Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Adorei os coments! Brigada pelo carinho! Espero que continuem curtindo!



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STSV - Capítulo 9:

– Posso falar?! Essa foi a noite mais incrível que eu já tive na vida! - Malu disse para Bento, com um sorriso de orelha a orelha.

Eles tinham acabado de ter sua primeira noite de amor. Bento fez questão de fazer tudo conforme o figurino, principalmente porque era a primeira vez de Malu, então, ele queria que fosse especial. Preparou um jantar a luz de velas, e jogou pétalas de rosa por toda a cama.

Os dois estavam debaixo do lençol de seda, abraçadinhos. Malu estava com a cabeça apoiada no peito nu de Bento, enquanto ele acarinhava seu cabelo.

– Eu também achei incrível. Você foi maravilhosa em todos os sentidos. - elogiou Bento, fazendo com que Malu levantasse a cabeça para olhar nos olhos dele.

– Tá. Também não precisa exagerar. - disse Malu, esboçando um sorrisinho tímido.

– Eu tô falando sério, mas se você quiser repetir pra tirar a prova, por mim, tudo bem. - disse, e os dois riram com cumplicidade.

Depois disso, fez-se um silêncio. Malu levantou, tendo o cuidado de cobrir os seios com o lençol. Percebeu que Bento estava olhando para o teto, com uma expressão aérea.

– Meu reino pelos seus pensamentos. - disse Malu, arrancando Bento de seus devaneios.

Ele sorriu, mas, antes de falar, segurou o rosto de Malu, e beijou seus lábios com todo carinho - Eu tava pensando na Giane.

Malu franziu a testa - Esse é o tipo de resposta que um mulher não deseja receber de seu namorado. Principalmente quando ela está na cama com ele.

Bento arregalou os olhos - Não, Malu. Relaxa! Só tô preocupado com ela porque ela tem andado muito estranha ultimamente. Você percebeu?!

– Não só percebi, como sei, exatamente, qual é o motivo. - disse ela, enfática.

Bento ficou tão interessado em saber que sentou para escutar - Sabe?! Então, me fala! Porque eu já cansei de quebrar minha cabeça tentando descobrir.

Antes de falar, Malu deu um suspiro profundo - Bento, a Giane tá perdidamente apaixonada por você.

– Quê isso Malu?! A Giane é só uma amiga ciumenta.

– Não. Ela não é só ciumenta. Ela te ama, Bento! E é sério.

Bento arregalou os olhos - Malu, eu acho que você tá enganada. A Giane, ela é uma menina ainda e...

– Não, Bento. A Giane é uma mulher. Uma mulher linda, por sinal. Ama você e quer ser amada, então, cabe a você desiludí-la, e não tapar o sol com uma peneira.

Bento ficou pensativo - É. Talvez você tenha razão. Vou falar com ela. Deixar tudo em pratos limpos. Não quero que ela se machuque por minha culpa. A Giane é minha sócia, minha amiga... Ela é muito especial pra mim. Não merece passar por isso.

Malu sorriu, aliviada. Teve medo que o coração de seu namorado balançasse pela sócia ao saber a verdade. Então, foi até ele, e segurando o rosto dele entre as mãos, beijou seus lábios, e o puxou, lentamente, deitando na cama, com ele se posicionando em cima.

– Agora, vamos parar de falar na Giane porque a nossa noite está apenas começando. - disse ela, que recebeu um sorriso dele em troca. E os dois reiniciaram o beijo.

Entretanto, o que ela não sabia, e nem podia suspeitar é que Bento ficou sim, balançado, tanto que, a partir daí já não conseguia beijar a namorada com a mesma vontade e intensidade de antes.

Os olhos estavam abertos.

E ele pensou em Giane.

***
– Aqui, maloqueira, seu sorvete. - Fabinho entregou a casquinha para Giane, que sorriu em agradecimento.

Fabinho tinha levado Giane para o Mirante de Santa Marta, um lugar bastante isolado, rodeado com uma mureta que dava visão a toda bela Rio de Janeiro, destacando seus principais pontos turísticos, dentre eles, o Pão de Açucar, o Cristo Redentor, a Floresta da Tijuca, e inúmeras praias paradisíacas.

Giane estava encostada na mureta, cotovelos apoiados nela, fascinada com a visão do Rio de Janeiro à noite. Fabinho estava ao lado dela na mesma posição. E ambos saboreavam seu sorvete, em um profundo silêncio.

