Beautiful Decadence escrita por brgscarolina


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Eu

morrendo
de

de
postar
isso.
É o último, guys! E eu tô feliz e... bugada ao mesmo tempo.
Tá... Aqui o capítulo pra vocês :3



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Bom, no sábado quando eu apareci lá, ela estava com o cabelo preso num coque desajeitado, e usava um short e uma blusa de mangas até os cotovelos, e também aqueles óculos.

Ela ficou surpresa, mas me deixou entrar, lá nós assistimos TV e nos beijamos e fizemos a comida e nos beijamos. Basicamente, eu queria levá-la até o seu quarto e fazer os beijos virarem outra coisa. Mas eu não quero apressar a Callíope em nada. Quero dizer, bem, é a Callíope, né? Então, resumindo, nos beijamos pra caramba.

Então Alexy me ligou, gritando feito louco no telefone e eu tive que ir embora.

No domingo não nos vimos, mas tudo bem. Eu fiz uma tarefas que tinha que entregar e ela provavelmente fez o mesmo. Não falamos mais no caso do pai dela, e acho que nem tocaria mais no assunto. Ela tinha todo o direito de querer que o pai saísse da prisão. E eu ia continuar gostando dela do mesmo jeito.

Agora, aqui estou eu. No refeitório, junto com meu irmão e duas amigas dele, e nós estávamos comendo uns donut’s pra variar. Eu ainda não tinha a visto. Callíope. Geralmente ela chegava super cedo. Tipo, super cedo mesmo.

–Armin! – Resmungou Alexy. – Pare de olhar em volta, e converse um pouco com a gente. Logo a Callíope chega e você pode ir correr atrás dela.

–Tá, tá! Eu já volto. – Me levantei, me despedindo dos três e ouvindo Alexy resmungar ainda mais depois que saí.

Talvez ela estivesse na estufa. Ela sempre está na estufa.

Ou não.

Onde ela poderia estar? Olhei no relógio. Logo eu teria que ir pra aula, e então teria que esperar até a aula de economia para ver se Callíope veio hoje.

Nem o celular ela atendia.

Fui apressado para a aula de economia, depois de duas outras aulas, e já entrei procurando pelo cabelo ruivo dela. Ela estava lá. Franzi o cenho. Ela estava na minha carteira. Me aproximei, e quando me viu, ela se levantou.

–Não atendeu o telefone. – Falei. – Aconteceu alguma coisa?

Ela respirou fundo duas vezes, ficando vermelha quando pegou minha mão e me encarando. Ela nunca tinha me olhado desse jeito. Os olhos estavam diferentes, intensos, e pareciam brilhar. Ou talvez eu que estivesse vendo coisas.

Franzi o cenho, e ia perguntar de novo se tinha acontecido algo, mas ela disse:

–Armin. E-eu... Nós, estudamos nessa mesma aula há quase um ano, e nenhum de nós nunca tinha nem se tocado da existência do outro. Até aquele dia em que você foi falar com Nathaniel por causa da folha cor de rosa e eu estava junto. – Aonde ela queria chegar? Eu assenti, lembrando daquele dia mais de dois meses atrás. Já fazia mais de dois meses, mas me parecia que foi ontem que eu a conheci. – Aí então, desde aquele dia, você estava sempre por perto. No começo eu achei isso uma droga, quero dizer, caramba, por que esse cara não larga do meu pé? Mas aí nós começamos a conversar, e você era um cara muito legal. E era difícil de ficar brava com você, ou colocar obstáculos, ou me fazer de chata só pra te afastar. Eu não consegui. – Sorri. Ainda bem. Só Kratos sabe o quanto foi difícil fazer isso. – Nós começamos a nos ver mais, a nos falar mais, e você ficava querendo sair comigo. Nathaniel disse que você tinha “gostado” de mim. Eu não queria sair com ninguém. – Essa doeu. – Eu tinha coisas importantes pra fazer, coisas que você acabou descobrindo o que eram. – O pai dela. Ela estava aqui na faculdade pra poder tirar o pai dela da cadeia. Assenti de novo. A mão dela estava suando na minha. Ela era demais. Ela era... Real. – Aí no dia em que eu gritei com você e você saiu correndo da minha casa, eu pensei que nunca mais fosse te ver ou falar com você de novo. Uma parte de mim dizia que as coisas voltariam ao normal, mas outra estava... decepcionada. Exatamente por isso. Porque eu nunca mais falaria com você. Mas então você falou comigo de novo e eu vi que você era diferente. Você não ligava para os meus ataques de chatisse, ou frescuras ou caprichos ou meu jeito irritantemente chato de ser. Bom, era eu pensar isso ou pensar que você estava numa seca do caramba, porque, olha pra mim, não sou e nem nunca vou ser uma dessas garotas gostosas que qualquer cara gostaria de comer. – Dei risada. – Bom, então, as coisas foram indo e era até natural pra mim estar com você, e... Na sexta, você disse aquilo pra mim depois de me beijar e eu não consegui parar de pensar em você. E no outro dia você apareceu em casa – ela ficou mais vermelha, e apertou mais minha mão. – e mesmo eu estando toda desarrumada você ainda queria me beijar. – Eu vou querer beijar essa garota o tempo todo, cara! Não tem como não querer. – E eu fiquei pensando... Eu estou morrendo de vergonha por estar aqui te dizendo essas coisas, mas eu... Armin, eu...

