Ela diz: Temos que nos agarrar no que temos
Porque não faz diferença
Se nós conseguirmos isso ou não
Nós temos um ao outro e isso já é muito
Por amor - nós iremos tentar.
Oh, estamos no meio do caminho
Whoah, vivendo em oração
Pegue a minha mão, nós vamos conseguir, eu juro
Whoah, vivendo em oração.

Livin' On a Prayer - Bon Jovi

De repente, a frase que a Sakura-chan havia me dito há poucos minutos atrás me vem a mente.

“O grande Naruto Uzumaki, o policial valentão... Esta amando!”

Isso é realmente possível? Naruto Uzumaki... Esta... Se apaixonando... Por uma criminosa?

Meus pensamentos estão embaralhados, minha mente esta confusa... O cansaço fica mais forte e sou vencido pelo sono.

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–--- Naruto, oe, acorda! Naruto... – A rosada balançava o loiro pelos ombros.

–--- Ha? Sakura-chan? O que aconteceu?

–--- Você está dormindo desde ontem à noite Naruto!

O loiro olhava para os lados a procura de uma garota de cabelos azulados e ficou “feliz” ao ver-la, mesmo que ainda estivesse desacordada.

–--- Ah é, eu ainda estou no hospital... Sakura-chan. Me deixe dormir mais um pouco!

–--- Não, você precisar ir a sua casa, comer alguma coisa, tomar um bom banho e por roupas limpas. Roupas que sejam suas! – Ela fechava as cortinas do quarto. ---- Você esta dormindo desde as 21hs de ontem.

–--- E qual o problema nisso?

–--- O problema seu grande baka, é que já são 21h30min.

O loiro deu um pulo da cadeira ao perceber que havia dormido um dia inteiro.

–--- Meu Kami, eu hibernei?

–--- Sim, eu vim te acordar varias vezes, mais acho que o seu corpo se deixou levar pelo efeito do remédio e o cansaço da luta. Agora vá! Troque de roupas e se alimente direito. Se você não se lembra, ainda esta com o corpo fraco devido aos seus ferimentos, e ficar sem comer não é uma boa opção! Até a Hinata já se aliment..-

–--- COMO? A HINATA ACORDA E NINGUEM ME AVISA?!

–--- Para de gritar seu grande baka. – A rosada distribuía cascudos na cabeça do loiro. ---- Sim, supreendentimente, ela acordou a algumas horas atrás e se alimentou direito. Apesar do seu ferimento grave, ela conseguiu responder normalmente as minhas perguntas, inclusive, me contou como vocês conseguiram esses ferimentos.

O jovem abaixou a cabeça e pôs-se a pensar no que tinha acontecido.

–--- Você vai contar a Tsunade-sama, não vai? – A rosada ajeitava o lençol que cobria Hinata.

–--- É-é claro que eu vou. Alias, vou fazer isso agora! Irei conversar com a Tsunade sobre tudo o que aconteceu e depois irei em casa tomar um banho. Eu não demoro a voltar! Qualquer coisa, eu disse: QUALQUER COISA, você me liga.

A rosada apenas acenou que “sim” com a cabeça e o loiro saiu para fazer o que havia dito.

–--- Mais é muito estúpido mesmo. – sussurrava a rosada pra porta que agora estava fechada.

–--- Você é o que? A namorada do loirinho?

A voz da Hyuuga assustou totalmente a rosada, que não esperava aquilo.

–--- N-não! O Naruto e eu somos apenas amigos, só isso!

Durante alguns minutos se encararam. No começo Hinata desconfiou, mais depois sentiu que Sakura falava a verdade.

–--- Que bom, se não eu teria que te matar :)

–--- *risos* a-ah, não se preocupe com isso. *risos*

–--- Eu estou falando serio.

Mais uma vez, ficaram se encarando. Sakura não ousou desafiar a morena! Sabia que mesmo ferida, ela ainda era uma criminosa Rank S.

Hinata quebrou aquele clima pesado e conversava normalmente com a garota de cabelos roseos.

“40 minutos depois...”

–--- Bem... Eu poderia fazer uma pergunta? – A rosada dava dois passos pra trás, se distanciando da Hyuuga. A mesma assentiu e Sakura continuou. ---- Você... Tem algum sentimento pelo Naruto?