Era noite de lua cheia, e um vento frio soprava forte, fazendo os cabelos de Giane esvoaçarem.

Quando Fabinho percebeu isso, deixou de olhar para paisagem, e passou a admirar Giane, fascinado, os olhos brilhando.

– Lindo, né?! - comentou Giane, a respeito da paisagem, quebrando o silêncio.

– É. - suspirou - Muito. - mas, ele não falava da paisagem.

Ela virou o rosto de lado, e sorriu tímida, quando percebeu que ele a encarava, com desejo.

– Giane, por quê que cê me beijou?!

Aquela pergunta pegou-a totalmente de surpresa. Ela riu, constrangida - Quê?! Que eu te beijei, garoto! Tá maluco?!

– Não. Num tô maluco não. Você me beijou sim. Ontem. Lá na sua casa.

Giane franziu a testa, tentando a todo custo, encontrar uma resposta que nem ela mesma tinha.

– Quer saber?! - indagou, nervosa - Eu num sei. Eu num sei por que eu te beijei. Eu devia tá louca.

– Pois, eu sei. - disse ele, e seus olhares se encontraram - Foi pelo mesmo motivo que eu permaneci parado em frente a sua casa, esperando que você abrisse a porta.

O coração de Giane disparou diante daquela declaração. Nunca imaginou que o Fraldinha pudesse ser tão romântico.

Constrangida, ela desviou o olhar, voltando a admirar a paisagem. Mas, ficou tão atordoada com o que Fabinho disse, que se perguntassem, naquele momento, o que ela estava olhando, com certeza, ela não saberia responder.

Fabinho sorriu de lado, com charme. Sabia que aquilo, de alguma forma, havia tocado Giane.

– O Érico me ligou hoje à tarde. - comentou Fabinho, mudando de assunto.

Giane virou, encostando as costas na mureta, mãos pra trás - Ah, é?! E o que ele queria?!

– Queria me pedir desculpas por tudo que me disse, e me chamar para voltar a trabalhar na Crash Mídia.

– E você vai aceitar?! - quis saber ela, afinal, fora ela quem pedira que o chamassem.

– Num sei. Talvez. Ainda tô pensando. - Giane franziu a testa sem entender - Sabe quem foi lá em casa hoje?! A Camilinha. - Giane fechou a cara - Foi me fazer uma proposta.

– Que tipo de proposta?!

– Ela me pediu pra encenar um namorinho fake com ela, só pra agredir a mãe dela. E em troca, ela me ajudaria a me infiltrar no mundo dos riquinhos, que é o que eu sou agora. - Fabinho disse, numa tentativa de provocá-la, e ficou bastante satisfeito ao perceber que ela estava caindo direitinho.

– E você aceitou?! Aceitou participar dessa palhaçada de namoro fake.

Fabinho esboçou um sorrisinho cínico - E você acha que eu resisti?!

Giane revirou os olhos, com raiva - Tá adorando, né?! Tá adorando o assédio dessazinha aí! - ela disse, caminhando para outra ponta da mureta, a fim de que ele não visse em seus olhos, o ciúme que sentiu.

Ele a seguiu, e quando ela parou, encostando de novo as costas na mureta, ele ficou de frente pra ela, um braço esticado, na lateral do corpo dela, segurando a mureta. Os rostos de ambos, a poucos centímetros de distância.

Giane tentou desviar o olhar, mas aquilo era quase impossível, pois, ele conseguia prender o seu olhar ao dele, como um verdadeiro imã.

– E... Você gosta dela?! - perguntou ela, morrendo de ciúmes.

Ele sorriu - Tanto quanto você gosta do Caio.

Giane ficou revoltada com o joguinho que ele estava fazendo, e bateu de leve em seu peito - Imbecil!

Ele soltou uma risada gostosa. Então, enfurecida, ela puxou o braço dele - Vamos! Me leva pra casa. Agora!

– Num vou te levar. - rebateu, sério.

– Ah, é?! - apertou os olhos, e cruzou os braços - Então, tá bom! Pode deixar que eu me viro. Vou de ônibus ou pego um táxi. Mas, aqui, com você, eu não fico mais!

