Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy
Notas iniciais do capítulo
Gente, estou em ÊXTASE! Recebi mais duas recomendações! Muito obrigada Le Duarte e James Silva pelo carinho! Mesmo! É bom demais!
Tenho que dizer que este capítulo é necessário para o desenrilar da estória, então calma...
STSV - Capítulo 19:
– E aí, gente linda e gostosa! - Com um sorriso radiante, Brunetty cumprimentou o público, através das câmeras, no programa Luxury - Eu tô aqui com ela... - apontou para Giane, que estava sentada em uma cadeira ao lado. Ela era a entrevistada daquele dia - Essa gatinha que é uma Diva, e é um exemplo pra todo mundo. Vocês sabiam que essa menina linda nasceu pobre? Pois é, mas ela conseguiu dar a volta por cima e...
– Não, peraí... - Giane interrompeu, indignada - Pobre não, porque nunca faltou na minha casa, nem comida, nem amor. Eu só não tive, assim, muito luxo, mas também, ótimo, porque frescura só serve pra estragar a cabeça das pessoas.
Diante daquele desabafo, Brunetty tentou forçar um sorrisinho - Que gracinha! Mas, e aí Giane, conta pra gente, como vai seu coração?
– Tá ótimo! Eu tô namorando, mas é segredo. - sorriu, tímida.
– Huuuuum... - Brunetty se dirigiu pra câmera - Ela não é demais gente?! Porque além de modelo, ela é também empresária e...
– Não, não... Tá tudo errado. Empresária é um pouco demais. Eu tenho sim uma cooperativa de flores que divido com meu sócio Bento, mas é só isso. Nada de empresária. Ah, e esse negócio de modelo foi só uma onda... Tem data pra terminar. Porque o que eu gosto mesmo é de fotografar.
Brunetty deu uma risadinha sem graça - Mas, gente modelar é tão bacana. É uma carreira incrível. E o sonho de toda menina. Além disso, eu não sei se você sabe, Giane, mas você está sendo considerada a mais nova it-girl do país. Todos querem te imitar... Você vem sendo assunto principal nas redes sociais. Tem até fãs, sabia?!
Giane fez careta, e coçou a nuca - Iiiihhh! Dá certo isso não. Eu num quero ser espelho de ninguém, nem ter fãs, e muito menos ser it-girl. Deus me livre ser que nem a Amora! Não, meu negócio é outro...
Brunetty arqueou as sobrancelhas, e forçou ainda mais o sorriso - Bom, gente, ela é demais mesmo, né?! - esticou o braço pra segurar na mão de Giane - E essa entrevista com a fofíssima da Giane vai ficando por aqui... Muito obrigada por sua presença, Giane. - olhou pra camêra - E um beijo bem grande pra vocês, meus amores, que acompanham o nosso programa.
A câmera focou em Giane, que também se despediu - É, brigada aí vocês, galera, valeu! - disse Giane, de um jeito meio moleca.
E a entrevista se encerrou.
***
– A minha namorada é ou não é a mulher mais gata desse país?! - perguntou Fabinho para Jonas. Eles estavam assistindo ao programa pelo celular.
Os olhos de Fabinho brilhavam, expressando todo o orgulho que estava da sua namorada.
– É. É sim. A mais gata! - respondeu Jonas, "babando".
Fabinho, que ainda estava concentrado na tela, ao ouvir aquilo, virou o rosto para o amigo, e o fulminou com o olhar - É o que, rapaz?!
Jonas arregalou os olhos - Ei, peraí, irmãozinho, baixa a crina aê, que eu só fiz um elogio de respeito!
Fabinho apertou os olhos - Acho bom! Acho bom mesmo! Porque eu num sei se você tá vendo, mas aquele anel ali no dedo dela significa: "Propriedade" do Fabinho! É bom se lembrar disso da próxima vez que quiser elogiar minha maloqueira! - deu dois tapinhas no rosto de Jonas, sorrindo cínico, como que, para deixar bem claro. Jonas sorriu, assustado.
– Hey, Fabinho, será que a gente pode levar um papo sério?!
O sorriso de Fabinho murchou ao ouvir aquela voz. Virou pra frente - Zé Florzinha?! Você aqui?! Veio pra quê?! Olha só, se for pra falar da Giane, eu vou logo avisando que...
Jonas saiu de fininho. Sabia que dali vinha chumbo grosso
– Eu vim sim falar da Giane, mas não é nada disso que você tá pensando. - retrucou Bento, interrompendo-o - Eu vim aqui pra dizer que você venceu! - Fabinho franziu a testa sem entender - A Giane tá realmente apaixonada por você. Então, pode ficar relaxado que eu não vou mais me intrometer no namoro de vocês. A Giane é minha amiga, e eu só quero o bem dela, e se... O bem dela é você, paciência!