A morena fitou o teto por alguns segundos, como se estivesse buscando no fundo de sua alma aquela resposta. Olhou para a rosada que temia que ela fizesse algo

–--- Sim. Eu o amo!

Sakura sorria com tal resposta.

“Você esta mesmo encrencado, Naruto!”

–--- Que bom! Eu fico feliz por vocês dois.

*barulho de porta abrindo*

–--- Vocês dois? De quem vocês estão falando?

As duas se assustaram com o loiro que havia entrado de repente.

–--- De ninguém loirinho curioso. A medica estava apenas me falando que vou poder ir embora hoje mesmo! Não é mesmo flor de cerejeira?

–--- H-hai! E-eu estava dizendo a ela, que poderia sair daqui hoje mesmo.

–--- Hn. – Naruto apenas analisava o “clima” que havia ali. ---- Ok. Então, vista essa roupa aqui Hinata. Naquele dia não deu tempo de pegar nada, então passei em minha casa e peguei esse vestido que era da minha mãe. Espero que fique a seu gosto.

–--- Bem, eu vou saindo. – A rosada recolheu alguns papeis e saiu do quarto.

A morena se levantou da cama e começou a se livrar daquela roupa de hospital.

–--- Espera, quer dizer que você não vai dar “chilique”, nem se virar de costas ou me mandar trocar de roupa no banheiro... ?

–--- Não. Eu já te vi em roupas intimas antes, esqueceu?

A dona de cabelos azulados sorriu maliciosamente com aquilo.

–--- Ah, então só falta você me ver nua.

A morena puxava a alça de seu sutiã para baixo, mais foi impedida pelo loiro.

–--- Esta ficando maluca?

–--- To!

–--- Esqueceu que isso é um quarto de hospital?

–--- Lógico que não. Quartos tem cama, veja. – Ela deitava de costas na cama puxando o rapaz pela camisa. ---- E essa é a melhor parte...

Suas respirações estavam começando a ficarem mais rápidas, principalmente a do rapaz.

HINATA pov’on

Ainda estamos com nossos corpos colados e ele me fita com um brilho lindo nos olhos. Eu realmente queria ter o dom de ler mentes pra saber o que se passa na cabeça desse loirinho...

–--- O que pensa que esta fazendo, Hyuuga? – Ele tenta ser autoritário mais falha.

–--- Eu quero jogar xadrez, você não percebeu ainda?! – Ironizo e ele arqueia a sobrancelha com um sorriso debochado no rosto.

–--- Vamos embora!

–--- Por quanto tempo você pretende fugir de mim? Esse brilho no seu olho é o que te denuncia loirinho! Então porque ainda tenta?

Ele me fita, mais agora com uma expressão serena em seu rosto. De repente, da um leve tapa em minha cabeça.

–--- Itai loirinho, perdeu o juízo?

–--- Isso foi por ter me jogado da janela do segundo andar! -- Sinto uma de suas mãos deslizar pela minha cintura e me puxar pra mais perto ainda (se é que era possível) . ---- Isso foi por ter se arriscado por mim.

Ele sela nossos lábios delicadamente até finalmente formar um beijo forte, demorado e desejoso, que explorava cada canto da minha boca... O famoso beijo bom! Ficamos alguns minutos assim, até que ele se separa de mim.

–--- Porque parou? – Pergunto.

–--- Porque eu preciso de oxigênio pra viver! – Ele se distanciava de mim. ---- Vista-se. Te espero lá na recepção.

Disse isso e saiu do quarto. Não demorou muito pra que eu chegasse à recepção e visse o loirinho conversando com a tal garota de cabelos rosados.

–--- Vamos loirinho, quero sair desse inferno.

–--- Então é isso, Sakura-chan. Arigato por tudo! – Dizia ele acenando pra tal rosada e caminhando em minha direção, mais não antes que eu fuzilasse a garota com os olhos! Acho que ela entendeu o recado. ---- Vamos, Hyuuga.

Adentramos no carro e fomos em direção aquele local tedioso que temos que chamar de “casa”, pra não colocar nomes piores ‘-‘

Não demorou muito para que chegássemos ao local. Estranhamente, estava tudo arrumado. Os moveis quebrados haviam sido retirados, os cacos de vidros e sangues das paredes já não existiam mais naquele lugar.

