Savin' Me escrita por Sweet Nothing


Capítulo 12
Open Your Eyes


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está aqui! Chupem, todas as cabritas e cabritos que acharam que eu ia demorar mais dois meses para postar! HÁ na cara de vocês U-U

Fiquei feliz de ter recebido menos ameaças de morte do que achei que ia ganhar por causa do caso caliente IdaSaku.
Kkkk Não me matem, esse casal DO NOT EXIST!

Obrigada por todos comentários e favoritos, seus lindos e tesudos.
Boa leitura!



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Savin' Me

Por Sweet Nothing

Classificação+16

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Leve os jovens a enxergar os singelos momentos, a força que surge nas perdas, a segurança que brota no caos, a grandeza que emana dos pequenos gestos.

Augusto Cury



Sakura acordou, mas não se permitiu abrir os olhos com medo do que poderia encontrar, o calor incomodo avisava que já deveria passar das nove, além de anunciar mais um dia abafado em Konoha.

O que estava pensando quando se permitiu fazer aquilo? Não, não. Era uma mulher madura, bom uma jovem madura, tinha seu emprego, sua vida, pagava suas contas, como qualquer outra pessoa independente de Konoha e não tinha nada que se envergonhar.

Então porque não abria os olhos? A verdade era que estava sim envergonhada, não do que havia acontecido, mas sim da situação. Nunca tinha passado por isso antes e bom, era estranho e ela não estava nem um pouco confortável.

—Pode abrir os olhos sei que está acordada, baunilha. — a voz de Idate ressoou pelo quarto deixando-a mais nervosa ainda. Ele para animado.

—Bom dia. Porque você me chama assim afinal? — resmungou sem graça por ter sido descoberta sentou e virou para encontrar o moreno com seu corpo atlético recostado no batente da porta do seu quarto apenas de cuecas. Bom, aquilo teria que ter um fim. — Será que tem como você colocar as suas roupas?

—Ontem você não parecia muito preocupada com a minha falta de roupa. Se eu me lembro bem — disse fazendo uma cara falsamente pensativa —, você que retirou grande parte delas. — sorriu insinuante. — Ah e porque te chamo de baunilha? É sarcástico, é claro. — disse como se fosse óbvio.

—Está querendo dizer que eu cheiro mal? — sentou revoltada.

—Não é algo relacionado ao cheiro. — explicou se divertindo com a ignorância da rosada. —Desde a primeira vez que te vi, é como se seu corpo me enviasse uma mensagem. Nada sutil por sinal. — continuou a falar fazendo Sakura pensar que talvez ele realmente fosse louco — Seu modo de se impor, como age e até mesmo como anda. Sempre soube que não era uma mulher frágil e que requeria um trato mais duro e visceral, especialmente na cama. — sorriu cheio de malícia — E acabei por estar certo. — terminou triunfante como se tivesse descoberto a cura para a AIDS.

Sakura respirou. Claro, ele tinha que encarnar o babaca de novo. Todo seu corpo lhe dizia que ele usava aquela carcaça como proteção. Do que ele estava se protegendo exatamente ela não sabia. Resolveu ignorar a explicação vulgar e descabida para colocar tudo em pratos limpos de uma vez.

—Idate o que aconteceu ontem já acabou e não querendo ser rude ou qualquer outra coisa preferia que você me deixasse sozinha. — esclareceu séria sem dar chances de ser questionada. O que não esperava era a máscara sombria que se apossou do rosto do Idate.

—O que faz você pensar que logo você é melhor do que eu? Acha que pode me tratar assim como se eu fosse algum tipo parasita? — o maxilar tão endurecido quanto a sua voz.

A palavra ecoou dentro da sua cabeça como algo que ela deveria lembrar, algo de que devesse saber.

Algo que sobrevive tirando proveito de outros para garantir sua sobrevivência. A maioria das vezes prejudicando o hospedeiro. Podendo chegar à morte.

Sentiu vontade de se estapear. Agora parecia claro como o dia. Não podia perder tempo tinha que agir e ver se estava certa.

