Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Ow meninas vcs num fazem idéia do quanto meus olhos brilham feliz com seus coments... Cada um mais cute que o outro. Isso me faz querer continuar e caprichar... Brigada pelo carinho de todas e desculpa a demora, mas eu juro que não depende de mim, é tudo culpa da vida real! Kkkkkkk



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STSV - Capítulo 12:

Quando Giane saiu da Crash Mídia, foi direto para Acácia, que tinha deixado aos cuidados de Wesley. Ao chegar lá, encontrou a loja lotada de clientes, e o coitado do Wesley se desdobrando para atendê-los. Imediatamente, Giane vestiu seu avental e foi ajudá-lo. Bento também deveria estar ali, afinal, a loja era tão responsabilidade dele, quanto dela. Conversaria com ele hoje mesmo. Decidiu que se ele continuasse assim, irresponsável, deixaria a sociedade. Quem sabe assim aprendesse a lição. O que ela duvidava firmemente, e se culpava por isso, afinal, quem colocara ele no mau costume fora ela quando ainda era apaixonada por ele. "Era", pensou consigo, como era bom, finalmente, conjugar esse verbo no passado.

A clientela estava alvoroçada, todos queriam falar e ser atendidos ao mesmo tempo. Giane teve que dar um grito daqueles que só ela sabia fazer. Assustou a todos. Não tinha problema, pois agora parecia que todos haviam entendido. E se organizando em filas, um de cada vez, com educação, foi ditando seu pedido. Giane e Wesley, se encarregaram, cada um, de um tipo de pedido que variava entre arranjos para casamentos, para festas e alguns simples buquês. Inclusive, no meio daqueles, lembrou do buquê do Lucindo. Este seria um dos primeiros. Não queria que ele chegasse e não encontrasse seu "troço"(palavras dele), era capaz de fazer um escarcéu, e isso era tudo que ela menos precisava naquele momento, um "pouco" agoniado.

Uma hora e meia depois, a loja se encontrava vazia, e seus funcionários exaustos, mas com uma grande sensação de dever cumprido. Então, Wesley pôde, enfim, voltar para o que mais gostava de fazer: adubar e regar as flores da estufa. Enquanto, Giane tratou de podar algumas plantas que estavam na vitrine.

Ajoelhada em frente a um dos jarros, Giane começou a cortar alguns galhos secos, contudo, parou com a tesoura no ar, quando pensamentos invadiram sua mente. Fechou os olhos, e recordou dos beijos trocados com Fabinho naquela tarde, da troca de olhares na Crash Mídia, do bilhete com "promessas de paraíso", e do beijo roubado na escada. Deu um suspiro profundo, e seus lábios se curvaram em um sorriso, apaixonado.

Foi quando, de repente, duas mãos taparam seus olhos. Ficou extasiada achando que era fabinho tentando lhe fazer uma surpresinha de final de expediente.

– Fabinho, pára! Que eu tô trabalhando. - exclamou, sorrindo. E retirando as mãos dele de seus olhos, virou o rosto pra trás.

Seu sorriso morreu, e ela arregalou os olhos... Não era Fabinho.

– Fabinho? Por quê que cê achou que fosse ele? Ele costuma vir aqui? - perguntou Caio para Giane, que se levantou, ficando de frente pra ele.

Giane passou a mão na cabeça, nervosa - Hã?! Tá maluco?! Da onde cê tirou isso?

– Ué... Por quê que cê achou que era ele? Chegando assim, cheio de carinho, de intimidade, como eu cheguei. - explicou Caio, com uma expressão triste no olhar.

Giane franziu a testa, ficou sem saber o que dizer - Ah, sei lá por que! - falou, exaltada - Esquece isso, Caio! - segurou seu ombro, e o encarou com solidariedade - Agora, me diz... Como é que cê tá, cara?!

