Savin' Me escrita por Sweet Nothing


Capítulo 10
Trading Barbs


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!
Boa leitura.



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Savin' Me

Por Sweet Nothing

Classificação +16

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O objetivo da vida não é ser feliz. É ser útil, honrado, compassivo, fazendo com que nossa vida, bem vivida, faça alguma diferença.

Ralph Waldo Emerson




Tudo estava uma maldita bagunça. Todos ao seu redor eram imprestáveis. Como conseguiria alcançar seus objetivos desse jeito?

— Ainda não encontramos sua filha, senhor.

— Claro que não! Vocês não passam de um bando de incompetentes. Não quero que volte aqui sem ela. Se não encontrá-la é melhor nem voltar. Nem imagina o destino que o aguarda. Agora saia! — o ninja saiu da sala como num furacão pronto para recomeçar as buscas.

O homem que já beirava seus cinquenta anos estava furioso. Aonde sua pequena maldita filha havia se enfiado?Tinha planos para ela. E quando a achasse que kami o segurasse para não entregá-la desfigurada para o noivo. Ai tinha a cabeça pequena, egoísta e sonhadora de sua falecida esposa. Se tinha ido embora, não importa o que acontecesse, não voltaria de boa vontade.

Batidas bruscas interromperam seus pensamentos, e logo a porta foi aberta.

— Sempre tão delicado. — ironizou a entrada do outro — Espero que tenha boas notícias, Seiji. — Seu amigo de longa data era o único em quem podia realmente confiar. Era um homem extremamente cruel e bruto, mas muito competente. Seije era um homem corpulento já na casa dos quarenta anos, as diversas cicatrizes espalhadas pelo rosto e corpo não mentiam. Ele era um guerreiro. E os anos só serviram para endurecer ainda mais o homem que já tinha sido acusado de assassinar suas últimas duas esposas.

— Um recado acabou de chegar, a Mizugake caiu e os aliados já iniciaram o processo de fichamento e estão executando os traidores e indecisos. Logo logo Kirigakure será nossa. — disse com seu jeito sério, mas estava inegavelmente satisfeito.

— Muito bom. — o mais velho soltou um suspiro longo. Era bom, mas ainda era pouco. Não descansaria até que seu clã estivesse no controle absoluto. — Como estão os infiltrados?

— Estamos tendo problemas com Konoha, eles já se deram conta de nós e estão cautelosos. Provavelmente já planejando um contra-ataque. Infelizmente ainda não recebi nenhuma novidade do infiltrado.

— Entre em contado com ele, e diga para não se precipitar. Apesar de um kage jovem e inexperiente Konoha está mais forte do que nunca, é preciso ter cuidado, qualquer passo em falso pode ser fatal, e eu não tolerarei nenhum tipo de falha. Mais alguma coisa?

—Sim — pigarreou —. Descobrimos quem conseguiu neutralizar o veneno.

— E quem foi o infeliz? — havia amaldiçoado o imbecil que conseguira identificar o veneno que havia produzido no momento que soube. Passara anos pensando em cada fórmula, cada ingrediente, tando zelo e dedicação que chegou a pensar que era impossível de ser identificado, muito menos neutralizado. Isso até ter a notícia que um ninja, aparentemente de Konoha, havia não só neutralizado como também atenuado os efeitos do veneno. Tanto trabalho jogado no lixo.

— A infeliz, na verdade. E as suspeitas estavam certas ela é de Konoha.

— Essas mulheres, sempre no meu caminho. — o mais velho resmungou enojado. — Os únicos lugares em que são úteis são na cozinha e na cama, fora isso, é só aborrecimento. — sua cabeça latejava com eventos do passado que sempre voltavam para assombrá-lo.

— Você não vai nem acreditar em quem seja. — Seiji sorriu cruel, poderia ser chamado de sádico, não ligava. Apreciava a dor das pessoas, mesmo que a pessoa fosse seu amigo no caso.

— Surpreenda-me. — resmungou desdenhoso.

—Sakura Haruno.




.*.*.*.*.*.




Os três estavam reunidos, tensos, buscando uma solução mais viável para aquele novo problema. Uma nova ameaça estava à solta e a qualquer momento poderia atacar, era imprescindível eles estarem a um passo a frente. Milhares de vidas dependiam disso. Konohagakure e Sunagakure dependiam disso.

A porta abriu revelando o chefe da família Uchiha e o clima da sala ficou ainda mais pesado.

