Só Tinha de Ser Com Você escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 1
Capítulo 1




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- Socorro, o que aconteceu? - perguntou Amora pela segunda vez. Elas estavam dentro do carro de Amora, uma virada para outra. - Fala, garota! - gritou Amora, quando percebeu que Socorro ficou calada.

- Amora, eu juro que eu não tive culpa, mas é que na hora que eu tava trocando os exames, o Fabinho inventou de dá um piti, e eu acabei derrubando os exames no chão. - explicou e parou pra respirar - Aí, agora, eu não sei mais qual cartão, eu mandei pra análise. E pode ter sido o do Fabinho.

- QUÊ?! Socorro, isso não podia ter acontecido. Não podia! - esbravejou Amora - Num tem como pegar os cartões de volta?

- Não, porque o Plínio pediu urgência e quando é assim, os cartões vão imediatamente pra análise.

- Socorro, se o cartão que foi pra análise for o do Fabinho, eu tô perdida!

- Calma, Amora, vamos ter pensamento positivo porque eu tenho quase certeza, quase certeza, que o exame que eu mandei pra análise, foi o do Bento.

- Quase certeza? Quase certeza?Socorro, cê tem noção que a minha vida e o meu futuro depende do resultado desses exames?

- Ai, Amora, desculpa! Você sabe que eu sou capaz de dar a minha vida por você. Eu juro que foi sem querer… Por favor, num fica com raiva de mim. Por favor!

- Como eu não vou ficar com raiva de você? Como? Você é muito burra, Socorro! Eu não devia ter confiado esse plano a você. Não devia! Ai que ódio! - disse e bateu as mãos no volante do carro com toda força. - Sai daqui! - Socorro arregalou os olhos que já estavam cheios d’água - Num ouviu não? SAI!

O tórax de Socorro subia e descia de nervoso - Amorinha, num faz isso comigo!

Mas, Amora estava irredutível - Sai logo do meu carro antes que eu perca a paciência!

Socorro abriu a porta do carro e saiu, mas ainda arriscou colocar a cabeça na janela do carro pra tentar falar com sua Diva. - Amora, eu te ligo se…

Entretanto, Amora não deu a mínima, e ainda apertou o botão, fazendo o vidro subir. Socorro tomou um susto, tirou a cabeça e Amora arrancou com o carro, rasgando pneus. Tinha que contar a Bárbara o que havia acontecido, o mais rápido possível. Ela seria uma das principais atingidas se o plano desse errado, afinal, Fabinho queria a “cabeça” dela, numa bandeija.

***
- Esse resultado só pode tá vindo de caravela, né?! Nunca vi uma coisa demorar tanto… - resmungou Fabinho. Ele estava sentado no sofá do Hospital. E seus pais estavam à sua frente. Todos esperando o resultado.

- Tá agoniado, por quê? - Indagou Plínio, desconfiado - Num é você mesmo quem diz que tem certeza do resultado positivo desse exame?

- E tenho. Só que eu ainda tenho que me produzir pra minha festa…

- Engraçado que essa festa é pra comemorar o resultado desse exame, e as únicas pessoas que não foram convidadas, fomos nós, seus “supostos pais”. - comentou Plínio.

- Para Plínio! - reclamou Irene - Para de provocar nosso filho!

- Ah, é?! E vocês iam né?! - retrucou Fabinho se levantando - Os dois tão doidos pra me ver pelas costas e iam pra minha festa?! Até parece!

- Que é isso, meu filho?! É claro que a gente não quer te ver pelas costas. Se esse exame der positivo, eu vou ser a mulher mais feliz desse mundo. Eu sou sua mãe. Eu te amo!

- Ama?! Ama tanto, que teve coragem de me dá pra primeira favelada que encontrou na rua! Ama?!

- Fábio, veja lá como fala com a Irene! Será possível que você num tem educação, empatia, respeito e nem afeto por ninguém?!! - esbravejou Plínio.

