Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Suas lindas, muito obrigada pelo carinho! Desculpem a demora, mas é o tempo que tenho. Podem reclamar, eu mereço hihihihi! 😍😘



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STSV - Capítulo 6:

Mais tarde, naquele mesmo dia, Fabinho recebeu uma mensagem muito estranha em seu celular. Era de Sílvia, convidando-o para comparecer à Crash Mídia em no máximo meia hora. Disse também para ele não se preocupar, pois Érico tinha ido visitar um cliente e demoraria a voltar.
Pensativo, Fabinho olhava para o celular, tentando decidir se iria ou não. Mas, como estava ali perto, não lhe custaria nada dar uma passada lá. Olhou mais uma vez para Acácia, e através do vidro, observou Giane conversando com uma cliente. Sorriu, piscando os olhos lentamente, fascinado. Balançou a cabeça, tentando compreender o que estava acontecendo com ele.

Então, rumou até o seu destino: Crash Mídia.

Chegando lá, achou que ia encontrar todos os funcionários reunidos. Engano seu. Apenas, Sílvia o aguardava, o que o deixou bastante intrigado.

– Que ótimo que você veio! - exclamou Sílvia com um sorriso de orelha a orelha.

Fabinho forçou um sorriso, arqueando as sobrancelhas - E eu posso saber por que você me chamou aqui?

– Fabinho, sabia que você é muito bom no que faz?! Você tá trabalhando em algum lugar?

– Não. Num tô trabalhando em lugar nenhum. Por quê?

– Por que a gente quer que você trabalhe aqui.

– A gente, quem?! Você né?! Porque o Érico deixou muito claro que não me quer aqui!

– Pode deixar que com o Érico, eu me entendo. Mas, quanto a você... Começa a trabalhar amanhã!

Fabinho franziu a testa - Não, Sílvia, parece que você não me entendeu...

– Quem não entendeu foi você. - chegou perto dele - Fábio Campana, nós precisamos de você. Do seu talento. Amanhã nos encontraremos com um grande cliente, e precisamos de um slogan pra ontem. Eu sei que você consegue e sei também que conseguirei convencer o Érico mostrando isso pra ele.

Fabinho coçou a barba - Sílvia, olha só, se é um slogan que você quer, eu faço. Sem problema. Agora... Quanto a trabalhar aqui... Minha resposta é não, a não ser que o próprio Érico me peça, e como eu sei que isso é impossível... - piscou um olho, e sorriu - Abraço, sucesso! - virou como quem fosse embora, mas parou quando ouviu Sílvia falar.

– Tá certo, Fabinho! Eu entendo. Mas... Será que eu posso contar com o slogan?!

Fabinho que estava de costas, colocou as mãos nos bolsos, e se virou pra ela - Qual o produto?

Sílvia abriu um sorriso - Pasta dental.

Fabinho suspirou, e calado, se dirigiu até à mesa que ficava atrás de Sílvia. Pegou uma caneta, e escreveu alguma coisa em um folha de papel em branco. Depois, entregou a folha pra Sílvia.

– Tá aí seu slogan. - Sílvia olhou para o papel, e mal acreditou no que viu. Fabinho era realmente muito bom. - Faça bom proveito! Tchau! - disse e saiu sem dizer mais nada.

– Espera, Fabinho! - gritou Sílvia. Tarde demais. Fabinho já tinha saído pela porta. Ela suspirou - Tudo bem. Pode ir. Meu plano já deu certo. - falou para si mesma, e sorriu triunfante. Depois sentou-se numa cadeira em frente ao computador para digitar o slogan sensacional criado por Fabinho.

Agora só faltava convencer Érico a aceitá-lo. Mas, o primeiro passo já tinha sido dado. E isso já estava de bom tamanho... Por enquanto.

***
– Tá aqui, Bento! - entregou o buquet de flores de Tatty GM que acabara de arrumar, com todo capricho - Acho que ela vai se amarrar! Fiz questão de colocar um laço bem bonito, sabe, daqueles frufrus que cê adora.

Bento sorriu - Caramba, Giane, ficou perfeito. - disse e se calou, fazendo um ar de mistério.

– Iiiihhh, conheço essa cara! Desembucha logo o que cê quer, vai?!

