Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olha, até que num demorei muito né?! Gostei dos comentários, brigada pelo carinho. É sempre muito bom esse feed back! 😍



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STSV - Capítulo 14:

– O que ela tá fazendo aqui? - Fabinho perguntou pra Sílvia, apontando com o polegar, por cima do ombro, pra Camilla.

Camilla deu um sorriso cínico, passou por ele, e sentou em cima da mesa de Sílvia com as pernas cruzadas, numa tentativa de seduzí-lo. Em vão. Fabinho não deu nem uma olhada sequer na direção de suas pernas nuas pela saia curtinha.

– Fabinho, a Camilla tem uma proposta para lhe fazer que talvez o ajude a limpar o seu nome, e consequentemente o da Crash Mídia. - Sílvia introduziu a conversa.

– Conheço muito bem a proposta dela, e achei que tivesse sido bem claro na última vez... - olhou pra Camilla, que observava as unhas, sem se importar com nada.

– Só que ao que me parece, você agora não tem muitas opções. - deu um suspiro - Por isso, resolvi te dar mais uma chance. E aí, topa namorar comigo ou não?

Fabinho franziu a testa, e colocou as mãos na cintura, nitidamente indignado - Garota, cê tá pensando que eu sou o quê? Um bibelôzinho de granfina?

Camilla revirou os olhos, e num salto desceu da mesa, se colocando a frente dele, com os braços cruzados - Não! Tô achando que você é um idiota que tá prestes a jogar no lixo a única chance de ter a vida que cê sempre sonhou.

– Eu quero ter essa vida sim, mas não a esse preço.

No rosto de Sílvia se formou um sorriso discreto. Gostou da atitude dele. E sabia que alguém iria adorar saber disso.

– Fabinho, a coisa é mais séria do que você pensa! - intrometeu-se, Sílvia - O Érico quer te demitir, e só não o fez antes porque eu acabei intercedendo por você. Mas, eu tive de prometer arrumar algum jeito de limpar sua barra.

Fabinho franziu a testa, incrédulo - E eu posso saber por que tá fazendo isso por mim?

Sílvia arregalou os olhos, depois deu de ombros - Ora, porque... Porque você é um excelente publicitário! Sei do seu potencial, e pretendo investir nisso. Por isso, acho melhor você deixar esse orgulho de lado e aceitar essa proposta! Será por pouco tempo, só até que as coisas se abrandem.

Fabinho ficou pensativo, e logo, em sua mente, veio a imagem dos olhos de borboleta de uma certa garota.

– Não. - respondeu seco, deixando Camilla perplexa - Eu nunca vou aceitar essa proposta idiota! Ainda mais agora que... - deu um suspiro apaixonado junto a um meio sorriso - Eu corro o risco de perder a coisa mais importante da minha vida.

Camilla revirou os olhos, indignada - Achei que você fosse um pouquinho mais inteligente, mas já vi que não. - pegou a bolsa, colocando-a no ombro - Olha só, essa já é a segunda chance que eu te dou. - chegou bem perto dele, e apertou os olhos - Talvez você não tenha uma terceira chance, então... Vou te dar um tempinho pra pensar. Não muito. O suficiente para que você pense bem - riu pelo nariz - Ou será que você prefere viver da mesadinha do papaizinho pelo resto da vida?

– Deixe-me ver... - começou a falar, coçando a barba, e fingindo pensar na possibilidade - Sobreviver com a mesada do meu papaizinho, ou... Aguentar essa sua voz irritante e essa sua cara de diva da sargeta por alguns meses?! - Camilla bufou de raiva - Hum... Escolha difícil né?!

Ele chegou bem perto dela, e passou a mão no rosto dela - Camillinha, na boa, por que ao invés de ficar enchendo meu saco, você num vai dar um jeito nesse seu cabelo horroroso? - indagou Fabinho, sorrindo com sarcasmo.

Camilla retirou a mão dele de seu rosto, com fúria, e com o dedo indicador em riste, rosnou - Olha aqui! Eu num vim aqui pra ser insultada! E você ainda vai se arrepender de ter dito isso, eu garanto! Isso não vai ficar assim! - passou por ele, batendo os pés. Abriu e fechou a porta atrás de si com tanta força que balançou alguns quadros pendurados na parede do escritório.

– Tchau, Camillinha, abraço, sucesso - Fabinho, despediu-se, e deu uma risada sarcástica - Nervosinha ela, né?! - comentou com Sílvia.

