Savin' Me escrita por Sweet Nothing


Capítulo 6
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Notas iniciais do capítulo

Quem pensou que a autora morreu? Quem quer matá-la?
Eita tá difícil a coisa hein.
Apesar de não parecer essa morena aqui tem vida fora da internet. É difícil de acreditar, but it's true.

Não se chateiem, s2 U.

Boa leitura!



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Savin' Me

Por Roquira Marani

Classificação +16




Gostaria de saber na época o que sei agora

Gostaria de poder de alguma forma voltar no tempo

E talvez ouvir o meu próprio conselho

.

.

.




— Gaara eu tenho uma pergunta muito séria para você. — a kunoichi mostrava tamanha seriedade, que se não fosse pelos olhos desfocados e a cabeça rosada pendendo levemente para a direita, Gaara ficaria até um pouco preocupado.

— Hum — murmurou desinteressado pelo o que viria.

— Porque diabos você depila as sobrancelhas?! — a importante pergunta veio carregada de indignação e um pouco embolada — Olha, eu sei que pode ser uma moda lá em Suna e coisa e tal, mas é um pouco estranho. — a herdeira dos Haruno não parava de tagarelar desde que começara a beber a mais ou menos há três garrafas e meia de vinho atrás. Sua taça ainda estava cheia e estrategicamente posicionada atrás do arranjo de flores. Não era como se ele fosse ficar bêbado perto daquela maluca.

— Eu não depilo as sobrancelhas. — Ele replicou irritadiço interrompendo a Haruno.

— Gaara não precisa ter vergonha colega, todo mundo ainda te respeita. Você usa esse lápis de olho e ninguém fala nada! Não precisa mentir para mim. ­ — a bêbada fez joinha e Gaara revirou as orbes verdes amaldiçoando Temari por não estar em casa para cuidar da amiga cachaceira, amiga essa que não ia dormir por nada desse mundo e que muito menos o deixava em paz.

— Eu não uso lápis de olho e não depilo as sobrancelhas. — ela fez uma careta estranha de descrença. Sabia que era inútil discutir com ela, mas ela já estava conseguindo o irritar.

— Não minta para mim, ruivo-kun! —ela berrou e de repente começou a chorar. O ruivo passou as mãos pelo rosto tentando manter a calma. Será que Temari ficaria irritada se ele trancasse sua nova amiga no quarto e jogasse a chave fora? Era uma questão a se considerar.

— Minhas sobrancelhas são claras apenas isso. — ele disse para aplacar o berreiro. Estava se sentindo um pouco tonto, talvez devesse tentar dormir de novo e logo se possível.

— Sério? — ela pulou no sofá de animação e praticamente montou em cima do ruivo que tentou se esquivar. Ela chegou seu rosto bem perto de Gaara tentando enxergar algo e o fazendo franzir o nariz ao sentir seu hálito quente de vinho. — Oh, elas estão aqui! — disse animada ao levar as mãos pequenas acima dos olhos verdes de Gaara sentindo as sobrancelhas. O kazekage se sentindo mais do que constrangido sendo atacado assim em seu espaço pessoal fez questão de tirar a garota de cima de si.

— Acho que está na hora de você dormir. — disse determinado tentando fazer aquela louca dormir, mas a Haruno pela primeira vez desde que colocara seus pés no apartamento estava calada, o olhando fixamente. — Humph — resmungou pelo nariz — O que foi?

— Você deve ter sido um bebê muito fofo, é tão branquinho que dá até vontade de morder. — O ruivo não acreditava no que ouvia, bom também não acreditou quando sentiu suas bochechas arderem levemente. Por kami , estava corado. — Você é um homem muito bonito. — ela disse com seriedade.

— Realmente você precisa dormir. — disse se levantando do sofá e puxando a médica com ele. Essa mulher dormiria nem que ele tivesse que dar com a abajur na testa dela. Caminharam —tropeçaram — pelo corredor para chegar ao quarto dela.

