Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy
Notas iniciais do capítulo
Aaaaaaaaaa adoro quando venho aqui e vejo uma recomendação... Brigada Natymau, AMEI! Mesmo!😍
Oi girls, vamos saber o que aconteceu com nosso Fabinho?!
STSV - Capítulo 25:
FLASH BACK ON
Giane entrou como um "foguete" em sua casa. Seu pai, que estava sentado no sofá, assistindo tv, tomou um susto quando Giane bateu a porta, fazendo um baque ensurdecedor.
– Giane, minha filha, o que aconteceu?! - perguntou seu pai, aflito, quando a viu deitar a cabeça em seu colo, chorando tal qual, uma criança.
– Acabou, pai! - respondeu ela, soluçando. - Acabou! E dessa vez é pra sempre! Eu quero morrer, pai!
– Num fala isso, filha! - reclamou, fazendo carinho no cabelo dela. - Você e o Fabinho se amam. Vocês vão voltar. Até porque... - parou de falar, e tomou uma decisão - Filha, onde é que tá o Fabinho?!
– Sei lá, pai! - fungou - Ele tava lá no campinho, mas... Pode ser que ele já tenha ido embora. Por quê?!
Seu Silvério tirou a cabeça da filha do colo, que franziu a testa sem entender.
– Filha, fica aqui. Preciso resolver uma coisa urgentemente. - Disse Seu Silvério, já se dirigindo à porta de saída.
Apesar de chateada, Giane compreendeu o pai, e foi para o quarto chorar. Seria uma noite longa, aquela. Só que não pelos motivos que Giane imaginou.
***
Quando Silvério chegou no Campinho, viu Fabinho sentado em um banquinho, cotovelos apoiados nos joelhos, e cabisbaixo.
Aproximou-se, e sentou ao seu lado, em silêncio. Ao sentir a presença de alguém, Fabinho virou o rosto para o lado. Estava com o rosto inchado, e nariz vermelho de tanto chorar.
– Se o senhor tá procurando a Giane... Ela acabou de ir pra casa. A gente terminou. - fungou.
– Eu sei... Acabei de vir de lá. E já falei com ela.
Fabinho o mirou com interesse - Então, me diz como ela tá, por favor...
– Destruída. Assim como você. Ela te ama muito, Fabinho. O que você queria?!
Ele mordeu o lábio inferior, e cerrou os olhos por alguns segundos - Eu também, Seu Silvério. - engoliu a seco - Eu amo a Giane mais do que tudo nessa vida. Mas, é que...
– Mas, é que... Você não consegue confiar nela depois do que viu. Acertei?!
Ele balançou a cabeça, assentindo, e enxugou as lágrimas com o dorso das mãos.
– Filho, nem tudo que a gente vê é o que parece. Escute com atenção o que vou lhe dizer, mas não se precipite em sua reação. - Fabinho franziu a testa - O Bento dopou a Giane, e fingiu dormir com ela, só pra que vocês terminassem.
Fabinho arregalou os olhos - COMO É QUE É?! - esbravejou e se levantou, colocando as mãos na cintura, em sentido de ameaça - Eu não tô acreditando que esse canalha, imbecil fez isso! Num era ele que era o sujeito paz e amor?! Eu vou matar o Bento! EU VOU MATAR ELE.
Preocupado com as consequências, Seu Silvério segurou Fabinho que já queria partir pra casa de Bento.
– Espera, filho! Fica calmo! Não vale a pena!
O peito de Fabinho arfava, com o ódio crescendo em seu coração. Mas, aí ele se lembrou de Giane, e respirou fundo.
– A Giane já sabe?!
– Ainda não. Quis primeiro contar a você pra que você decidisse o que fazer. Tive medo que não acreditasse em mim, aí seria outra decepção pra Giane.
– Ela nunca vai me perdoar. Seu Silvério, eu não confiei nela... Eu sou um monstro. Eu não mereço a sua filha. Eu não mereço a Giane.
– Bobagem, filho... A Giane tem um coração do tamanho do mundo.
– Por isso mesmo, eu não mereço esse coração. Eu sou um monstro, Seu Silvério! Eu sou... Um monstro! - disse ele, correndo para o carro, e deixando Seu Silvério a ver navios.
– Fabinho! Fabinho! - gritou Seu Silvério, tarde demais, Fabinho já tinha ligado o carro, saindo rasgando pneus. - Ah, meu Deus! Onde será que esse menino vai?! Perguntou para si, correndo em direção a sua casa. Precisava dizer a Giane o que tinha acontecido. Decerto, ela saberia o que fazer.
***
Atordoado, Fabinho dirigia a toda velocidade, e sem rumo, ao mesmo tempo em que, esmurrava o volante e gritava que era um monstro.
Vários pensamentos lhe invadindo a mente, uns terríveis, declarando a morte de Bento e outros raciocinando em como pediria perdão a Giane.
De repente, lhe ocorreu uma idéia, então sem pensar, girou o volante sem dar sinal, voltando pra Casa verde.