– Tá. Você que sabe. - deu de ombros - Mas... Aviso que por essas bandas não passa ônibus. E que o ponto de táxi mais próximo fica a uma sete quadras daqui. Ah, eu quase ia me esquecendo... Aqui em cima, o sinal do celular é péssimo.

Ela bufou - Você pensou em tudo, né?!

Ele sorriu, cínico, concordando com a cabeça - Cada detalhe.

Ela deu um suspiro profundo, antes de pedir - Ok. Se é assim, me dá as chaves da moto!

Fabinho franziu a testa - Cê sabe dirigir moto?!

– Não. Mas num deve ser tão difícil. - ela retrucou, esticando o braço, e abrindo a mão pra que ele depositasse as chaves nela.

Fabinho riu, divertido. Ele tinha conciência da dificuldade que era dirigir uma moto, ainda mais, em se tratando, de uma marinheira de primeira viagem. Enfiou a mão no bolso, retirando as chaves, e as entregou a ela, que se virou abruptamente, caminhando até onde ela estava estacionada.

Fabinho a seguiu de perto. Queria ter o prazer de assistir de camarote o desastre que seria Giane dirigindo sua moto.

Parado, com as mãos enfiadas nos bolsos, ele viu quando Giane colocou o capacete e subiu na moto. E riu muito quando percebeu que ela olhava para moto, desesperada, tentando encontrar o local de enfiar a chave.

– Para de rir, Fraldinha! Não tem graça! - Giane o repreendeu.

Ele ainda continuou rindo por alguns segundos, antes de perguntar: - Cê quer que eu te ensine?

Ela fechou a cara, entretanto, isso não o intimidou, e caminhando ao seu encontro, pediu: - Vai um pouquinho mais pra frente.

Ela estranhou aquilo, mas o obedeceu, então, ele subiu na moto, atrás dela, encaixando-se perfeitamente em Giane. E o contato entre seus corpos, acabou provocando nela, uma sensação indescritível.

Fabinho vendo que Giane não havia apresentado nenhuma resistência, começou a ensinar a ela pra que servia cada engrenagem, apontando para cada uma à medida que falava.

– Bem, o negócio é o seguinte: Na sua mão direita, você tem o acelerador e o freio dianteiro. Na sua mão esquerda, a embreagem. Agora, quanto aos seus pés: O seu pé esquerdo controla o freio traseiro, enquanto o seu pé direito é responsável pela troca de marchas. Entendeu?!

– Fácil! - exclamou Giane, entusiasmada.

Fabinho estranhou - Achou mesmo?!

– Claro que não. Só tava te zoando.

Ele riu - Tá. Então, vamos tentar uma outra abordagem. Chega um pouquinho mais pra frente!

Giane o obedeceu, e ele se aproximou ainda mais, esticando os braços a fim de segurar o guidon, ai mesmo tempo, em que colocou os pés nos pedais.

– Pronto. Agora, coloque as mãos sobre as minhas, e faça o mesmo com seus pés. Sem fazer peso. - Giane obedeceu - Agora, eu quero que você sinta cada movimento, e cada vibração. Preparada?!

Giane sorriu, com um pouco de medo. Então, Fabinho levantou o pé de apoio da moto, apertou a embreagem e deu a partida no motor. Isso tudo sendo sentido por Giane, em suas mãos e pés. Depois, ele girou o acelerador, e soltou a embreagem lentamente.

No instante que a moto começou a avançar, ele levantou o pé do chão. E Giane pousou os pés, suavemente sobre os dele.

Daí em diante, ele foi acelerando, e falando sobre cada movimento que fazia com as mãos e pés. Giane se sentiu como em uma montanha russa, tamanha era a adrenalina. Sentiu-se imensamente feliz. Mas, o motivo não era estar aprendendo a dirigir, e sim, a cumplicidade que estava acontecendo entre ela e Fabinho. E isso não tinha preço.

Depois de algum tempo, ele soltou todas as engrenagens, entregando-as a Giane, que mesmo em pânico, conseguiu dirigir a moto. Um errinho aqui, outro ali. Sem problema. Fabinho estava ali para consertar.

Os dois deram duas voltas ao redor do Mirante de Santa Marta. Pra sorte de Giane, não havia carros circulando por ali, o que a fez aproveitar ainda mais.

Quando a moto parou, uma hora depois, Fabinho desceu o pé de apoio, entretanto, não desceu da moto, assim como ela. E ambos retiraram os capacetes.