— Sasuke! Finalmente, teme. Desculpe por tirar você de perto da sua filha, sei que esse momento é importante para você, mas foi preciso. — Naruto explicara sabendo que teria a compreensão do amigo. Fez sinal para o moreno se sentar.

—Entendo. De qualquer forma eu realmente preciso estar a par da situação. — o Uchiha respondeu com sua frieza habitual, não havia cumprimentado os outros dois homens na sala e não havia sinal de que o faria — Qual é a situação? Temos alguma novidade?

— A Mizukage faleceu, Kirigakure está um completo caos, já enviamos reforços mas a situação continua insustentável. Um grupo que está se passando por civil está claramente buscando apoio da população e aqueles que não os ajudam estão morrendo. Clãs inteiros dizimados. — Naruto explicou.

— Obviamente eles não são civis, o País da Água tem ótimos shinobis, nenhum civil por mais revoltado e armado que esteja não conseguiria fazer tal estrago. Não importa a quantidade. — A voz rouca de Gaara se fez presente fazendo os olhos frios de Sasuke se voltarem para o ruivo com ódio. Idate pareceu perceber e sorriu, a tensão da sala era palpável, tanto que ele poderia cortá-la com uma kunai.

— Dez civis não abateriam um ninja bem treinado. — Idate concordou com seu kazegake — Mas eles tem um ótimo especialista em venenos. A cada ataque uma nova composição, um veneno mais rápido, mais mortal. Não acho que eles colocariam uma vantagem desses no lixo.

— Seja mais claro. — o Uchiha pediu entre dentes, já tinha seguido a linha de pensamento rápida do ninja de Suna, só não queria acreditar.

— É como somar um mais um. — provocou — O veneno ataca principalmente os kages, conselheiros e oficiais de alta patente; enfraquecendo as vilas e sua organização. Além de poder ser facilmente colocado na rede de abastecimento de água podendo assim ter uma arma contra a população. Não que eles planejem mesmo envenenar toda uma população. Isso seria inviável. Sob quem eles iriam governar, não é mesmo?

— Aonde você quer chegar Idate? — Gaara perguntou impaciente. Já tinha percebido o olhar carregado do Uchiha para si, não que ele já o tivesse olhado de outro modo além do seu modo apático habitual, mas pelo menos era educado. Agora estava transbordando uma intensidade laboriosa.

— O que eu quero dizer é, a base linha de batalha e infiltração deles está no veneno, não acho que eles gostariam de perder essa vantagem para uma iryou-nin de chamativos cabelos cor-de-rosa, que por acaso da vida é a melhor amiga do Hogake.

— Sakura-chan. — Naruto suspirou.

— E que aliás já foi a senhora Uchiha. —riu desgostoso — Quando descobrirem a identidade dela, se já não descobriram, a cabeça da garota vai estar a prêmio. Vai ser como matar dois coelhos com apenas uma cajadada. Eles pegam a médica brilhante que soube neutralizar o veneno deles, ex-esposa do Uchiha e a amiga do Hogake e em dois segundos têm a vila da Folha nas mãos deles.

Naruto se xingou mentalmente, maldita hora em que permitiu Sakura a sair da vila. Já era um problema ter sua esposa e seu filho como os primeiros na lista a serem pegos para chantageá-lo agora tinha Sakura.

Qualquer um sabia que ele faria qualquer coisa por ela.

— Sakura está comigo. Ninguém vai fazer mal nenhum a ela. — Gaara se pronunciou trazendo a tona a irritação do Uchiha.

— Como assim está com você? — grunhiu revoltado— Quem você pensa que é? Sakura é assunto meu. Meta-se nos assuntos pertinentes a sua vila.

— Sasuke acalme-se. — Naruto tentou intervir sabendo onde tudo ia dar. Sasuke destruindo todo seu escritório. Não entendia a reação do amigo. Sasuke havia se separado de Sakura e não havia levantado uma pena para reavê-la, casou-se de novo. Claro que não amava Ino mas porque essa reação? Odiava ficar sem saber das coisas. Mas o importante ali era a segurança das vilas. — Só queremos o melhor para ela. Para a segurança dela. Como estamos estreitando os laços entre as vilas, é importante que Suna e...

— Ela passou ser assunto de todos a partir de agora. E precisa de proteção. — Gaara interrompeu irritado. Sasuke achava que ainda tinha algum direito sobre Sakura? Absurdo!

— Proteção de quem? Sua? —questionou mordaz. Se fosse de rir teria gargalhado. — Sei que tipo de proteção você quer dar a ela. — O sangue do Uchiha corria ácido em suas veias ao lembrar da cena que havia presenciado.

