Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

FELIZ FELIZ FELIZ😍RECEBI MINHA SEGUNDA RECOMENDAÇÃO! Brigada Daiana Caster! Brigada mesmo😘😘😘😘



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STSV - Capítulo 18:

Aquela tarde passou voando. Todos da rua da Casa Verde apareceram para ajudar na decoração e afazeres da Toca do Saci, com excessão de Bento que dera a desculpa de estar muito ocupado com algumas entregas atrasadas.

Fabinho, que havia sido encarregado de ajudar Maurício com a pintura, recebeu um telefonema de Érico pedindo que ele voltasse pra Empresa. Deixou o pincel de lado prometendo para Maurício que voltaria no dia seguinte para terminar sua parte. Saiu da salinha e foi procurar sua namorada que estava ajudando sua irmã com a decoração.
Chegando em frente à toca, avistou Malu, que dava instruções para Jonas sobre onde ficaria a placa com o nome da toca. Ele estava no último degrau da escada, e já estava sem paciência com a indecisão de Malu que hora dizia que a placa deveria ficar à direita, hora à esquerda.
Fabinho riu da cara emburrada de Jonas, e chegando perto de Malu, colocou o braço ao redor do pescoço dela.

– Hey, Malu, cadê a Giane?! Pensei que ela estivesse aqui com você.

– Tô aqui bebezão! Precisa chorar não. - brincou Giane chegando perto dos dois. Ela estava com uma máquina fotográfica nas mãos.

Fabinho fez careta de deboche, arrancando uma risadinha de sua namorada - E eu posso saber aonde a senhora estava?

– Eu tava lá no campinho fotografando os moleques jogando bola. - respondeu ao namorado para em seguida, dirigir-se a Malu - As fotos ficaram ótimas. Se quiser, mando revelar elas, e amanhã eu trago pra você colocar no mural.

Os olhos de Malu brilharam - Ai, Giane, que idéia ótima. Eu vou adorar.

Giane sorriu com ternura.

– Aê! Bom trabalho pivete! - elogiou Fabinho, orgulhoso da namorada - Mas, agora vambora que o Érico ligou dizendo que quer nós dois no escritório dele em no máximo meia hora.

Giane franziu a testa, contrariada - Ah, não! Se for pra pousar pra outra campanha, pode esquecer!

Fabinho arqueou as sobrancelhas - Quê que é, heim, maloqueira, vai dar pra trás agora?!

– Vou. Eu topei fazer aquela porque insistiram muito e tal, mas eu num pretendo de jeito nemhum virar it girl que nem a Amora.

– Ow garota, e você pretende o quê? Ficar plantando flor com o Bento a vida inteira?

– O quê que cê sabe do nosso negócio, heim?!

– Eu sei que o Bento tá atoladão de dívida, e num tem um tostão pra investir nessa empresa. E ficar infurnado naquela garagem o dia todo num resolve nada, né? É um otário!

– É, pode até ser... Mas, a gente tá tentando dar um jeito nisso. E eu num vou abandonar o Bento no momento em que ele mais precisa de mim, né?!

– É, mas abandonar o seu namorado no momento em que ele mais precisa, pode, né?!

Giane apertou os olhos - Eu não disse isso.

– Não precisava. Tá implícito. - disse, e soltando o pescoço da irmã, saiu, sem dizer uma palavra, emburrado.

– Droga! - praguejou Giane. - Viu só como o seu irmão é?! Cheio de frescura. Às vezes me falta a paciência, sabia?!

Malu que, até então, permanecia calada, só escutando a DR, resolveu se pronunciar.

– Giane, o que o Fabinho tem num é frescura... É ciúme. E tem razão né?! Todo mundo tá cansado de saber da sua paixonite pelo Bento.

Giane bufou - Paixonite que já passou. E eu já expliquei pra ele mais de um milhão de vezes.

– Só que se coloca no lugar dele. É a primeira vez que ele ama alguém de verdade. Ele só tá com medo de te perder. Só isso.

Giane engoliu a seco, e ficou sem resposta.

– Além disso, eu não sei se você tá sabendo, mas o Fabinho tá perigando perder o emprego. - Giane arregalou os olhos - Parece que o Natan ligou para todas as empresas falando sobre o passado sujo dele, e a Crash Mídia já perdeu um monte de clientes por causa disso.

– Quê?! Mas, como... Eu mato o Natan! - falou Giane, furiosa.

– Não. Esquece o Natan! Daqui a pouco ele vai acabar se enforcando na própria corda. Agora... Dá um forcinha pro Fabinho. Ele tá precisando.