Sílvia suspirou, e levantou da cadeira - Ok! Você tem todo o direito de não aceitar a proposta, mas e agora? O que a gente faz?

Fabinho mordeu o cantinho do lábio inferior - Não sei. Mas, vou pensar em alguma coisa.

– Pois, pense rápido! Porque eu não sei quanto tempo o Érico pretende nos dar pra resolver esse problema.

Ainda mordendo o lábio, Fabinho olhou para o lado - Vou te falar... Eu devia era ir agora mesmo na Class Mídia tomar satisfação com o Natan, ou acabar com a raça dele, que é o que ele tá merecendo! - bufou.

Sílvia arregalou os olhos - Nem pense nisso! Sujar ainda mais a sua barra é o que menos precisamos a essa altura do campeonato.

– Tá! Mas, vontade não me falta! - retrucou Fabinho, virando as costas. E caminhando em direção à porta. Abriu-a, e fechou-a atrás de si com mais força que Camillinha.

Sílvia franziu a testa quando ouviu o baque da porta. E ao se certificar de que ele realmente tinha ido embora, pegou o celular e discou um número que, naquele momento, parecia a coisa mais sensata a fazer.

***
Quando chegou á sua mesa, Fabinho estava furioso, tanto que, pegou um grampeador e o arremessou contra a parede. A sorte dele é que estava sozinho, pois todos os funcionários haviam saído para fazer um lanche.
Ele arfava de raiva, seu peito subindo e descendo em um ritmo frenético, quando, de repente, sentiu dois braços suaves abraçando seus ombros por trás, as mãos delicadas descendo até seu peito.

– Hum... Sabia que você é o publicitário mais gato da Crash Mídia?!

Aquela voz feminina era música para seus ouvidos. Sorriu deliciado. E virou de frente, enlaçando sua cintura e recebendo em troca um fungado no pescoço, seguido de um beijinho singelo. Naquele momento, foram desfeitas todas as sua dúvidas. Fizera muito bem de não ter aceitado a proposta de Camilla.

– Tô sabendo. Inclusive isso aqui vai bombar quando a galera da zona sul ficar sabendo que tô trabalhando aqui. Vai ter mulher brotando do chão... PÁ! - fez um gesto, demonstrando como as mulheres saiam do chão, e arrancou um risinho divertido de sua namorada.

– Hum... Como você é metido! - exclamou de forma sexy, beslicando a cintura dele e beijando seu pescoço.

Ele sorriu, segurou sua nuca, puxando sua cabeça para si a fim de encontrar seus lábios - Por isso cê gosta! - exclamou rouco lhe tascando alguns beijos estalados.

Ela sorriu para ele, os olhos brilhando, contudo percebeu um olhar perdido por parte dele, e um sorrisinho meio forçado. Ficou preocupada. Segurou seu rosto entre as mãos, e o fitou firme nos olhos, entretanto, ele desviou o olhar - Cara é essa, Fabinho?

Ele voltou a encará-la - Nada. Quer dizer... Só tô um pouco cansado. O Érico me encheu de serviço, e eu... - suspirou fingindo cansaço - Não sei se dou conta.

– Por que será que eu num acredito em você...? - pausou - Anda, Fabinho, me diz, o quê que houve?

Fabinho deu um sorrisinho de lado. Adorava vê-la preocupada com ele. Sentou na pontinha da mesa, e segurando a cintura dela, puxou-a para si. Segurou o rosto dela, e percorreu com o olhar todo o lindo rostinho dela. Naquele momento, concluiu que jamais conseguiria viver sem sua maloqueira... O sentimento aumentava a cada dia. E era recíproco.

– Houve. - respondeu rouco - Houve que tô precisando de carinho - abraçou a cintura de Giane, e deitou sua cabeça de lado nos seios dela, sem maldade, apertando-a ainda mais.

Giane colocou as mãos em seus cabelos e fez um cafuné bem gostoso. - Cê tá manhosinho, heim, Fabinho! Num tô te reconhecendo...

– Hum... - gemeu - Eu sou mesmo... Comprou, agora aguenta!

Ela deu uma risadinha gostosa - Sabe, que eu tô pensando seriamente em devolver... Num sei, mas, acho que acabei caindo em propaganda enganosa.

Ele riu, e levantou a cabeça para encará-la - Ah é, engraçadinha?! Toma cuidado porque tem quem queira, viu?!