- E isso é culpa de quem? De um otário e de uma fraca que caíram no golpe da canastrona da Bárbara. E quem pagou o pato? Fui eu, né?! Mas, tudo bem, porque agora a justiça vai ser feita. E todo mundo, inclusive vocês, vão me pagar por tudo que me fizeram.

Irene encarou Plínio com olhos de desespero, e ele a abraçou com carinho, lhe dando força.

- Desculpa a demora! - exclamou a enfermeira entrando na sala - Mas, aqui está o resultado. - entregou o envelope para Fabinho - Boa sorte a todos! Com licença! - e saiu, deixando-os a sós.

- Obrigado! - agradeceu Plínio - Com certeza vamos precisar se esse resultado for mesmo positivo.

- Plínio! - exclamou Irene, indignada. Depois olhou para o filho que segurava o envelope, numa mistura de nervosismo e satisfação. - Vai, filho, abre logo!

Fabinho olhou mais uma vez para o envelope, e sem mais hesitar, abriu. Plínio e Irene, esperaram que ele mesmo dissesse alguma coisa, ou esboçasse algum gesto que os respondesse.
Não demorou muito, e Fabinho começou a abrir um sorriso. O coração de Irene disparou.

- Positivo. - disse. - Positivo - repetiu, mas agora com um sorriso largo - Positivo - repetiu mais uma vez, como se quisesse convenver a si mesmo daquilo. Então, olhou para o céu - Deus, olhaste para mim, Senhor!

Os olhos brilhando. E por mais que quisesse transparecer uma dureza diante daquilo. Não conseguiu. Ainda mais, quando sua mãe veio ao seu encontro e lhe envolveu num abraço que ele recebeu, mesmo sem querer.

- Ai, meu filho, que maravilha! - exclamava Irene o apertando ainda mais forte - Eu sabia! No fundo eu sempre soube. - ela o soltou e segurando o colar, continuou - Por isso, sempre guardei você aqui, pertinho do meu coração. - sorriu entre lágrimas, segurando o rosto do filho entre as mãos - Eu te amo, e a agora eu tenho uma vida inteira pra te provar isso.

Fabinho esboçou um sorriso tímido. Diante das lágrimas de sua mãe, não teve coragem de ser grosso.

- Vem Plinio! - esticou a mão pro marido, sorrindo - Vem dar um abraço no nosso filho!

Plínio permaneceu parado, com as mãos dentro dos bolsos. Não sabia como reagir. Até então, odiava seu próprio filho.

- Não. Depois, mãe. - disse Fabinho, tirando Plínio da saia curta - Antes tem um lugar que eu quero muito ir… Mais tarde a gente se vê! - deu meia volta e saiu.

- Mas, filho, pra onde você vai? - ela perguntou, mas a pergunta ficou no ar, pois Fabinho, apressado, já havia atravessado a porta, indo embora.

***
A notícia de que Fabinho era um Campana chegou na casa verde na velocidade de um relâmpago.
E Giane foi uma das primeiras a ser comunicada. Talvez pelo fato de que Bento tinha saído pra resolver uns negócios, e a deixou tomando conta da Acácia. Sozinha. O que era considerado um perigo. Visto que, não fazia nem três dias que Fabinho tinha ido lá. E sendo expulso a ponta-pés, poderia muito bem querer se vingar.

Giane estava encostada no balcão, fazendo umas contas no caderninho, quando ouviu o som de passos se aproximando. Levantou o olhar.

Era Fabinho.

Encarou Fabinho, com os cotovelos apoiados no balcão - Qui é ô praga! Veio apanhar de novo?

Fabinho esboçou um sorriso irônico - Pela sua cara, cê já sabe, né?!

Giane se fez de desentendida - O quê?! Que você é um babaca? Mas, isso oh - estalou os dedos - Eu já sabia faz tempo! - sorriu com a mesma ironia dele.

Ele soltou uma risada - Cê tá dizendo isso porque tá morrendo de inveja. Confessa maloqueiro?!

