Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Adoro quando vcs comentam! Brigadaaaa pelo carinho! Será que vcs acertaram quem entrou na Acácia e atrapalhou nossos amores?! A resposta está aqui...



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STSV - Capítulo 11:

– Mano, eu tô vendo direito? Cês tão se pegando, véi?! - Lucindo perguntou, olhando de um pra outro.

Giane foi a primeira a se pronunciar - Claro que não! Tá maluco, cara! De onde cê tirou essa idéia?!

– Do jeito como o Zoião tava te agarrando. Adianta negar não, véi. Cês tão de treta sim, que eu vi!

Giane olhou pra Fabinho em busca de apoio. E bastou apenas um olhar dele pra que ela tivesse certeza de que não estava sozinha.

Giane chegou perto de Lucindo com um olhar desafiador. Ele recuou dois passos pra trás e arregalou os olhos. Ela apontou o dedo em riste - Olha aqui, cara, cê num viu nada aqui, e mesmo que tenha visto, vai ficar de bico fechado, senão, eu te quebro em dois, tá me entendendo?!

– Ih, vai de reto aí, mano! Eu lá quero me meter com demônio e com zoião. Isso tem mó cara de apocalipse! - pausou, e sua expressão mudou para uma mais amigável - Eu só vim aqui porque eu tô querendo duas dúzias de rosas bem vermelhas, que hoje eu quero minha mangaba bem docinha.

Giane franziu a testa, mas ficou mais aliviada - Tá. Eu vou lá atrás preparar e já trago pra você. Fica aí com o Fabinho que eu já volto! - Giane ia se dirigir para estufa, contudo, parou no meio do caminho, quando ouviu Lucindo comentar.

– Com esse zoião aí num tem conversa não - Fabinho revirou os olhos - Faz o seguinte, coração, prepara aê um troço bem bonito, que daqui a pouco eu volto pra buscar. - bateu no balcão - Falow, Giane! - Lucindo despediu-se apenas da garota, e antes de ir embora, lançou um olhar fuzilante para Fabinho

Ele arqueou as sobrancelhas em resposta à provocação - Abraço, querido! - disse com ironia, e em seguida voltou o olhar para Giane - E esse aí... É o famoso quem?!

– Esse aí é outro que num bate bem das idéias! E relaxa que ele num vai contar nada, não. Esse aí morre de medo de mim. - Giane disse, rindo. Depois encostou-se no balcão, de frente pra Fabinho.

– E deve acreditar que eu sou um monstro, assim como todo mundo aqui da rua. - Giane o olhou com carinho. E ele começou a dizer, se aproximando dela - Mas, tudo bem, o mais importante é que agora a gente tá junto. - sorriu, e colocou uma mecha do cabelo dela, atrás da orelha, com carinho - E que nada, nem ninguém, vai separar a gente. - completou rouco, segurando o rosto dela entre as mãos, e beijando-a nos lábios.

Giane riu, arqueando a cabeça pra trás, quando ele desceu os beijos, roçando o seu pescoço com a barba rala - Tá melosinho, heim, Fabinho... Num tô te reconhecendo.

Ele levantou a cabeça para encará-la - Hum... Eu sou. Agora aguenta! - tascou mais um beijinho, e aproveitou a deixa para reinvindicar alguns "direitos românticos" - E vem cá! A senhora também podia ficar um pouco mais docinha, por favor.

– Hum... Cê quer uma melosinha? - ele assentiu com a cabeça, sorrindo, e aproximando seus lábios dos dela - Então, fica com a camilinha. - ela disse se saindo dele, que protestou com uma careta.

Giane rumou em direção a uns jarros e fingiu ajeitar algumas flores, enquanto comentava - Sabe que eu achei que cê ia aceitar a proposta dela só pra ficar no meio dos famosos! - revirou os olhos.

Ele abraçou a cintura dela por trás, lhe dando um beijo no pescoço - Cê achou mesmo?! Então, você não me conhece. Giane, eu não nasci pra ser bibelô de patricinha metida a besta, não! Eu tenho meu orgulho.

Ela sorriu - Hum... Gostei desse negócio aí de orgulho.

– Ah, é?! Então... - virou-a em sua direção, e abraçou-a, ao mesmo tempo em que seus olhares se encontraram - Será que agora eu mereço um beijinho desse pivete encrenqueiro?!

Giane sorriu - Olha só quem fala... O encrenqueirinho - disse e começou a tascar beijinhos por todo o rosto dele, arrancando risos divertidos de seu amado, que, depois se apossou de seus lábios, dando-lhe um beijo daqueles de tirar o fôlego.