– A Camilinha, por exemplo?! - ela perguntou, levando-o a arregalar os olhos. - Eu vi quando ela tava saindo daqui. O que ela queria?!

– Encher meu saco! O que mais você acha que aquela garota quer?!

– Sim, mas, ela continua com aquela idéia cretina de fingir um namoro com você?!

Fabinho ficou pensativo. Teve medo de dizer a verdade. Sabia que ela se zangaria. Mas, mentir também não parecia uma boa opção.

Suspirou - Giane, vamos deixar essa patricinha pra lá! Ela não significa nada pra mim! - segurou seu rosto, acarinhando-o com o polegar - Você sim, significa muito pra mim. Muito mesmo. - trouxe seu rosto para perto e pressionou seus lábios contra os dela, em um beijo suave. Giane entreabriu os lábios, e o que era para ser apenas um beijinho carinhoso, foi se tornando voraz a medida que seus lábios se movimentavam e suas línguas encontravam espaço em suas bocas. Sedento, Fabinho apertava ainda mais a sua cintura, enquanto Giane, segurando seu rosto entre as mãos, se envergava em direção oposta, como se quisesse a todo momento sair do beijo, sem na verdade querer.

Alguns minutinhos depois, quando o beijo cessou, os dois se encontravam ofegantes.

– Hum... - gemeu - Eu já te disse que adoro te beijar?! - indagou Fabinho, seus narizes se tocando.

– Ainda não - disse dengosa.

– Ainda não...? - perguntou dengoso - Pois, pra você saber, eu acho seu beijo uma delícia.

Os lábios de Giane se curvaram em um sorriso, então ela deu um suspiro apaixonado, e lhe tascou um beijinho de leve na ponta de seu nariz.

E o beijo ia recomeçar se não fosse o fato de terem ouvido um ruído de pigarro. Imediatamente, se afastaram, e olharam para Jonas, que estava parado, quase que em choque por tê-los pego em flagra.

– Boy, cês tavam se beijando?! - perguntou para ambos, e depois se dirigiu apenas a garota - Giane, espero, sinceramente, que cê saiba o que tá fazendo...

Giane fez uma careta - Ah, não... Até você Jonas...?

– Vem cá, qual foi a dessa pergunta?! - Fabinho quis saber, indignado - A gente tava se beijando sim. Tem alguma coisa contra?! - fuzilou Jonas com o olhar.

– Não. Nada. Mas, é que... Cara, isso é muito esquisito! Você e a Giane, é quase surreal. Até pouco tempo vocês num se suportavam!

Giane sorriu sem graça - É... Mas, agora a coisa mudou, e... A gente tá se curtindo.

– Huum... Tá bom! Se você diz... - respondeu, mesmo incrédulo com aquele romance repentino - Mas, agora, olha só... É melhor você trocar de roupa porque o Caio já deve tá chegando por aí pra iniciar a sessão de fotos.

– Peraí! - exclamou Fabinho - Caio?!

– É. Caio. Cê num tava sabendo?! - perguntou Giane de forma natural - Num é porque a gente num tá junto que precisa virar inimigo, né?!

– Por que não?! Virar inimigo é uma excelente opção nesse caso.

Giane sorriu com a testa franzida - Não. Eu não ouvi isso. - encarou - o - Fabinho, para de ciúme bobo! O Caio é meu amigo, e agora meu fotógrafo. Só isso!

– Espero mesmo que ele tenha consciência disso porque... Se eu ver ele de gracinha pro seu lado, eu quebro a cara dele!

Giane franziu a testa e colocando as mãos na cintura, disse firme: - Cê num vai fazer nada! Até porque... Eu não quero que ele saiba ainda que a gente tá namorando. Seria uma puta sacanagem com ele. A gente acabou o namoro ontem, cara!

– QUÊ?! Quer dizer que, além de tudo, eu vou ter que pagar de amiguinho seu?! Ah não, Giane, pelo amor de Deus!

Giane chegou bem perto dele, seus lábios quase se roçando - Ou você faz isso, ou nada de beijinho por hoje!

– Isso é chantagem!

– É. Então, parece que você entendeu. - respondeu sem pestanejar, e lhe deu um selinho nos lábios. - Vou me arrumar. - virou para o outro rapaz - Hey, Jonas, me avisa quando o Caio chegar... - Jonas fez um sinal de ok com o polegar - Valeu! - disse, e saiu em direção ao camarim para se arrumar.