- Sério que você percebeu?! Ah, meu Deus, preciso fingir melhor da próxima vez. Já viu meu cotovelo todo mordido? É de TANTA inveja! Pronto. Descobriu? Tá satisfeito?! Agora vaza daqui que eu tenho mais o que fazer! Vai, vai, vai, vai! - fez um gesto com a mão, enxotando-o.

Fabinho apertou os olhos, irritado - Eu só saio daqui quando eu quiser! Até porque… Eu num vim falar com subalterno, eu vim falar com teu sócio. Cadê ele?

- Ele saiu pra resolver umas coisas. Do trabalho, sabe?! Ah, não, você não sabe, porque nunca trabalhou né?! E pelo visto agora é que num vai… Vai é virar um molengão, comendo e dormindo às custas do papaizinho.

Fabinho não gostou nem um pouco e se aproximou do balcão de forma ameaçadora - Calaboca, pivete! Cê num sabe de nada da minha vida!

Mas, pra Giane, ele não metia medo. E da mesma forma que ele fez, ela também o fuzilou com o olhar - Não. E nem quero saber. Agora… Fala logo o que cê veio fazer aqui, e se manda!

Fabinho bufou, e retirou do bolso um cheque, colocando em cima do balcão, na frente de Giane que franziu a testa.

- O que é isso? Tá maluco!

- O que você acha?! - perguntou, em tom de deboche - É um cheque. Vai, pivete! Bota aí qualquer valor que eu não tenho o dia todo. Preciso me produzir pra minha festa. - fez questão de dizer, como se pudesse causar inveja em Giane.

Giane franziu a testa - E por que eu faria isso?! Posso saber?

- Pode. Porque, como eu disse antes, quero comprar essa vendinha… Ela, as plantaçoes, a propriedade, a van, enfim, tudo. E agora eu tenho dinheiro pra isso. Muito dinheiro. Coisa que cês num tem, né?! - deu uma risada sarcástica.

- Ah, porque você num falou antes… - disse Giane com ironia - Posso botar aqui qualquer valor mesmo, né?! - Fabinho assentiu com a cabeça. Giane sorriu de forma misteriosa, pegou a caneta e começou a escrever no cheque - Pronto. Acabei. Espero que não tenha exagerado… Que esse valor esteja dentro de suas condições.

- Meu filho - sempre se dirigia a ela no masculino - Cê ainda num tá entendendo né?! Mas, eu vou explicar… Fazer essa caridade com você. Agora, eu sou um Campana. Isso quer dizer que eu tô rico, milionário. - falou rouco.

Giane baixou a cabeça, revirando os olhinhos. Depois voltou a olhar pra ele e forçou um sorriso - Se é assim… - deu a volta no balcão, chegando bem perto dele - Aqui - Entregou o cheque, e colocou os polegares dentro dos bolsos de trás, esperando sua reação, com um sorrisinho bem enigmático.

Diante do sorriso dela, ele acabou sorrindo, com gosto de vitória, porém, ao abrir o cheque, sua expressão mudou, abruptamente. Giane havia escrito a palavra “babaca” em letras garrafais.

- Isso é pra você aprender a não se meter com a gente. Vai! Vai se divertir, viajar, pegar tudo que é mulher. E esquece a gente, cara! Por que, agora eu te pergunto… Que cisma é essa com a Acácia? Queria comprar ela pra quê? - deu uma risadinha - Resolveu virar florista de uma hora pra outra?

Fabinho bufou, e fez careta - Claro que não! Sabe o que eu queria fazer?! Queimar! É. Queimar tudo, a loja, a van, as plantações, e se tiver algum maloqueiro dentro, vai junto também.

Giane cruzou os braços, e estreitou o olhar - Isso é uma ameaça Fábio Campana?!

Ele chegou bem perto do rosto dela, numa distância, deliciosamente perigosa - E se for, o que cê vai fazer? Me bater?