—Olha Idate eu realmente não quero lidar com isso agora. Sei que também não quer estresse nenhum. Desculpe se te ofendi, eu realmente estou com muita coisa na cabeça. Não quero ser mal educada nem nada, mas essa é a minha casa e estou mandando você sair daqui.

Ele não disse nada apenas pegou as roupas que estavam espalhadas pelo quarto vestindo-as com extrema calma. Quando finalmente travou seu olhar no dela brindou-lhe com um sorriso arrogante como se ela não tivesse perfurado seu ego.

—Você não tem a menor ideia do que eu quero, Sakura. — disse num tom que a deixou irrequieta.

—E o que você quer? — inquiriu erguendo o queixo em uma clara atitude de desafio e ele sorriu para ela enigmático.

—Deixei a droga do seu café da manhã pronto. —respondeu e virou as costas saindo do quarto. Sakura se levantou e foi a caminho da sala furiosa.

—Idate! — chamou, mas ele já tinha sumido.


.*.*.*.*.



Kohana observa seu chefinho tesudo — como ele o chamava mentalmente—trabalhar arduamente. Tinha fechado vários acordos comerciais essa semana, ele sempre chegava primeiro que todos e era o último a sair. Talvez o admirasse tanto quanto o desejava.

Porque nunca tinha sentido um desejo tão forte. Sempre tivera todos os homens que quisera. Ás vezes mais que um por vez — se sentiu arder com a lembrança— Havia perdido a virgindade cedo e não se arrependia disso. Será que seu pai ainda achava que era virgem? Pior, que estava se guardando para o noivo. Gargalharia imensamente se fosse o caso, na cara do pai se fosse preciso. O maldito sempre a tratou como um simples acordo, um pedaço de carne que com um casamento poderoso iria favorecer a família.

Para o inferno com ele.

Quem sabe um dia antes do velho morrer diria que tinha perdido a inocência na cama dele apenas para satisfazer esse prazer sádico que tinha em aborrecer o pai. Não seria como a idiota da mãe que sofreu um casamento infeliz com um homem amargurado que sofria por outra mulher, ainda por cima uma que era uma maldita tzigane.

Muitos ficariam surpresos e saber que o “todo poderoso” foi escorraçado por uma sangue ruim.

Nem as surras e as traições do pai poderiam ter rebaixado a mãe mais do que isso. Não foi uma, nem duas vezes que flagrara o pai estuprando as empregadas que tinham o mesmo sangue impuro da mulher que o enfeitiçara.

Era doentio.

E nojento.

E para piorar sua doce e idiota mamãe morreu salvando seu pai de um pequeno tumulto que os “empregados” tziganes fizeram. Lembrava até hoje da frieza de seu pai ao pedirem para remover o corpo ensanguentado do chão da sala.

Ela havia o impedido de levar uma estaca envenenada no coração de um tzigane revoltado e ele nem ao menos matara o desgraçado.

Mordeu a língua até sentir o gosto ferroso do sangue na boca. Nunca se livraria dessa imagem. Mas estava longe dele agora e faria sua própria vida em Konoha. Concentrou-se no loiro compenetrado nos papeis que lia, ele fazia esforço para ler como se não estivesse conseguindo enxergar as palavras. Andou suavemente parando atrás da cadeira dele. Esticou os braços e tocou aqueles gloriosos ombros ocultos pela capa de hogake.

Naruto mal havia percebido Kohana entrar, estava tentando se concentrar no trabalho e na oferta de parceria com o País do Chá mas não conseguia. Hinata mal havia falado quando chegara em casa ontem e pela manhã fingiu continuar dormindo e o ignorou.

Não queria que seu casamento continuasse assim. Ela queria confiança, mas tinha que proteger Hinata e não envolvê-la em mais problemas, só de pensar que ela e seu filho estavam dispostos a tamanha periculosidade apenas por estarem ligados a ele o enchia de culpa. Tinha uma equipe designada apenas para proteção deles, não ainda não parecia suficiente.