Caio deu um suspiro profundo. Estava nitidamente triste, e isso cortou o coração de Giane - Tô bem. Na medida do possível. Cê sabe, Giane, que eu nunca me dei bem com o meu pai, mas, apesar de tudo, é muito ruim saber que ele num tá mais aqui, sabia?

Giane apertou o ombro dele, com carinho - Imagino... E... Cê sabe que pode contar comigo, né?!

Ele deu um sorriso fraco - Sei. E confesso que tô precisando desse carinho, dessa força... De você.

Giane engoliu a seco, e forçou um sorriso. Ao mesmo tempo pensou no quanto estava enganando o garoto, e se sentiu péssima, um lixo. Por isso, naquele instante tomou uma decisão, talvez a mais correta, apesar de dolorosa.

– Caio, eu preciso muito te dizer uma coisa... - Giane começou a falar, mas foi interrompida por ele, que abraçou sua cintura, trazendo-a para si.

– Você pode me dizer o que quiser, mas antes... - segurou o rosto dela, e aproximou os lábios dos dela, que franziu a testa, e sem pestanejar, virou o rosto. Então, o beijo aconteceu na face de Giane.

Caio arregalou os olhos, e a soltou quase que imediatamente, indignado.

– Desculpa, eu não queria... - segurou o ombro dele, e o encarou, mas, ele ficou cabisbaixo - Caio, eu juro que... - ela ficou sem palavras.

Ele levantou a cabeça, tinha o olhar triste - Giane, me responde uma coisa, com sinceridade... Cê é apaixonada por mim?!

Giane engoliu a seco, e o encarou de maneira profunda - Caio, olha só, eu gosto muito de você. - segurou o rosto dele, sustentando o seu olhar - Eu adoro você...

Caio desviou o olhar, e retirou a mão de Giane do seu rosto - Te agradeço, mas infelizmente pra mim é pouco. Eu queria que você fosse louca por mim, como eu sou por você, Giane.

– Caio, eu nunca te enganei, né?! Eu num prometi que...

– É, mas eu achei que com a convivência, cê ia acabar gostando de mim também... - pausou, fitando o rosto de Giane - Num rolou, né?!

Os olhos de Giane ficaram marejados - Caio, eu gosto tanto de você. Cara, olha só, você mudou a minha vida. Você é muito importante pra mim!

– Só que eu preciso de alguém que me ame de verdade, Giane. Num posso ficar num relacionamento tão desigual. Num é justo nem comigo, nem com você.

Giane levou a mão até a dele, tocando de leve - Cê num vai deixar de ser meu amigo, né?!

Caio deu um sorriso fraco, e sussurrou - Nunca.

Giane sorriu triste, e se aproximando dele, segurou seu rosto e lhe deu um beijo demorado e sofrido em sua face.

Caio se levantou, e olhou uma última vez para Giane - A gente se vê!

Giane assentiu com a cabeça, e observou quando ele saiu da Acácia, estava arrazado, assim como ela também. Teve medo de que o "amigo" fosse junto com o "namorado".

Contudo apesar de tudo, sentiu-se aliviada, pois agora estaria livre para descobrir o que de verdade sentia por Fabinho. Será que finalmente estaria experimentando o verdadeiro Amor? Essa pergunta ficou martelando sua cabeça pelo resto da tarde. Mas, uma coisa, ela sabia... Não via a hora da lua aparecer no céu.

***
Todos os funcionários da Crash Mídia foram lanchar, com excessão de Fabinho, que estava totalmente concentrado na campanha.

– E aí, como estamos de campanha? - perguntou Sílvia quando se aproximou de Fabinho, que estava de olho na tela do computador.

Fabinho levantou o olhar - Muito bem! Eu tava aqui olhando o email do nosso cliente. E pelo que eu li aqui - apontou para tela do computador - Atração instantânea, sorriso branco, branqueamento instantâneo, e sorriso atraente são alguns dos conceitos que ele quer passar com essa campanha.