Mesmo temendo a reação de Giane, Bento se arriscou em falar: - Então... - Giane sorria com ternura - Será que cê pode preparar um outro desse aí?! É que... Hoje eu vou sair com a Malu e a gente vai... - o sorriso de Giane murchou.

– Como é que é?! - esbravejou Giane - Você quer que eu prepare um buquet pra aquela patricinha?! Bento, você é um tapado, sabia?! Não consegue enxergar nem o que tá a um palmo do seu olho!

Bento fez uma cara de interrogação - Giane, do que cê tá falando?! Faz um tempão que você vem jogando umas indiretas que eu, sinceramente, não entendo.

Giane suspirou, tentando criar coragem para o que ia revelar. Chegou bem pertinho de Bento e começou a falar com uma voz doce - Bento, olha só, cara, eu...

– Ei, mano, onde é que eu coloco esses bagulho?! - perguntou Lucindo, que acabara de entrar na loja, carregando duas enormes caixas com flores.

Bento que, naquele momento, encontrava-se com os olhos fixos em Giane, piscou os olhos várias vezes, tentando acordar do transe, para em seguida olhar pra Lucindo que esperava uma resposta.
Enquanto, Giane revirou os olhos, nitidamente chateada com a interrupção.

– Er... Pode me dá que eu vou botar lá atrás, no depósito. - respondeu finalmente Bento retirando as caixas das mãos de Lucindo, e rumando para trás da Acácia.

Sem entender, Lucindo sorriu pra Giane que correspondeu com a cara fechada.

– Ei, quê que foi, heim?! - perguntou Lucindo.

– Lucindo, faz um favor pra mim?! Quando o Bento voltar, fala pra ele que a sociedade acabou! - disse, já retirando o avental.

– Ô Giane para de talibã, mano! O Bento é mó gente boa!

– Ah, é?! - cruzou os braços - Então, vira você sócio dele. Eu que não vou ficar arrumando buquet pra patricinha metida a besta! Eu avisei. Ele vacilou. Agora ele que se vire! - concluiu, passando por ele a passos largos.

Ele virou de costas - Mas, é uma capeta mesmo! Vai demônio! Vai se lascar!

Bento retornou - Trouxe mais algum?! - perguntou, mas logo percebeu a ausência da sócia - Ué, cadê a Giane?!

Lucindo forçou um sorriso. Como iria explicar pro amigo sobre a repentina demissão de sua sócia, pois, se nem ele mesmo entendia.

***
– Ei, Giane! - gritou Caio, apertando o passo para tentar alcançá-la. - Giane, espera!

Giane parou, e cruzou os braços - O que cê tá fazendo aqui, Caio?!

– Vim ver minha namorada. Por quê?! Num posso?!

– Se liga, Caio, que eu num gosto de namorado grudento e muito menos vacilão! - rosnou Giane.

Mesmo recebendo um fora, Caio segurou a mão de Giane, e com toda paciência, perguntou - Tá tudo bem?!

– Tá tudo uma porcaria! - resmungou Giane.

– E... O que aconteceu?! - perguntou ele de forma doce.

– Aconteceu que eu tô cansada de carinha burro e patricinha esperta folgando comigo!

– Engraçado que hoje o dia não foi muito bom pra mim também... Vamo tomar um sorvete?! Daí você me fala do homem burro e da patricinha, e eu te conto um pouco da minha vida.

Giane se sentiu mal por ter tratado o namorado daquela maneira.

– Desculpa, Caio! Eu num devia ter descontado minha pilha com você. - bateu no ombro do namorado - Cê é mó legal.

Ele sorriu e abraçou a cintura da namorada - Que bom que você sabe, então será que agora eu posso receber pelo menos um beijinho da minha namorada.

Giane ficou sem graça - Tá. - respondeu, e ofereceu os lábios que receberam o beijo "sem graça" do namorado.

– Filha! - chamou Silvério, interrompendo o beijo. Giane e Caio se soltaram com o susto.

– Pai! - limpou os lábios de forma discreta - Esse aqui é o Caio, ele é o meu... - pausou, tentando encontrar uma palavra, mas Caio foi mais rápido.