– Eu mereço, viu?! Isso é o que dá querer namorar moleque de rua! - resmungou Fabinho, e Jonas teve que segurar o riso pra não levar uma bronca.

***
Mais tarde, Caio chegou na Crash Mídia. Foi recebido com todo carinho por todos, menos por Fabinho, que não escondia o fato de não ter gostado nenhum pouco dele ter ido trabalhar lá. Com Giane.

– Acho bom você se esforçar mais em disfarçar seu ciúme. Num tá convencendo ninguêm! - sussurrou Jonas para Fabinho, que virou o rosto de lado, em direção a ele, e o fulminou com o olhar - Tá. Relaxa aí, cara! Não tá mais aqui quem falou!

Todos estavam a postos no estúdio. Caio montava sua câmera, enquanto Sílvia dava seus últimos toques de como queria as fotos. Ele e Fabinho não tinham nem se cumprimentado. O único olhar que trocaram foi de fuzilamento, um para o outro.
A Crash Mídia estava numa movimentação só. Todos se empenhando para que a campanha fosse um completo sucesso.

Fabinho estava mostrando uns papéis com slogans para Jonas quando todos os olhares se voltaram para um canto do estúdio. Era Giane, que estava deslumbrante, em um vestidinho branco com brilho, e um batom vermelho chamativo em seus lábios.
No momento em que Jonas viu Giane, tratou logo de cutucar Fabinho que o olhou, com a testa franzida. Então ele apontou em direção a Giane. Ele olhou, fascinado, para namorada. E um sorriso apaixonado foi se formando em seus lábios, lentamente, enquanto seus olhos brilhavam como cristais.

– Minha garota - murmurou rouco e bem baixinho, sem tirar os olhos da namorada, nem por um segundo.

Timidamente, Giane se colocou em frente à câmera, segurando uma pasta dental, e ouvindo atentamente cada instrução de Caio e Sílvia, que estava sentada em uma cadeira observando cada flash.

A sessão de fotos começou. E em cada clique, Caio falava alguma coisa para incentivá-la.

– Tá linda, Giane! Assim! Isso mesmo. Agora vira de lado. Isso. Tá perfeita! Agora não se mexe.

Giane mudava de pose, colocava o produto perto de seu rosto, sorrindo, fazendo biquinho, em todas as posições que sabia. E Caio capturava com maestria cada imagem.

Alguns minutinhos depois, Sílvia se levantou - Caio, acho que com a pasta já deu. Vamos passar agora para as escovas!

Enquanto isso, Fabinho continuava com os olhos vidrados em sua namorada, admirando, desejando, e amando-a.

Giane foi até onde Caio estava para ver algumas das fotos tiradas a fim de aprová-las - Ai, essa ficou legal! - dizia Giane apontando para o visor da câmera - Essa não. Pode apagar! Essa! Essa ficou muito legal!

A sessão recomeçou, mas agora Giane segurava escovas.

– Linda! Agora, olha aqui pra minha mão. - disse Caio, mostrando a palma de sua mão - Isso, linda! Mais uma. Só mais uma e... Agora, o grand finale! Giane, eu quero que você pense em algo que você ame muito, que te faz feliz... Imagine isso e sorria, pois essa foto vai ser a que vai estampar os outdoors, então tem que caprichar com um sorrisão daqueles, heim?! Vamos lá!

No início não vinha nada na mente de Giane, entretanto, olhando para o lado, seu olhar acabou cruzando com o de Fabinho, e um sorriso se formou em seu rosto, apaixonado e estonteante.

Até seus olhos sorriam.

– Isso! - gritou Caio - É isso mesmo! Caramba, Giane, você pegou mesmo a alma do que eu disse! Não se mexe e continua com esse sorriso!

A troca de olhares foi intensa. Era quase como se dissessem um "Eu te amo", sem que fosse necessário usar os lábios. O sorriso de Fabinho para Giane era quase que delirante.

– E... Fim! - gritou Caio, tirando a última fotografia, e arrancando Giane e Fabinho do transe em que se encontravam.

Sílvia se aproximou de Giane - Ótimo! Já temos bastante material para campanha. Vai ficar demais! - segurou o queixo de Giane - E você é a cara do produto, sua linda!

– Linda e brilhante. Uma verdadeira Diva! - completou Caio.

Giane sorriu para os dois - Ah, parem de falar senão eu vou acabar acreditando, viu?! - todos riram - Agora, eu vou lá me trocar. Rapidinho eu volto! - e saiu correndo para o camarim.