– Hum, interessante... Então, eu acho que teremos de contratar um outra modelo porque, pela minha vasta experiência, a Giane não parece preencher esses requisitos - Sílvia jogou verde.

E colheu maduro.

Fabinho franziu a testa - Como é que é?! A Giane é perfeita pra essa campanha! - abriu um sorriso, apaixonado - Eu já estou até vendo a giane estampando a campanha com aquele sorrisão lindo que ela tem.

Sílvia riu, e só aí Fabinho se tocou que havia caído em uma armadilha.

Fabinho esboçou um sorrisinho tímido - Como você desconfiou?

Sílvia arqueou uma sobrancelha - Eu estava logo atrás, quando vocês entraram no escritório do Érico -

Fabinho abriu ainda mais o sorriso - É. A maloque... quer dizer, a Giane e eu, nós estamos...

– Apaixonados?! - Sílvia completou - Eu sei. Deu pra perceber.

Fabinho ia responder que eles estavam se conhecendo melhor, mas ao escutar aquilo, ficou pensativo. - Apaixonados, é?! - a imagem de Giane lhe veio a mente - É. Pode ser... - sorriu, apaixonado.

Nesse momento, Sílvia teve um estalo de memória - Claro! Como eu não pensei nisso antes. Agora eu entendi porque a Giane exigiu que você fosse...

– Sílvia, o Érico tá te chamando no escritório. - avisou Júlia, que havia chegado do lanche, e foi direto para o escritório do chefe.

Os outros funcionários também começaram a chegar, um de cada vez. E todos voltaram aos seus respectivos afazeres.

– Ok, Júlia! Fala pra ele que eu já vou, só tenho que terminar uma conversa com...

– Olha só, Sílvia... - Júlia a interrompeu - Se eu fosse você, eu ia correndo porque, pelo que eu vi, o nosso chefinho está furioso.

Sílvia franziu a testa - Que estranho! O que terá havido pra ele estar assim. - levantou - É melhor eu ir lá antes que ele tenha um ataque - olhou para Fabinho - Depois a gente termina essa conversa. - Fabinho concordou e ela rumou para o escritório de Érico.

– Vem cá, cês tão sabendo do mega show que vai ter aí no Cantaí?! - perguntou Júlia atraindo a atenção de todos, inclusive a de Fabinho, que fingiu não prestar atenção, quando na verdade, era o mais interessado.

– O da Jesuton?! - perguntou Jonas - Tô a fim de ir não. Show assim só indo muito bem acompanhado pra poder curtir.

– Isso é um convite, amado?! - Tina perguntou, jogando todo seu charme.

Jonas arregalou os olhos. E todos começaram a rir, e a conversar sobre o show. Quem ia, quem não ia, que horas se encontariam e blá, blá, blá, blá... E era exatamente isso que Fabinho começou a escutar: um monte de blá, blá, blá. Pois, naquele momento, disfarçadamente, se concentrou em mandar uma mensagem de texto para uma certa garota, que dizia:

" Vem cá, cê quer ir no show da Jesuton comigo?"

Um minuto depois, chegou a resposta:

" Pode ser ;)"

Ele deu um suspiro profundo, e sorriu quando a imagem de Giane se formou em seu pensamento. Sílvia tinha razão... Estava apaixonado pela maloqueira da casa Verde.

***
– Será que dá pra você ficar calmo, e tentar me explicar o que realmente aconteceu! - pediu Sílvia para Érico, que praguejava, andando de um lado para outro da sala.

Érico parou e bufou - Ah, você ainda não entendeu?! É simples! Sílvia, nós acabamos de perder seis, seis clientes de algumas das mais importantes empresas do Brasil. E sabe por quê? Porque simplesmente o crápula do Natan resolveu espalhar pra todo mundo que nós temos como um de nossos funcionários, um bandidinho, marginal que atende pelo nome de Fabinho.

Sílvia levantou da cadeira de supetão - Mas, isso é um absurdo! O Natan realmente passou de todos os limites! - suspirou tentando se acalmar - O que você pretende fazer?

