Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 30
Último


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!



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STSV - Capítulo 30:

– Bento?! - espantou-se Giane ao abrir a porta - O que cê tá fazendo aqui, cara?

– Calma, Giane! Eu vim em missão de paz. - explicou Bento - Será que eu posso entrar?

Giane suspirou e ficou paralisada, até escutar a voz de seu namorado vinda de detrás dela.

– Amor, quem era na... - começou a perguntar Fabinho, parando abruptamente ao se deparar com Bento - Zé Florzinha?! Quê que foi, heim? Veio apanhar mais? - ameaçou e partiu pra cima, mas Giane o segurou.

– Relaxa aí, fraldinha, que parece que o Bento veio em missão de paz!

– E você acredita nesse cara, depois de tudo que ele fez com a gente?

– Não. Mas, todo mundo tem direito a uma segunda chance, então vamos pelo menos ouvir o que ele tem a dizer!

Fabinho bufou indignado, mas pra não contrariar sua namorada que estava grávida, resolveu ouvir Bento - Tá bom. Só espero que não seja mais um truque.

Bento se sentiu aliviado e agradecido - Valeu, Giane, pela confiança e, Fabinho, eu juro pra você que não é truque.

Fabinho fuzilou-o com o olhar e sorriu com desdém - Seu juramento de nada vale pra mim.

Bento baixou a cabeça. A conversa não seria nada fácil. Giane o convidou a entrar e a sentar-se no sofá. Ele se aconchegou em um que ficava ao lado de uma mesinha de centro, enquanto Giane e Fabinho se sentaram juntinhos no sofá maior, os dedos das mãos entrelaçadas.

– Então, Bento, o que você queria conversar com a gente? - perguntou Giane, introduzindo o assunto.

Bento suspirou - Bom, eu vim aqui porque... Bem, porque eu... Eu tô muito arrependido por tudo que eu fiz com vocês e... Eu preciso muito que vocês me perdoem! Principalmente você, Giane, eu queria muito que a gente voltasse a ser amigo!

Os dois se entreolharam, mas foi Giane quem primeiro falou - Olha só, Bento, perdoar eu até posso, mas a nossa amizade se perdeu em um lugar qualquer dessa sua armação e talvez seja muito difícil encontrar.

Bento engoliu a seco - Mas... Será que eu posso continuar procurando?

Ela olhou pro namorado em busca de apoio. Ele sorriu pra ela, compreensivo - Desde que procure pelos meios certos, por mim... Tudo bem. - sorriu com ternura e apertou a mão do namorado.

Bento sorriu, os olhos marejados. Bateu nos joelhos e se despedindo, foi embora.

– Estou imensamente orgulhoso de vocês dois! - falou Seu Silvério entrando na sala. - Parece que a minha netinha já vem trazendo bastante maturidade para os dois.

Giane e Fabinho que naquele momento encontravam-se abraçados, viraram em direção a Seu Silvério e sorriram sabendo que ele tinha razão.

***
Quando Bento chegou em casa, tomou um susto, Camilla estava sentada em sua cama com as pernas cruzadas.

– Posso saber o que você tá fazendo aqui? Achei que nunca mais veria você.

Camilla levantou e rumou em direção a ele - Pois é. Eu também. - enlaçou o pescoço dele - Mas, acredita se eu te disser que fiquei com saudades?! - Bento franziu a testa - Onde é que você tava?

– Eu tava na casa da Giane. Fui pedir desculpas.

– Ah, é?! E... O que ela disse?

– Ela me desculpou. E acho até que voltaremos a ser amigos.

Camilla arregalou os olhos e forçou um sorriso - Sério?! Que ótimo! Fico feliz por isso. Sabe, Bento, eu pensei muito sobre isso e... Você tem razão. Essa vida de vilania não vai nos levar a nada. Cansei também. Que tal se a gente fizer uma viagem? Só nós dois?! Hum?! Paris?! O que você acha?!

Bento sorriu - Pode ser. Nas férias. Porque eu ainda tenho que dar um jeito nas dívidas da Acácia. Procurar uma nova sócia e... - Camilla fez uma careta - Você entende, né?!

Camila tentou disfarçar - Claro! Claro que entendo! A gente pode deixar pras férias sim. Ah, Bento... Você pode pegar um copo d'água pra mim? Tô com a garganta seca.

Bento assentiu, pegou o copo e se dirigiu até a geladeira. Camila sorriu agradecida, contudo mudou a expressão assim que Bento virou pois seu objetivo era outro. Levantou silenciosamente e foi até o sofá e sem que Bento visse, pegou o celular dele, colocando-o rapidamente na bolsa. Depois voltou para o lugar onde estava como se nada tivesse acontecido.

