Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Vamos ver como os papais estão se saindo?!



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STSV - Capítulo 29:

– Cê num se cansa de trabalhar, não?! Coisa de pobre. - reclamou Fabinho descendo às escadas quando viu sua namorada com uma pá na mão, tratando de umas flores, em um canteiro da rua.

Ao ouvir a voz do namorado, Giane virou o rosto - Bom dia pra você também, dorminhoco! - deu um sorriso que calou forte o coração de Fabinho, que retribuiu, dando um beijinho singelo em seus lábios - Tá dormindo demais, heim, cara?! É bom lembrar que agora você tem mulher, e filho pra sustentar... - mostrou a palma da mão - Cadê o cartão de crédito sem limites que você me prometeu?!

Antes de responder, ele bate na mão dela, brincando - Eu dou. Tudo que você quiser, se... Você parar de trabalhar.

Giane fez uma careta - Tá louco! Eu que num vou ficar sem fazer nada.

– Então, eu vou colocar limite nesse teu cartão de crédito. - enlaçou a cintura da namorada, e puxou-a para si - Agora é sério, Giane, você tá grávida, a gente vai se casar, e eu quero dar um vidão pra vocês dois. Você podia se dedicar só pro seu curso de fotografia. Num foi isso que você sempre quis?! Daí depois, você vai começar a trabalhar no que você realmente gosta!

Mesmo sem perceber, os lábios de Giane acabaram se curvando em um sorriso terno - É sério isso?!

– Claro que é, amor. Meu único objetivo é fazer você feliz.

Ela segurou o rosto dele entre as mãos - Já me faz. - encostou seus lábios nos dele, e o convidou para um beijo apaixonado.

Depois disso, os dois se deram as mãos, entrelaçaram os dedos e se dirigiram até a Crash Mídia.

Chegando lá, todos da sala arregalaram os olhos, e ficaram mudos, esperando que um dos dois se pronunciasse, e explicasse o que estava havendo ali.

– Qual foi, cambadinha?! Nunca viram um casal apaixonado na frente de vocês não?! - debochou Fabinho.

– Peraí, eu perdi alguma coisa?! Você voltaram desde quando?! - perguntou Érico, com os braços cruzados.

– Não. A gente num voltou. - todos na sala franziram a testa - A verdade é que a gente nunca se separou.

Júlia abriu a boca - Oi?! Isso quer dizer que vocês tavam enganando a gente esse tempo todo?!

– Pois é, Júlia, seu faro parece que falhou dessa vez. - sorriu com ar vitorioso.

– Bom, se é assim, fico feliz por vocês! - disse Érico - E... Já que a Giane tá aqui. A gente podia combinar umas fotos pra nova campanha e...

– Não, Érico... É sobre isso mesmo que a gente veio falar. A Giane, não vai mais posar pra campanha nenhuma.

– Ué, e por que isso agora?! - indagou Érico, insatisfeito.

– Porque... - ele olhou pra namorada que sorriu - Cê quer contar amor? - ela fez que não com a cabeça - A minha maloqueira tá grávida.

– Sério?! Cara, parabéns! - Érico apertou a mão dele com força, e lhe deu dois tapinhas nas costas. Depois, abraçou Giane.

Sílvia que observava tudo de longe se aproximou - Posso te dar um abraço, Fabinho?!

Sem responder, Fabinho abriu os braços, e Sílvia o abraçou forte - Espero que você seja tão bom pai quanto o Plínio.

Fabinho afrouxou o abraço - Como o meu pai?! Você só pode tá brincando, né?! Cê viu o que ele fez quando descobriu que o DNA era positivo?! Me negou a herança que era minha de direito, e me forçou a trabalhar aqui, ganhando uma mesadinha merreca, e perigando todo dia, ser demitido.

Sílvia sorriu - Demitido você nunca iria ser.

– Como você pode ter tanta certeza?! - perguntou Fabinho, indgnado. Sua namorada tentava acalmá-lo, lhe massageando o braço.

