Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tem uma surpresinha! Alguém comsegue advinhar?! Hihihihi😉



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STSV - Capítulo 28:

Algumas semanas se passaram. Giane e Fabinho continuaram escondendo seu namoro de todos, com sucesso. Contudo, não conseguiram descobrir a pessoa por trás dos planos de Bento. Sabiam que era uma mulher, pois o garoto que havia entregado a Fabinho, as fotografias comprometedoras, tinha deixado bem claro. E como se tratava de uma criança, a probabilidade de ser uma mentira, era remota. Além disso, os dois, até então, não haviam aprontado mais nada, o que deixava Giane e Fabinho bastante preocupado já que eles não sabiam se ficavam mais preocupados ou aliviados com esse silêncio. Será que eles estavam tramando algo algo ou teriam desistido? Essa dúvida era o que matava?

O fato é que, mesmo em meio, à agonia, o amor entre os dois só aumentava e se consolidava. Por ser escondido, os dois se divertiam bastante e procuravam se encontrar e se amar nos lugares mais inusitados e incríveis que encontravam. Uma vez foi no escritório da Crash Mídia, e quase foram pêgos em flagrante por Érico, outra vez, foi no estúdio fotográfico onde Giane agora vinha tendo aulas, outra vez foi em uma das salas de aula da Toca do Saci, e outra se repetiu no portão, que era a preferida deles. As briguinhas continuavam, mas as reconciliações eram cada vez mais gostosas. Fabinho agora começava a levar cada vez mais a sério o namoro e enchia sua namorada de mimos e presentes, Giane por mais que não quisesse e admitisse, adorava receber e fazer o mesmo.

Numa dessas noites de lua cheia, quando Fabinho estava entrando pela janela de Giane para passar a noite, Seu Silvério pegou ele com a "boca na botija", e ele e Giane tiveram que abrir o jogo com ele, que ficou muito feliz com a volta deles e deu o maior apoio, tornando-se a partir daí o principal aliado dos dois.

Mais algumas semanas se passaram, até que em uma tarde qualquer de sexta feira, Fabinho estava trabalhando normalmente na Crash Mídia, quando sentiu seu celular vibrando no bolso. Ele estava pensando em um slogan para uma nova campanha, sentado em sua cadeira, e com o olhar voltado para a tela do computador.

Pegou o celular e olhou o visor. Sorriu e disfarçou, já que Jonas e Júlia estavam à sua frente, e, claro, ninguém sabia de seu namoro. Correu para o banheiro masculino. Chegando lá, certificou-se de que não tinha ninguém e atendeu.

– Oi, Amor!

– Oi! Tá podendo falar?

– Tô. Diz!

– Tá muito ocupado?!

– Pra você?! Nunca.

Ela sorriu - Cê pode vim me pegar aqui no curso de fotografia? Preciso ir num lugar e queria que você fosse comigo!

Sempre que Giane falava assim, Fabinho já sabia, vinha algum lugar inusitado, e isso o excitava profundamente.

Ele sorriu - Hum - gemeu - E eu posso saber que lugar é esse que cê tá querendo me levar?

Ela sorriu de volta - Surpresa! Você vem?

– Cinco minutos eu chego aí, tá?!

– Tá. Te amo! - Despediu-se.

– Também! - retribuiu e desligou, sorrindo para o nada.

***
– Dobra aquela esquina ali. - apontou Giane, já dentro do carro.

– Gi, sinceramente, dessa vez você me pegou. Num faço a menor idéia pra onde a senhora tá me levando.

– Relaxa, Fraldinha, já tá chegando. - Ela disse e sorriu com ternura e de forma misteriosa. - No sinal, você dobra a esquerda e depois a direita.

Ele franziu a testa, perturbado, mas tratou de obedecer a sua maloqueira, enquanto ela ria tal qual uma criança.

Algumas ruas depois...

– É aqui! Pode parar. - falou Giane, quase gritando.

– Cê só pode tá de sacanagem comigo, né, pivete?! Você num me fez sair do meu trabalho pra vir comprar roupa contigo no shopping, não, né?!

Giane tirou o cinto, e cruzou os braços - Se eu tivesse dito aonde era, você tinha vindo? Não, né?! Então, larga de ser fraldinha! E estaciona esse carro que eu já tô perdendo a paciência!