–Cal. Tá tudo bem? – Perguntei. Ela ainda estava vermelha e sua mão tremia.

–Tá. – Ela riu, suspirando. – Armin, eu tô apaixonada por você. Quer ser meu namorado?

Pera. Agora eu buguei. Ela estava me pedindo pra ser namorado dela? Eu que ia pedir pra ela ser minha namorada. Não hoje, mais pra frente, eu não queria apressar as coisas. Cara...

Eu não podia deixar meu machismo dominar e dizer não só porque foi ela quem pediu.

Acabei abrindo um sorriso e arqueando as sobrancelhas. Agora sim eu entendia o porque de ela estar tão nervosa.

–Cara... – Falei, e ela desviou o olhar. – Isso não é óbvio? É claro que eu quero!

Ela olhou pra mim sorrindo, e pulou no meu pescoço, me abraçando, e umas garotas que sentavam perto começaram a aplaudir. Ela deve ter esquecido de que a acústica da sala é ótima, e agora se soltou do abraço, olhando em volta e se encolhendo contra meu peito.

–É isso aí, garota! – Outra garota gritou e Callíope riu.

–Vamos embora daqui. – Falei, passando os braços pela cintura dela e a puxando. Peguei a bolsa dela e enquanto saíamos, os alunos ainda aplaudiam.

–Armin – Ela ria. – Espera.

Me afastei dela o bastante pra poder olhar nos seus olhos. Estávamos no meu carro, íamos embora do campus por hoje. E assim que entramos no carro eu tive que beijá-la. Sua boca, seu pescoço...

–O que? – Perguntei, pegando sua mão, que estava no meu peito.

–Pra onde nós vamos? Você disse que íamos sair daqui, mas, onde?

–Ah... Eu não sei. Eu só quero ficar com você, agora que – Sorri. – sou seu namorado.

Ela riu, se inclinando e me beijando. Cara, como eu queria essa garota.

–Cara... Eu quero você, Callíope.

–E eu quero você, Armin. Agora. – Ela disse num sussurro. Engoli em seco.

Era isso mesmo que eu estava entendendo? Um arrepio passou pelo meu corpo enquanto a garota no banco do carona sorria, se inclinando mais uma vez e beijando meu pescoço.

Sorri, deslizando as mãos por seus braços até chegar às mãos dela.

–Sabe, o meu plano era ir o mais devagar possível, mas você está apressando muita coisa, Cal.

–Se não quiser...

–Você tá de brincadeira? É claro que eu quero. É só que você... Eu achei...

–Só vamos. – Sorriu.

Dei risada, com o coração acelerado, ligando o carro e indo até a casa dela. Bom, sim, casa da Callíope. Pelo menos não corríamos o risco de Alexy entrar de repende no meu quarto e nos pegar juntos. E estamos falando do Alexy, então seria bem capaz de ele não se importar e continuar tagarelando lá no quarto com a gente.