Giane estreitou ainda mais o olhar, e trincando os dentes, levantou o braço, com a mão fechada. Pronta para desferir um golpe no garoto, que a olhava com ar de deboche. Contudo, Fabinho, dessa vez, estava preparado, e segurou o pulso de Giane no ar, e fazendo um movimento, colocou o braço dela por trás da própria, que ficou sem ação, e mais irritada ainda. O próximo golpe, então, seria um chute nos testículos. Não deu certo. Porque Fabinho estava realmente preparado pra tudo, e aproveitando que já estava com o braço em suas costas, a puxou para si com violência, colando o seu corpo ao dela.
O problema foi que, o movimento não foi muito bem efetuado, então os dois acabaram se desequilibrando, e se estabacando no chão. Um por cima do outro. Pra ser mais específica, Fabinho em cima de Giane.
Os dois podiam ter se soltado no mesmo instante em que caíram. Isso seria o normal de acontecer. Mas, quem disse que isso aconteceu?! Pelo contrário, os dois permaneceram alguns segundos paralizados no chão. Fabinho, por uma estranha razão, olhava para os olhos e lábios de sua vítima, de forma intercalada. Pela primeira vez, fascinado pela beleza do “maloqueiro”. Enquanto Giane, por essa mesma estranha razão, sentiu um borboleteamento em seu estômago, por causa da pressão do corpo dele sob o dela. Nunca em sua vida havia deixado alguém chegar tão perto.

- Sai de cima de mim, seu otário! - exclamou Giane, empurrando-o para o lado, com raiva. E com a velocidade de um raio, se levantou, batendo a poeira da calça.

- Foi você quem fez a gente cair, sua idiota! - retrucou Fabinho, ainda deitado, apoiado apenas nos cotovelos.

- Eu?! Cê tá é louco! Vai, levanta daí e se manda, antes que eu chame o pessoal todo pra te dar uma surra! - Fabinho fez careta - Vamos! Levanta logo, Fraldinha!

Bem devagar, como que a provocando, ele foi se levantando. E quando finalmente ficou de pé, disse: - Eu vou, mas eu quero deixar bem claro que eu não desistí. - chegou bem perto do rosto dela - Eu volto pra provar pra todo mundo que o dinheiro compra tudo! Inclusive um maloqueiro que nem você.

Giane franziu a testa. Como a sua pessoa havia entrado nessa conversa?! - Oi?! Eu entendi direito? Cê quer me comprar?

Ele percorreu, com o olhar, desde os pés dela até seus lábios tentadores - Todo mundo tem um preço, Giane de Sousa. E, não sei por que, mas me deu uma vontade louca de descobrir qual é o seu.

Pela primeira vez, Giane não soube o que responder, ou dizer. Ficou assustada com aquilo. - Dá o fora daqui, palhaço!

Ele sorriu de lado porque, de alguma forma, ele sentiu que aquelas palavras a desconcertaram. Saiu, andando de costas, com o mesmo sorrisinho provocante.
Giane olhava pra ele, piscando, nervosa, até que ele desapareceu na rua e ela pôde, enfim, colocar a mão no peito, que subia e descia num movimento rítmico, ao mesmo tempo em que coçava a nuca. Ficou pensando em tudo que aconteceu, mas o som do telefone tocando a assustou e a trouxe para realidade. Correu para atender.

- Alô! Bento?! Onde é que cê tá cara?! Ah, com a Maluzinha… - fez careta - É.Já tô sabendo. Inclusive, o cretino acabou de sair daqui. Não. Ele… Só encheu o saco como sempre faz - deu uma
risadinha marota - Acredita que o imbecil ainda tá com cisma de comprar a Acácia?! Pois é, trouxe um cheque, e tudo. Disse que dinheiro compra tudo, inclusive… - parou de falar abruptamente. Nunca iria falar pra Bento que Fabinho pensou em comprá-la, até porque achava que era coisa de sua cabeça. Decerto, havia entendido errado. Bento começou a perguntar o que era que inclusive ele queria comprar. E Giane teve de inventar algo com rapidez - A van… Até a van, ele queria comprar. Acredita?! Aquele ali num bate bem. - pausou para ouví-lo - Tá! Eu posso fechar a loja sim. Outro pra você.