— É sério, ruivo-kun, você é muito russo*. Sua mãe deveria se controlar para não mord... — quando se deu conta da burrada quase se bateu. Estava bêbada; com o raciocínio lento, difícil e um pouco nublado, porém sabia o que havia acontecido com mãe de Gaara. E ela viu os músculos dele ficarem tensos, seus lábios apertados em uma linha reta e firme, poderia jurar que seu maxilar estava travado.

— Desculpe-me Gaara. Eu não deveria... – seus olhos enxeram de lágrimas outra vez. Por que era tão burra? Agora Gaara sofreria, ela não precisava de mais um sofrendo por causa da sua estupidez, para isso já tinha ela mesma. — Desculpe-me, por favor.

—Está tudo bem, apenas durma. — ele disse meio seco abrindo a porta do quarto. Não queria lembrar de sua mãe agora, assim lembraria da sua infância, de sua tia, seu pai. Não! Não queria lembrar de nada disso. Sua cabeça já começava a latejar fortemente quando sentiu ser abraçado, não retribuiu o contato, mas também não repeliu.

— Eu sou uma estúpida, mas eu estou tão bêbada. E teve a Ino, ela passou muito mal e eu tive que salvá-la e o bebê, foi difícil olhar para cara daquela falsa filha da puta e não querer jogá-la pela janela. Depois a mãe dela veio me abraçar. O Sasuke me interceptou quando eu estava saindo e me olhava de um jeito, um jeito... — a rosada falava de pressa e se sentia confusa só queria tirar aquele homem da sua vida, dos seus pensamentos — E ainda tem o Kouji-kun, ele está piorando outra vez e eu não não consigo descobrir porquê, não consigo! Eu não sei qual é o meu problema! Não faço nada certo. — ela fungava contra o peito de Gaara pouco se importando de não ser abraçada de volta.

— Deixe esse assunto pra lá, Sakura.

—Eu não queria te ferir ou trazer lembranças ruins. — Gaara assentiu e ela começou a caminhar com dificuldade puxando Gaara com muita força e assim o fazendo sentar na cama, logo se jogando em cima da mesma e usando o colo dele com travesseiro. — Você me mesmo desculpa, ruivo-kun? — quis saber já meio sonolenta e se aconchegando na cama. Ela queria ouvir dele que estava tudo bem mesmo.

— Só se você parar me chamar de “ruivo-kun”.— disse fazendo a rosada dar um sorriso sapeca. Bom ,ela não podia enxergar muito bem era verdade, mas pelo tom de voz suave que ele usou e pela forma quase cômica que ele pronunciou ruivo-kun, ela estava perdoada. Se fosse para formar uma hipótese, chutaria que ele estava sorrindo, claro que muito discretamente, e ela quereria poder ver isso.

— Vou pensar no seu caso. — ela disse fechando os olhos, tendo com última imagem—um pouco embaçada— duas orbes incrivelmente verdes.







[...]




Alguns dias se passaram, os primeiros foram um pouco torturantes já que dessa vez a rosada se lembrara de tudo que havia feito e ficava mais do que constrangida na frente do ruivo do deserto, esse que parecia ter se abstido de toda situação. Hoje dias depois do acontecido a convivência desses dois parecia até um pouco mais “pacífica”, já que agora além de ignorar ela Gaara respondia seus bom-dias ou ao menos grunhia.

Para Sakura aquilo era um avanço.

Bom se tratando de Gaara aquilo era um avanço, não?

E agora Sakura ao contrário de ficar estudando o perfil emocional do seu assassino em série até provocava ele um pouco. Não era por maldade não. Mas com Temari fora, ficar em casa no dia de folga era um tremendo tédio.

Já tinha estudado mais de dez livros procurando algo que pudesse ajudar Kouji, mas não teve sucesso. Como sempre. Nada explicava aqueles altos e baixos. Droga! Talvez ela devesse sair um pouco a Haruno pensa deitada na cama rodeada por livros e com os pés escorados na parede branca do quarto.