Estacionei na entrada e desci do carro, a pegando pelo pulso e indo com ela até a porta, esperando enquanto ela a destrancava e nós entrávamos. Ela deixou as chaves na mesa, e eu a ergui do chão, a sentando em cima da mesa. Ela sorria, passando os braços pelo meu pescoço e me puxando, me beijando. Mordi seu lábio inferior e ela riu. Será que ela sabe o quanto que é sexy? Porque essa garota é muito sexy.

Ela passou as pernas pela minha cintura, e eu a tirei da mesa, andando pelo corredor da casa até achar o quarto dela. Como era de se esperar estava todo organizado. Fechei a porta com o pé, e fui com ela até a cama. E meu coração estava muito acelerado. Ai que gay isso. Mas, bem, é isso aí.

Deslizei as mãos até a barra do suéter azul que usava, o erguendo e então o tirando, a deixando com a regata preta que usava por baixo. A alça do sutiã caindo no ombro esquerdo, era muito sexy. Cara. Tirei a minha blusa, e joguei em algum canto, enquanto ela me olhava.

Callíope se aproximou, com as mãos sobre meu peito. Era óbvio que ela sentia meu coração batendo rápido. Cara, que coisa mais gay de se dizer. Não, espera. Nem Alexy dizia coisas assim.

Droga, pare de pensar nessas merdas e faça algo de útil. Como a beijar de novo enquanto começava a subir a fina regata preta. Nos separamos pra poder jogar o tecido longe e eu poder puxá-la de encontro a mim. Callíope estava mesmo com pressa, já que sua mão foi direto no botão da calça jeans que eu usava. Eu tive que rir enquanto ela brigava com o botão, sem interromper o beijo. Bom, não sou nenhum santo, por isso abri logo o botão da calça dela. Ela se levantou um pouco, ficando de joelhos sobre a cama para eu poder puxar a sua calça pra baixo nos quadris, deslizando as mãos sobre a pele dela.

–Tem certeza de que quer fazer isso? – Perguntei. Tá, eu queria, pra caramba, mas seguiria meu plano de ir no ritmo dela. Se ela quisesse parar agora, paciência.

Ela se afastou, olhando pra mim. As sardas, os cabelos de ferrugem desgrenhados, a falta de peças de roupa.

–Armin. – Ela disse. – Eu falei que estou apaixonada por você na frente de uma sala de aula inteira. – Riu-se. – É claro que eu tenho certeza. Eu quero isso. Eu quero você.

Soltei o ar, a fazendo rir, enquanto eu dizia:

–Obrigado, cara! – Então a puxei de novo, a beijando outra vez e abrindo o fecho do sutiã que ela usava.

Callíope sorria entre o beijo, e isso me deixava... feliz. Ela não parecia a mesma garota que conheci, meses atrás. Na verdade, ela era a mesma, mas agora, ela não estava mais presa. Ela tinha finalmente deixado um pouco de lado aquela história de ajudar o pai pra poder viver a própria vida. Para alguns, talvez isso seja uma decadência. Um desvio de conduta. Mas pra mim, isso é a Callíope sendo simplesmente a Callíope. E se continuarem achando que é decadência, bom, pra mim, essa é uma bela decadência.


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Notas finais do capítulo

E... É isso. chegamos ao fim. Fim. The end. Finito.
Eu realmente queria agradecer a vocês, que leram a fic, e também aos comentários ~até o que me fez chorar~ porque isso realmente é uma coisa maravilhosa de sentir. Vocês moram no meu heart, de verdade, e eu adorei saber o que vocês achavam da fic.

Então...
Ainda não vou alterar o status da fic pra 'Terminada' porque...
...Quero fazer um bônus. Porém esse bônus é da minha diwa purpurinada, o Alexy :3
Não sei quando vou postar, mas... you know... :3
Acho que vocês vão gostar. Pelo menos, quem gosta de yaoi, vai. e.e'

Obg mais uma vez pelo carinho de vocês. E.. É isso aí. Até a próxima, guys' o/