria. Ninguém nunca o desafiara antes, ninguém nunca quisera correr o risco. Mas ela... Ah, ela sim era interessante. Sorriu, pensando que devia realmente desejá-la, a ponto de deixá-la viva mesmo depois daquilo.

Batidas irritantes e sucessivas tiraram-no de seus pensamentos.

– Pra quê diabos servem os empregamos? – resmungou, enquanto abria a porta.

– Olá, Klaus – disse Hayley, com um sorriso torto.

– Ou você é muito atrevida ou incrivelmente estúpida pra vir até aqui. Talvez os dois.

– Sua gentileza me comove.

Ela entrou. Com satisfação percebeu o forte cheiro de álcool que contaminava a sala. Era perfeito.

– Então? – disse ele, desconfiado – Para quê veio?

– É uma menina. Sua filha.

– E daí?

– Já perdeu o interesse, Klaus? Pensei que fosse fazer de tudo para tirá-la de mim, você sabe, essas ameaças bobas que sempre faz.

– Ótimo, você veio me irritar – disse ele, revirando os olhos. Tudo bem, tinha de admitir, a presença dela até que era agradável.

– Sabe, amanhã é o julgamento de Elijah... Diga-me, vai ficar na defesa ou na acusação?

– Por que você sempre fala dele? O que há de tão especial?

Então Hayley entendeu. De certa forma, tornava tudo aquilo mais fácil. Klaus era apenas um invejoso, sempre mimado e sempre o centro das atenções. Tudo bem, usaria aquilo contra ele.

– Porque ele é completamente o oposto de você – disse e então desviou o olhar, imaginando que seria uma atriz perfeita – E é muito mais seguro gostar dele.

Permanecendo em silêncio, ele apenas encheu seu copo novamente. Uma vozinha em sua cabeça lhe dizia que era perigoso beber tanto, que podia falar o que não devia, mas ele a mandou pro inferno.

– Aceita?

– Estou grávida, idiota.

– É, eu me lembro disso – falou, com um sorriso travesso na cara.

– Não sorria assim. Dá ultima vez isso rendeu uma criança.

– Você não pode ficar grávida duas vezes, então...

Ele se aproximou e afastou uma mecha de cabelo de seu rosto. Ah, como era linda. Tudo em Hayley era exótico e sedutor. Precisava tê-la mais uma vez. Aproximou-se e... Ela o empurrou com um sorriso.

– Não tão fácil, Klaus.

– Me diga o que eu tenho que te oferecer. Posso te dar o mundo. Só me diga o que quer.

– A verdade sobre você. É a única pessoa que eu não consigo desvendar.

Discretamente, Hayley olhou as horas. Ok, ela tinha quinze minutos para fazer aquilo dar certo. Apenas quinze minutos.

– O que quer saber?

– Você consegue tudo o que quer... Mas como sabe quem são as pessoas certas? Como sabe quem corromper?

– Assunto interessante – respondeu ele, sentando-se ao seu lado. O perfume doce dela estava começando a deixá-lo tonto – Todo mundo quer alguma coisa. Alguns mais desesperadamente que outros. É fácil identificar, com apenas algumas sugestões as pessoas praticamente revelam tudo sobre si. Então se torna fácil manipular. Por que quer saber?

– Quero fazer isso. Manipular. Talvez até você.

– Não precisa fazer isso – disse Klaus, aproximando-se novamente.

– Você é uma pessoa ruim. Eu não devia fazer isso – disse ela, colocando a mão em seu pescoço.

– Mas você gosta.

– É, eu gosto.

Não havia nem cinco centímetros entre eles. Ela podia sentir o cheiro do álcool misturado com o perfume dele, uma mistura particularmente embriagantes. Sorriu.

– É, e eu odeio – disse Elijah.

Nada nunca tinha surpreendido tanto o Mikaelson mais velho.

– O que faz aqui? Devia estar com os ratos na prisão.

– Fiz o que aprendi com meu irmão. Subornei as pessoas certas.

– E por que não sumiu logo?

– Porque eu quero vingança. Quero acabar com você, irmãozinho. Mas antes quero ouvir a verdade.

– Qual verdade? A que sua namorada é uma vagabunda?

Aquilo rendeu um belo soco na cara. Ridiculamente, o nariz de Klaus quebrou de novo.

– É, eu sempre quis fazer isso – falou Elijah, com um sorrisinho.

– Você está perdido sabia? Eu vou denunciar você! Vai ficar naquela maldita cela para sempre.

– Acho que podemos dizer o mesmo de você – respondeu uma voz feminina.

– Camile? O que diabos está fazendo aqui? – perguntou Klaus, confuso. Se não fosse a bebida, ele talvez tivesse percebido o que acontecia ali.

– Klaus Mikaelson você está sendo acusado de assassinato, corrupção, incriminação... Enfim, você vai ser preso. De costas, agora.

Ele olhou para cada rosto triunfante ali. Não, aquilo não podia estar acontecendo. Ninguém o enganava, muito menos a polícia. Era ele o chefe ali. Eles não percebiam que podia acabar com todo aquele teatro em um estalar de dedos?

– E, irmãozinho, se estiver pensando em nos ameaçar – disse Rebekah, parada à porta. Então ela a abriu e um flash de câmera o deixou momentaneamente cego – Saiba que temos visitas.

A imprensa toda estava ali. Assim que eles o viram começaram a gritar perguntas indistinguíveis. Carros de polícia cercavam o local. Estava acabado.

– Vocês... – disse Klaus, a voz fraquejando – Vocês não têm nenhuma prova.

– Ah, temos sim – respondeu Rebekah – Eu tenho vigiado você. Grampeado suas ligações, seguido você... Eu tenho tantas provas que garanto que metade não será necessária para te colocar na cela mais suja que existir. Ah, temos a confissão de Celeste também.

– Está acabado, Klaus – falou Elijah. Sua expressão era séria, não feliz. No fundo, aquilo lhe doía. Como seu próprio irmão podia ser assim tão corrupto? Por que o odiava tanto?

O mundo de Klaus caiu. Uma tontura momentânea quase o fez desabar no chão. Simplesmente não podia acreditar no que estava acontecendo. Então a loucura caiu sobre si. Quando um policial qualquer colocou algemas em seus pulsos, ele já ria histericamente. Ah, pobrezinhos... Não sabiam que é impossível derrotar Klaus completamente?

Ele foi levado até a porta e de novo o flash contínuo o cegou. Antes de sair da casa, no entanto, virou-se para Hayley.

– Eu vou tirar isso de você – sussurrou, colocando a mão na sua barriga.

Com um empurrão, Elijah o tirou de perto dela, mas já era tarde. O medo já se instalara. Um arrepio de medo fez ela tremer e, subitamente, teve o desejo de fugir para o lugar mais deserto e inalcançável que pudesse achar.

Então ele foi levado. Quando o carro partiu, ouviu-se um suspiro de alívio coletivo ali.

– Vai ficar tudo bem – disse Elijah, reconfortando-a.

Não, não ia.


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Notas finais do capítulo

Oe, leitores! Eu sei, demorei, sorry sorry. Mas o que fazer quando a inspiração foge? Enfim, eu tô tornando o Klaus o principal kk Mas é inevitável, ele é foda u.u Espero que gostem!