"Te vejo errando e isso não é pecado
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar

Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar ao menos mande notícias
Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar

Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu."

Na sua estante - Pitty ♥

Ele sorriu maliciosamente lindo e me jogou de costas na cama. Aquilo doeu por causa dos meus ferimentos, mais ele pareceu não se importar, na verdade, nem eu me importei. Não demorou muito pra que ele também retirasse suas roupas e se deitasse sobre o meu corpo com suas mãos passeando pelo meu. As coisas estavam esquentando aos poucos...

–--- Você tem certeza que agüenta? Eu digo... Por causa dos seus ferimentos!

Olhei no fundo de seus olhos e ele realmente estava preocupado com isso.

–--- Eu não sou tão fraca quanto você imagina! – Sussurrei ao pé do seu ouvido.

Acho que isso foi o que faltava pra ele fazer aquela noite ser perfeita...

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Era bem cedo, por volta de umas 06h30min da manha. O clarão feito pelo sol que ainda estava escondido atrás das nuvens atravessava a fina cortina branca que havia naquele quarto, despertando o loiro que se sentava na cama limpando seus olhos pra que sua visão ficasse melhor. Virou-se totalmente confuso e viu uma morena totalmente nua.

–--- Kami, então não foi um sonho!

Cobriu-a com um lençol suavemente para que a dona de cabelos azulados não acordasse, em seguida, vestiu sua calça e saiu do cômodo em direção ao banheiro que havia em seu quarto, do outro lado da casa. Se encarou no espelho que havia na parede em cima de sua pia.

–--- Você conseguiu o que queria maldita, e agora?

Entrou debaixo do chuveiro e se permitiu sorrir se lembrando do que havia acontecido na noite passada.

–--- Mesmo com todos os seus ferimentos, você não quis parar... *risos*

Ele não podia se conter. Estava totalmente impressionado com aquela mulher, do tipo que ele nunca tinha visto antes.

HINATA pov’on

Um clarão me faz acordar e olhar para o relógio que havia em cima da cômoda. São por volta das 7hs. Acordo apalpando o meu lado na cama a procura de um loirinho mais me sento rapidamente ao ver que ele não esta lá.

–--- Será que foi um sonho?

Passo a mao por sobre meus olhos, melhorando minha visão e vejo uma camisa e um cinto jogados na cabeceira da cama. Sorrio com aquilo.

–--- É. Não foi um sonho!

Me deito novamente fitando o teto e um sorriso nasce em meus lábios ao me lembrar da noite anterior.

–--- Definitivamente, você não é gay *risos*

Me enrolo nos lençóis como se estivesse enrolada em um toalha, saio correndo em direção a cozinha a procura de uma cabeleira loira, mais não encontro. Me aproximo do outro quarto e paro na porta ao escutar o som de chuveiro ligado. Adentro no cômodo e deito na cama, vou esperar aqui até ele sair.

HINATA pov’off

NARUTO pov’on

Tento desviar meus pensamentos daquela Hyuuga balançando a cabeça. Fecho o registro do chuveiro e enrolo uma toalha na cintura. Saio do banheiro com os cabelos molhados gotejando em minhas costas e me surpreendo ao ver um corpo envolto por lençóis lilás sobre a minha cama. Aproximo-me lentamente da cama e agacho ao lado, admirando aquele rosto angelical e não pude me conter, tive que tocar-lo.

–--- O que você pretendia fazer caso eu entrasse em coma e não acordasse? – A voz dela saiu rouca e me pegou desprevenido. ---- Eu me lembro muito bem de você dizendo algo como “é melhor você sair dessa logo, maldita.”

Eu teria me levantado dali e saído se uma tal Hyuuga não tivesse me segurado pela mao e me puxado, fazendo com que eu sentasse ao seu lado na cama.

–--- Pra que você quer saber disso agora? -- Fitei a janela. Sim! Eu estava evitando olhar nos olhos dela. ---- Isso já não importa mais... Você esta aqui, não esta?

A morena acenou que ‘sim’ e sorriu.

–--- Essa noite foi incrível! – Ela sentou-se na cama e puxou meu rosto para que eu olhasse pra ela. ---- Muito obrigada!

–--- Pelo que? Por te tirar do tédio?

Me levanto, pego uma muda de roupas e saio em direção ao outro banheiro da casa, me trancando e deixando a Hyuuga sozinha em meu quarto. Ponho uma camisa preta e uma bermuda laranja e depois de 15 minutos trancado ali, resolvo sair e ir em direção a cozinha.

Encontro a dona de cabelos azulados sentada no balcão de costas pra mim, com um vestido roxo de alça fina. Passo em silencio ate a geladeira, retiro de lá uma garrafa de suco natural e tomo direto dali mesmo.

–--- Seja mais higiênico, Uzumaki.