—Acho melhor sair um pouco desse quarto se não enlouqueço. — se levantou indo vestir sua roupa habitual de folga. — Acho que vou visitar o Kouji-kun, ele está bem melhor e talvez queira tomar um sorvete. Ah sorvete não — tinha se esquecido da intolerância a lactose do pequeno— Talvez um picolé.

Foi para sala encontrando Gaara jogado no sofá da sala, ele sabia que ela estava ali, mas não se dignou nem a olhar.

Babaca!

Não que ela fosse julgar, mas era estranho ver um kazegake deitado confortavelmente no estofado da casa dela. Era engraçado imaginá-lo todo sério comandando uma vila inteira com a sua costumeira carranca e depois vê-lo com a mesma carranca resmungando por alguém –lê-se Temari – ter deixado a caixa de leite quase vazia dentro da geladeira.

Sim, era estranho.

Era quase doméstico.

E isso era mais estranho ainda.

— Estou saindo, vai querer algo? — indagou calçando as sandálias. O encarou só para ver aquelas orbes verdes a olharem preguiçosas. Uma coisa que tinha percebido há pouco tempo, Gaara estava sempre com cara de cansaço, e sempre que acordava à noite ou chegava de um plantão, ele estava acordado, não importava a hora. Isso poderia acarretar sérios problemas no futuro.

— Não. — respondeu monossílabo e voltou a ignorá-la e dar sua atenção para os pergaminhos a sua frente. Sakura bufou irritada. Ele tinha uma vila para comandar, não tinha? O que ele estava fazendo na sua sala a irritando.

— Gaara está tudo bem com você?

—Sim. — respondeu sem olha-lá, mas ela podia ver sue cenho levemente franzido.

—Não, é porque eu tenho percebido que você quase não dorme. — disse no começo meio acanhada, mas não podia deixar de falar. Ele franziu o cenho mais ainda. E lá estava a carranca. Era médica e tinha que avisar e ajudar as pessoas quando estavam prejudicando sua saúde— E isso não é de agora, é? Temos um ótimo tratamento sobre distúrbios do sono aqui em Kohona, eu poderia examiná-lo e...

— Não obrigado. — disse simplesmente. Hoje realmente estava impossível qualquer tentativa de comunicação.

— Mas... — tentou argumentar.

—Não é necessário, Sakura. — e ele ainda não tinha tirado os olhos do maldito papel para conversar com ela como uma pessoa normal. — Não quero nada, pode se retirar. — e ainda por cima a enxota como se você uma empregada intrometida. Olhou no relógio, teria que sair logo se quisesse ficar um bom tempo com o Kouji-kun.

— Essa conversa ainda não terminou, ruivo-kun. — disse saindo de lá, sem perceber que olhos verdes estavam finalmente lhe dando atenção.





.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.





Tinha pegado Kouji que estava todo serelepe pulando para lá e para cá, já tinham tomado o bendito picolé de fruta-do-dragão, não sabia que tinha sido o maldito que tinha falado dessa fruta estranha que também era conhecida como pitaya* e tinha encantado o menino, só sabia que ela demorou mais de uma hora e meia para achar. Agora estavam indo para a casa dos Uzumaki, tinha passado em uma lojinha e comprado uma lembrancinha para o afilhado.

— Sakura-chan é verdade que você é amiga do Hogake? — o pequeno perguntou com os olhos brilhando.

—Sou ,sim porque? — sorriu passando as mãos nos poucos fios que tinham na cabeça de Kouji.

— Nada. — virou o rosto para o lado envergonhado.

— Ah, não. Agora você vai ter que me contar! — disse o pegando no colo e o abraçando, era tão bom ter Kouji por perto, ele a fazia esquecer dos problemas.

Esquecer-se de Sasuke.

— Pode contar! – exigiu a Haruno sem para de caminhar.