Chegando lá, saiu do carro, possesso, indo em direção a uma casa. Entrou sem bater, e procurou seu alvo por todos os cantos. Ao avistá-lo, bufou, e segurando o colarinho, desferiu um murro certeiro em seu rosto.
– TÁ MALUCO, CARA?! - gritou Bento, recebendo outro golpe, no outro lado do rosto, derramando sangue pelo canto da boca.
– NÃO! EU TAVA MALUCO QUANDO ACREDITEI NA PALHAÇADA QUE VOCÊ ARMOU, SEU CANALHA, IMBECIL! - esbravejou Fabinho sem soltar o colarinho de Bento. - EU DEVIA ACABAR COM A SUA VIDA! MAS, NUM VALE A PENA... VOCÊ É UM BANDIDO MUITO PIOR DO QUE EU! PELO MENOS, EU NUNCA ME FIZ DE SANTO! SE FOSSE SÓ COMIGO, EU PODIA ATÉ TE POUPAR, MAS VOCÊ MEXEU COM A GIANE, E ISSO, EU NUM VOU PERDOAR NUNCA! - desferiu outro golpe e empurrou Bento, que se estabacou no chão.
Bento ficou tonto, tentando se levantar sem conseguir. Fabinho chegou perto e com o dedo em riste, ameaçou - Fica longe da Giane! Não toca em um fio de cabelo dela, senão eu te mato, e ainda boto fogo naquela loja de merda! Espero que tenha entendido! - deu um chute nas pernas de Bento e saiu, bufando.
– Ai! - resmungou bento, todo quebrado - Droga! Tio Silvério deu com a língua nos dentes! Mas, isso não fica assim! O Fabinho me paga! Ele não perde por esperar! - disse Bento para si mesmo, tocando o lábio, que sangrava.
***
FLASH BACK OFF
– Cadê ele?! Cadê o Fabinho?! - perguntou Giane, gritando, quando entrou correndo no Pronto Socorro. Seu pai vinha logo atrás.
Malu correu ao encontro da amiga - Calma, Giane! Parece que não foi nada grave. O médico falou que vinha já aqui pra dar notícias, mas tenta se acalmar.
– Como eu posso me acalmar?! Malu, o Fabinho sofreu um acidente... Por minha culpa! - Disse Giane, desesperada.
– Vocês brigaram?!
– Mais ou menos... Malu, o Fabinho não pode morrer! Não pode!
– Ele não vai morrer! Fica calma! Pelo amor de Deus, fica calma! - exclamou segurando os braços de Giane, quase chacoalhando.
– É, filha! Não vai acontecer nada! Tenta se acalmar! - falou Seu Silvério, abraçando a filha com carinho, e guiando-a até o sofá.
– Eu não posso me acalmar... Não, enquanto não eu não tiver certeza de que ele tá bem.
– Alguém aqui é família de Fábio Campana?! - perguntou o médico, quando apareceu na recepção.
Malu se levantou de supetão, sendo seguida de perto por Giane - Eu, doutor! Eu sou irmã dele. E essa é a namorada dele. E o meu pai deve tá chegando aí a qualquer momento. O meu irmão tá bem?!
Giane o encarava, extremamente aflita - Fala, doutor! Ele tá bem?!
– Está fora de perigo. Estável. Mas, ainda precisa se submeter a alguns exames antes de receber alta.
– Graças a Deus! Mas... A gente já pode ver ele?!
– Pode. Só não pode cansá-lo muito. Ainda está sob o efeito da anestesia.
Quem é... Giane?!
– Eu! Sou eu, doutor!
– Você deve entrar primeiro. Ele quer vê-la. Não parou de chamá-la.
Giane sorriu, triste, e olhou para Malu, que sorriu, dando espaço pra que ela seguisse o médico até a enfermaria, onde Fabinho estava.
– Pronto. É aqui. Não faça barulho, e tente não forçá-lo muito. - avisou o médico, abrindo a porta para que Giane pudesse entrar.
Fabinho estava deitado em um leito, com os olhos cerrados. Em seu braço, a agulha que era acoplada ao sôro, que descia devagar. Ao redor dele, monitores que mostravam seus sinai vitais. Todos com um barulho irritante.
Durante alguns segundos, Giane o observou de longe, vendo seu peito subir e descer, em um ritmo normal. Uma lágrima escorreu em seu rosto.
De repente, como que sentindo a presença dela, Fabinho, abriu os olhos, lentamente. Ao vê-la, curvou os lábios em um sorriso terno.
– Por que tá aí parada, pivete?! - perguntou Fabinho, com a voz cansada.
Giane sorriu, e se aproximou dele, segurando sua mão.
– Fiquei tão preocupada... Quase morro. - sussurrou Giane, acariciando a mão dele com o polegar.
Fabinho sorriu, com a testa franzida, evidenciando que ainda estava com dor - Achou que ia se livrar de mim assim?! Num foi dessa vez não, maloqueira. A gente ainda tem muito o que brigar...