***
Alguns minutinhos depois, ambos ouviram quando o sininho da loja soou, sinal de que havia entrado uma cliente. Imediatamente, Giane começou a empurrar Fabinho, que fez bico, e segurou a garota, impedindo-a de se soltar dele. A cliente entrou e os encontrou em uma posição bastante engraçada. Fabinho estava segurando a cintura de Giane que tentava a todo custo retirar as mãos do garoto de lá. Os dois rindo sem parar, como duas crianças travessas.

– Olha, se vocês quiserem, eu posso voltar outra hora... - disse a cliente, um pouco constrangida.

– Não! - respondeu Giane, quase gritando - Eu já vou atender a senhora... Assim que eu conseguir me livrar desse garoto grudento aqui - olhou para Fabinho que parecia não está nem aí pra nada - Me solta, Fabinho! E vá embora trabalhar que o Érico num te paga pra ficar namorando não.

– Olha, é sério. Num vou ficar chateada não. Eu posso voltar outra hora. Eu já fui jovem como vocês. Sei bem como é isso. - disse a senhora, com um sorriso encantador.

– Viu?! Ela volta outra hora. - disse Fabinho com um sorrisinho travesso.

Giane arregalou os olhos - Ai, meu Deus do céu - Segurou o a mão do garoto, puxando, e esticando seu braço - Vá embora, Fabinho!

Então, vencido, Fabinho resolveu ceder e caminhou, de mãos dadas com Giane até à porta da loja. Lá, ele a abraçou, mas dessa vez com calma.

– Boa sorte lá com o Érico. - disse ela, segurando seu rosto entre as mãos, e tascando um beijinho singelo em seus lábios.

Ele enlaçou sua cintura, e ela correspondeu, envolvendo o seu pescoço - A gente se vê mais tarde?! - perguntou ele todo dengoso.

– Hum, fazer o quê?! Se eu num consigo mais ficar muito tempo longe de você.

Ele sorriu, satisfeito com a declaração, e tascou mais um beijinho nela.

– Ah, Fabinho, agora é sério, cara, a gente tem que ter mais cuidado. A gente teve sorte de ter sido o Lucindo a entrar naquela hora. Mas, podia muito bem ter sido o Caio ou o Bento.

Fabinho concordou com a cabeça, mordendo o cantinho do lábio inferior, então Giane continuou - E acho também que a gente devia disfarçar na frente das pessoas.

– Como assim?! Cê acha que a gente devia discutir na frente deles?! Tipow, do jeito que a gente fazia antes?!

– Tá aí, num é má idéia. Gostei. - concordou Giane, dando um último beijo em Fabinho para que ele fosse embora, e ela pudesse voltar a atender a cliente que esperava pacientemente pela sua atendente.

***

– Ôpa! - exclamou Fabinho ao entrar na Crash Mídia - Ainda tá de pé o convite pra eu trabalhar aqui?!

Sílvia foi até ele e ofereceu a mão a fim de cumprimentá-lo - Seja muito bem vindo a nossa equipe, Fabinho!

– Valeu! - agradeceu Fabinho apertando a mão dela.

Tina, Júlia e Jonas também o cumprimentaram, sorrindo e dando a maior força pra que ele se sentisse bem vindo.

– Brigado aí a todos pelo voto de confiança. Mas, ainda tô com medo da reação do Érico, afinal, a nossa última conversa não foi nenhum pouco amigável, e fui eu quem fiz a cabeça do Natan pra demitir ele.

– E olha só o bem que você fez pra gente. Se não fosse por isso, ainda estaríamos trabalhando pra aquele déspota. Num é mesmo, gente?!

Todos concordaram. E só aí Fabinho percebeu o quão Érico estava diferente. Ele tinha ouvido falar do acidente dele e da mudança de humor e personalidade, mas só agora vendo é que acreditou plenamente.

Sílvia se aproximou de Fabinho e começou a lhe instruir - Olha só, Fabinho, você vai ficar aqui nesta mesa que era a que pertencia ao Maurício.

– E ele num vai se importar?!

– Ele se demitiu quando soube que você trabalharia conosco. - Fabinho arregalou os olhos - Mas, não se preocupe, ele voltou a trabalhar com o pai. Enfim... Vamos ao que interessa?! - pegou uma pasta e a entregou para Fabinho - Aqui dentro tem tudo sobre a nova campanha que faremos, inclusive o slogan e as fotografias da modelo que utilizaremos.