— Não é que... A maioria dos grandes ninjas, os mais poderosões, vem de clãs muito muito famosos como os Senju, os Uchihas, os Uzumakis, os Namikaze, os Hyuugas... — enumerava nos dedinhos magros— E muitos outros. Mas você não, Sakura-chan. — disse a encarando com aquelas pequenas orbes cerúleas brilhando — Você não vem de clã nenhum, mas é muito forte. Sei de um montão de caras de que você quebrou a cara. Eu quero ser como você! — os olhos verdes arderam e foi muito difícil segurar as lágrimas.

— Você nunca vai ser como eu Kouji. — a voz da Haruno era embargada, e foi a vez do menino sentir seus olhinhos arderem.

—Porque não, Sakura-chan? – perguntou baixinho escondendo seu rosto na curvatura do pescoço da rosada.

—Porque você vai ser infinitamente melhor. — riu — Muito...Muito...Muito melhor. — cada muito era intercalado com um beijo, fazendo o menino rir também.

— Sério? — os olhos azuis brilhavam como nunca tinham brilhado antes.

—Com certeza.

— Sakura-chan você é mesmo daqui de Konoha? — o menino pergunta curioso.

— Sou sim. — responde confusa —Ah! Você quer dizer porque eu não tenho clã já que eu nasci aqui? — ele assentiu e Sakura se surpreendeu, Kouji era muito inteligente. — Bom, eu nasci em Konoha mas meus pais são imigrantes.

—Imi... O que? — perguntou horrorizado fazendo a Haruno rir alto.

— Imigrantes, são pessoas que saem das suas vilas ou países para irem morar em outro lugar.

— Aaah tá.

— Então, meu pai veio do País da Chuva quando ele era bem pequeno, um pouco mais novo que você.

— Ei eu não sou pequeno, eu já sou muito muito forte e grande. — reclamou.

—Ahan sei.

—E a sua mamãe?

— Para falar a verdade não sei da minha mãe, não me lembro, mas ela também veio para Konoha bem pequena.

— Sakura-chan e a minha mamãe e o meu papai?

—Seus pais? Eles te deixaram aqui em Konoha para eu poder cuidar de você. — desviou o olhar.

—Eles me abandonaram?

—Não! —nunca teria coragem de dizer isso, aapesar de ser verdade — Eles só não sabiam como cuidar da sua doença e estavam pensando em você.

— Eles vão voltar?

— Não sei Kouji-kun. Não sei. — finalmente tinham chegado na casa do Naruto, o menino já estava ficando triste. Deixou o moreninho apertar a campainha e logo Hinata apareceu e pelo visto tinha ficado muito surpresa em vê-la.

— Oi Hina, tudo bem?

—Tudo. — a morena estava tudo menos comfortável.

—Olha eu posso voltar outra hora se você...

— Não , tudo bem Sakura eu já estava de saída. — uma voz se fez presente fazendo Kouji pular e entrar correndo na casa.

— Ino-chan! — o menino abraçou fortemente a loira e logo foi retribuído — Nossa você tá gorda. — Ino riu.

— Não, só estou grávida.

— Tem um bebê ai dentro? — perguntou curioso.

— Uhum, bom agora eu tenho que ir, querido. — o clima do ambiente já tinha ficado estranho, ela se levantou sem muito esforço já pronta para se despedir — Tchau Hinata. Tchau Sakura. — a loira passou pela porta ouvindo apenas a voz doce da ex-Hyuuga.

— Tchau Ino. — a morena puxou Sakura para dentro fechando a porta atrás de si. — Desculpe-me Sakura eu não sabia que você viria e ela estava precisando conversar com alguém. O casamento dela foi adiado. — a Hyuuga estava nervosa.

— Não precisa se desculpar Hinata, eu e Ino moramos na mesma vila, esbarrões assim vão acontecer sempre. Não é culpa sua. —Ficara sabendo que o casamento tinha sido adiado por causa da saúde da loira, que por sinal estava muito magra.

—Mas mesmo assim.