Giane balançou a cabeça assentindo. - Vou procurar ele agora mesmo. - sorriu, agradecida, e saiu.

Giane encontrou-o no campinho. Ele estava parado no meio dele, olhando para o nada, com as mãos enfiadas nos bolsos.

Chegando por trás, Giane colocou a mão delicadamente nas costas, subiu-a até o ombro, e o apertou com carinho.

Ele se virou, os olhos marejados. Não queria olhar pra ela. Foi então que ela segurou o rosto dele entre as mãos, forçando-o a encará-la.

– Fabinho, por que você não me disse, cara?! Por que não me disse o que o crápula do Natan fez?

– Pra quê, Giane? Pra você ter certeza da burrada que cê tá fazendo em namorar comigo. E acabar se arrependendo de ter trocado o Bento por mim.

Giane piscou os olhos rapidamente, incrédula com o que ele acabara de dizer - Fabinho, o que cê acha, cara? Que eu tô com você por interesse? Pelo amor de Deus, Fabinho, entende de uma vez por todas que o Bento é passado pra mim. - pausou, as pupilas percorrendo todo o rosto do namorado - Eu te amo. E nada do que você fez ou deixou de fazer no passado vai me fazer mudar de idéia. - suspirou - Fabinho, o meu futuro é você. Aconteça o que acontecer, eu vou tá sempre do teu lado.

Os olhos dele brilharam diante daquela declaração, e um sorrisinho começou a se formar em seu rosto. Então, Giane puxou seu rosto, e seus lábios se encontraram em um beijo suave e repleto de promessas. Mas, à medida, que o beijo se prolongava, ele ia se tornando cada vez mais sôfrego e voraz. E os dois sentiram a necessidade de se colarem um no outro. Fabinho enlaçou a cintura de Giane e a puxou com violência para si. Suas mãos passeando pelas costas dela, com pressão, enquanto as mãos dela se agarravam aos cabelos da nuca dele, brincando, seduzindo...

– Hum - gemeu Fabinho, cessando o beijo - Sabia que o seu beijo fica mais gostoso a cada dia?!

– Ah, é?! O seu também. - sussurrou ela, passando a língua nos lábios dele, acariciando. - Te amo.

Ele sorriu - Também. Muito.

E os dois ficaram se olhando por alguns segundos sem fim, até que...

– Ei, tia, será que vocês podem sair do campinho pra gente jogar bola? - perguntou uma criança, puxando a blusa de Giane.

Os dois gargalharam da situação, e saíram correndo de mãos dadas, completamente envergonhados com o que tinha acontecido. Perguntaram para si a quanto tempo aquelas crianças estariam ali, espionando-os. Será que tinham visto o beijo trocado entre eles?! Acharam melhor nem perguntar, e muito menos contar pra Malu sobre o ocorrido.

***
Alguns minutinhos depois de se despedirem de Malu, Fabinho e Giane rumaram pra Crash Mídia.

Naquele dia em especial, Fabinho não tinha ido de moto. Seu pai havia lhe emprestado o carro. E ele estava concentrado na direção quando ouviu um click, e um flash vindo do lado do banco do carona.

Era Giane que estava toda empolgada fotografando aeu namorado enquanto ele dirigia.

– O que cê tá fazendo? Tá me zoando garota?

– E precisa?! Cê dirige mal pra caramba!

Ele virou o rosto com uma careta - Faz mó tempão que eu num pego num carro. Só tô destreinado.

– Ah, tá! Destreinado? Sei... - tirou mais a fotografia, e deu uma risadinha - Acho que vou te inscrever naquele quadro do Caldeirão do Hulk, sabe aquele... "Ruim de roda"?! A gente podia ganhar uma grana boa.

– Ah, é?! A senhora tá cheia de gracinha hoje, né?!

Giane riu da cara do namorado, e voltou a fotografar.

– Para de tirar foto! Vou acabar batendo o carro, Gi.

– Gi?! - deu uma risada gostosa - Cê me chamou de Gi?! Fraldex!

Fabinho fez uma careta - Fraldex?! Fraldex é a tua mãe! - ela riu e bateu mais uma foto - Para de tirar foto!

O sinal fechou, ele parou, e os flashs continuavam - Pelo jeito cê gosta mais de fotografar do que de posar, né?!

– Posar é chato - respondeu, olhando o visor da máquina para ver se as fotos estavam ficando boas.

– Tá aí! Por que cê num investe nisso, então?! Faz um curso de fotografia! Daí você ia ganhar dinheiro fazendo uma coisa que você realmente gosta.

– Será?! Vou pensar... - disse Giane, nitidamente empolgada com aquela idéia. - Tá, mas agora eu vou aproveitar pra tirar uma foto da gente.