Ver Hinata o ignorar doía, Kami como doía, sentia falta dela, do seu corpo suave e suas curvas generosas. Seu calor e o perfume de jasmim que tanto gostava. Tinha demorado tanto tempo para estar com ela que agora quando finalmente quando estava; não estava realmente.

Sentiu as mãos de Kohana trabalharem nos seus ombros tensos e sorriu. Ela nunca conseguiria tirar aquela tensão. Segurou as mãos dela e se levantou a escrutinando a fundo. A cabeleira morena tão escura não era tão interessante, os olhos lilases que brilhavam por algo nunca chegariam aos pés dos da sua esposa. Soltou os pulsos da secretária e se encaminhou pela porta, sem notar a mulher indignada e furiosa que deixava para trás.

—Cancele todos os meus compromissos de hoje. — Kohana assistiu seu sonho de consumo partir sem olhar para trás; não pode conter o ataque de fúria estilhaçando a pequena lamparina, que tinha em cima da mesa, na parede mais próxima.

—Esse homem ainda será meu. — profetizou furiosa diante daquela humilhação.



.*.*.*.*.*.



Sakura entrou no laboratório sentindo aquele cheiro de produtos químicos; gostava daquele ambiente excessivamente branco e cheios de equipamentos. Ela era que ela pertencia. Surpreendeu-se ao ver Teirume parada ali, as marcas escuras ao redor dos olhos castanhos ressaltavam o esforço do seu turno adicional.

— Bom dia. — disse chamando atenção da outra, e recebera uma reposta seca. Pelo visto ainda estava chateada pelo acontecido no quarto de Gaara. Como se fosse a certa da história. Viu o cenho franzindo e não se controlou para perguntar: — Algum problema? — e foi se aproximando.

— Não, é que eu apenas não entendo. — ela disse sacudindo as mãos irritada —Isso não está certo.

— Posso dar uma olhada? — perguntou, não tinha tempo a perder e tinha que colocar algumas idéias em prática, mas não custava dar uma olhadinha. Não gostava particularmente da ruiva, mas estava se sentindo mais altruísta hoje e um erro que a enfermeira novata cometesse poderia custar uma vida.

— Vá em frente. — Teirume disse saindo da frente do microscópio Sakura olhou as amostras e não viu nada anormal. — A primeira amostra de sangue é da mãe que é AB e a segunda do pai que é A negativo, a terceira do filho que é do tipo sanguíneo O negativo.

Minutos depois perguntou:

—Estou ficando louca?

—Não, você deve ter pegado alguma amostra errada, nunca uma mãe do tipo AB e pai A, teriam um bebê do tipo O. — Sakura sentiu-se entediada por ter que explicar algo tão simples e que Teirume com certeza já sabia.

—Já chequei três vezes, é impossível... — tentou argumentar.

—Nem tanto, a mamãe AB deve ter dado uma voltinha nas camas de outros caras que com certeza só podem ser do tipo B ou O. — Sakura via a surpresa da menina e achou graça, ela ainda tinha muito que aprender. — Não é tão incomum assim, muitas vezes essas coisas aparecem quando menos se espera. E os podres aparecem. O papai A não vai gostar de saber que estava sendo traído, mas...

—Teirume te pedi um simples exame de sangue há mais de uma hora! — Shizune irrompeu no laboratório querendo torcer o pescoço da enfermeira — Isso aqui é um hospital, vidas dependem de rapidez e competência. Não sei o que você aprendeu em Suna, mas aqui em Konoha é bem diferente.— percebeu Sakura ali e fez uma careta horrorosa — O que você está fazendo aqui? Mandei ir para casa descansar e só voltar hoje à tarde.

—Não estressa, tenho uma pista sobre o Gaa... Aquele caso importante e vim fazer alguns testes. O que aconteceu? Porque está tão alterada?

—Teirume não sabe fazer um exame de sangue e sabe que é urgente. — disse Shizune chegando perto do balcão grande com um grande tampo de granito negro.

—Ela só se confundiu, o pai não pai biológico do filho, e a mamãe AB andou pulando a cerca. — Sakura disse fazendo graça.