– Porque... Eu conheço o seu pai há 10 anos e ele me pediu pra cuidar de você, pra que nada de mal te acontecesse. Eu era "os olhos" de seu pai aqui na empresa. Ele nunca... Nunca te deixou só. E se ele fez o que fez foi porque te ama. Mas, sabe quando você vai entender?! - Sílvia segurou o ventre de Giane, com carinho - Quando esse bebê lindo nascer, crescer, e você muitas vezes precisar ensinar uma lição pra ele, antes que a vida distorça tudo e... Posso levá-lo a um caminho sem volta.

Fabinho tentava segurar as lágrimas, engolindo a seco - Eu num sabia disso... - disse com a voz embargada, e uma lágrima escorreu em seu rosto.

Giane enxugou de forma delicada, mas ela mesma já estava aos prantos - Para, amor! A grávida aqui sou eu. - Segurou o ventre - Sabe, meu amorzinho, acho que o papai tem que fazer uma visitinha pro vovô. O que você acha? - ela olhou nos olhos de Fabinho - Acho que ele concorda. Vamo?!

Fabinho sorriu e segurando a mão da namorada, foram direto pra casa de Plínio.

Chegando lá, Fabinho não contou estória, entrou em casa, foi até o escritório, e encontrando o pai, parado em frente à estante de livros, abraçou-o forte.

E chorou copiosamente - Te amo, pai! - conseguiu dizer, quebrando o coração de Plínio que pela primeira vez em sua vida também chorou. E correspondeu ao abraço, com vontade.

– Também te amo, filho. - segurou o rosto do filho entre as mãos, pois o que iria dizer, teria de ser olho no plho - E tenho muito, muito, muito orgulho de ser seu pai!

Ouvindo isso, Fabinho o puxou de novo, e o apertou ainda mais contra o peito.

Giane observava tudo, parada na porta, lágrimas escorrendo dos olhos e um sorriso de felicidade.

Mas, aquele era um momento só de seu namorado, não podia atrapalhar, por isso, colocou o dedo na boca e pediu para que seu filho fizesse silêncio enquanto o seu pai e avô finalmente se reconciliavam, de verdade, e como deveria ter acontecido desde o início.

***
Algumas semanas depois, Giane e Fabinho foram à Clínica. A barriguinha de Giane já dava o ar da sua graça, e naquele dia, ela faria o ultrassom que diria o sexo do bebê. Giane estava extasiada, mas Fabinho parecia um pouco nervoso.

Eles estavam abraçadinhos, sentados no sofá, quando a recepcionista se aproximou.

– Próxima paciente, por favor!

Fabinho foi o primeiro a se levantar, arrancando uma risada gostosa da namorada - Depois cê volta e me diz qual é o sexo, tá?!

Fabinho fez careta - Hum, palhacinha a senhora... Agora, levanta daí, e vamo logo!

A recepcionista riu, e Giane se dirigiu a ela - Delicadeza em forma de menino, né?!

– Porque você passou na fila da delicadeza umas três vezes...

A recepcionista arregalou os olhos, começava a ficar preocupada com o rumo daquela briguinha. Até que ela viu quando Giane, segurou o rosto do namorado entre as mãos.

– É um cretino, né não?! - disse, e deu um beijo no namorado que conseguiu deixar a recepcionista constrangida.

Ela pigarreou para que eles parassem - Desculpa, mas é que... A doutora Alessandra Belle já está esperando vocês.

Eles riram, deram mais três beijos estalados e saíram agarradinhos, despertando um suspiro de quase inveja da recepcionista.

***
Dentro da sala, e devidamente cumprimentados, Dra Alessandra pediu para que Giane sentasse na cama, recoberta com um lençol azul, que ficava ao lado de um monitor.

– Sabe como acontece esse exame? - Giane sorriu tímida, e balançou a cabeça em negativa. - Bom, você só tem de deitar e deixar sua barriguinha bem à mostra pra que eu possa passar o transdutor. - Olhou para Fabinho que estava mordendo o lábio inferior, com as mãos nos bolsos, mostrando claramente que estava nervoso. Dra. Alessandra sorriu - Enquanto isso, papai, você pode segurar a mão de sua namorada e olhar fixamente pra aquele monitor. É lá que vocês vão ter a primeira visão de seu bebê.

Fabinho sorriu e olhou pra Giane que retribuiu o sorriso, então ele foi até ela. Sentou numa cadeira, segurou sua mão e deu um beijo nela.