– Tá! Aproveita que o modelo aqui é top. - disse Fabinho, convencido.

– O modelo é podre de metido, isso sim. - debochou, e encostando o rosto no rosto do namorado, esticou o braço, e tirou duas fotografias. Uma com ambos fazendo careta e a outra com ambos sorrindo.

O sinal já havia aberto há alguns minutinhos, e os outros carros estavam impolvorosos com a demora. As buzinadas eram altas, e os palavrões corriam soltos nas línguas dos motoristas.

Rindo, Fabinho deu partida, e saiu em disparada. Giane guardou sua câmera, e seu namorado aproveitou para segurar sua mão, entrelaçando seus dedos, e só soltando quando era pra passar a marcha. De vez em quando também ele trazia a mão dela até os lábios, e a beijava. Ela sorria, e a troca de olhares entre os dois era intensa e apaixonante.

***
Ao chegarem na Crash Mídia, de mãos dadas, foram direto para o escritório de Érico que os esperava, com ansiedade.

– Ótimas notícias... - começou a falar Érico quando o casal entrou e fechou a porta - Dois clientes nossos fecharam contrato com nossa Empresa. Estamos salvos, pelo menos, até o fim desse mês!

Os dois se entreolharam, com um sorriso radiante. E Giane quase se pendurou no pescoço do namorado, abraçando-o.

– Mas, fala aí, Érico, o que foi que fez esses dois mudarem de idéia? - quis saber Fabinho, ainda abraçado à namorada.

– A Giane. - respondeu natural.

No mesmo instante, Giane se soltou do namorado, e virou pra Érico.

– Como é que é?! - o casal perguntou em uníssono.

– É exatamente isso que vocês ouviram. Esses dois clientes viram o comercial da Giane. Se encantaram por ela, e a querem nas campanhas. Essa foi a principal exigência de ambos. - dirigiu o olhar para Fabinho - É, meu amigo, se continuar assim a sua namorada virará uma das mais famosas it-girls do país. Parece que o comercial dela foi um dos vídeos mais acessados da internet.

Ambos arregalaram os olhos.

– Mas, eu não quero ser it-girl! - protestou Giane.

– Mas, não é você quem escolhe ser... É o público. - rebateu Érico, e chegando perto de Fabinho, estendeu-lhe a mão - E quanto a você, terá mais tempo para resolver aquele pequeno probleminha.

Fabinho olhou pra namorada, buscando apoio. Ela sorriu, e ele pôde enfim apertar a mão do sócio.

Estava salvo... Por enquanto.

***
–-- UM MÊS DEPOIS ---

Durante esse mês que se passou, Bento tentava ganhar a confianga de sua sócia, sendo o mesmo Bento de sempre. Ele já não implicava com Fabinho, e por muitas vezes até dava força pra que Giane continuasse com ele.
Tudo parecia ter voltado ao normal, a não ser pelo fato de que Giane se tornava cada vez mais famosa. E mesmo sem querer, ela era a mais nova queridinha do Brasil. O jeito moleque dela havia conquistado uma legião de fãs.
E o namoro dela com Fabinho?! Estava melhor do que nunca. Eles se amavam e implicavam, um com o outro, o tempo todo, contudo, era isso que mais fortalecia o amor deles.

No dia em que Fabinho e Giane completaram um mês de namoro, Fabinho foi até a casa da namorada pra assistir a um filme.
Chegando lá, qual não foi sua surpresa, quando descobriu que sua namorada havia comprado o DVD do último jogo do corinthias.

Fabinho estava sentado no sofá da sala da casa de Giane, e ela estava deitada com a cabeça no colo dele.

– Nessas horas é que eu penso... Eu devia era tá com uma atriz, uma modelo ou uma socialite. Garanto que elas não me obrigariam a assistir um porcaria de jogo de futebol. Mas, não... Eu tinha que me apaixonar por um maloqueiro! - resmungou, fazendo carinho no cabelo da namorada.

Ouvindo isso, ela se sentou, encostando as costas no sofá - Tá achando ruim, Fraldinha?! Devolve! Garanto que se eu quiser, posso arranjar homem muito mais bonito e rico do que você! - olhou de esguelha pra ele.

Ele riu de lado - Hum... Tá se achando, heim, metida?!

– Só tô me dando o devido valor. - rebateu com um sorrisinho sensual.

Ele riu - Cê tá louca... Eu num te troco por mulher nenhuma. - virou pra ela, os rostos a poucos centímetros de distância. Fez um carinho bem de leve em seu queixo. Os olhos fixos nos dela - Você é a pessoa mais importante da minha vida, a pessoa que eu mais amo.