— Ah esquece isso! — disse tirando o embrulho da bolsa — Olha que eu trouxe para o meu afilhado.

— Ah meu Kami! — a Uzumaki riu — Naruto vai adorar. — disse ao ver o pequeno macacãozinho laranja com estampa de sapinhos.




.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.




Sim, você tem bastante tempo para agir na sua idade

Não pode escrever um livro de uma única página

Mãos em um relógio que só vira de uma maneira



Ino andava calmamente pelas ruas de Konoha aproveitando o sol e o ar puro como foi sugerido —intimado por Sasuke — a fazer. Talvez tivesse sido uma má ideia passar na casa de Hinata, mas precisava conversar com alguém de confiança e sabia que a morena não iria tratá-la mal. Não tinha como imaginar que Sakura apareceria ali. Sentou-se no banco próximo a entrada da vila e respirou fundo. Sabia a história daquele pedaço de cimento.

Perguntava-se se fosse ela quem tivesse ido atrás de Sasuke naquela noite, se teria casado com ele e se agora seria Sakura que estaria ali naquele mesmo banco fazendo a si mesma aquelas perguntas sem propósito. Respirou fundo e quase gritou quando escutou uma voz ao seu lado.

— Dia lindo, não? — perguntou com seu típico sorriso. O que ele estava fazendo aqui? Pensava que ele tinha saído para uma missão de meses, saiu tão apressado que mal conseguiu assinar os papéis do divórcio. Foi ai que se lembrou já estava prestes a fazer cinco meses.

— O que quer Sai? — perguntou grossa, sabia que não tinha esse direito porque era ela quem estava errada. Claro sempre ela.

— Nada só estou um pouco surpreso, saio em missão por alguns meses, volto e vejo você grávida e de casamento marcado. — o sorriso falso não estava mais presente. Doía saber que a pessoa você ama vai casar com outro, mesmo sabendo que essa não lhe dava valor, que não se importava. Doía muito. Preferia mil vezes ter continuado ser aquele projeto de ser humano sem sentimentos do que sentir essa dor.

— Isso não é da sua conta! Você que pediu o divórcio, não foi? Porque está preocupado agora? — a loira respirava fundo tentando se controlar, não podia passar mal de novo, poderia perder seu bebê.

— Pedi porque você me traía com aquele maldito Uchiha! — o voz de Sai saiu baixa e grave, não que isso fosse melhor do que gritar. Se Ino pudesse escolher ele preferiria que ele gritasse.

— Me deixa em paz! Não quero saber mais de você! Quero que suma da minha vida para sempre! — a loira já estava alterada e se levantou para ir embora dali.

— Era bom fuder com ele na minha cama?! Na nossa cama?— Sai já tinha perdido a linha e segurava Ino pelo braço com força e a sacudia. — Era gostoso, sua vadia? —ele estava descontrolado.

— O que está acontecendo aqui? Solta ela . — Shikamaru acabava de chegar — Enlouqueceu? Perguntou enquanto afastava a loira de Sai.

— Está tudo bem com você? — a loira que ainda não tinha percebido Temari ali se solta de Shikamaru e sai correndo do lugar. Realmente tinha sido uma péssima ideia sair de casa. O Nara faz menção de ir atrás dela, mas Temari o para.

— Eu acho melhor deixar ela sozinha. — ela tinha visto a expressão da Yamanaka, a única coisa que ela precisava agora era gente atrás dela.

— Você tem razão. — disse envolvendo com um braço a cintura da namorada — E você! — chama Sai que ainda olhava na direção que Ino havia corrido. — Nós temos que conversar.





.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.




—E se eu pintar meu cabelo de castanho? — a rosada perguntou estava deitada na cama da Hyuuga — Ou de ruivo? Combina comigo? — perguntou encarando os fios rosados.

— Só se você for louca! — a Hyuuga riu — Para com isso Sakura você não precisa mudar nada. Eu preciso. — disse a última sentença bem baixinho, mas a Haruno pode ouvir.