***
Alguns minutinhos depois, Fabinho saiu do banheiro depois de tomar um belo banho relaxante com sua namorada. Ele já estava vestido com a calça e vestia a camiseta quando ouviu o celular de Giane vibrar na cama. Pensou em avisá-la, mas desistiu quando a viu ligar o secador de cabelos. Então foi até a cama e o pegou. Olhou o visou e para sua surpresa era uma mensagem de bento que dizia: "Giane, me encontre na Acácia em 15 minutos. Preciso falar com você, com urgência."
Terminando de ler, Fabinho ficou possesso. Calçou os sapatos, e sem dizer absolutamente nada para namorada, saiu em disparada para Acácia.

– Amor, será que você pode pegar o meu vestido aí no cabide? - pediu Giane olhando para o espelho do banheiro, mas a resposta foi um completo silêncio. - Amor?

Ela franziu a testa e saiu do banheiro - Fabinho? Ué, pra onde será que ele foi? - deu de ombros - Deve ter ido comer alguma coisa na cozinha. - foi até o cabide, pegou o vestido próprio de grávida e o ajustou no corpo, apesar de sua barriguinha quase ainda nem aparecer.

Pegou o celular, colocou dentro de uma bolsa e saiu do quarto. Foi até a cozinha à procura do namorado. Nada. Franziu a testa, preocupada. E sentiu uma pontada no peito, a mesma que sentira na noite em que ele sofrera o acidente de carro. Ficou em pânico e sem pensar duas vezes saiu de casa.
Lá fora, encontrou com seu pai que estava pálido.

– Pai, o que houve?! Fala, pai! Cadê o Fabinho?

Seu Silvério engoliu a seco - A Acácia tá pegando fogo e... Parece que o Fabinho... - Giane arregalou os olhos.

– Fala pai! O que tem o Fabinho? FALA!

– Ele tá lá, Giane! Os bombeiros estão fazendo de tudo pra... mas...

A respiração de Giane acelerou e as lágrimas brotaram de seus olhos. Então, buscando forças até de onde não tinha, ela correu até a van junto com seu pai e dirigiu rapidamente até a Acácia.
Chegando lá, havia uma multidão de gente, dentre elas bombeiros que tentavam a todo custo conter o fogo que se alastrava com fúria pelo local, enquanto a polícia tentava conter a população curiosa.
Giane quase desmaiava ao imaginar que seu amor poderia estar no meio daquele fogaréu, por isso, sem medir as consequências de seu ato, correu sem parar se desvencilhando de todos que tentavam impedí-la de chegar, entretanto, quando estava prestes a completar seu objetivo, mãos fortes a seguraram firme.

– ME LARGA! ME LARGA!EU PRECISO ENTRAR LÁ! - Giane gritava com a voz embargada.

– GIANE, FICA CALMA! VOCÊ NÃO PODE ENTRAR AÍ! VOCÊ VAI ACABAR MORRENDO! - Bento gritou tentando acalmar a amiga.

Giane segurou o colarinho do amigo - BENTO, SERÁ QUE VOCÊ NUM ENTENDE? O FABINHO TÁ AÍ DENTRO! SE ELE MORRER, EU VOU MORRER TAMBÉM! SALVA ELE, BENTO! POR FAVOR! SALVA ELE! PELA NOSSA AMIZADE!

Bento se comoveu vendo o desespero da amiga, segurou-a pelos ombros e conduziu-a até Seu Silvério - Tio Silvério, cuida dela que eu vou buscar o Fabinho!

– Você vai o quê?! - Seu Silvério arregalou os olhos e tentou impedí-lo, mas já era tarde, Bento já tinha entrado na Acácia.

Bento só foi perceber a besteira que tinha feito quando começou a inalar a fumaça e a tossir. Procurou Fabinho por toda parte. Nada. Nem sinal. Abriu a porta do depósito. Nada. Foi até o fim do corredor e nada. Sua tosse aumentando cada vez mais. Voltou e percebeu que a porta estava emperrada. Chutou. Nada. Chutou mais uma vez. Abriu. Mas, se sentiu fraco e desmaiou.

Lá fora, Giane chorava cada vez mais, enquanto Seu Silvério procurava consolá-la como podia.

– GIANEEEEEEEEE - uma voz conhecida que era música para os ouvidos de Giane gritava seu nome em meio a multidão.

Giane se virou, o coração aos pulos - Fabinho! - disse quase que para si e saiu correndo a procura da voz.

A verdade era que Fabinho tinha saído da Acácia assim que vira o fogo começar.