Ela sorriu com ternura - Hum... Ficou romântico agora, foi?!

– Você num viu nada. - respondeu com um ar de mistério. Giane franziu a testa sem entender. Foi aí que ele enfiou a mão no bolso, retirando de lá um objeto. - Toma. - entregou pra ela, que segurou com as mãos trêmulas.

Ao ver do que se tratava, arregalou os olhos. Era uma pequena caixinha de veludo vermelho - Fabinho, num acha que é um pouco cedo demais?! A gente só faz um mês de namoro hoje.

Fabinho deu uma risada gostosa - Cê tá achando que é uma aliança?! Vê lá se eu tenho cara de quem quer casar com moleque de rua?!

Giane bateu no peito dele - Ah, vai te catar Fraldinha! - pausou, ainda olhando a caixinha - Então, o que é?! Cê sabe que eu não gosto dessas coisas de mulherzinha, né?!

– Sei sim... Abre!

Giane engoliu a seco, e criando coragem, abriu a caixinha. Arregalou os olhos mais uma vez diante de um lindo anel de ouro branco que reluzia do fundo da caixinha.

Olhou pra ele com cara de interrogação.

– É um anel de compromisso. Como eu te conheço e sei que você nunca usaria um no dedo anelar. Esse aí é para o polegar.

Giane franziu a testa, e pegou o anel. Apesar de tudo, ela sorria. Enfiou o anel no dedo, mas foi impedida por Fabinho.

– Espera, pivete! Como eu sou o melosinho da relação... Eu acabei mandando escrever uma frase por dentro dele. Lê primeiro, antes de colocar!

Giane ficou sem palavras, e aproximando o anel dos olhos, com muota dificuldade, conseguiu ler.

Estava escrito: "Só tinha de ser com você!" F&G

Ela sorriu com ternura - É lindo!

Ele sorriu de volta, pegou a mão dela, e colocou o anel, dando um beijo em seguida na mão. - Te amo. E espero que você não me enrole muito porque eu sou um homem de família, pra casar, viu?!

Ela deu uma risada gostosa, e jogou os braços ao redor de seu pescoço, - Tá. Então já que você é um homem de família, acho melhor esperar até a lua de mel. Não quero que as pessoas achem que eu tô me aproveitando de você, né?!

Ele abriu um sorriso - Não. Quanto a isso, não precisa ficar preocupada. Meus pais são pessoas modernas. Você pode se aproveitar de mim o quanto quiser!

– Ah, é?! Então... - levantou, ficando de frente pra ele. Esticou a mão pra que ele segurasse - Que tal se eu retribuísse esse presente?! Do meu jeito... - deu um sorrisinho malicioso.

Ele sorriu, segurou a mão dela e levantou. Ela apoiou as mãos nos ombros dele, e pegando impulso, agarrou o pescoço dele, ao mesmo tempo em que enlaçou a cintura dele com as pernas. Ele a segurou com os braços envoltos em sua cintura. Então, ela capturou seus lábios e o beijou, tirando todo o seu fôlego.

Depois, chegou com os lábios em seu ouvido, e sussurrou - Pra mim também, só tinha de ser com você. E pra sempre vai ser com você. Te amo. Muito.

E voltou a beijá-lo, enquanto ele segurando-a, escanchada, imprensava-a em tudo que era parede até, enfim, entrarem no quarto, aonde ele a jogou na cama, caindo por cima dela.
Lá os dois trataram de se despir o mais rápido que podiam. Queriam selar aquele momento pertencendo um ao outro. E foi isso que aconteceu...

No fim, estavam exaustos. Viraram, em posição de conchinha, e dormiram profundamente.

Em suas bocas o gosto do Paraíso... Em seus corpos suados, as marcas de um futuro que almejavam juntos.

***
No dia seguinte, Giane chegou na Acácia esbanjando felicidade pelos poros.

Desconfiado, Bento foi até ela - Posso saber o motivo de tanta felicidade?!

Giane mostrou a mão, com o anel brilhando no dedo polegar - Eu agora sou uma mulher comprometida.

Bento forçou um sorriso - Que bom, Giane! - puxou para um abraço apertado, e sem que ela pudesse ver a sua expressão mudou para algo malévolo.

O plano teria que ser executado naquela noite! Assim que pudesse, ligaria pra Camilla... Mas, daquela noite não passava! Não passava!


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Notas finais do capítulo

É, infelizmente pra prosseguir com a estória tem de acontecer o plano, mas não se preocupem, o Amor falará mais alto! Beijossssss😘