—Como é? — a cara espantada de Shizune desconcertou Sakura.

—Isso não é tão anormal assim. Ano passado mesmo tivemos um caso assim . O ruim é contar para os pais, isso acaba com uma família.

—Você não está entendendo Sakura. Kami! — Shizune não acreditava até ela mesma ir chegaras amostras de sangue. — Nem sei se ainda temos O negativo. É um tipo de sangue raro.

—O que aconteceu, Shizune? — perguntou sendo contagiada pela comoção da morena.

—Aconteceu que a mamãe AB responde pelo honorífico nome de Ino Uchiha. — Teirume respondeu um tanto quanto excitada com a fofoca que e aquela história ia dar — E é hoje que Konoha pega fogo. Literalmente.

—Pare de falar asneiras, Teirume, e vá falar com a senhora Yamanaka para poder fazer o exame de sangue e quem mais ela poder trazer melhor. A situação da Akemi está estabilizada mais ela ainda corre sérios riscos, a saúde dela já é muito frágil e o tempo não é nosso amigo agora. Ande rápido. — Teirume saiu às pressas de lá.

—O que ela tem? — Sakura quis saber, não era da conta dela, e bom não queria se intrometer em nada com o nome Uchiha, mas não pode evitar. Akemi não era filha de Sasuke, kami, queria poder estar perto para poder ver alguém jogar a verdade na cara daquele imbecil.

—Anemia. Ela não consegue produzir quase nenhum glóbulo vermelho. — Sakura engoliu seco, anemia não era tão grave, mas em recém-nascidos e ainda uma tão frágil assim poderia ser perigoso. — Eu tenho que ir, depois me conte os avanços que conseguiu com Gaara.

—Não sei ainda, mas tenho uma ideia, vou trabalhar nela. — Shizune já ia saindo quando Sakura a chamou. — Eu sei onde você pode arrumar O negativo.



.*.*.*.*.



Naruto corria como se sua vida dependesse disso, a ansiedade trazia um ardor nos pulmões junto com a falta de ar e o frio na barriga. Chegou ao seu destino chutando a porta sem se preocupar com os estragos. A exclamação feminina o fez perder ainda mais o controle.

—Naruto, por kami, enlouqueceu... — não deixou a esposa terminar e grudou sua boca na dela faminto, em um beijo duro e conquistador, reclamando tudo o que era seu por direito. Colou seu corpo ao dela, suas mãos vasculhando a pele sedosa, desceu os beijou pelo pescoço atacando com igual empenho.

—Preciso de você Hinata. — murmurava enquanto se encaminhava para o quarto sem deixar de devorar seus lábios — Desejo-te Hina.

—Pensei... Pensei que... Não me desejava mais. — disse com a voz entrecortada pelos beijos. Naruto se amaldiçoou por ter uma casa tão grande.

— Como pode pensar uma coisa dessas? É a única que desejo, a única que preciso. — abriu a porta do quarto e a deitou na cama com rapidez.

—Depois de Ichigo... — Hinata não conseguiu proferir as palavras Naruto praticamente arrancou sua blusa e começou a beijar seu colo e massagear seus seios.

— Eu te amo... Amo-te ainda mais. — o sorriso que ela lhe deu sufocou seu coração da maneira deliciosa que somente ela sabia.

—Eu te amo. — ela disse suavemente derretendo em seus braços, Naruto achou que poderia explodir ali mesmo, arrancou o sutiã e mordeu os lábios vendo os seios ainda mais cheios por causa da amamentação.

Hinata se avermelhou toda.

Kami já tinham um filho e ela ainda corava daquela maneira adorável.

Como amava essa mulher, faria qualquer coisa por ela, por ela era o seu destino. Pena que tinha demorado a perceber, mas teria muito tempo para colocar tudo o que queria em dia.

Muito tempo.



.*.*.*.*.