Fabinho revirou os olhos, deu um suspiro profundo, e dando a partida, foi procurar um estacionamento.

Alguns minutinhos depois, os dois subiam de mãos dadas às escadas rolantes do shopping. Giane estava radiante, olhando em volta, para todas as vitrines, enquanto Fabinho bufava de raiva, resmungando o tempo todo.

– Para de ser chato, Fraldinha! Desfaz esse bico! - reclamou ela, caminhando com ela, por todos os corredores do shopping.

– Como? Faz meia hora que a gente roda esse shopping, e você ainda num encontrou a loja que você veio procurar. Tô cansado, pow!

– Eu já disse que num sei onde é essa loja. Nunca fui nela.

– Devia ter perguntado a alguém, né, maloqueira?! Cabeça, às vezes, se usa pra isso, sabia?!

– Eu não podia perguntar.

– Por quê, não?! Tá maluca?! Qual o problema?! Que mistério todo é esse?!

Giane bufou, e parou de frente pra ele - Porque não! E para de fazer pergunta cretina!

Fabinho franziu a testa, encarando-a sem entender nada. Giane fez o mesmo, desafiando-o, até que olhando por cima do ombro dele, sua expressão mudou, e seus lábios se curvaram em um sorriso esplendoroso.

– Achei! - gritou Giane, que segurou a mão do namorado, puxando-o e correndo em direção a uma loja que ficava atrás dele.

Por instinto Fabinho correu também, mas ao se dar conta de do que se tratava a loja, Fabinho "empacou" na frante dela.

– Vem, Fabinho! - Chamou Giane, tentando puxar o namorado.

– Tá maluca, pivete?! Cê viu que loja é essa?! Só tem coisa pra bebê.

Ela sorriu - Eu sei.

Ele franziu a testa, mas pensou que talvez ela quisesse comprar um presentinho para o irmão dele que estava para nascer. Resolveu se deixar ser conduzido pela namorada que o carregou pela mão.

A loja era um verdadeiro mimo. Tinha de um tudo. Desde carrinhos, roupinhas, bercinhos, ursinhos, abajures até sofás e roupas para as futuras mamães. Fabinho não entendia o porquê, mas começou a se sentir um pouco tonto, talvez fosse o cheiro de bebê ou a atmosfera daquele lugar. Tudo ali lembrava paternidade, ou até mesmo respondabilidade. Tudo bem, nada para se preocupar, afinal aquilo estava longe de acontecer...

– Pois não, posso ajudá-los?! - perguntou uma atendente.

– Pode sim. Eu queria saber o que se compra quando não se sabe o sexo do bebê. - disse Giane, um pouco tímida.

Fabinho franziu a testa - Ué, amor, mas a Irene já sabe o sexo. É menino. Cê num lembra que o Plínio falou pra gente?! - olhou pra atendente, porque no fundo ele já começava a entender - Se nova assim, já esquece desse jeito, imagina quando ficar velha e rabujenta... - deu uma risada e engoliu a seco.

A atendente colocou a mão na boca pra segurar o riso, pois ela também havia entendido.

Giane sorriu, chegou bem perto de Fabinho e segurando o rosto dele de forma delicada, olhou no fundo dos olhos dele. Fabinho perdeu as forças das pernas - Eu num tô falando do filho da Irene... Eu tô falando... - pegou a mão dele e pousou no ventre dela - Do nosso... Que tá crescendo bem aqui... - ele olhou pro ventre dela, depois voltou a encará-la e percebeu uma lágrima escorrendo em seu rosto, e essa foi a deixa para que uma lágrima também escorresse do seu olho.

Os dois chorando, sorriram, um para o outro, e os dedos das mãos que estavam sobre o ventre de Giane se entrelaçaram.

– Desde quando você sabe? - Perguntou Fabinho com a voz embargada.

– Desde ontem. Eu fiz um teste de farmácia, aí hoje fui ao médico, e ele confirmou. Tô de seis semanas.

– Nenhuma dúvida, então?!

– Por quê?! Você num gostou né?!

Fabinho olhou para o lado, deixando Giane aflita, depois voltou a encará-la, e em seu rosto começou a se formar um sorriso radiante, e sem que Giane se desse conta do que aconteceu, Fabinho enlaçou sua cintura e a elevou nos braços.