— O que está insinuando? — os dois se levantaram, os corações batendo rápido de pura fúria, se encaravam.

Olhares duros e frios.

Puro repúdio.

Obsidianas negras versus jades.

— Estou dizendo kazegake-sama — dizia cuspindo as palavras — que seu único interesse está no meio das coxas dela.

Idate arregalou os olhos castanhos. Cada vez melhor.

— Nada muito diferente do seu, é claro.

Houve um explosão enorme, uma nuvem de poeira pairava sabre todos dentro daquele escritório e apesar de parecer, não havia sido Sasuke explodindo a cabeça de Gaara, nem o contrário. Estavam sendo atacados? A explosão havia vindo de fora e agora não havia nem resquício que algum dia havia tido uma porta lá. A poeira abaixou revelando um belo buraco na parede e uma pequena ninja médica com os punhos brilhando furiosamente de chakra.

Ela tinha um Uchiha, um Hogake e agora — pelo que parecia — um Kazagake nas mãos.

Idate sorriu mais uma vez. Ela era incrível.

Quem sabe ela poderia lhe ser útil.




— É tão bom saber que estão todos preocupados comigo. — o sorriso doce não enganava ninguém. Afinal a mulher havia demolido uma parede. O tom é claro transbordava sarcasmo. E olhos verdes gélidos perscrutavam cada pessoa ali presente. Deu apenas quatro passos e parou no meio da sala. — Com que direito vocês acham que podem tomar decisões por mim? — a pergunta seca causou arrepios na espinha dorsal do Hogake.

—Sakura-chan... — sussurrou.

— Eu perguntei com que direito?! — dessa vez a pergunta soou muito mais furiosa. Incrivelmente nenhum dos homens ali presentes ousava dizer alguma coisa. — Começando por você querido amigo. — Os olhos verdes pararam no loiro e Naruto se recriminou por já ser um homem feito e ainda temer sua antiga companheira de time.

— Sakura — o loiro tentou começar.

— Quantas vezes eu vou ter que dizer? Eu não quero e não preciso da sua proteção!

— A situação é diferente! — replicou irritado. Porque ela não entendia?

— Foda-se a situação. Eu sou uma maldita de uma shinobi ou não sou? Eu sou uma maldita médica ou não? Sempre soube dos perigos dessa vida Naruto. É a minha vida. É minha decisão. Quantas vezes eu vou ter que provar que eu não sou inútil? — a última pergunta soou levemente engasgada.

— Eu nunca disse que era Sakura, pelo contrário...

— Pelo contrário o que? Pelo contrário queria que eu me afastasse da vila por que tinha acabado meu casamento? Pelo contrário escondeu de mim que a vila está em perigo? Pelo contrário o que, Naruto? — a voz da médica não transmitia um terço da raiva que estava sentindo. Suas pernas tremiam, mas ela não ia parar, não até dizer tudo o que tinha para dizer. — Responda-me!

— Sakura você tem que entender que a situação mudou, não sabemos quem é o inimigo dessa vez. Outra guerra pode estourar, você é importante para vila, importante para essas pessoas. — Gaara tentava fazê-la entender, ela tinha que ficar segura, mas ela se recusava. Porque era tão teimosa? Seu peito doía e a cabeça começava a latejar.

Porra agora não!

— Sim, tão importante que nem ao menos sabia da situação! Foi por isso que veio não foi Gaara? Vocês já sabiam disso a meses. E esconderam isso de mim.

— Você tinha acabado de se divorciar. — a voz de Naruto soou ressentida. — Não estava bem.

— Sasuke tinha acabado de se divorciar também! Estavam contando para ele agora, é isso? Claro, ele também ficou muito abalado. — perguntou irônica. Naruto bagunçou os cabelos nervosamente.

— Ele estava pensando em você! Protegendo-te! — Gaara explodiu. Porque ela tinha que ser tão intransigente?

— Eu não preciso de proteção! Preciso de confiança e respeito, se eu não tenho isso do meu melhor amigo, espero ter do Hogake. Mas o que você sabe kazegake-sama? Eu escutei muito bem suas palavras sujas. Só porque enfiou a língua na minha boca uma vez acha que pode vestir sua capa de super ninja e vir me salvar?

A garota obstinada, Idate estava surpreso não só pelas palavras mas também pela coragem da ninja, via-se de longe os punhos fortemente apertados e brilhantes, como se fosse socar um a qualquer momento.