Estava difícil se concentrar com uma bomba daquela pairando sobre sua cabeça. Sasuke tinha enlouquecido, e um Sasuke louco já era um problema enorme — todos já tinham comprovado isso no passado —, mas com um bebê envolvido, ela não queria nem imaginar, afinal não era problema dela. Os Uchihas que se virarem na própria teia de mentira e medo. Por que ela uma Haruno outra vez e sim, estava se sentindo bem por isso.

Apesar de tudo Sakura estava satisfeita com o modo que a pesquisa estava indo. O veneno dentro do corpo de Gaara agia como um organismo vivo, um parasita, que se alimentava de chackra. Ficando cada vez mais forte e diminuindo as forças do hospedeiro. Bom, já era um começo, agora precisava saber como combatê-lo. Já que pelo que parecia nenhum antídoto serviria. O vírus — como ela gostava de tratá-lo — já estava muito fortalecido, sinal que Gaara já vinha sendo envenenado a longo prazo e não era intenção inicial matá-lo mas sim incapacitá-lo.

Mas se o vírus continuasse se proliferando daquela maneira e causando aqueles danos ao sistema nervoso, poderia sim matá-lo, e logo.

Não sabia quantas horas já se passaram e a única solução que veio a sua cabeça seria matar o vírus acabando com sua fonte de energia, mas isso significaria ter que abaixar em níveis extremos o chackra de Gaara e isso além ter altíssimo risco de matá-lo poderia comprometer tão seriamente o kazegake que talvez ele nunca pudesse exercer qualquer atividade no ramo shinobi.

E ela desconfiava que Gaara preferisse a morte do que deixar de ser um ninja. Pior preferia morrer que se afastar do posto de kazegake.

Tinha que haver outra maneira. E ela ia descobrir.

A porta abriu e Sakura sentiu se corpo eriçar apenas pela presença desagradável.

—O que quer Ino? — Sakura perguntou encarando a ex-amiga. Nunca tinha estado tão abatida, o cabelo parecia um caos, vestia uma túnica de hospital, estava descalça e os olhos estavam inchados e vermelhos.

—Preciso que me ajude, Sakura. Por favor. — a voz fraca não comoveu Sakura, ao contrário, apenas a irritou.

—Ah você que a minha ajuda? Não acho que precisou de ajuda para cair na cama de Sasuke. Fez muito bem sozinha. — tom ácido fez Ino se encolher. Mas Ino tinha um objetivo e não podia recuar.

—Eu não queria...

—Não queria o que?! —a rosada se levantou tão bruscamente que derrubou a cadeira —Transar com o Sasuke?! Machucar-me?! Trair-me?! — a voz alterada de Sakura já era ouvida pelos corredores, a rosada sempre tinha evitado um confronto com Ino porque sabia que perderia o controle.

— Não! Eu nunca quis te machucar! — Ino gritou.

— Então o que você queria?! — Sakura perguntou apertando com força o tampo de granito para não cometer nenhuma besteira que se arrependeria depois —Minha melhor amiga Ino! Eu confiava em você, era como se você a minha irmã. — o bolo que se formava na garganta fazia cada vez mais difícil respirar. O gosto da traição era muito amargo. —Não sabe o que eu senti quando eu vi você e ele na cama. O homem que eu amava e sempre amei, com todas as minhas forças e você sabia disso. Para o inferno você e a ajuda que você quer!

—Eu queria tudo! — Ino vociferou de volta — Eu sentia inveja, ok? Você é talentosa, treinou com a Tsunade — as lágrimas escorriam furiosas pelo rosto pálido de Ino —, tinha o casamento dos meus sonhos, a cada dia crescia no hospital e era orgulho até da minha própria família depois que salvou meu pai! Você tinha tudo Sakura! Tudo! E eu não tinha nada. — Ino se escutou e percebeu o quanto tinha se tornado patética.