– A coisa mais óbvia que se deve fazer agora... Demitir o Fabinho.

Sílvia arregalou os olhos, depois franziu a testa indignada - Não! Você não vai fazer isso. Não vai cair no joguinho daquele cretino. O Fabinho fica! Porque se você demití-lo, eu saio junto!

Érico se assustou com aquelas palavras - Como é que é?! Peraí, Sílvia, eu perdi alguma coisa?! Em que parte do enredo você virou a defensora do Fabinho? Ou será que... Sílvia, o Fabinho é muito novo pra você.

Sílvia ficou estupefata com o que ouviu, mas manteve a pose - Olha aqui, Érico, eu vou fazer de conta que não ouvi isso. - Érico corou, pedindo desculpas com o olhar - Eu só acho que o Fabinho é um talento nato que não deve ser desperdiçado. E você me conhece perfeitamente para saber que eu tenho um sexto sentido pra essas coisas. Portanto, o Fabinho fica! Porque senão você não estará perdendo um funcionário, mas uma sócia também!

Érico não sabia mais o que dizer. Sílvia parecia estar bem consciente e certa do que dizia - Está bem! O Fabinho fica! Mas, você vai ter que dá um jeito de reverter essa estória o mais rápido possível. Estamos de acordo?

Sílvia sorriu com triunfo - Estamos sim. Você ainda vai ver que isso é o correto a fazer.

Érico, ainda incrédulo, disse: - Assim espero! - despediu-se de Sílvia, dizendo que tinha de ir na casa de Renata e saiu, apressadamente, fechando a porta atrás de si.

Sílvia ainda permaneceu alguns minutos no escritório, pois depois de ter mandado uma mensagem de texto de seu celular, aguardava uma ligação muito importante, que veio após dois minutos de espera.

– Oi! - Sílvia atendeu ao celular - Pois é, eu tive que dizer isso para garantir que o Érico não o demitisse. - pausou - É. Foi por pouco. - pausou - Não! Não se preocupe. Eu prometi que iria fazer de tudo para mantê-lo aqui, e é exatamente isso que farei. - pausou - Não, magina... Você já fez muito por mim. É o mínimo que posso fazer por você em agradecimento. Além disso, eu não menti quando disse que o Fabinho é um talento nato. Precisamos mesmo dele na Crash Mídia. - pausou - Sim. Com certeza. Pode deixar que sempre darei informações precisas sobre ele. Sei que é muito importante pra você - Pauso - De nada! Outro pra você. Tchau! - e desligou o celular, saindo com ar de mistério do escritório.

***
À noite, Giane estava vestindo um blusa regata, em frente à janela de seu quarto, e olhando pra lua, sorrindo feito boba, quando ouviu baterem na porta.

– Filha, posso entrar?! - Seu Silvério perguntou do outro lado da porta.

– Claro, pai. Entra aê!

Seu Silvério entrou, e Giane sentou na cama para calçar os tênis, enquanto o escutava.

Ele enfiou as mãos nos bolsos - Filha, você tá indo lá na casa do Bento?!

Giane franziu a testa, e voltou o olhar para o pai - Não. Por quê? Aconteceu alguma coisa?

– Não sei. Ele ligou agora, e pediu pra você dar um pulinho lá, antes de sair. Disse que precisava falar com você. E disse que é importante.

– Eu heim?! O que será que o Bento tem de tão importante pra me falar a essa hora da noite. Será que num dava pra ele esperar até amanhã? Se bem que... Se ele num quer esperar é porque deve ser algo urgente, né?! - Seu pai deu de ombros - É. É melhor eu ir lá. Vai que é a doida da Amora que aprontou alguma... - Levantou, e foi até o armário para borrifar um perfume em seu pescoço e pulsos.