Fabinho sentou, colocando a pasta em cima da mesa. Sílvia ficou de pé observando Fabinho. Queria ver cada reação dele. Então, quando Fabinho abriu a primeira página, deu de cara, com o slogan da campanha. Sorriu de canto a canto da orelha - O meu slogan. - disse, levantando o rosto, e encarando Sílvia, que também sorriu.

– O nosso contratante achou o seu slogan excelente. Por isso, não tive nenhum receio em chamá-lo para fazer parte da nossa equipe. Agora, dê uma olhada nas fotos da modelo. Tenho quase certeza que vai se surpreender. Ela é a nossa nova descoberta.

Fabinho passou a página, e mal pôde acreditar no que viu. Era Giane. Linda como uma Deusa, em todos os sentidos, a cada ângula. Foi passando página por página, e não conseguiu disfarçar o quão ficou fascinado com aquelas fotografias. Sílvia percebeu, e só aguardava sua aprovação em palavras, pois sua expressão já assinava em baixo.

– Minha garota... - balbuciou Fabinho, quase de forma inaudível. Mas, Sílvia o escutou e escutou muito bem.

– Então, o que você achou da nossa modelo?! - perguntou Érico quando saiu do escritório. - Surpreendente, né?! Eu quase não acreditei que a Giane pudesse ser tão linda.

Fabinho levantou - Sinceramente. Conheço modelos muito mais bonitas do que esse moleque de rua.

Sílvia franziu a testa, olhando pra ele com estranhamento, afinal, tinha visto o olhar apaixonado que Fabinho lançou para cada foto de Giane. Ficou desconfiada.

– Cara, cê tá bem?! A Giane tá mó gata nesse book. - Jonas se intrometeu. - Se ela me quisesse, eu pegaria ela fácil, fácil!

Fabinho teve vontade de trucidar Jonas, mas se conteve, apertando os olhos e respirando fundo.

– E aê galera! Mandaram me chamar?! - perguntou Giane quando entrou na Crash Mídia.

Sílvia foi ao seu encontro e a abraçou - Chamamos sim, querida porque a gente tem que se reunir para discutir a campanha. Já conhece o Fabinho, né?!

Eles trocaram olhares, nitidamente apaixonados. Mas, para disfarçar, Giane foi bem evasiva - Infelizmente.

Foi aí que Sílvia ficou ainda mais perdida, afinal, foi Giane quem pediu, aliás, exigiu que ele fosse o responsável pela campanha.

– Pois, fique você sabendo que eu também num fiquei muito feliz por ter que trabalhar com moleque de rua não. - implicou Fabinho.

Diante daquilo, Giane fingiu ficar furiosa - Moleque de rua, é a senhora sua...

– Hey, Giane, Giane! - repreendeu Érico antes que ela pudesse completar a frase. - Calma aí! Desse jeito num tem como trabalhar direito. Vocês dois vão ter que dá um jeito de se entenderem! Até porque o cliente foi bem claro que quer os dois na campanha.

– É só esse aí num se meter a besta comigo! - disse, cruzando os braços.

– E eu lá quero me meter com maloqueira, tá louca?!

Érico revirou os olhos, e olhou pra Sílvia - Eita, que já tô vendo que o dia hoje vai ser longo! - depois se dirigiu para os dois - Bem, vamos até o escritório, e por favor, sem brigas, pelo menos até que a reunião se encerre. Pode ser?! - os dois concordaram com a cabeça.

Érico foi na frente, seguido de perto por Júlia, Tina e Jonas. Depois foi a vez de Fabinho e Giane que foram juntos. No meio do caminho, Fabinho segurou o dedo mindinho de Giane, que virou de lado e sorriu, então discretamente ele soltou um beijinho pra ela. Sílvia, que vinha logo atrás, presenciou cada gesto trocado entre os dois, e finalmente começou a entender tudo.

Quando os dois entraram, para disfarçar ainda mais, se separaram e se sentaram bem longe um do outro. A reunião começou, e a troca de olhares entre eles foi intensa. Às vezes, era tão difícil para Fabinho desviar o olho de Giane que ele tinha que disfarçar bebendo um gole de água. Nessa brincadeira foram uns quatro copos d'água.

Uma hora depois, a reunião foi finalizada, com todos os detalhes esclarecidos. Todos saíram do escritório, entretanto, quando Fabinho e Giane iam saindo, Érico os barrou na porta.

– Não. Vocês ficam! - eles se olharam com a testa franzida - E só saem daqui quando entrarem em um acordo.

– Tá. Tudo bem. - Fabinho ofereceu a mão - Trégua, maloqueira?!