—Não acredito que teve um caso com Sasuke apenas por despeito, por inveja! — Sakura queria quebrar todos os ossos do corpo de Ino. Como não tinha percebido o tipo de pessoa que ela era? — Que tipo de pessoa mesquinha e vagabunda faz uma coisa dessas? — cuspiu as palavras na cara da loira que não estava emocionalmente preparada para uma briga daquelas. Mas a vergonha e o orgulho ferido falaram mais alto na cabeça de Ino que esquentou o rosto da herdeira dos Haruno; e o tapa de Ino não veio tão rápido quanto o soco que Sakura infringiu em seu nariz. Atordoada Ino bateu com as costas no armário de medicamentos que balançou derrubando diversos vidros no chão antes impecavelmente branco do laboratório.

—Não vim aqui para brigar, Sakura, a vida da minha filha está em risco. — Ino ainda chorava enquanto tentava estancar o sangue que saia do nariz e andava devagar em uma inútil tentativa de não cortar os pés.

—Você não é burra Ino, muito menos uma pessoa sem talento. —Sakura lutava contra as lágrimas, mas não conseguira manter a briga por muito tempo, nem com as lágrimas fujonas e nem com Ino também. — É apenas uma vagabunda medíocre. Medíocre e fria. Tudo o que eu tenho: meu treinamento, meu cargo no hospital, meu valor como shinobi e médica eu conquistei com suor e sangue. Sim, era tudo meu. Tudo, porque eu merecia, porque eu conquistei.

—A minha filha, Sakura, o Sasuke... — Ino estava desesperada e Sakura não lhe dava uma chance de explicar. Ela entendia a Sakura, e sim se sentia mal por tudo o que fez, mas agora sua filha era prioridade.

—Não quero saber!

—Entenderia se fosse mãe. — e o golpe final foi dado, teria doido menos se uma espada atravessasse seu coração. E Ino aproveitou do doloroso silêncio para se expressar.

—Sasuke a levou Sakura, ele enlouqueceu quando soube que não era pai dela. Simplesmente sumiu com ela. E agora todo o distrito Uchiha esta protegido pelas chamas do Amaterasu. Ninguém consegue entrar sem ser carbonizado.

—E o que eu posso fazer para ajudá-la, senhora Uchiha? — o tom de escárnio fez Ino perceber o quanto tinha machucado Sakura e quanto ela tinha mudado. Viera tão confiante sabendo que a “boa e velha” Sakura iria passar por cima da própria dor para ajudar, agora já não tinha tanta certeza. — Em briga de marido e mulher não se mete a colher, conhece esse ditado?

— Sasuke vai te ouvir. — a voz atormentada era de uma mãe em desespero. Uma mãe sofrendo. Uma mãe que não iria desistir. — É apenas um bebê, Sakura. — E lembrar aquilo à Sakura era como esmagar seu coração. Tantas pessoas em Konoha, porque ela? Porque demônios Sasuke a ouviria? Só queria distância das pessoas que a fizeram sofrer tanto.

—Sim, um bebê, seu bebê, sua filha e sua responsabilidade. Não minha. E todo esse circo quem armou foi você. Chame o esquadrão da Ambu, seu clã, melhor chame o Naruto, chame quem você quiser, mas não me envolva nisso.



.*.*.*.



E sim, Ino chamou Naruto que estava nesse exato momento batia na porta da Sakura que não ficou surpresa em vê-lo. Naruto pensara que pelo menos um dia poderia ficar com a sua família, uma de amor, carícias tenras, e brincadeiras com o filho, e pelo visto estava muito enganado. Tinha feito amor com Hinata mais algumas vezes — de maneira mais calma e amorosa, e não tão afoito, para poder aproveitar ao máximo da amada —, mas não conseguia ter o suficiente dela. Nunca se cansaria daqueles olhos cor de chuva.

O dia tinha ficado mas nebuloso quanto Ino e a mãe apareceram na porta da sua casa. Inoichi estava furioso e gritava sem parar, quanto finalmente entendeu a situação demorou alguns minutos para processar. Não acreditou até ver as chamas arroxeadas do Amaterasu protegendo todo o Distrito Uchiha. Tentou chamar por Sasuke e não foi atendido. Ouviu as estratégias de Shikamaru, mas ele sabia qual seria a melhor opção, aquela que Ino tinha sugerido desde o princípio. Geralmente era Sakura que enfiava as verdades na sua garganta mesmo que não gostasse, assim como fez na última reunião, mas hoje ele que iria fazê-la ver o que ela estava fazendo.