– E aí?! O que achou?! - quis saber ele. - Melhor do que jogar futebol?!

– Ah, também num exagera, né, Fraldinha! - ele riu. Ela era uma figura. - Mas, eu gostei sim.

– Que bom! - exclamou, e aproveitando que ela não havia descido da moto de imediato, ele, de forma suave, afastou o cabelo dela e começou a roçar sua barba por fazer, na sua nuca, provocando-lhe arrepios. Ao mesmo tempo em que passava as mãos de sua cintura até seu ventre, agarrando sua blusa, como se fosse retirá-la.

Vendo que ela correspondia a cada carícia, mexendo a cabeça de um lado pra outro, e com os olhos fechados, Fabinho começou a beijar sua nuca, indo em direção à linha entre o pescoço e o ombro dela, mordiscando aquela parte sensível dela.

A partir daí, ela não aguentou mais tanta tortura, e virou o rosto de lado para que ele pudesse alcançar os seu lábios. Então, sem mais delongas, ele capturou-os, em um beijo sôfrego e cheio de paixão. E Giane pousou sua mão na barba dele, lhe fazendo carinho com as pontas dos dedos, enquanto correspondia ao beijo.

O problema foi que ambos perceberam que aquela posição estava bastante desconfortável. Mas, foi Giane quem tomou a iniciativa de cortar o beijo, que desgrudou em um estalo.

Para decepção dele, ela desceu da moto, deixando-o com os lábios entreabertos, e entumescidos. E já ia protestar, quando observou Giane voltar a subir na moto, entretanto, agora, de frente pra ele.

Fabinho sorriu, e seus olhos, cheios do mais profundo desejo, se encontraram com os dela, que expressavam o mesmo sentimento. Então ela sorriu de forma sensual. E essa foi a deixa para que ele segurasse com firmeza suas coxas, puxando-as para si.

Quando os corpos colaram, um no outro, Giane enlaçou a cintura de Fabinho com as pernas, e ele reiniciaram o beijo, com violência, suas línguas procurando desesperadamente, uma pela outra.
Depois Fabinho, desceu os beijos pelo pescoço de Giane, que arqueava a cabeça facilitando cada investida. Mas, foi quando Fabinho começou a retirar sua blusa que Giane se tocou do que estava fazendo...

– Não. - disse, descendo da moto, e correndo para o lado oposto - Não, não, não. - era só o que ela conseguia dizer.

– Giane, calma aí! Giane! - gritou Fabinho, correndo atrás dela.

Quando ele conseguiu, enfim, alcançá-la, puxou sua mão, obrigando-a a parar e se virar pra ele.

– Fabinho, isso tá errado. A gente não pode... - pausou, procurando as palavras certas - Eu tenho namorado, e ele é muito legal comigo. Não merece o que eu tô fazendo.

Fabinho franziu a testa. Ele ainda segurava sua mão, mas permanecia numa distância segura dela.

– Giane, termina esse namoro! Tá na cara que cê num gosta desse riquinho.

– Num é tão fácil assim.

– Como não?! É só chegar no almofadinha, e dizer: Acabou!

– Não, Fabinho, num é assim não. - disse, ríspida - Antes de ser meu namorado, o Caio me ajudou muito e se tornou um bom amigo. E quando a gente é amigo de uma pessoa, a gente tem que fazer de tudo pra que ela não saia machucada ou magoada. - Fabinho fechou a cara - Mas, você num sabe, né?! Porque você nunca gostou de ninguém, você nunca amou ninguém, você nunca se importou com ninguém... Como é que você ia saber, né?!

No mesmo instante em que ela terminou de proferir aquelas palavras, Fabinho soltou a mão dela, com raiva. E ela acabou se arrependendo de ter falado aquilo.

– Desculpa! - sussurrou ela.

– Eu dêvo ser um imbecil mesmo! Eu aqui pensando que cê tivesse sentindo a mesma coisa que eu. Não. Você gosta é do Caio, né?! - cuspiu essa última frase, e seus olhos se encheram de lágrimas.

Ao vê-lo naquele estado, Giane se sentiu um lixo. - E o que você tá sentindo?! - murmurou ela, se aproximando, seus olhos procurando os dele.

Ele não respondeu, e desviou o olhar, até que sentiu quando Giane segurou seu rosto entre as mãos. Seus lábios a poucos milímetros de distância.

