Inevitavel escrita por Fallen


Capítulo 1
Desejo 1: tear da vida


Notas iniciais do capítulo

AMO A CLAMP E SEUS DESENHOS LINDOS!!!!
obs: para quem já leu fiz uma pequena modificação no texto e para que mé a primeira vez boa leitura.



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Correndo pelas ruas sem nem mesmo olhar aonde ia, uma pequena garota de longos cabelos castanhos, penetrantes olhos cor de chocolate e uma pele branquinha como marfim trajando o uniforme da escola Tomoeda parecia desesperada para chegar a algum lugar. Ela avista um Wac’donalds e vai ate ele, mas antes de conseguir entrar esbarra em alguém.

–-Opa... machucou?—ela escuta uma voz masculina perguntar.

–-Não... to bem! Desculpa! E que to tããããoooo atrasada. — a garota olha para cima e vê um belo advogado a encarando preocupado.

Uma linda moça estava parada ao lado dele e tinha o mesmo ar de preocupação no belo rosto de feições angelicais, vai ate a menina e pergunta:

–-Tudo bem mesmo? Não se machucou? Esta se sentindo bem?

Ela estava boquiaberta tanto pela gentileza do casal como por sua beleza, ela balança a cabeça e fala:

–-To bem mesmo, serio! Só to com pressa e não prestei atenção, não precisam ficar tão preocupados não!

A moça lhe da um doce sorriso e olhando para o homem atrás de si diz:

–-Que bom não é Kiyo?— ele lhe da um sorriso tão apaixonado que faz a pequena garota corar—Bem... vamos indo então! Se cuida direitinho viu?!

–-E quando for atravessar a rua vê se olha para os dois lados, hein?!--Fala o homem asperamente, mas com bondade-- Estar atrasada e querer chegar logo ao lugar que precisa estar tudo bem, mas não faça loucuras! Bem... vamos Kobato, Chiho e Chise estão esperando a gente.

O gentil casal se despede e a menina corre lanchonete adentro e vai ate o banheiro se troca rapidamente, penteia o cabelo o prendendo em um coque espetado no alto da cabeça e limpa rapidamente a lente dos óculos. Se da uma boa olhada no espelho (“É... estou apresentável” murmura para o espelho), depois enfia todas as coisas na mochila da escola e como o vento sai voando do lugar.

Ela tinha um encontro com o garoto por quem era apaixonada havia uns dois anos, mas era uma paixão platônica, pois o garoto nem sabia da existência dela. Mas do nada na hora do intervalo ele com seu sorriso lindo, olhos claros de uma cor difícil de dizer e cabelos escuros foi chamá-la para sair, dizendo que já fazia um tempo que estava de olho nela, mas que nunca teve coragem de chamá-la para sair antes.

Sem reparar por onde ia ela acaba chegando em uma rua com vários edifícios residenciais, demora um tempo para se localizar, mas por fim se lembra que aquela rua era próxima ao parque em que devia se encontrar com o garoto. Ela vai andando rapidamente e de repente para, fica de frente a uma construção de arquitetura antiga que nunca tinha visto antes o que a faz duvidar se estava realmente no lugar que achava que estava.

–-Que casa é essa? Aqui não ficava um terreno vazio? Passo aqui quase todos os dias para pegar o trem e nunca... não podem te reconstruído essa casa enorme da noite para o dia também.— ela começa a esfregar a cabeça em sinal de desespero— NÃÃÃÃÃO! Não posso me perder em um momento tão importante!

Do nada o corpo dela começa a se mover sozinho, passando pelo portal de entrada e indo em direção a porta da frente.

–-C... como assim? Meu corpo... meu corpo esta se mexendo sozinho... so... socorro! Tenho um encontro para ir!— Gagueja a pobre menina ate cair de cara porta adentro.

Ela se levanta e esfrega o queixo e se depara com duas garotinhas, uma de longuíssimos cabelos azuis presas em marias-chiquinhas e olhos da mesma cor e a outra de curtos cabelos rosa com coquinhos dos dois lados da cabeça e olhos da mesma cor também. Sorriam enigmaticamente para ela e falam em coro:

–-Bem vinda senhorita!

–-Hã... que......não, é que........... eu não...........................—Estava surpresa e desesperada ao mesmo tempo, não tinha a mínima idéia do que estava acontecendo.

–-Uma cliente!— fala a azulada dando risadinhas com a mão na frente da boca.

–-Uma cliente!— repete a rosada também rindo fazendo a mesma pose que a outra.

Elas começam a puxar a menina mais para o interior da casa, os tênis tipo all star roxo saem quase que voando dos pés dela e só de meias vai derrapando atrás das garotinhas, com o cérebro quase entrando em parafuso tenta argumentar:

–-Pe... perai! É que meu corpo se moveu sozinho... eu... eu não devia estar aqui!

As três param na frente de portas duplas e de trás delas sai uma voz quase que hipnótica:

–-Isso aconteceu porque a linha da sua vida foi traçada de forma a vir ate aqui! Então... sim! Você devia estar aqui com toda a certeza.

As garotinhas abrem as portas e a menina se depara com ele (veja imagem abaixo)

Depois de uma pequena pausa para que ela digerisse o que tinha acabado de ouvir ela fala:

–-A... a linha da... minha vida?