Fabinho olhou-o, desconfiado - E por que isso agora? O quê que te deu? Vai querer virar meu amiguinho agora, Zé Florzinha?!
Bento bufou - Não. Eu sou amigo da Giane. Seu, eu nunca vou ser. Eu sei muito bem o bandido que se esconde por trás dessa sua pose de bonzinho.
Fabinho arqueou as sobrancelhas - Sabe o que é engraçado?! É que... Eu penso o mesmo de você!
Os dois se entreolharam, com um olhar ameaçador. A "guerra" estava finalmente declarada.
Depois disso, Bento sorriu, cínico, e saiu sem dizer uma só palavra.
Fabinho ainda ficou olhando para porta por onde Bento saiu por mais alguns segundos, até que sentiu seu celular vibrar em seu bolso.
Pegou-o, e olhou o visor. Era uma mensagem e dizia: "Você confia em sua namorada?"
Fabinho franziu a testa, e mordeu o cantinho do lábio - Que palhaçada é essa?! Quem mandou isso pra mim?! - perguntou em alto e bom som.
– Algum problema, Fabinho? - Júlia perguntou, sem entender aquele rompante.
Fabinho tinha a respiração acelerada - Não! Esquece! Fala pro Natan que eu vou dar uma saída! - disse, e saiu sem dar mais explicações, deixando todos na Crash Mídia sem entender.
Fabinho descia as escadas rapidamente. E em sua mente passava um milhão de coisas que em nada favoreciam a sua namorada.
De repente, esbarrou em uma pessoa, quase derrubando-a - Desculpa, eu não vi que... - seus olhares se encontraram - Giane?!
– É. Quem você achava que era? E que pressa é essa, cara?! Tava indo pra onde?!
Fabinho ficou sem fala por alguns segundos, se sentindo um idiota por duvidar dela. Giane o olhava com expressão de interrogação. Foi aí que Fabinho, segurou seu rosto entre as mãos, e começou a beijá-la sem parar, arrancando uma risada de sua namorada.
– Quê que foi, amor?! Tá louco?! - perguntou Giane entre um beijo e outro.
– Tô. Tô sim. Louco! - continuava beijando sem parar - Louco! Louco por você! - ele olhou no fundo de seus olhos, como se quisesse dizer pra alma dela - Te amo muito!
Ela sorriu, e também segurou o rosto dele entre as mãos - Eu também te amo, mas o que aconteceu?! Você parece, sei lá... Nervoso?!
Ele mordeu o lábio inferior - Não, eu só... - respirou fundo. Nunca diria a sua namorada que havia desconfiado dela - O Zé-florzinha veio aqui!
Giane franziu a testa, estranhando - Foi?! E o que ele queria?!
– Queria dizer que... Nunca mais ia mais se colocar entre a gente. Acho que finalmente ele aceitou o nosso namoro.
Giane abriu um sorriso radiante - Sério?! Sabia que um dia o Bento ia voltar a ser o Bento de sempre. Ele tava muito esquisito, ultimamente, mas, sabe o que eu acho?! O Bento ainda não esqueceu aquela bandida e deve tá se roendo com essa viagem dela! Aí fica descontando nos outros, e dá nisso!
– É... Deve ser isso. - falou, desanimado.
Ela o fitou, preocupada. E segurou o rosto dele, lhe fazendo carinho com o polegar - Fabinho, tem certeza que tá tudo bem?!
Ele balançou a cabeça assentindo, e forçou um sorriso.
– Tá. Então, se é assim... - abraçou o tórax dele, e levantou o rosto - Quero mais beijo! - falou manhosa.
Ele sorriu, todo charmoso - Hum, tá ficando muito mal acostumada, heim, pivete?!
– Você quem tá me fazendo ser assim... - revirou os olhos, sorrindo - Tô quase ficando tão docinha como aquelas piriguetes que cê era acostumado a pegar.
– Hum... Deixa eu ver... - falou rouco. Baixou a cabeça, e mordiscou o lábio inferior dela, lambendo-o. Depois puxou para si. - É... - começou a lamber os próprios lábios, como que provando o sabor de uma sobremesa. - Parece que tá docinha mesmo, maaaaas...
Ela sorriu, e o olhou de forma sexy - Maaaaaaas... - repetiu.
Enlaçou sua cintura com um braço, trazendo-a para si, com ímpeto. E com a outra mão, segurou o rosto dela - Mas, eu preciso experimentar um pouco mais, pra ter certeza!
– Ah, é?! E eu posso saber o que você está esperando?! - perguntou Giane, mirando os lábios dele, com desejo.