—Precisamos conversar. — informou.

—Até você Naruto. — reclamou indignada — Conseguiu falar com Sasuke?

— Não e é por isso que eu estou aqui. — disse o loiro sério entrando no apartamento — Realmente não achava que teria vir que conversar com você sobre isso. O que está acontecendo Sakura?

— Está acontecendo é que todo mundo acha que eu tenho que passar por cima de mim mesma para satisfazer os outros. Sou uma médica, não uma divindade. Você pode lidar com isso Naruto eu não tenho que me intrometer na vida daqueles dois.

— Posso sim, posso entrar no Distrito, mas não sem causar grandes estragos e acabar machucando o bebê. Não sei como está na cabeça do Teme. E a menina precisa daquela transfusão o mais rápido possível.

— Porque ele iria me ouvir? Esqueceu que ele me traiu? Que ele me anulava completamente nesse casamento? Uma droga de casamento que sugava todas as minhas forças e eu estúpida demais fingia não me importar, porque estava com a pessoa que eu amava. Estava cega pelo meu amor por Sasuke e esqueci do meu amor próprio, Naruto. — desabafou exausta de tanto carregar aqueles sentimentos no peito.

— Ele vai te escutar, Sakura. Eu sei que vai. Eu nunca pensei que teria que vir conversar com você para te convencer a salvar uma vida. Essa não é você.

— Então quem sou eu?! Aquela idiota que precisa de proteção? — explodiu a segunda vez naquele dia — A Sakura “boazinha” que deixa os outros pisarem nela? Pelo que parece você não me conhece. — retrucou furiosa. Queria distancia de todos os Uchihas, agora que estava começando a andar com a sua vida eles tinham que puxá-la para perto de volta.

—Sakura-chan — a chamou pelo apelido carinhoso e segurou suas mãos como se quisesse passar força para ela—, olhe para mim. — pediu e ela obedeceu. Encarou aqueles perfeitos olhos azuis do amigo. No fundo ela sabia que não recusaria nada que ele pedisse.

—É só um criança e as melhores chances dela estão por sua conta. Agora ela não é filha do Sasuke ou da Ino. Apenas um bebê que precisa de você. — ele disse e de repente tudo ficou mais claro. Estava sendo mesquinha, mesquinha e egoísta por agir daquela maneira. Ela era uma médica e tinha feito seu juramento para cuidar das pessoas. Ficou irritada consigo mesma por ter agido daquela maneira estúpida, negando ajuda a uma criança. Kami, essa realmente não era ela. Tinha que ajudar independentemente de quem são seus pais.

Abraçou Naruto com toda força que tinha, gostava de ver o amigo mais maduro e ajudando-a a abrir os olhos.

Afinal ela também cometia erros.

—O que estamos esperando? Vamos para o distrito Uchiha.








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Notas finais do capítulo

*Open Your Eyes = Abra Seus Olhos
(Serve de indireta para vocês também, o capítulo está recheado de informações)


O que vocês acham agora hum? Bom, não teve exatamente o Sasuke enlouquecido, no próximo teremos! #maléfica

Não me dei muito por satisfeita com briga daquelas duas, por que acho que adiei muito esse confronto então apesar de tudo a Sakurinha já esta se curando da traição há muito tempo então algo mais grandioso destruiria todo trabalho da Sakura tentando se recuperar.

Gaara-kun não apareceu, deixa ele quietinho o hospital se recuperando!

Tem gente dançando de alegria? Depois dessa ainda tem gente querendo que a Akemi morra? Malvados u.u

Agora o casal NaruHina vão dar as mãos e andar pelo arco-íris comendo algodão doce sabor menta...
Acho que vocês me conhecem o suficiente para saber que isso não vai acontecer tão cedo.

Penso que vou demorar um pouquinho agora para postar, mas pode deixar que eu volto, tesudos.

Kissus de abacate.



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