– Eu sou o namorado dela. - estendeu a mão para Silvério a fim de cumprimentá-lo. - Muito prazer, sou Caio Ferret Cardoso, mas o senhor pode me chamar só de Caio.

Silvério apertou a mão dele - Hum, você tem cara de bom moço. Minha preocupação era a Giane cair no conto do vigário.

– Tá vendo, Caio?! Ele e o Bento acham que eu sou tonta.

– Não é isso, Giane. Acho que é só preocupação de pai. E eu posso dizer pro senhor que as minhas inteções para com a Giane são as melhores possíveis.

Silvério sorriu - Bom, se é assim, posso ficar bem mais tranquilo.

Giane revirou os olhos - Quê que é, heim?! Só falta agora o Caio pedir pro senhor pra me fazer a côrte... Ah, vão se lascar vocês dois, viu?! - virou as costas e saiu.

Os dois observaram ela se afastar, franzindo a testa, mas foi Silvério quem falou, segurando o ombro do namorado de sua filha, com firmeza - Se prepara, meu filho, que essa aí é osso duro de roer!

Caio sorriu, os olhos brilhando - E é justamente isso que eu mais gosto nela.

Seu Silvério sorriu e os dois, juntos, foram atrás de Giane.

***
À noite, Giane saiu do quarto vestida com um short curtinho e uma regatinha. Estava calçada com um tênis e segurava em um dos braços, uma bola de futebol.
Notou que seu pai estava sentado no sofá, como sempre, assistindo ao seriado. Só que tinha um detalhe, estava arrumado demais pra quem ia ficar de frente à tv, noite adentro.

– Eu posso saber pra onde o senhor vai todo arrumado assim, Seu Silvério?! Ficar assistindo o seriado é que não é. - disse Giane parando bem no meio da visão de seu pai pra tv.

– Er... Eu vou... Só fazer uma visitinha rápida pra nossa nova vizinha. Sabe como é?! Política da boa vizinhança.

Giane apertou os olhos - Sei...

– E você?! Pra onde vai?! O Caio ligou ainda agora. Acho melhor você voltar a ligação pra ele, antes de sair assim.

– Vou lá no campinho treinar umas embaixadinhas, e... O Caio não precisa saber disso, portanto, o senhor vai ficar de bico fechado! Se ele ligar antes do senhor sair, fala que eu fui dormir cedo.

– Olha, eu gostei desse moço, viu?! Trabalhador, dedicado, respeitador... Nem parece ser filho de quem é, né?!

– Ué, e o senhor, por acaso, conhece o pai dele?!

– Eu pesquisei na internet, viu?! Eu queria saber quem era esse lobo-mau que anda rondando minha Chapéuzinho vermelho.

Giane riu com ternura, e se jogou nos braços do pai lhe dando um abraço carinhoso.

Levantou, e mostrou o dedo em riste - Mas, ó... Nem se empolga muito, porque o Caio e eu estamos apenas nos conhecendo... Tem muita água pra rolar, antes que o senhor comece a pensar em netinhos.

Seu Silvério fingiu fazer um biquinho, decepcionado, arrancando uma risada gostosa de sua filha.

– Agora eu vou indo, antes que fique tarde. - Se inclinou e tascou um beijinho estalado no rosto do pai.

– Tá bom! Vê se toma cuidado e tenta vim cedo pra casa.

– Sim senhor! - Giane disse, colocando a mão na testa como um soldado faria com o comando de um general. Riu, abrindo e fechando a porta atrás de si.

***
No campinho, Giane treinava embaixadinhas com os joelhos, intercalando-os quando, de repente, ouviu o barulho de uma pedrinha quicando no chão. Parou, segurando a bola pra vê de onde ela tinha vindo. Virou o rosto, dando de cara com o olhar travesso de Fabinho que começou a arremessar mais algumas pedrinhas, só que agora, seu alvo era ela.

– Qui é, ô praga?! - indagou, tentando se desviar das pedrinhas que ele continuava a jogar.

– E aê, maloqueiro! Tá aí jogando sozinha. Quer tomar um sorvete?!

Giane sorriu - Eu topo. Mas, só se você topar bater uma peladinha comigo.

Ele riu, se aproximando dela - Peladinha?! E eu lá tenho cara de quem bate bola com moleque de rua?! - brincou.