– Vai, Fabinho, anda, me diz: O que você tá sentindo?! - perguntou ela, seus olhos fixos nos dele.

Ele engoliu a seco, antes de responder: - Num tá óbvio?! Giane, eu tô gostando de você. Gostando demais. Como eu nunca gostei de mulher nenhuma. - o coração de ambos disparou, e suas respirações ficaram entrecortadas. Então ele continuou: - Giane, esquece o Bento! Termina com o Caio! E... Fica comigo! - essa última frase num fio de voz.

Ela sorriu com os olhos, de forma apaixonada, então aproximou mais os seus lábios dos dele, fazendo com que ele os entreabrisseem, em resposta. E ela ficou nese joguinho, se aproximando e se afastando até que, sem mais resistir, ela enlaçou o pescoço dele, dando-lhe um beijo de tirar o fôlego.

Fabinho estava com uma mão na cintura dela, que subiu pelas costas, indo parar em sua nuca, onde mergulhou os dedos entre seus cabelos. Enquanto, com a outra mão, ele pressionava as costas dela, a fim de apertá-la contra seu corpo.

Alguns minutinho depois, Fabinho foi parando o beijo, até que ele cessou - Isso é um sim?! - perguntou, sôfrego, olhando em seus olhos.

Giane sorriu - O que cê acha?! - sussurrou.

Ele sorriu, e voltou a beijá-la. Mas, agora, ele segurou sua cintura, elevando-a até que ela tirasse os pés do chão, e ele pudesse rodopiar com ela em seus braços por todo o Mirante. Os dois morrendo de rir, felizes. Com a lua cheia como única testemunha de um grande amor que crescia aos poucos dentro daqueles dois corações.

Quando Fabinho desceu Giane, eles riam muito enquanto tascavam beijos divertidos, um no outro.

Foi aí que o celular de Giane vibrou em seu bolso. E ela franziu a testa.

– Que foi?! - Fabinho quis saber.

– Meu celular vibrou. Você num disse que aqui o sinal era péssimo?!

Ele sorriu com cinismo, recebendo um tapinha no peito.

– Mentiroso. - disse ela em tom de brincadeira, enquanto pegava o celular no bolso.

Olhou para o visor e, de repente, sua expressão mudou - Ai meu Deus! A mensagem é do meu pai. E ele disse que era pra ir pra casa com urgência. O que será que aconteceu?!

Fabinho puxou-a para um abraço carinhoso - Calma! Num deve ser nada. - segurou a mão dela - Vem! Eu te deixo em casa.

Então os dois rumaram até a moto de mãos dadas, os dedos entrelaçados. E dessa vez, Giane foi bem agarradinha a ele.

***
Meia hora depois, Fabinho estacionou a moto em frente a casa de Giane. Ela retirou o capacete, entregou pra ele, e desceu da moto.
Ele segurou sua mão, impedindo-a de ir embora tão rápido.

– Me liga qualquer coisa, que eu venho correndo.

Ela sorriu - Ligo. Pode deixar. Boa noite. - se aproximou, e precavida, ia beijar o rosto dele, se não fosse o fato dele ter virado, e o beijo sair na boca.

– Vou querer esse boa noite numa ligação. Mais tarde. Tchau! - colocou o capacete, olhou pra ela pela última vez, piscou um olho, e saiu rasgando pneus.

Giane esperou que ele virasse a esquina para entrar em sua casa. Chegando lá, seu pai veio ao seu encontro, impolvoroso.

– Filha, até que enfim, você chegou!

– O quê que houve, pai?!

– O pai do Caio... Ele morreu.

Giane arregalou os olhos - Ah, meu Deus! Pai, a gente tem de ir lá dar uma força. Ele num vai conseguir segurar essa barra sozinho. A mãe morreu cedo. O pai era um tosco, e eles tinham uma relação péssima. Tudo errado! O senhor vem comigo?!

– Claro, filha! Vou mandar chamar um táxi pra gente. Espera aí! - seu pai se dirigiu até o telefone, e discou o número do ponto de táxi mais próximo.

Giane esperava, impaciente, seu pai resolver tudo, ao mesmo tempo em que olhava para o celular, lembrando da promessa que fizera a Fabinho.

Infelizmente, aquilo ia ter que ficar pra depois...


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Notas finais do capítulo

E aí?! O que será que vai acontecer?!?! Quero opiniões! 😍😘