Nesse entremeio, Dra Alessandra Belle, passou um pouco de gel na barriguinha aumentada de Giane, ligou o computador, e começou a passar o transdutor no ventre de Giane.

Os olhos do casal brilhavam à medida que, de uma borra, começou a se formar algo no monitor. No início, nada inteligível, contudo, à medida que o tempo passava, eles começavam a observar, o formato claro, e nítido de seu filho.

As lágrimas de ambos se formando, e prestes a escorrer. Seus corações em um mesmo compasso, mas... O que era aquilo? Que som era aquele? Já não se ouvia somente dois corações, agora, três batiam em um mesmo compasso. Sim. Fabinho e Giane escutaram pela primeira vez as batidinhas do coração de seu filho.

As lágrimas antes seguras em seus olhos, agora, desciam em seus rostos sem parar. Fabinho deu um sorriso de canto a canto da orelha e apertou a mão de Giane. Depois se inclinou e beijou a testa dela, demoradamente.

– É o coraçãozinho do nosso filho, amor. - comentou Fabinho, emocionado. Giane sorriu com ternura e fez um carinho no rosto do namorado.

Dra. Alessandra ficou constrangida porque não se conteve e chorou junto com os pais. Era acostumada com isso. Mas, aqueles pais, em especial, lhe passavam tanta verdade e amor que... Esqueceu um pouco de seu auto controle.

Enxugando as lágrimas, e fungando, Dra. Alessandra mexeu o mouse - E aí papais, preparados para saber o sexo de seu bebê?

O casal se entreolhou com cumplicidade, e balançaram a cabeça, ao mesmo tempo, assentindo.

– Então, vamos lá... Espera... Que parece que nosso bebê aqui fechou as perninhas... Vamos... Vamos... - Os pais começavam a ficar nervosos à medida que a médica falava - Vamos bebê, papai e mamãe querem saber... Pronto! Preparados! - se dirigiu a Fabinho - Olha, papai, prepare-se pra espantar um bando de marmanjo de sua casa, porque vocês terão... Uma princesinha.

Fabinho expirou, aliviado, preocupado, feliz. Não sabia. Só sentia um baita cheiro de responsabilidade batendo bem forte em sua porta. Ficou tonto, e quase desmaiava, tendo que ser segurado de imediato pela namorada.

– Cê tá bem, amor?!

– Eu tô bem. Relaxa! Só tô emocionado... Cara, a gente vai ter uma princesinha!

– Que foi, Fraldinha?! Já tá com medo de conhecer o primeiro namorado dela?!

– Não, que nada... Isso ainda vai demorar muito. Tipo uns... 40 anos.

– 40 anos?! Ai meu Deus do céu! - Giane revirou os olhos rindo e todos na sala caíram na gargalhada.

***
Depois de se despedirem da médica, com um forte abraço, Giane e Fabinho entraram no carro.

– Eí, tá desviando caminho, Fraldinha?! Pra onde cê tá me levando?! - perguntou Giane, alguns minutinhos depois, quando percebeu que a rota que seu namorado pegou não ia dar na Casa Verde.

Fabinho sorriu com ar de mistério, e virando o rosto de lado - Tô te sequestrando, pivete

Giane sorriu maliciosa - Huuum, e eu posso saber aonde fica o meu cativeiro?!

– A alguns quilômetros daqui. E para de fazer pergunta! Refém num fala!

Giane franziu a testa, curiosa. Mas, resolveu entrar no joguinho. Olhou para frente, tentando advinhar aonde daria aquela estrada. Nada. Nada lhe vinha à mente. O que será que Fabinho estava aprontando?

Alguns minutinhos depois, Fabinho estacionou em frente a uma casa de primeiro andar. Tinha um muro de folhas e uma varandinha linda. Eles desceram do carro, e quando estavam em frente ao portão, Fabinho pegou Giane no colo, surpreendendo-a.

– Ai, qué isso, Fabinho?! Cê tá louco?! - perguntou Giane agarrada ao pescoço do namorado.

– Num tô louco não. Dizem que dá sorte entrar pela primeira vez na nossa casa carregando a mulher da sua vida no colo.