Giane revirou os olhos - Tá bom. Se num tem outro remédio. - apertou a mão dele, e só aí sentiu algo no meio de suas mãos. Olhou pra ele, que piscou um olho. Então ela percebeu que era um bilhete, e discretamente o pegou e escondeu dentro do bolso da saia.

– Pronto. Isso que é espírito de equipe! - disse Érico sorrindo, satisfeito, e saindo junto com os dois, do escritório.

Giane se despediu de todos, deu uma olhada de esguelha para Fabinho e foi embora. Descendo as escadas, ela pôde enfim, ler o que estava escrito no bilhete.

" Hey, pivete, te encontro no campinho assim que a lua aparecer... Você vai entender! ;)"

Giane sorriu, encantada, e desceu as escadas, mas ouviu passos descendo em sua direção. Tentou olhar pra trás, mas quando se deu conta do que estava acontecendo, sentiu quando duas mãos habilidosas puxaram sua cintura e a empurraram contra a parede, imprensando-a com o corpo. E o beijo aconteceu sem reservas, de forma sôfrega, e enlouquecida. As línguas pedindo espaço. Fabinho segurando o rosto de Giane, ao mesmo tempo em que ela segurava sua nuca com vontade, com desejo.
Giane começava a amar aquele jeito de Fabinho sempre surpreendê-la.
Quando o beijo cessou, os dois tiveram que recuperar o fôlego. O tórax de ambos subindo e descendo em um ritmo frenético.

– O.. Que... Foi isso? - Giane perguntou ofegando, sem quase sair as palavras.

Fabinho sorriu com um olhar malicioso, chegou perto do ouvido dela, e falou, seus lábios roçando sua orelha - Isso foi só... Uma amostra grátis pra hoje a noite. - encarou-a, segurou o queixo dela e apenas encostou seus lábios nos dela, falando rouco - Maloqueira.

– Palhaço - murmurou ela, ainda com os lábios encostados nos dele.

Então, ele tascou um beijo bem singelo em seus lábios e soltou-a, subindo as escadas correndo. E ela voltou a descer, mas agora com a mão no peito, sentindo sua respiração e cada batida de seu coração.

***
Um pouco longe dali, Bento estava na cama com Malu. Ele estava por cima dela, beijando-a com ardor. Ambos já se encontravam apenas com as roupas de baixo e estavam curtindo as preliminares. Entretanto, entre um beijo e outro, Bento sentiu quando o corpo de Malu tornou-se rígido, sem entrega. Levantou a cabeça e percebeu que ela estava aérea. Virou, e caiu de costas na cama, ao seu lado.

– Tá tudo bem?! - ele perguntou, olhando pro teto.

– Mais ou menos. - respondeu Malu.

– Como assim?!

Ela deu um suspiro profundo, virou pra ele, se apoiando no cotovelo - O Maurício foi hoje lá na Toca do Saci. - ele virou o rosto pra ela, já meio que prevendo o que ela estava pra dizer - Bento, ele se declarou pra mim. Disse que me amava muito, e que estava disposto a lutar por mim.

Ele suspirou - E aí você percebeu que também o ama. Acertei?!

Ela olhou de lado, envergonhada. Sentou e abraçou os joelhos - É. Eu nunca deixei de amá-lo, Bento. A nossa estória começou a muito tempo e, infelizmente, por mais que eu tente, o amor que eu sinto por ele tá impregnado aqui no meu coração.

Ele sentou - Então, é isso... Nossa estória que mal começou, acaba aqui...

Ela segurou o rosto dele entre as mãos - Não, Bento. A nossa estória não acaba aqui. Ela só vai tomar um outro rumo, o da amizade, afinal, temos nossos projetos e planos, né?!

Ele sorriu, e a puxou para um abraço bem carinhoso - É. A nossa amizade é pra todo sempre!

Ela sorriu, os olhos marejados - Sabia que ia entender, mas olha, eu acho que num vai demorar muito não, pra você descobrir um novo amor... Que tal se você começasse a enxergar uma certa amiga ciumenta?! Acho que vocês dois foram feitos um para o outro, sabia?!

Bento franziu a testa, e pela primeira vez pensou na possibilidade. O que tinha a perder?! Giane era linda, amiga, sócia, divertida... É. Malu tinha razão. Giane era mesmo a mulher da vida dele.


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Notas finais do capítulo

Aguardem esse encontro dos dois, vai ser... Bom, vcs vão ver!
E o Bento heim?! Nosso vilão, escolhido pela maioria.