– Continuem aí... Já volto! - disse Fabinho, indo em direção ao camarim.

Chegando lá, girou a maçaneta bem devagar, e entrou de firma sorrateira, sem que Giane o visse, já que estava de costas para porta.

– Ai, que bom que cê veio, Sílvia, acho que a porcaria do zíper emperrou! Me ajuda aqui! - pediu Giane sem olhar pra trás, e com as mão atrás, tentando descer o zíper com bastante dificuldade.

Fabinho se aproximou ainda sem dizer nada, e se pôs a descer lentamente o zíper, deixando à mostra a pele nua das costas de Giane, e a renda fina e sexy de seu sutiã.

Fabinho não resistiu e roçou sua mão na pele delicada de Giane, que sentiu um arrepio gostoso lhe percorrer a espinha. E ela sabia que só havia uma pessoa no mundo que fazia seu corpo ter aquele tipo de reação... Fabinho.

– Muito linda! - murmurou Fabinho rente ao ouvido de Giane, seus lábios roçando sua orelha. E finalizou mordiscando o lóbulo da orelha dela.

Ela fechou os olhos, quando ele passou as mãos dele que foram da cintura dela até seu ventre. Seu peito tocando suas costas. Com desejo, Giane arqueou a cabeça, deixando a mostra seu pescoço, em um convite implícito para os lábios de Fabinho o percorrerem. Não demorou muito, e Fabinho beijou, mordiscou e lambeu o pescoço de Giane, deixando-a em brazas.

Depois disso, ele girou-a de encontro a ele, e capturou seus lábios, com voracidade, com ânsia. E o beijo foi sôfrego. Cheio de gemidos e tomadas de ar.

Enquanto Fabinho massageava com vigor as costas de Giane, ela egutava os cabelos de sua nuca, puxando-os, de tempo em tempo.

Como Fabinho nunca se satisfazia com pouca coisa, ele a empurrou de encontro a penteadeira, pressionando para em seguida descer uma das alças do vestido dela, percorrendo com a barba ralinha o caminho que ia do ombro até o pescoço, e se apossando mais uma vez dos lábios doces de Giane.

– Giane, meu bem, tá precisando de ajuda?! - perguntou Sílvia, batendo na porta.

Desolado, Fabinho escondeu o rosto no pescoço de Giane abafando o riso incessante. - Mas, será possível que ninguém deixa a gente namorar em paz!

– Ssshhhh! Calaboca Fraldinha! Ela vai acabar te escutando - sussurrou Giane, segurando o riso. - Valeu, Sílvia! Já consegui tirar!

– Ok. Minha querida, você por acaso viu o Fabinho?! Ele sumiu!

Giane teve que colocar a mão na boca pra não explodir em uma risada - O Fabinho... Não... Num vi não. Já procuraram no escritório do Érico?!

– Ainda não. Boa idéia! Vou lá! Vê se não demora que você ainda precisa escolher as fotos, tá?!

– Ok. Pode deixar! - gritou Giane, e Sílvia foi embora.

– Já vi que vou ser expulso.

Giane balançou a cabeça pra cima e pra baixo, sorrindo de maneira sexy.

Fabinho fez bico. E depois de segurar o rosto dela entre as mãos, deu um selinho e saiu, frustrado.

– Nove e meia! - exclamou quando segurou na maçaneta da porta.

Giane franziu a testa - Nove e meia? Nove e meia o quê?!

– É o horário que eu chego na tua casa pra te pegar pra gente ir no show da Jesuton. - e sem esperar resposta, abriu e fechou a porta atrás de si.

Giane sorriu balançando a cabeça de um lado para outro. Fabinho não existia. A cada dia se surpreendia mais com ele. Era um homem admirável e cativante.

***
Já era noite quando Giane abriu a porta de casa. Ao entrar percebeu que as luzes dos abajures principaos da sala estavam acesos.

– Pai?! É o senhor?! Já chegou?! - perguntou Giane caminhando pela sala, até se deparar com uma pessoa em meio a luz fraca. Ela arregalou os olhos.

– Bento?! O que cê tá fazendo aqui? Cadê o meu pai?! - quis saber Giane, recebendo em troca um sorriso de seu amigo, que, na sua concepção, já não parecia tão amigável assim.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que Bento foi fazer na casa de Giane? E Fabinho será que vai pensar melhor?
Esse show no Cantaí promete!
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