Ela fala serio e sem desviar a atenção do seu café da manha. Espera, Uzumaki? Não me importo e vou em direção ao sofá, me sentando. Ficamos um longo período sentados, sem movermos um músculo ou dizermos um ‘A’.

Ok! Acho que eu to começando a me arrepender de ter dito aquilo! Meu suco acaba, então me levanto e ponho a garrafa vazia em cima da pia. Ao me virar, vejo que a Hyuuga estava parada atrás de mim

–--- Você é tão burro assim? – Arqueio a sobrancelha e antes que eu possa responder, ela continua. ---- Acha mesmo que eu sou do tipo que “se rasteja por homens”?! Acha mesmo que eu insistiria esse tempo todo para irmos pra cama se eu não sentisse nada por você?! Acha mesmo que tudo não passava da minha “vontade de sair do tédio”?!

Fico totalmente sem ter o que dizer.

–--- Hinata... Eu... – Tento enxugar uma lagrima que caia do seu rosto, mais ela da um tapa na minha mao. ---- Me descul..-

–--- Não. Não desculpo! Acha mesmo que só porque eu tenho esse jeito “atiradinha” e rodo o mundo cometendo crimes, eu vou pra cama com todo tipo de homem que vejo pela frente?!

Um silencio reinou na sala.

–--- E-entao quer dizer qu... Ontem...

–--- Sim policial Naruto Uzumaki! ONTEM FOI A MINHA PRIMEIRA VEZ! – Ela gritava em meio ao choro. ---- Eu sempre estive ocupada com tanta coisa que nunca parava pra pensar em mim. Mais quando eu te descobri... Sabia que você era especial, e achava que era a pessoa certa! Achava... Mais vejo que me enganei.

Ela enxugou suas lagrimas com as costas de suas mãos e saiu correndo em direção ao seu quarto. Eu senti uma pontada forte no coração ao lembrar de suas palavras.

“Ontem foi a minha primeira vez!”

–--- Kami, o que eu fiz! – Levo a mao ao rosto. ---- HINATA!

Saio correndo em direção ao quarto e abro a porta de uma vez, fazendo-a se chocar contra a parede.

–--- HINATA, ME DESCULPA. EU... Hinata?

Entro no quarto a procura da Hyuuga, mais ela não esta lá... Entro no banheiro, e ela também não esta lá...

–--- Hinata, para de brincadeira. Vamos conversar!

Saio do banheiro e vejo a janela aberta com somente as cortinas brancas dançando por causa do vento.

–--- N-não. Não pode ser!

Abro o pequeno guarda roupa e vejo que não há nenhuma roupa, nem mochila, nem ao menos o, sobretudo preto que ela odiava. Tinha desaparecido tudo!

–--- V-você não seria capaz!

Corri por toda casa, olhando em cada cômodo. Sai no jardim a procura da tal Hyuuga, sem nenhum resultado.

–--- HINATA!

–--- POLICIAL UZUMAKI, NOS AJUDE!

Vi um dos guardas caído no chão então corri pra ajudar-lo.

–--- O que aconteceu aqui?

–--- A Hyuuga... Ela... Fugiu!

Olhei em volta e vi todos os guardas caídos no chão, mais nenhum com ferimentos graves.

–--- Ok. Descanse! Irei chamar uma ambulância!

Corri de volta em direção a casa em busca do meu celular e quando o encontrei, liguei para o hospital.

–--- Ótimo! Venham logo, é urgente!

Terminei a ligação e sai correndo em direção ao meu quarto. Chegando ao local vi uma camisa minha que ela tinha pegado emprestado uma vez. Me aproximei e sentei na cama, abraçando a camisa que ainda tinha aquele perfume agridoce da morena.

–--- Aonde você esta, sua maldita?

Ao balançar a camisa, um pedaço de papel cai no chão.

–--- É da Hyuuga!

“Ah Uzumaki, encontrou meu bilhete. Então notou minha ausência.

A essa altura eu já devo estar longe dessa cidade.

Não se preocupe em vir atrás de mim, e diga o mesmo à policia local.

Evitem perder o tempo de vocês!

Resumindo... Eu só deixei esse papel pra dizer “obrigada pela camisa e obrigada por me fazer mulher!”

Adeus!

Hinata Hyuuga.”

Fecho o papel e lagrimas brotam em meus olhos. Agarro forte a camisa junto ao bilhete e frases ditas por ela começam a se repetir em minha mente.

“Acha mesmo que eu insistiria esse tempo todo para irmos pra cama se eu não sentisse nada por você?!”

Deito-me aos prantos e a única coisa que me resta fazer, é chamar pelo seu nome.

–--- HINATA! SUA HYUUGA MALDITA! VOLTA! Volta pra mim, eu... EU TE AMO!