Alguma coisa dentro dele começa a se mexer, um sentimento forte e poderoso de apossava dele, sim, ele já tinha passado por isso antes. Mas na época era ele que estava do outro lado da sala encarando a mulher mais linda e impossível que já tinha conhecido na vida, mas agora era ele em seu lugar e do outro lado da sala uma jovem garota o encarava confusa.

–-A linha da vida... —ele prossegue— Ela é urdida por Clotho, a fiandeira que segura o fuso e puxa o fio da vida. É medida e enrolada por Lachesis, a fixadora que usa o seu cajado para determinar a qualidade do fio... —ele faz uma pausa, falar para essa garota o mesmo que tinha ouvido daquela mulher o fazia sentir um misto de saudade, dor e carinho— E é cortada por Átropos, a inevitável que determina o fim de uma vida. Elas são uma tríade, conhecida como as parcas ou moirae, filhas da noite ou ainda filhas de Zeus e Têmis.

–-Já tinha... escutado algo assim...—consegue gaguejar a menina após uma longa pausa.

Ele sorri e comenta:

–-Que menina inteligente!

–-Ela é uma menina inteligente! Ela é uma menina inteligente!—fala uma garotinha após a outra.

Ela fica vermelha, mas logo se põe a explicar:

–-Olha não quero parecer mal educada, mas não sou nenhuma cliente. Parei na frente da sua casa por que nunca tinha reparado nela antes ou visto, sei lá, daí meu corpo se moveu sozinho... sei que isso parece desculpa de João em braço, mas...

–-Seu nome?--ele pergunta de repente.

–-Hã?— ela para a explicação mais confusa ainda, mas por algum motivo sentia que podia confiar no homem a sua frente— Shimizu Sayaka.

–-Nome bonito! Me chamo Watanuki Kimihiro e sou o atual dono dessa loja, e essas são Maru...—ele aponta para a garotinha de marias-chiquinhas e depois para a de cabelos curtos— E Moro!

–-Prazer em conhecê-los, mas agora tenho que ir! Eu não... —vai falando Sayaka indo em direção a porta que fecha na cara dela.

–-Escutou minha explicação com atenção? No tear que tece a nossa vida, não existe pontas soltas.--ele solta um longo fio de fumaça -- Todos os fios estão entremeados entre si e estão revestidos de significados. O fato de estar aqui e não onde acha que devia estar prova isso, não é?

A garota olha para trás, para Maru e Moro e depois para ele, para o homem que havia se apresentado como Watanuki, ela sabia que a explicação dele era algo muito fantasioso, mas Sayaka era incapaz de deixar de acreditar nele.

–-Vejo que acredita em mim... interessante! Quando foi comigo não dei muito credito a essa explicação. Mas como pude perceber mais tarde é uma coisa importante e verdadeiro.

De repente ele olha para a porta ao lado do lugar em que esteve semi sentado, se levanta e depois olha mais uma vez para Sayaka e pergunta:

–-Será que você poderia me ajudar? Estou prestes a receber visitas... Hummmmm... mas ainda não sei quem são.

Ela olha para o relógio e nota infeliz que passavam das 19h30min, ou seja, seu encontro tinha ido para o espaço. Suspirando e sentindo dentro de si a necessidade de ajudá-lo, vai ate o centro da sala e fala:

–-Claro! O que tenho que fazer? E preciso de explicações, tipo... que tipo de loja é essa?

Ele acena a cabeça concordando com a explicação, sorri e sai porta afora deixando Sayaka com as meninas que logo começam a tirar a mochila das costas dela, a levam para fazer um tour pela casa e param em um quarto onde deixam as coisas dela em cima da cama e dão roupas novas para ela vestir. Era um vestido de alcinhas preto que ia ate os joelhos tipo lolita gótico, Maru coloca um tornozeleira dourada com um pingente em forma de asa e Moro sobe na cama desfaz o coque e o penteia fazendo um complicada trança raiz. Elas saem do quarto, a azulada puxando a morena pela mão enquanto a rosada corria na frente.

Um trovão anuncia chuva e logo as duas estavam na varanda de trás, instantes depois da chuva começar a cair torrencialmente Moro volta com toalhas e um guarda chuva. Sayaka pega as toalhas dos braços da garotinha, mas antes que pegasse o guarda chuva Watanuki o pega em seu lugar.

–-Vamos! Eles estão chegando... —Ele fala olhando para o céu negro e tempestuoso.

A garota e o homem andam lado a lado deixando as meninas sob o coberto, ele abre o grande guarda chuva e juntos vão ate o meio do jardim. Um clarão seguido de um estrondo faz a garota arquejar, ela não gostava de trovões, mas é quando um clarão próximo do chão quase a faz gritar. Depois que o clarão some, ela vê três rapazes e um bonequinho orelhudo branco aos pés deles parados na chuva a encará-los.

O mais jovem de cabelos e olhos castanhos encarava sem nenhum pudor Watanuki que retribuía seu olhar, ambos sorriem um para o outro e ao mesmo tempo falam:

–-É bom te ver de novo!

–-Shaoran... —fala Watanuki como se estivesse chamando um irmão que não via há anos.

–-Kimihiro... —o outro responde com o mesmo tipo de emoção na voz.

E é diante desse evento impossível de gente aparecendo do nada que Sayaka, parada ao lado de Watanuki como uma estatua, percebeu que sua “linha da vida” nunca mais seria a mesma.

Fim do desejo 1


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