— Que história é essa? — perguntou esticando o pescoço para dar uma olhada nas crianças que brincavam no cercadinho que elas colocaram perto da porta.

—Ah, não é nada. — abaixou as orbes cristalinas. Sakura cerrou os olhos.

— Bom não sei se o Naruto vai gostar de saber que eu me mudei para cá, porque eu só vou embora depois que você me contar! — exigiu com os olhos brilhando em determinação. Sim aquela era Sakura. — É culpa daquele baka?

— Não.. Não exatamente.

— Então me explica.

— O Naruto-kun tem uma secretária, uma tal de Kohana, ela acha que eu não sei, mas eu já entendi o joguinho de menina inocente que ela joga para o meu marido! E pior usando aquelas saias minúsculas que nem a Karin usaria. — a Uzumaki falando com tanta raiva que chegava a ser engraçado. Até com raiva ela era fofa.

— Que nem a Karin usaria? Nossa então isso é grave. — disse falsamente séria, e a morena atirou um travesseiro nela.

— Eu estou falando sério. — disse brava.

—E o que Hina, você acha que o Naruto te trai ou poderia trair?

— Não.

— Então porque você está se sentindo ameaçada? Amiga, você é linda. —Sakura disse sincera.

—Mas...

—Mas nada Hinata Uzumaki! — a rosada repreendeu — O Naruto é um baka, isso é fato comprovado. — a morena a encarou raivosa — Mas ele nunca nunca seria louco de te trair, ele te ama verdadeiramente. Se algum dia, mesmo eu achando impossível, seu casamento começar a desandar e vocês não estiverem mais bem, você pode ter certeza que ele vai ser o primeiro a te falar.

— É eu sei.



Eu diria a ela para falar, diria a ela para gritar

Falar um pouco mais alto, ser um pouco mais orgulhosa, diria a ela

Ela é linda, maravilhosa

Tudo o que ela não vê



— Se sabe porque fica com essas ideias bobas? — a Haruno sorria radiante — Naruto se apaixonou por aquela menina que no meio do caos arriscou a vida para salvá-lo. — a morena já tinha lágrimas nos olhos — É com ela que ele teve o pequeno Ichigo. Não com essa franga. — as duas riram.



Você tem que falar, tem que gritar

E saiba que, aqui e agora, você pode ser

Linda, maravilhosa, tudo o que você quer ser



— Acho que você está passando muito tempo com a Temari. —abraçaram-se.

— Você nem imagina. — riu — Mas é sério Hina, você é linda, maravilhosa, só você que não vê. Mas por falta, eu e o baka sempre estaremos aqui para te lembrar.

— Acho que talvez você devesse ouvir seus próprios conselhos. — a morena disse de maneira doce secando as lágrimas.

—É, talvez eu devesse. — disse cabisbaixa mordendo os lábios — Mas minha filha com esses peitões Naruto não te larga nem por reza brava. — disse rindo querendo animar o clima, fazendo a morena corar violentamente.

Algumas coisas nunca mudariam.



*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.




Gaara estava sentado no sofá se sentido encarado por pequenos olhos azuis. A Haruno tinha chegado toda apressada com uma criança no colo resmungando algo sobre missão, rapidez, flor, veneno e Naruto-baka.

Nada que fosse do seu interesse. Estava divagando tanto que nem percebeu que a criança já estava sentada inquieta ao seu lado.

Humph, não se dava bem com crianças.

Pelo menos essa estava em silêncio.

Estava.

— Você é o Kazekage? — o menor perguntou.

— Sim.

— Láaaaaaa de Suna? — perguntou de novo mais empolgado e prolongou os ‘aaaaaa’ como se Suna fosse do outro lado do planeta.

— É.

— E o que tá fazendo na casa da Sakura-chan e não na sua?

— Nada que você precise saber.

—Você é chato. — o pequeno mostrou a língua.

— Eu sei. — o silêncio voltou, mas não durou muito.