Foi até o pai, e lhe deu um beijo estalado no rosto - Tô indo lá no Bento, e depois eu vou... Bom, não me espera, tá?! Talvez eu demore. Boa noite, pai!

Despediu-se, e saiu quase correndo, porta a fora.

***
– Quer dizer que a patricinha te deu um pé na bunda?! - indagou Giane para Bento, com uma pontinha de sarcasmo.

Eles estavam sentados em banquinhos, cada um de um lado do balcão. Ambos tomando café.

– Isso é jeito de falar, Giane?! - ela riu, tomando um gole de seu café - Além disso, será que você não vê que eu tô acabado?!

Os lábios de Giane se crisparam - Isso se chama dor de co-to-ve-lo. Vai passar, assim que você arrumar uma outra patricinha metida a besta que te aguente mesmo você sendo uma topeira. - terminou de tomar o café, arrodeou o balcão, ficando de frente para Bento, a uma distância segura.

– Topeira?! - indagou, indignado - Mas, cê sabe que você tem razão. Porque só mesmo sendo uma topeira pra não perceber a mulher incrível que você é.

Ela sorriu - Bento, eu era muito apaixonada por você, cara. Quer dizer, eu achava que era... Mas, agora eu já nem sei. Tenho sentido coisas ultimamente que... Me fazem duvidar desse sentimento louco que eu nutri por você durante todo esse tempo. Chego a pensar que nunca foi amor.

– Como você pode ter tanta certeza?! Você, por acaso, descobriu o amor com o Caio?!

Giane franziu a testa - Não. Mas, eu penso que esse sentimento é mais intenso do que eu posso imaginar. E que eu tenho o direito de sentir com outra pessoa que não você.

Ele levantou, ficando mais próximo dela - Isso quer dizer que eu te perdi pra sempre?!

– Sim. Mas, não completamente. Você vai ter sempre a minha amizade. Sempre. - sorriu com ternura.

Ele segurou o rosto dela - E se eu te disser que, agora, pra mim, isso não basta.

Ela segurou o rosto dele entre as mãos, chegando seu rosto bem próximo ao dele, seus narizes quase se tocando. Então, surgiu dentro de Bento, um lampejo de esperança, entretanto...

– Eu digo: Perdeu it-boy! - ela disse, deu uma risada, e saiu, deixando Bento a ver navios.

O problema é que isso acendeu dentro de Bento, uma vontade louca de tê-la para ele. Afinal, infelizmente, a gente só valoriza, de verdade, quando perde.

***
A lua já havia aparecido no céu, quando Giane chegou no campinho. O lugar estava deserto, e nem sinal de Fabinho. Pelo menos, era o que ela achava... Caminhou pelo campinho, olhando de um lado para outro, a procura do seu amor. Entristeceu ao imaginar que talvez ele tivesse desistido de encontrá-la, ou tivesse ido, mas com sua demora, acabou indo embora.
Deu um suspiro, e levantou a cabeça a fim de ver a lua, que naquela noite, em especial, estava surpreendetemente linda.

De onde estava, Fabinho observava Giane através das frestas do portão. Fascinado. Nunca em sua vida imaginara que Giane fosse tão linda. E iluminada pela luz do luar era quase uma visão. Um sorriso involuntário se formou em seu rosto, quando viu Giane olhar para o céu.
Devagar, caminhou em direção a ela, e quando chegou bem próximo, segurou seus braços, lhe acarinhando com os polegares.
O toque suave fez a pele de Giane formigar. Fabinho sorriu quando percebeu o que um simples toque podia provocar nela. Por isso, lentamente baixou sua cabeça, e começou a roçar sua barba ralinha no ombro dela, subindo até o pescoço, e finalizando com um beijo singelo. A partir daí, Giane começou a sentir borboletas sobrevoando seu estômago, ao mesmo tempo em que suas pernas ficaram bambas.
Depois disso, Fabinho enlaçou sua cintura, e a trouxe para si, colando seu tórax às costas dela. Era incrível como seus corpos conseguiam se encaixar tão perfeitamente. Giane, então, deitou sua cabeça no ombro dele, e ambos olharam para cima, para lua.

