"Mas o que eu tiver que fazer, farei
Verdade?
Então me siga
Posso confiar em você?
Para confiar em algo você tem de pelo menos tentar
Você seria motivos de riso se apenas confiasse?
Arriscando a minha vida, eu vou à luta
Se eu não me mexer será inútil."

Takacha - MOVIN! ( Higashi like the music *¬* )

SAKURA pov’on

Já se passam Seis dias desde que nós descobrimos sobre o seqüestro do Naruto-kun! A Tsunade-sama havia ficado tão brava conosco que mandou dois guardas ficarem de prontidão na porta da minha casa e também na casa do Sasuke, caso a gente tente agir por conta própria! Ela não nos quer metidos nesse caso de jeito nenhum. Eu até entendo a raiva dela, mais o Naruto é nosso melhor amigo, não podíamos simplesmente trair a confiança dele.

Hoje eu vim pra casa do Sasuke bem cedo. Não consigo simplesmente ficar de braços cruzados enquanto um amigo está em apuros.

–--- Sasuke...

–--- Hn?

Estávamos sentados a mesa, tomando café da manha. Sasuke esta de frente pra mim, ao outro lado da mesa.

–--- Eu não agüento mais, precisamos fazer algo!

–--- Como? Com aqueles quatros brutamontes vigiando a gente lá fora... É bem complicado!

Sim... Quatro! Toda vez em que eu vinha parar a casa dos Sasuke, os dois que ficavam na minha casa, me seguiam e ficavam aqui!

–--- Mais Sasuke... Eu...

–--- Eu sei rosada... – Ele bufava. ---- Mais temos que ser pacientes! Tsunade já esta brava de mais e bastante envolvida com esse caso! Você realmente quer passar por cima de uma ordem dela e irritar-la ainda mais?

Suspirei fundo, levantei da mesa, andei até a janela e fiquei de braços cruzados olhando pra fora. Ainda era cedo e as crianças jogavam bola na rua, do mesmo jeito que eu, Naruto e Sasuke fazíamos quando tínhamos a idade delas.

–--- Mais Sasuke... E se o Naruto... Estiver...

–--- Não pense assim! – Sasuke me interrompeu. Andou até mim me abraçando por de trás. ---- O Naruto é um cara esperto! Não deixaria que algo assim acontecesse.

–--- Tem razão. – Me virei de frente a ele, passando meus braços por seus ombros. ---- Eu não posso ser tão negativa! Ele está bem, tenho certeza.

Nessas horas, a gente precisa pensar sempre positivamente. Tenho que acreditar no potencial dele! Tenho que acreditar que ele é capaz de fazer o que eu menos esperaria...

“Eu sei que você esta bem! Sei que vai voltar...”

–--- Agora vamos... – A voz de Sasuke me tirou dos meus pensamentos. ---- Infelizmente... Ainda precisamos trabalhar!

Estava tão preocupada que havia me esquecido desse detalhe.

–--- É verdade... Tsunade-sama bem que podia ter nos proibido de trabalhar também... – Suspirei.

–--- É... – Sasuke soltava leves sorrisos. ---- Mais infelizmente, ela não fez isso =/

Após alguns minutos, já havíamos nos arrumados e estávamos a caminho de nossos trabalhos.

“Volta logo, Naruto!”

SAKURA pov’off

A essas alturas, todos ali naquele pequeno vilarejo, já sabiam do seqüestro do Naruto e automaticamente, estavam preocupados com o mesmo.

Sasuke havia parado no Ichiraku pra comprar seu almoço e percebeu que o “tio do rámem” o fitava preocupado.

–--- Tio, não se preocupe! – Sasuke sorria. Sabia o grande carinho que ele sentia por seu melhor amigo. ---- Ele logo estará aqui, sentado nesse banquinho e dizendo “Manda um miso duplo ai velhote” ou “po tio, cadê o bacon?”

Todos ali riram da falha tentativa do moreno ao tentar imitar Naruto, mais pela primeira vez ele não se importou! Queria apenas “reduzir” o olhar de preocupação das pessoas que realmente gostavam de seu amigo loiro.

“Dobe Dobe... Acho bom você voltar logo... E rápido!”

TSUNADE pov’on

Já faz Seis dias que eu estou à procura de Naruto.

*Batidas na porta*

–--- Entre!

–--- Tsunade-sama, com licença.

–--- Sim, Kakashi? Pode dizer. – Dizia eu fazendo sinal para que ele se aproximasse.

–--- Só queria avisar que o terceiro grupo já retornou.

A primeira coisa que eu fiz foi reunir um bom numero de policiais e separar em cinco grupos junto com cães de caça, que ficaram mais ou menos assim:

1º Grupo – Ao Norte.

2º Grupo – Ao Leste.

3º Grupo – Ao Sul

4º Grupo – Ao Oeste.

–--- Então, o 3º grupo retornou... – Me levantei da cadeira. ---- Já estava na hora!

Considerando que os arredores do vilarejo eram longos e largos, e que eu só tinha 80 policiais disponíveis (20 em cada grupo), eu não podia reclamar muito por estar demorando.

–--- Hai. – Kakashi não escondia seu olhar de preocupação. Gostava do Naruto tanto como eu. ---- Mais infelizmente, nenhum rastro foi encontrado nessa região.

–--- Droga! – Soquei a mesa com força. Tanta força que quase a quebrei.

–--- Mais o 1º, 2º e 4º grupo ainda não retornaram.

Me senti mais aliviada ao ouvir isso!

–--- Menos mal! Está dispensado, policial Hatake.

–--- Hai! -- Kakashi parou na porta e olhou pra trás. ---- Tsunade-sama, nós vamos achar-lo!

As gentis palavras de Kakashi pareciam ter me acalmado um pouco mais. Eu sorri e ele se retirou da minha sala. Caminhei ate o meu frigobar e retirei de lá uma garrafa de chá de camomila. Eu não costumava beber isso, mais tinha adquirido esse costume daquele loiro estúpido. Fitei a xícara por alguns segundos antes de beber, me lembrando de como ele fez um discurso de meia hora dizendo que chá era bom pra saúde, que eu deveria parar de beber tanto saque e blábláblá...

–--- Isso é tudo culpa sua! – Resmunguei sozinha enquanto tomava um gole do chá.

Sem perceber, lagrimas começam a escorrer do meu rosto ao ver uma foto que eu havia tirado com ele no ano novo. Tinha colocado essa foto em um porta-retrato que sempre ficava no cantinho da minha mesa. Passei os meus dedos molhados pelas lagrimas em cima da foto.

–--- Eu posso não ser sua mãe, e sei também que não sou capaz de substituir-la... – Fiz uma pausa. ---- ...Mais o meu carinho por você é enorme! Como se você tivesse saído de meu ventre!

A dor em meu peito era realmente forte, mais eu não podia me deixar abater assim.

–--- Não! – Falo enxugando as lágrimas. ---- Tenho que parar com isso! Ficar aqui lamentando não vai ajudar em nada. Estou decidida...

Me levanto da cadeira , pego minha bolsa e meu casaco verde-musgo que eu sempre estava trajada do mesmo. Saio da minha sala trancando-a, e entro no meu carro. Dirijo em direção a minha casa para pegar algumas coisas.

–--- Tenho que fazer alguma coisa... Por mais que estejam se esforçando, não posso simplesmente ficar esperando por esses policiais lerdos!