–--- Cadê a minha bagunça? – Pergunto curiosa.

–--- A delegada mandou empregados aqui e eles limparam tudo.

–--- Então, a delegada já sabe de tudo?

–--- Hai! – Dizia ele enquanto pegava uma garrafa d’água

–--- Que bom. Achei que você me obrigaria a limpar tudo!

Me sentei no sofá. Por mais que eu tenha saído do hospital, eu ainda sentia dores na região do corte, mesmo tomando os vários remédios que a tal Sakura havia mandado. Como de costume, ele sentou no sofá a minha frente.

–--- Estou esperando!

–--- O que? Ah ta. As algemas né? – Estique meus pulsos pra que ele pudesse me algemar novamente. ---- Pode colocar, eu não ligo.

–--- Primeiramente, você precisa das duas mãos pra se cuidar. Principalmente agora, nesse estado.

–--- Não fale como seu eu estivesse impossibilitada!

–--- Não me interessa! Você sabe muito bem o que eu quero saber.

Encarei-o com um olhar frio, mais ele não se importou com isso.

–--- O que você quer saber?

–--- Tudo! – Ele se levantava e sentava no mesmo sofá que eu. Ficamos um de frente para o outro, só que agora mais perto ainda. ---- Não me esconda nada, é pra sua proteção!

Minha proteção? Ele acha mesmo que pode me proteger?

–--- Porque se preocupa tanto comigo? – Soltei uma breve risada quando percebi uma coloração avermelhada em suas bochechas.

–--- N-nada! É só o meu trabalho!

Me levanto e vou ate a cozinha para pegar um copo de água. Ele me segue e se senta escorado no balcão de mármore.

–--- Seu trabalho né? Sei... Porque não esquece um pouco seu trabalho? Teremos tantos dias juntos ainda... Deixa isso pra outra hora!

Bebo a água e coloco o copo na pia. Em seguida, me inclino sobre o balcão ficando de frente pra ele. Passo a mao em seu rosto e paro segurando a ponta de seu queixo.

–--- O que pensa que est..-

O interrompo selando meus lábios nos dele, logo, o selinho inocente se torna um beijo bem excitante! Os sabores de uva e menta se fundiam cada vez mais. E eu teria ficado ali a noite toda se não fosse a falta de ar... Dei a volta pelo balcão e parei ao seu lado.

–--- A gente podia se divertir um pouquinho, o que acha? – Passo o indicador sobre seus lábios que ainda estava molhado por causa do beijo.

–--- Eu já disse que não sou seu brinquedo! – Ele morde meu dedo suavemente. O que arranca um risinho besta de meus lábios.

Sai andando em direção ao meu quarto.

–--- Como pode ser tão gay?

Vi ele correr em minha direção com um sorriso bem malicioso em seu rosto. Paramos um de frente ao outro na porta de meu quarto e nos fitamos por alguns segundos.

–--- Vou te mostrar quem é gay!

Avançamos um no outro como dois animais selvagens em época de acasalamento. Ele me ergueu do chão, fazendo com que eu entrelaçasse as pernas em sua cintura e foi entrando no quarto esbarrando em tudo o que havia pela frente. Abriu o fecho do vestido que ficava nas costa e arrancou-o em um movimento único.

–--- Kami-sama me acuda, acho que eu despertei o “animal selvagem” do valentão!

Ele sorriu de um jeito maliciosamente lindo e me jogou de costas na cama. Aquilo doeu por causa dos meus ferimentos, mais ele pareceu não se importar, na verdade, nem eu me importei. Não demorou muito pra que ele também retirasse suas roupas e se deitasse sobre o meu corpo com suas mãos passeando pelo meu. As coisas estavam esquentando aos poucos...

–--- Você tem certeza que agüenta? Eu digo... Por causa dos seus ferimentos!

Olhei no fundo de seus olhos e ele realmente estava preocupado comigo.

–--- Eu não sou tão fraca quanto você imagina! – Sussurrei ao pé do seu ouvido e ele sorriu e em meio aos beijos, logo em seguida eu ouvi ele sussurrar algo como "desisto de lutar contra."

Acho que isso foi o que faltava pra ele fazer aquela noite ser perfeita...