– Se eu gostei?! Giane, eu sou o homem mais feliz desse mundo! Aliás, eu sou o pai mais feliz desse mundo! - disse e começou a rir à toa e a rodopiar com Giane nos braços que gritava de alegria nos braços do namorado.

– Me põe no chão, Fabinho! Tá todo mundo olhando! Fabinhoooooo!

Quando Fabinho colocou Giane no chão, ele segurou o rosto dela entre as mãos, e capturou seus lábios em um beijo apaixonado e repleto de desejo.

***

– Cara, eu vou ser pai. Parece um sonho, sabia?!

– E pode se tornar um pesadelo se você não olhar pra estrada enquanto dirige. - reclamou Giane - Minha barriga não vai crescer de um minuto pra outro, fraldinha, relaxa, e para de olhar pra ela!

Ele sorriu, e virou o rosto para frente, ao mesmo tempo em que passava a marcha - Eu achava que a gente devia ter comprado o berço, pivete.

– Não. Eu quero primeiro saber se é menino ou menina pra gente escolher a cor e fazer tudo combinando. Ai meu Deus, eu nem acredito que tô dizendo isso. - fechou o olho, apertando.

– Quando será que a gente vai poder saber?!

– Sei lá! Num faço a menor idéia. O problema é esse. Num tive mãe. Esqueceu?! Vou ter que pesquisar. Acho que vai ser bem mais difícil pra gente.

Ele segurou a mão de Giane e fez um carinho com o polegar. Então sorriu pra ela - A gente consegue.

Ela sorriu - Eu sei. - respondeu, então com uma mão apertou a dele e com a outra acarinhou o ventre.

***
– Avô?! - indagou Seu Silvério, com os olhos arregalados.

– É, pai. Avô. E aí?! O que o senhor achou?! - quis saber Giane.

Silvério coçou a cabeça, e levantou do sofá, andou até à cozinha sob o olhar atento da filha e do genro que se entreolharam sem entender.

– Vocês não podiam ter me dado melhor notícia. Achei que ia morrer antes de estragar meus netos.

– Netos não, pai. Neto. Singular. Você e Fabinho podem tirar o cavalinho da chuva se acham que eu vou virar vaca parideira!

– É verdade, Seu Silvério, já disse pra Giane que cinco já tá de bom tamanho, seis é exagero.

– Viu só, pai, até o Fabinho concor... Hunf - se tocou, quando viu os dois caindo na gargalhada - Palhaço!

– É. Mas, mudando de assunto. Vocês sabem que agora vão ter de contar pra todo mundo sobre o namoro né?! Porque daqui a pouco a barriga da Giane cresce e num quero a minha filha sendo falada por aí.

– Com certeza, Seu Silvério. Hoje mesmo, a gente vai falar lá em casa pra minha família, e o senhor já pode espalhar pela casa verde.

– Tá certo, meus filhos, farei isso agora mesmo. - concluiu Silvério, dando um beijo no rosto da filha e saindo porta afora.

Sozinhos, Fabinho sentou no sofá com Giane do lado, os dois bem abraçadinhos.

– Quero participar de tudo, pivete.

– Tá certo. Você prefere menino ou menina?!

– Mesmo que seja menina vai ser moleque do mesmo jeito porque, se puxar à mãe... - sorriu com deboche, recebendo um tapinha de Giane - Ai! - abraçou mais forte, e beijou o pescoço dela - Mas, tenho certeza de uma coisa, a nossa mistura vai ser linda. Agora... Quanto a personalidade...

Os dois começaram a rir, pois sabiam a peça rara que viria da mistura de dois cabeças duras.

Quando pararam de rir, Fabinho levantou a blusa da namorada e de maneira bem delicada beijou seu ventre, depois levantou o olhar pra ela que o olhava - Coisa louca, né?! Mas, eu já amo essa pessoinha que tá aí dentro sem nem conhecer!

Ela sorriu - Eu também.

Ele deitou sobre ela, chegando os lábios nos dela - Deve ser porque eu amo muito a mãe dela.

– Eu também amo muito o pai dela.

E os dois se beijaram com ardor, com sofreguidão, com AMOR. E o fruto dos dois crescia ali dentro dela feliz e amado pelos dois.


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Notas finais do capítulo

E aí curtiram?! Gente, pouca gente tá comentando, tá ficando ruim?! 😐