– Cara, eu acho que eu nunca parei pra olhar pro céu, sabia?! - Comentou Fabinho para Giane.

Giane riu - Ui ui ui como estamos sensíveis.

Ele também riu, mas em seguida baixou a cabeça, e com os lábios roçando sua orelha, sussurrou: - E apaixonados.

Giane sorriu com ternura diante daquela constatação. Então, sentiu quando ele, ainda sem soltar sua cintura, girou-a para si. E seus olhares se encontraram, faiscando de desejo, admiração, cumplicidade... Amor.

– Eu terminei com o Caio, hoje. - sussurrou Giane.

Fabinho sorriu de lado - Então, isso quer dizer que...

– Que... A gente pode ficar junto. - ela completou.

Ele ficou tão contente que a apertou em seus braços, ergueu-a, e deu um rodopio com ela em seus braços.
Quando ele a pôs no chão, ambos sorriam como crianças.

– Eu nunca pensei que pudesse ser tão feliz! - exclamou ele, ao mesmo tempo em que segurou o rosto dela entre as mãos, e a encarou de maneira profunda - Eu achei que quando eu botasse a mão na grana do meu pai, eu não iria querer mais nada nessa vida. Mas, eu tava enganado, Giane... - olhou bem nos olhos dela, com desejo - Eu quero você... - baixou o olhar, mirando os seus lábios - Muito.

Ela sorriu de forma sensual, e com os olhos fixos na boca de Fabinho, murmurou: - Eu também.

Dito isso, Giane quis demonstrar a veracidade daquelas palavras, então, ousadamente, e ainda sustentando o olhar dele, ela segurou sua mão, e o puxou em direção ao portão.

Chegando lá dentro, ela o empurrou contra uma das grades, e colando seu corpo ao dele, segurou seu rosto entre as mãos. Levou seus lábios até os dele, que os entreabriu a espera do beijo, e sua respiração entrecortada se fazia ouvir em meio ao silêncio que se seguiu.

– Eu quero ser sua... - sussurrou Giane, voltando a aproximar seus lábios dos dele, em provocação, sem beijá-lo. Apenas, as pontas de seus narizes se tocavam. - É sério... - seu olhar, intercalando-se entre os olhos e os lábios dele - Eu quero ser sua... - repetiu, como se quisesse que ele acreditasse plenamente naquelas palavras - Eu juro.

Dizendo isso, ela agarrou com um braço, a nuca dele, e o beijou como uma mulher que sabia muito bem o que estava fazendo. Os lábios entreabertos pressionaram violentamente os dele. Giane tinha um sabor doce, inebriante. Sua língua tocava, serpenteava, acarinhava e provocava a língua dele com habilidade.

Uma das mãos de Fabinho, que segurava a cintura dela, subiu percorrendo as costas dela, massageando com vigor, até chegar à sua nuca, onde adentrou os dedos em meio aos seus cabelos. Enquanto a outra segurava firmemente o rosto de Giane, em um cuidado louco de não permitir que sua boca se separasse da dela. Não a deixaria fugir. Necessitava dela, como do próprio ar.

Foi aí que um lampejo de juízo ganhou a mente de Giane, fazendo com que ela o empurrasse, e descolasse seus lábios dos dele, em um estalo - Desculpa, eu não... - murmurou, seus lábios entumescidos pela violência do beijo.

Entretanto, Fabinho não estava satisteito, então, sem pestanejar, ele enlaçou sua cintura, capturou seus lábios, e empurrou-a, imprensando-a contra o portão. E Giane deixou-se ir, deixou-se derreter no desejo quente e atordoante.