– Nada. - respondeu rouco, e se apossou dos lábios dela com voracidade. Suas línguas se encotraram, desesperadas, em suas bocas.
E naquele instante, Fabinho já nem se lembrava da mensagem. Só tinha noção de estar com a mulher da sua vida em seus braços. E era só isso que importava.
O problema foi que, uma horinha depois dela se despedir de sua namorada, chegou outra mensagem em seu celular.
" Tem certeza de que você confia mesmo em sua namorada?!"
Deixando-o, outra vez, com vontade de "morrer".
***
À noite, Giane tinha acabado de se trocar, e estava mais linda do que nunca. Com um vestidinho rosa claro, de costas nuas, e saltos combinando.
Fabinho tinha marcado de buscá-la para saírem em um passeio que era surpresa. Estava radiante e não conseguia sequer esconder o brilho no olhar de ansiedade.
– Filha, vai sair?! - perguntou Seu Silvério, quando a viu fechando a porta do quarto.
– Vou, pai. O Fabinho ficou de me buscar pra gente dar um rolê por aí. Por quê?! - Giane perguntou quando notou que a expressão de seu pai havia mudado, para preocupado.
– Pensei que você já tivesse sabendo...
– Sabendo do quê, pai?! Fala logo!
– A Amora tá noiva. E o Bento tá acabado por causa disso. Parece que ela conheceu um rapaz rico em Paris, mal namorou, e já noivou.
Giane franziu a testa, indignada - Típico daquelazinha! - bufou - Parece que a principal diversão da Amora é pisar nos sentimentos do Bento! Droga! Acho que eu vou lá dar uma força pra ele.
– Vai sim, filha. O Bento tá precisando agora do colo dos amigos.
– Tá. Eu vou lá bem rapidinho. - disse e já ia saindo, mas acabou lembrando de seu compromisso, e voltou - Pai, se o Fabinho chegar, não fala que eu fui na casa do Bento, pelo amor de Deus! Ele é cismado com ele, e vai acabar pensando besteira, então, é melhor que ele nem sonhe com isso! Vê se o senhor inventa alguma coisa... Diz que eu fui na casa da Charlene ou da Renata, qualquer uma, tá?! - beijou o pai no rosto - Já volto.
O pai sorriu, concordando, e logo viu sua filha atravessando a porta, apressadamente.
***
Quando Giane entrou na casa de Bento, encontrou-o, sentado na beira da cama, com o rosto coberto pelas mãos.
Giane correu ao seu encontro, sentou ao seu lado e passou o braço ao redor de seus ombros, confortando-o.
– Bento, fica assim não, cara?! A Amora não merece uma só lágrima sua. Cê devia era agradecer esse carinha por ter noivado com ela, e ter te livrado dessa fogueira.
Bento olhou-a de lado, os olhos marejados - Giane, que bom que você tá aqui comigo! Eu num sei o que seria de mim sem você por perto, sabia?! - ela sorriu com ternura, e ofereceu os braços para um abraço. Ele a abraçou forte.
Quando o abraço cessou, Bento levantou, enxugando as lágrimas, e fungando - Vai sair?! Tá toda bonita...
Ela sorriu e levantou - Vou. Inclusive, é melhor eu ir... O Fabinho já deve tá me esperando lá em casa.
Ele sorriu - Fico tão feliz que você tenha encontrado o amor. Sério. Eu falo de coração. - falou enquanto se dirigia à cozinha - Só espero que ele mereça seu amor. Eu mataria ele se ele te machucasse.
Giane sorriu, apaixonada, chegando perto de onde ele estava - Relaxa, Bento! O Fabinho nunca vai me machucar. A gente se ama muito.
Bento fingiu um sorriso - Que bom! Fico mais aliviado. Café?! - ofereceu uma xícara pra ela.
– Não. Eu tenho mesmo que ir, e...
– Quê?! Num tô acreditando que você vai recusar o meu café?! Você nunca fez isso! Vou ficar magoado!
Ela riu do bico do amigo - Ai meu Deus do céu! Tá bom! Dá logo esse café pra cá, seu chato!
Ele riu, com um ar de mistério, se certificando de que ela bebesse até o último gole do café.
E ela sorriu pra ele, sem nem imaginar o que estava para acontecer...
***
No dia seguinte, sentindo uma pontada forte na cabeça, Giane tentava abrir os olhos, suas pupilas se adaptando à luz, com imensa dificuldade. Sentou-se na cama, e qual não foi sua surpresa ao ver que não estava em seu quarto.
– Mas, o quê... - colocou a mão institivamente na cabeça - Ai que dor! - olhou pra frente - Bento?!