Desligou, e voltou aos seus afazeres. O que era que ela estava fazendo mesmo? Ficou perdida. Olhava de um lado pra outro da loja sem lembrar. Bufou de raiva do Fraldinha. Ele de alguma forma tinha a ver com isso.

- Garoto irritante! Espero não ter de encontrar mais com ele… - resmungou para si mesma, e suspirou.

Então resolveu plantar algumas mudas, enquanto sua memória não voltava. Mas, que diabos aconteceu com ela?

Essa era a pergunta que não queria calar.

***

À noite, a festa de Fabinho estava bombando. Ele fez questão de convidar a maioria das pessoas, principalmente, aquelas que tinham dinheiro. Claro, agora que era rico, não podia mais se misturar com a ralé. Fez questão de sair cumprimentando a todos, sem excessão. Tinha pressa em ser conhecido como um Campana. Mas, em um desses cumprimentos, quando virou para ir embora, acabou esbarrando em alguém, que derramou toda a bebida nele.

- Tá doida! - exclamou ele, com os braços abertos, e cara de nojo. - Será que você é cega e… - parou de falar, quando viu de quem se tratava.

- Ai, desculpa! Eu realmente não vi você aí…

Fabinho sorriu de forma sedutora - Num tem problema. Eu gosto… Mas, da próxima vez, vê se derruba Champagne.

Camila Lancaster o olhou com cara de interrogação. Então, o reconheceu, e abriu um sorriso também sedutor - Cê gosta de beber champagne é?!

Ele se aproximou, e tocou o queixo dela - Principalmente quando bem acompanhado.

- Huuuum, você deve dizer isso pra todas.

- É. Eu digo mesmo. Mas, numca quis tanto que desse certo. - sorriu, e ela retribuiu, bebericando o resto da bebida, com charme.

- Quando terminar a festa, a gente bem que podia… - parou de falar repentinamente, olhando por cima do ombro dela, para um ponto em específico.

Ela olhou pra trás - O que foi?! Viu alguém ou alguma coisa que te interessa?!

- Vi. Vi sim. E acho que vou ali cumprimentá-los. Fique aí que eu já volto pra gente terminar nosso papo. - deu um beijo na ponta dos lábios dela e saiu em disparada, ao encontro de seu alvo.

***
Naquele mesmo instante, Giane entro na festa ao lado de Caio, que estava todo orgulhoso. Finalmente tinha convencido Giane a sair com ele. E ela estava linda como nunca, o que atraiu para ela, todos os olhares da festa.

- Maneiro aqui! - disse baixinho para Caio, que sorriu.

Ela olhou para tudo, deslumbrada, mas sua cara fechou quando o seu olhar se cruzou com o de Fabinho - Ah, eu não tô acreditando que o Fraldinha tá aqui!

- Ué, cê conhece esse cara?! - perguntou Caio, curioso.

- Infelizmente! Desde a infância.

- Ah, que bom pra gente, porque essa festa é dele.

Giane quase teve um colapso ao ouvir aquilo - QUÊ?! Você me trouxe justamente pra festa desse idiota?! Eu mereço…

- Ô meu Deus! Se eu soubesse que você conhecia o cara, e que ainda por cima, o odiava, jamais a traria pra esse lugar. Me perdoa, Giane.

- Tudo bem, é só que… - ia explicar pra Caio algumas coisas, mas acabou sendo interrompida pelo Fraldinha que agora estava à sua frente, com a cara mais deslavada do mundo.

- Ora, ora se não é Maria Machadão… - disse Fabinho a “comendo” com os olhos.

Giane, mesmo com a cara emburrada, não deixou de se desconsertar com a proximidade dele.
Caio, silencioso, olhou para os dois, um de cada vez, e logo percebeu, pela troca de olhares, que havia algo no ar… E ele não gostou nada, nada, daquilo. Não gostou mesmo.


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