Giane jogou a bola de uma mão para outra, com destreza e o provocou - Sabia que o mariquinha ia amarelar! Aliás, como sempre né?!

Fabinho colocou as mãos na cintura - Cê me chamou de Mariquinha?! - ela assentiu com a cabeça, toda travessa. - Tá bom! Eu vou te mostrar quem é o mariquinha! - retirou as botas e dobrou as barras da calça. Depois se colocou em posição de ataque, esperando que ela começasse.

Os olhos de Giane sorriram - Vamos colocar esse pé num acordo. Gol a gol. Quem perder paga o sorvete.

Ele sorriu em retribuição. Então, Giane começou chutando a bola. Fabinho recebeu, mas Giane foi mais rápida, driblando e chutando a bola no meio dos pés de Fabinho, com maestria.

– Vem Fraldinha! - gritava Giane, enquanto chutava a bola, provocando-o - Sabe jogar bola não?!

– Claro que eu sei. Só tô destreinado. - respondia ele, já ofegante.

– Vem Fraldinha! Tem medo de bola, fraldinha?! Vem Fraldinha! Vem! - gritava Giane a cada instante, tentando desviar a atenção dele que, em um erro de troca de pés, acabou deixando um chute dela ir direto para o meio da trave - GOOOOOOOOOOL! URRUUUUUUULLL - gritou ela, rindo com vontade, com os braços pra cima.

Foi aí que Fabinho enlaçou a cintura dela, rodopiando com ela no ar - Não valeeeeu! - gritou ele, divertindo-se.

– Valeu sim! - retrucou ela, quando os dois pararam de rodar, e seus olhares se encontraram, os braços de Fabinho ainda ao redor de sua cintura.

Eles permaneceram assim por alguns segundos sem fim, um olhando para o outro, o desejo expresso no semblante, até que Giane corou, e desviou o olhar, então, ele a soltou.

O silêncio dos dois, nitidamente sem graça um com o outro, pairou por todo o campinho.

– Olha, a pensão ali abriu vaga pra rapazes. - comentou Giane, quebrando o silêncio.

Fabinho franziu a testa - Num entendi.

– Ué, cê num sai mais daqui. Achei que cê tava procurando um lugar. - disse em tom de ironia.

Fabinho fez uma careta - Huuum, palhacinha, palhacinha... - Giane riu - Pois, só pra você saber, só tô aqui porque eu tava lá na Crash Mídia. A Sílvia me chamou pra me oferecer emprego, mas, claro que eu não aceitei.

Giane franziu a testa indignada - Como assim cê num aceitou?!

– Eu trabalhando na agência do Érico, cê tá louca! - revidou.

– Mas, se a Sílvia te convidou é porque ela sabe que cê é bom.

– Sim, mas aí o Érico volta e me bota na rua!

– É claro que não. A Sílvia não ia nem te convidar se o Érico não tivesse a favor. Larga de orgulho besta, Fabinho!

– É. Eu tenho orgulho sim. Eu sou um Campana esqueceu?! Não preciso ficar mendigando empreguinho pra ninguém!

Com essa resposta, Giane ficou furiosa - Fabinho, cê vai aceitar essa parada, ou então...

Fabinho riu da provocação, e começou a correr pelo campinho. Giane foi atrás, e, em um vacilo dele, conseguiu segurar sua camisa por trás. Então, vencido, Fabinho se voltou pra ela e agarrou sua cintura, com gosto.

Brincando, ela segurou a camisa dele - Te peguei! Tem medo de mulher?!

Ele apertou a cintura, colando mais o seu corpo ao dela - Não. Tenho medo de maloqueira.

Giane franziu a testa e deu um tapinha de leve no peito de Fabinho - Pede desculpas!

Encarando seus lábios e olhos, com o mais sublime desejo, ele a desafiou, rôuco - Senão o quê?! Vai me bater?!

Naquele instante, Giane sentiu o coração disparar, e as pernas perderem força. Da mesma forma, ela também encarou os lábios e olhos de Fabinho que se aproximavam cada vez mais dos seus, e mais, e mais, e mais...

Até que, infelizmente...