– Bom dia! - cumprimentou Bento de forma natural. Em seguida, sentou-se na beirada da cama - Tá melhor?!
– Melhor?! Como assim?! O que eu tô fazendo na sua cama?! O que aconteceu?! Eu num tô entendendo nada! Ai minha cabeça, mas que merda!
– Relaxa, Giane! Ontem quando você ia pra sua casa, começou a passar mal, daí eu fiquei muito preocupado, e você acabou desmaiando nos meus braços. Eu tentei te acordar, mas foi inútil porque você repetiu várias vezes que tava mal e que só queria uma cama pra deitar. Natural, né, Giane?! Você sempre dormia aqui quando a gente inventava de assistir filme. Saudade desse tempo, sabia?!
Giane franziu a testa, tentando recordar os acontecimentos daquela noite. Mas, era um branco só. Tudo que conseguiu se lembrar foi do seu compromisso com Fabinho, e isso a fez dar um salto da cama.
– Ai meu Deus! O Fabinho! Eu tenho que... Eu tenho que ir pra casa! Tchau Bento! Depois a gente se fala... - Saiu, mas parou ao tropeçar em algo. Baixou, e arregalou os olhos quando viu do que se tratava. Era um bouquet de flores - Não! Não! Não! Que não seja o que eu tô pensando... - Seus olhos se encheram d'água. Teve um pressentimento muito ruim em relação àquelas flores. Abraçou o bouquet, as lágrimas já escorrendo em seu rosto.
– Algum problema, Giane?! - perguntou Bento, dando uma de melhor amigo.
Ela o olhou desesperada - Bento, me responde, cara! Cê viu se o Fabinho apareceu por aqui?!
– Fabinho?! - fez cara de inocente - Não que eu saiba! Por quê?!
– Não... É que eu...
– Bento! Bento! Bento! - Wesley entrou gritando o nome dele, interrompendo o raciocínio de Giane.
– Quê que foi, Wesley?! Parece até que viu fantasma!
– A Acácia foi arrombada! Vocês precisam ver! Tá tudo quebrado! Uma verdadeira zona!
Bento arregalou os olhos. Giane nem se mexeu. - Giane, a gente precisa ir lá e...
– Vai você, Bento! Eu tenho uma coisa muito mais importante pra fazer agora! - Correu sem deixar nem que seu sócio perguntasse o que era.
Quando Giane atravessou a rua, deu de cara com seu pai, que estava fechando o portão de casa.
– Pai! - gritou Giane, segurando os ombros dele em desespero - Fala pra mim! O Fabinho apareceu ontem?!
– Apareceu. Eu disse pra ele que você tinha ido na casa da Renata. Ele até ficou te esperando, mas recebeu uma mensagem e saiu correndo. Achei tão estranho.
Giane já estava quase passando mal - Pai, me diz, ele trouxe um buquê?!
– Sim. Como você sabe?!
– Não! Não! Pai, o Fabinho não podia ter... Ele não... Pai, eu quero morrer... - disse ela, com a voz embargada. E chorando copiosamente, abraçou o pai, que a apertou forte, sem entender.
***
O dia passou rapidamente. Giane passou o dia chorando, e ligando para o celular de Fabinho que só dava fora de área. Chegou a ir ao apartamento dele, mas os pais não faziam a mínima idéia de onde ele estava. E como Giane sabia da gravidez complicada de Irene, preferiu não preocupá-los, dizendo que ele podia estar com Malu na Toca. Foi também até lá, mas nem sinal dele.
Em meio a agonia, soube que a Acácia tinha sido mesmo arrombada, que destruiram quase tudo, mas que não haviam levado nada de valor. Ficou surpresa ao saber que a única coisa que havia sumido fora uma pasta azul que Bento usava para fazer a contabilidade. Tudo bem, cada doido com sua mania.
À noite, deitada em sua cama, não tinha mais nem lágrimas pra chorar, quando sentiu seu celular vibrar. Achando que era Fabinho, se levantou de supetão, e qual não foi seu alívio, quando viu que a mensag era dele, e dizia: "Estou no Cantaí"
Sorriu pela primeita vez naquele dia. Levantou-se rapidamente, e escolhendo a primeira roupa que apareceu na sua frente, correu até o Cantaí. Precisava se explicar, e tinha fé de que ele acreditaria, mas...
– Fabinho! - Exclamou, indignada. As lágrimas já brotando de seus olhos - O que significa isso, cara?!
Fabinho parou de beijar Camilla, virando para Giane, com um sorriso cínico nos lábios, mas com o coração despedaçado.
–
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí?! Neste capítulo dei um monte de pistas pra vcs saberem o que vai acontecer... C