– GIANEEEE - gritou mais uma vez e dessa vez a voz era cada vez mais perto, pois a multidão abria espaço pra ele que corria ao encontro dela.

Giane olhava por cima das cabeças a procura dele, as lágrimas escorrendo pelo rosto, mas agora de emoção. Quando seus olhares se encontraram, os dois correram, um em direção ao outro. E a alegria foi tão grande que Giane enlaçou a cintura de Fabinho com as pernas, se escanchando nele, então o beijo foi inevitável. Um daqueles que não se esquece, voraz, sôfrego, de tirar o fôlego e que arrancou aplausos de todos que estavam ali.

– Ai meu Deus! Cadê o Bento?! Ele entrou pra te salvar e... - Giane parou de falar, correndo em direção a Acácia. Fabinho franziu a testa, mas foi atrás da namorada.

– O que houve? Não entendi... O Bento entrou pra me salvar? É sério isso?

Giane assentiu com a cabeça, enquanto o bombeiro saía da Acácia carregando uma maca com Bento deitado nela. Ele tossia bastante.

– Bento, vai ficar tudo bem, cara! - disse Giane segurando a mão dele.

Bentou voltou o olhar pra Fabinho, que se aproximou e colocou a mão por cima da mão da namorada que sagurava a de Bento.

– Fica bem, cara!

E os três sorriram um para o outro.

***
#Quatro anos depois#

Um choro agudo ecoou na suíte do casal, despertando-os pela terceira vez naquela semana.

– Hum.. - gemeu Giane já se preparando para se levantar.

– Deixa amor... - disse Fabinho com voz de sono segurando o braço de Giane para impedí-la. - Minha vez. - deu um beijinho singelo nos lábios dela que se virou para o outro lado e continuou dormindo.

Fabinho sentou, esticou os braços e se espreguiçou. Levantou e arrastando os pés, foi até o quarto do pequeno Nícolas que chorava copiosamente. Chegando lá, teve o cuidado de não acender a luz para não assustá-lo. Olhou logo a fraldinha e ficou bem aliviado ao verificar que não se tratava de caca. Pegou-o no colo e foi até à cozinha. Abriu a geladeira e pegou uma das mamadeiras que Giane costumava deixar pronta. Esquentou-a em banho maria e levou-a até a varanda. Adorava balançar seu filhinho no balanço que ficava no alpendre em frente ao campinho de futebol enquanto ele tomava a mamadeira. Isso não tinha preço.

– Um certa garotinha aqui resolveu brincar também, acredita?! - disse Giane com voz de sono segurando a mãozinha de Lara, sua filha de quatro anos.

– Futebol? Acertei? - perguntou Fabinho, olhando para pequena.

– Posso papai? - perguntou Lara com os olhinhos brilhando.

Fabinho franziu a testa - Só se você e sua mãe vier aqui e der um beijinho no papai!

Giane olhou para filha e revirou os olhos - Ui ui ui como estamos sensíveis!

Lara deu uma risadinha gostosa e as duas correram ao encontro de Fabinho, então cada uma deu um beijo no rosto dele. Depois Lara pegou uma bola e correu para o meio do campinho a fim de jogar futebol.

Giane sentou ao lado de Fabinho, que estava com Nicolas deitadinho em seu peito.

De repente, Giane retirou o anel do dedo, e começou a olhar a frase de dentro, como que fascinada.

– Arrependida, pivete?!

Giane sorriu - Nunca! Só que tava aqui pensando... Nessa frase que você escreveu na minha aliança.

– E...

– E... Ontem eu tive um sonho. Sonhei que o exame de DNA tinha dado negativo. E que você tinha ficado revoltado. Daí você adoeceu e eu cuidei de você. Aí sabe o que aconteceu?

– A gente se apaixonou?

– Como você sabe?

Fabinho sorriu, fascinado, e segurou o queixo dela com todo carinho - Porque "só tinha de ser com você", Giane. Só com você. Te amo. Muito.

– Também te amo. Muito.

Os lábios deles se encontraram em um beijo de amor puro, com a lua cheia como testemunha.

Hold on, to me as we go 🎶
As we roll down this unfamiliar road
And although this wave is stringing us along 🎶
Just know youre not alone
Cause Im going to make this place your home 🎶
Settle down, it'll all be clear
Don't pay no mind to the demons
They fill you with fear 🎶
The trouble it might drag you down
If you get lost, you can always be found 🎶
Just know youre not alone
Cause Im going to make this place your home 🎶

#FIM#


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?! Espero que sim e acompanhem minha nova fic MegaVi Never Let Me Go 😘