– Giane, o quê que cê tá fazendo abraçada com esse cara?! - esbravejou Bento, que tinha acabado de voltar da casa de Malu, e estava indo pra sua, quando presenciou a cena de proximidade entre os dois.

Ao ouví-lo, Giane e Fabinho deram um pulo em direção contrária, se desgrudando.

Ela arregalou os olhos para Bento, e se colocou entre os dois para evitar um enfrentamento direto.

– E o que você tem a ver com isso?! - Fabinho esbravejou, com o dedo em riste - Por acaso, cê se acha o dono dela?!

Giane teve de segurar Bento que partiu pra cima de Fabinho - Bento, para! É sério!

– Calaboca, seu bandido! - rosnou Bento.

Fabinho franziu a testa indignado - Eu posso ser bandido, mas você é pior do que eu.

Giane arregalou os olhos pra Fabinho, aflita. Nunca imaginou que ele fosse entregá-la.

– Do quê que cê tá falando, Fabinho?! - quis saber Bento.

– Num sei. Melhor você perguntar pra sua consciência... SEU CANALHA!

Ouvindo aquilo, Bento não conseguiu mais se segurar, e tirando Giane do seu caminho, virou, e socou com toda força o rosto de Fabinho, que caiu no chão, atordoado.

Bento chegou bem perto de Fabinho, e com o dedo em riste, ameaçou-o - Fica longe da Giane ou eu acabo com a tua raça!

– Bento, cê não vai fazer isso porque eu nao vou deixar. - rebateu Giane, ríspida.

Bento arregalou os olhos pra Sua sócia, como se não a estivesse reconhecendo - Giane, pelo amor de Deus, esse cara nao presta! Você sabe disso. Você tá fazendo isso pra quê?! Pra me provocar?!

Giane cruzou os braços, indignada - É claro que não, Bento. E sabe do que mais?! Eu acho que ao invés de você ta se metendo na minha vida, você devia tá é cuidando melhor da sua.

– Giane, eu num tô acreditando que cê caiu no papo desse cara! - disse para Giane, depois se virou pra Fabinho, que continuava no chão segurando o lábio ferido e sangrante. - Fique sabendo que isso não vai ficar assim. Você me paga, seu marginal! Pode escrever isso!

Mesmo estando em desvantagem, Fabinho ainda teve coragem de "cutucar a fera com vara curta" - Ô Bento, você já percebeu que pra um cara paz e amor, você é bem nervosinho?!

Bento bufou de raiva, mas sem mais pestanejar, virou os calcanhares, e foi embora, batendo os pés no chão.

Giane observou Bento indo embora até ele desaparecer na esquina.

– Valeu por ter me defendido! - agradeceu Fabinho, depois de finalmente se levantar.

Giane, que estava de costas, virou de frente pra ele - É... Mas, eu devia ter te dado era um murro nas fuças pra você aprender a ficar de bico fechado!

– Desculpa, mas é que eu perdi a cabeça... Eu odeio saber que o Bento se aproveita de você, e... Ainda por cima namora com a minha irmã!

Giane revirou os olhos. No entanto, o compreendia, afinal, ela nunca desmentira nada - Tá. Vamos deixar isso pra lá!

Fabinho acabou concordando com a cabeça. Então, Giane chegou bem pertinho dele, e tocou bem de leve o seu lábio ferido.

Seus olhares se encontraram, com uma intensidade que fez com que os dois não soubessem mais nem onde se encontravam.

A primeira a desviar o olhar foi Giane, que sugeriu - Vem! Vamo lá pra casa! Acho melhor cuidar disso logo!

– Tá. - murmurou Fabinho, que sorriu de forma tímida, agradecido.

Giane, então, girou os calcanhes e se pôs a caminhar em direção a sua casa, sendo seguida de perto por Fabinho, que ainda não conseguia parar de sorriso. Ninguém nunca havia sido tão legal assim com ele. Giane, aos seus olhos, se tornou a mulher mais incrível que já conhecera em toda a sua vida.


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Notas finais do capítulo

Desculpem, mas não deu pra colocar a cena no sorvete senão ia ficar gigante o capítulo, mas como cês puderam perceber a noite está apenas começando hihihihi Beijooooos. Espero que curtam e comentem o que acharam! Loviú so mutch!