— Qual é o seu nome? O meu é Kouji.

— Gaara.

— Não vai apertar a minha mão? — agora que Gaara tinha percebido que o pequeno tinha estendido a mão; a apertou.

— Gaara-san da onde vem os bebês? — perguntou fazendo o ruivo franzir o cenho.

— Da barriga das mães. — Kami era só o que faltava.

— Hum, eu sei, mas como colocam eles lá?

— Porque você não pergunta para a Sakura?

— Eu tentei, mas ela tá toda doida, porque o Hogake mandou ela para uma missão muito importante do nada. E então?

— Ah garoto. Não sei, é coisa só de pessoas casadas. — onde estava aquela Haruno?

— Você e a Sakura-chan vão ter bebês? — perguntou confuso.

— Não! Não somos casados. — agora sim teria um motivo plausível para não se dar bem com crianças.

— Mas é quase, moram juntos. — explicou mal humorado, sabia que era isso.

—Não é assim. Chega desse assunto. — encerrou estressado.

— Gaara-san porque o Hogake gosta de pei.. pei alguma coisa? Ah peitões! — perguntou fazendo Gaara levantar do sofá para buscar a Haruno que parecia demorar uma vida dentro daquele quarto. Quando ia tocar na maçaneta a porta se abriu e uma mancha rosa teria o atropelado se não fossem seus bons reflexos.

— Espero que não tenha traumatizado o menino. — disse irritada colocando a mochila nas costas e ajeitando a bandana.

— Se você não o traumatizou nada mais traumatiza. — disse passando as mãos no cabelo e surpreendendo a Haruno com a resposta, ela pensou que seria ignorada como sempre.

— Ah cale a boca! — o viu seguindo para cozinha — Se a Temari perguntar diga que não sei quanto vou demorar, mas acho que não vai ser muita coisa.

— Hump. — Argh como era chato!

— Vamos Kouji! — berrou.

— Vamos! Tchau Gaara-san. Ah depois vai me visitar lá no hospital! — Gaara escutou o menino lá da cozinha e escutou Sakura cochichar: Ele vai sim. E antes de saírem ele pode escutar a voz do pequeno moreno, o fazendo abrir um sorriso inconscientemente.

Sakura-chan porque o Hogake gosta de peitões?




.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.




A loira assim que chegou se atirou no chão frio daquela casa que já foi expectadora das lágrimas de outra. Sabia o que tinha feito errado. Sabia que tinha ferido Sai e Sakura; acabado com sua amizade, casamento e reputação. Sabia que era errado quando estava fazendo.

Porque doía tanto agora?

Não chega de sofrimento?

Sim, já bastava de dor. Levantou do chão e foi para o banheiro com sua mente gritando “ É tudo culpa sua! É tudo culpa sua.” Abriu o pequeno armário e respirou fundo tomando coragem, pegou aquele que daria um fim na sua infelicidade. Passou as mãos de leve na sua barriga.

É tudo culpa sua!

É tudo culpa sua!





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Notas finais do capítulo

*Música: Litlle Me - Little Mix*


IMPORTANTE: As postagens infelizmente não serão tão frequentes já que voltei a fazer meu curso, que é integral, mas prometo me dedicar os finais de semana para vocês. Espero conseguir conciliar tudo.

...

Bom agora é que coisa vai começar a esquentar para depois pegar fogo, não se surpreendam com o que pode sair dessa minha mente deturpada. Mas vocês vão, eu sei #risadamaléfica

Deixei o final para interpretação de vocês, a Ino está culpando o bebê?

Gentem' o que você acham que a Ino vai fazer? Como vai ser essa missão de última hora da Saky? A Hina tem motivos de ficar com o pé atrás por causa da Kohana/secretária vadia? Gaara e Kouji são candidatos a mais fofos da fic?

Quero saber!

Ah não ia me esquecer de agradecer a todos cometários divosos, vou começar a respondê-los agorinha.


É isso.

Kissus

Até o logo!



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