O beijo tornou-se cada vez mais voraz, enquanto as mãos dele a tocavam, acariciavam, moldavam e lhe provocavam tremores por todo o corpo. Em resposta, Giane levou as mãos até o tórax dele, e deslizando-as, retirou a camisa que ficava por cima da camiseta. Ele sorriu em meio ao beijo, enquanto a ajudava a retirá-la. Depois, ainda mais ousada, Giane começou a subir sua camiseta, que o fez parar de beijá-la, apenas pelo tempo suficiente que se livrava da camiseta.
Com as mãos em contato com a pele nua do tóráx de Fabinho, Giane sentiu uma coisa tão intensa dentro dela que nunca em sua vida imaginara existir.
Para compensar, Fabinho desceu as mãos até a parte de trás das coxas dela, agarrou-as, cravando bem seus dedos na pele macia, e as ergueu, uma de cada vez, de maneira que Giane enlaçou sua cintura com as pernas.
Então, rodopiou com ela, um braço enlaçado firmemente em sua cintura, enquanto os dedos da mão do outro braço, brincavam em meio aos seus cabelos, puxando-os com vontade. O giro terminou quando ele a imprensou outra vez em outra grade. Eles se devoravam. E quando ela colocou novamente os pés no chão, o beijo prosseguiu pelo rosto e pelo queixo na forma de mordidinhas, chegando até a linha do pescoço, beijando, mordiscando, sugando, levando Giane a arquear o pescoço se deleitando com aquilo.

Ela também não parava de passar as mãos nas costas dele com vigor. Algumas vezes quando, em meio às carícias, um frio lhe percorria a espinha, ela cravava as unhas nas costas de Fabinho que sentia uma dor extremamente prazerosa.

Sem aguentar tamanha tortura, Fabinho adentrou as mãos embaixo da blusinha de Giane. Fabinho não se lembrava de já ter tocado uma pele de mulher tão macia quanto a de Giane. Contudo, massageando as costas dela, se deparou com um obstáculo, o fecho de seu sutiã, que abriu com habilidade. Depois, sem mais delongas, ele foi subindo sua blusinha, seu abdome nu tocando aos poucos o abdome nu dela.

Foi nesse momento que um tremor intenso e inesperado a invadiu. E o seu coração que antes estava dominado pela paixão, se encheu de medo, e dúvidas, afinal, era a sua primeira vez...

Giane sabia que se arrependeria daquela decisão, mas ainda não se sentia preparada para um passo tão grande. Namorava Fabinho há apenas cinco dias, e nem era oficial. E se houvesse consequências? Não usava pílula, e não tinha certeza se Fabinho havia trazido preservativo. Não. Era melhor parar enquanto ainda estava em seu juízo normal, se continuasse, sabia, se entregaria a Fabinho ali mesmo sem reservas, sem pudor... Então, reunindo todas as suas forças, ela o empurrou.

– Não, não, não... - sussurrava, repetindo aquela palavra, como se quisesse convencer também a si mesma.

Fabinho a olhou, sem entender o porquê dela ter parado. Ficou atordoado, perdido, enquanto a via sair correndo portão a fora.

Correu atrás dela, gritando: - Giane, Giane, calma aí! Giane! Giane!

Quando a alcançou, segurou seu braço - Giane, será que você não pode me ouvir um segundo?

Giane parou, deu um suspiro e virou pra ele, com a cabeça baixa, sem encará-lo.

Ele chegou mais perto, pousou a mão delicadamente sobre a face dela, e acariciando com o polegar, disse com a voz rôuca: - O quê que houve? Por que cê fugiu de mim? Eu fiz alguma coisa de errado?

Diante daquela pergunta, Giane levantou a cabeça, os olhos marejados...


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Muito reviews pleaseee, tá quase chegando a hora do namoro porcoveniência, vcs vão entender...
E o Bento heim?! Tá começando a ficar perigoso.
Que mistério é esse de Sílvia? Quem ligou pra ela?
E Giane por que correu? Vcs tinham corrido? Eu não uhahuhahuha
Beijos, meninas! Até o próx. Cap.!😍