Giane franziu a testa - No-Nossa casa?! O que você quer dizer com isso?!

Fabinho riu, e com uma das mãos destrancou o portão, e depois a porta da casa. Entrando, pôs Giane no chão, e acendeu a luz.

– Surpresa, amor! A partir de hoje, a nossa casa é aqui!

A respiração de Giane se tornou ofegante, e um sorriso se firmou no rosto dela que olhava para o espaço vazio, mas bastante aconchegante.

Fabinho se aproximou, e abraçou sia cintura por trás - Achei que fosse melhor deixar com você a escolha dos móveis. E aí?! Gostou?!

Giane se virou pra ele, e segurou seu rosto entre as mãos - Cê tem alguma dúvida?! - beijou os lábios dele, sorrindo ao mesmo tempo.

– Mas, tem um lugar em especial que eu fiz questão que estivesse pronto, antes de você chegar.

– Fraldinha, você já arrumou o quarto do bebê?! Eu disse a você que a gente só ia começar a fazer isso quando a gente soubesse do sexo. Mas, você é teimoso, heim?!

Ele trincou os dentes - E você é muito marrenta! - mordeu o lábio inferior dela, com carinho - Eu falei que era o quarto do bebê?!

– Então, o que é?!

Fabinho sorriu de lado, e entrelaçou os dedos aos da namorada - Vem comigo!

Giane foi puxada por Fabinho até uma varanda, que foi aberta por ele, revelando um espaço amplo. Giane saiu e só aí percebeu do que se tratava. Seu coração disparou, e lágrimas brotaram de seus olhos.

– Eu num tô acreditando no que eu tô vendo.

– Viu?! Você me tem nas mãos. Até campinho de futebol mandei fazer pra minha marrenta, e agora marrentinha treinar. - disse, e pegando uma bola que estava no chão, foi até o meio do campinho - E aí, quer inaugurar com uma partidinha?!

De onde estava Giane sorriu, e correndo serelepe, se jogou nos braços de Fabinho, que a levantou, fazendo-a escanchar em sua cintura.

– Hey, pivete, sabia que a gente só comemora depois de um gol?!

Ela riu, feliz - Mas, eu já fiz o melhor gol da minha vida... Quando eu escolhi você pra amar! - suspirou - Agora... Só nos resta comemorar...

– Huuum - gemeu - De futebol, eu num entendo muito não, mas já comemorar... - piscou um olho ora ela, que riu, e capturou seus lábios para um beijo de tirar o fôlego.

Depois Giane desceu e correu pelo campinho, sendo seguida por Fabinho, que segurava sua cintura, com cuidado, e rodopiava com ela. E os dois pareciam duas crianças felizes e completamente apaixonadas...

Mas, será que, em paz?!

***
– Você resolveu o quê?! - perguntou Camilla para Fabinho. eles estava nos fundos da Acácia, conversando em particular.

– É isso mesmo que você ouviu. Eu resolvi deixar o Fabinho e a Giane em paz. Pra mim, chega! Eles vão ter um filho, então, ficar com a Giane seria criar um filho que não é meu. Além disso, nesse tempo de não-planos, eu refleti e acho que quero a amzade da Giane de volta, e se possível a do Fabinho também.

Camilla deu uma gargalhada - Você num pode tá falando sério?! Pois, quer saber, eu não preciso de você! Eu mesma posso cuidar desses dois! Já que eu não conseguí separá-los de coração, tá na hora de separá-los de verdade.

Bento franziu a testa, e fez cara de interrogação - Sinceramente, Camilla, essa eu num entendi.

Camilla revirou os olhos, com deboche, pegou a bolsa e o óculos escuros - Bento, eu sabia que você era Lento, mas num sabia que era tanto! - colocou os óculos escuros nos olhos -Tô indo embora! Até mais! - E saiu bancando pose.

Bento coçou a cabeça, e por mais que tentasse raciocinar, não lhe vinha nada na mente. Resolveu terminar seu serviço, até porque queria terminá-lo cedo para ir fazer uma visita a uma ex amiga e seu namorado...


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Notas finais do capítulo

E aí, o que vcs acham que a Camila irá aprontar?! E o Bento será que vai se redimir mesmo?!