– Para de brincadeira, Fabinho. Isso é sério, cara... Nunca mais faz isso, senão eu sou capaz de dar um murro nas suas fuças!
Fabinho riu, fazendo careta de dor - Mas, nem me vendo num leito de hospital, consegue ser docinha comigo. Aonde eu fui amarrar meu burro, heim?!
– Se num quiser, ainda tá em tempo de devolver.
– Cê tá louca... - falou rouco - Eu num te devolvo nunca mais nessa vida. Me perdoa! - uma lágrima escorreu no rosto dele, e ela enxugou de forma delicada - Por... - engoliu a seco - Num ter acreditado em você.
Giane sorriu, enquanto uma lágrima descia, dessa vez, em sua face - Eu te disse pra me procurar quando você conseguisse acreditar. Era isso que você devia ter feito, ao invés, de dirigir que nem louco... - suspirou - Num tem do que perdoar porque se fosse eu, tinha feito a mesma coisa. Somos dois cabeças dura, marrentos, brigões, e...
– Apaixonados! - completou ele, segurando o rosto dela, com carinho.
– Quem disse a você que eu sou apaixonada?! Tá se achando, heim?!
–Num tô me achando não. Eu vi você encostada na porta, toda preocupada e com medo de me perder.
– Que com medo de te perder?! Eu lá tenho medo disso, seu babaca!
– Hum... Eu lá tenho medo disso... - imitou a voz da namorada - Vem cá que eu vou te ensinar modos que cê tá muito rebelde - e com um solavanco, puxou a namorada, que caiu em cima dele, os rostos a poucos centímetros.
Giane arregalou os olhos, quando sentou os braços de Fabinho enlaçando sua cintura - Cê tá doido, Fabinho! Se o médico aparece aí...
– Hum... Ele vai ter inveja, aí ele vai te desejar, e eu num vou gostar, então eu vou tomar satisfações com ele... - Giane sorria revirando os olhinhos - Daí eu vou ter que dizer a ele que você é a mulher da minha vida, então eu vou voltar pra cá e te pedir em casamento. Só que tem um problema...
Giane sorriu, roçando o dedo na barba dele, de forma sensual - Qual?
– Eu num sei se você vai aceitar...
– Hum... Isso é um problema mesmo. Mas, e se eu disser que... Tem uma grande possibilidade que eu... Acabe dizendo... - encarou o profundo dos olhos de Fabinho -Sim.
Os olhos de Fabinho brilharam, e ele sorriu de forma encantadora - Seu Silvério! - gritou Fabinho, escandalosamente - Seu Silvério, corre aqui antes que sua filha mude de idéia! Seu Silvério! - Giane riu, divertindo-se, então Fabinho, segurou o rosto entre as mãos - Te amo. - disse e capturou os lábios da namorada, que não ofereceu nenhuma resistência.
Então, segurou a cintura da namorada, e girou, de naneira que ela ficou por baixo dele, seu corpo pressionando o corpo dela com vigor. Rindo, Giane cessou o beijo - Você num tava mal, não, né?!
– Não. A batida foi de leve. - Giane franziu a testa - O médico me devia alguns favores. - sorriu de lado.
– Eu num tô acreditando nisso! Eu aqui toda preocupada, e você tirando com a minha cara!
– Não é bem assim... - começou a falar Fabinho, todo serelepe - Eu realmente me acidentei, só que não foi tããããão grave assim. - riu - Nem vem que você já aceitou casar comigo! Tem mais volta não!
– Ah, é?! - provocou ela, recebendo um "é" dele - Pois, eu quero o divórcio.
– Tá. Eu te dou. Mas, antes, cê vai ter que prometer que o nosso casamento vai ser na Igreja, com direito a vestido branco e chuva de arroz... Ah, e aquelas latinhas no fundo do carro.
Giane arregalou os olhos - É o quê...? Quem é você?! E o que fez com o meu namorado?!
Fabinho deu uma risada gostosa - Eu sou o homem que vai te amar pro resto da vida, vai educar seus filhos, e segurar sua mão pra você não tropeçar quando a gente tiver bem velhinho e rabujento.
Giane sorriu, encantada - Palhaço...
E a troca de olhares foi fatal - Maloqueira...
Então eles se beijaram de novo, as línguas se encontrando e se entrelaçando. Safado, Fabinho segurou o lençol, cobrindo os dois.
– Não, Fabinho... A gente não vai fazer isso aqui. Tá doido?!
– Nossa, Pivete, como você é maliciosa! Tá pensando o quê?! Que vai me ter sempre que quiser, é?! Eu sou difícil... E tô exausto. Boa noite, amor... - bocejou, deu um selinho nela, e bem agarradinho a ela, fechou os olhos. Giane revirou os olhos sorrindo, mas o sono logo tomou conta dela também.
***
Lá fora, o médico tentava explicar pra Plínio, Malu e Seu Silvério, o fato de que eles não visitariam Fabinho.
Pelo menos, não naquela noite...
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, o que acharam?!