Ele adoraria ver isso.

A atitude era de fato um pouco infantil, gritar assim em plenos pulmões o que estava sentindo. Idate achava que ela mesma sabia que estava sendo um pouco injusta com aqueles que queriam protegê-la. Ela sabia sim, era bem esperta. Depois que conversou com ela, a roseta simplesmente sumiu atrás de Shizune, provavelmente atrás de mais respostas, nem imaginava que ela iria aparecer assim do nada e em grande estilo. Mas algo a feriu seriamente, e ela parecia querer desabafar, e seria implacável, até que estivesse satisfeita.

Pelo que parecia a ferida era antiga.

— Você não é inútil. — a voz do Uchiha surpreendeu Sakura que pensava que ele ficaria apenas desdenhando silenciosamente do seu pequeno escarcéu. — Você sabe disso. — reforçou olhando fixamente para ela.

— Mas pelo que parece vocês não sabem. — Sakura resmungou amarga. Odiava entender os olhos negros de Sasuke. Era como se dissessem “Eu sei. Eu sei.” Mentiroso! — Tanto que tive que saber da situação por terceiros. — Gaara encarou Idate furiosamente, esse por sua vez deu um sorriso amarelo.

— Ela ia ficar de qualquer jeito mesmo.

— Agora que já está calma podemos conversar? E estabelecer alguns pontos? — Sasuke perguntou se esforçando para parecer no minímo civilizado. Mas o que queria realmente era puxá-la dali pelos cabelos e fundir-se a ela até que ela entendesse que isso era para o bem dela e de Konoha.

Odiou perceber que ainda desejava Sakura, tanto quanto a primeira vez, e vê-la furiosa e selvagem somente o instigava mais.

— Não pense que ainda tem algum poder sob mim Sasuke. Não tenho mais nada com você, espero que essa ceninha estúpida não se repita. — os olhos negros se estreitaram. Que?

Sakura tinha falado sério querendo manter um pouco da sua dignidade e acabar logo com aquilo, queria ir para casa, queria ficar longe. Dele, de tudo e de todos. Saber que o próprio Naruto não tinha confiança nela para falar de assuntos desses porte a machucou mais do que deveria. — Vou estar esperando um convite para próxima reunião. Espero recebê-lo. Não sou um bichinho amestrado para viver dentro de uma redoma de cristal. Espero que tenha deixado isso claro. — disse e saiu deixando o escritório em um silêncio insuportável.




.*.*.*.*.*.



Saiu da sala de Naruto acabada, tudo o que queria agora era um belo banho quente para relaxar os músculos, tentar ignorar a raiva pungente que atravessava todo seu corpo. Achava que tinha passado essa fase há anos atrás. Mas pelo que parecia continuava vendo Sasuke e Naruto pelas costas.

Sendo um estorvo.

Um peso morto.

Sabia da preocupação deles para consigo, era a mesma que a dela quando algo lhes ameaçava. Logo que soube da notícia ficou ensandecida procurou Shizune para ter a nova amostra do veneno e exigindo resposta, a morena muito afetada não lhe falara mais coisa que Idate. Passou a tarde testando a amostra do veneno. A água morna deslizava pelo corpo esquio da kunoichi enquanto ela meditava. A pessoa que havia feito o veneno era bastante vaidosa por sinal, os ingredientes eram todos rebuscados, finos e de difícil acesso. Provavelmente alguém assim deixaria alguma assinatura especial. Algum ingrediente em comum, de alguma região específica. Mas falhara, e logo correu para Naruto. Para conversar, tentar achar alguma solução, apoiá-lo. Porque era isso que os amigos faziam. Não se mancomunar com ex-maridos e kazegakes — com cara de psicopata — para decidir seu futuro como se ela fosse uma incapaz.

Só de lembrar tremia de raiva. Ficou furiosa quando ouviu a pequena troca de palavras — doces — entre Sasuke e Gaara, tanto que acabara destruindo uma parede. Amaldiçoou seu ato impensado e infantil.

Inconscientemente uma pequena parte obscura de seu ego feminino inflou-se em contentamento com o descontrole de Sasuke, nada que aplacasse sua fúria, claro, mas sua Inner vibrou com a descoberta.

Sakura tentou se livrar do pensamento, lembrando-se que ele era apenas um maldito possesivo. Não ligava para ela verdadeiramente.

Queria que ele ligasse?

Sua Inner deu-lhe um beliscão mental.

Batidas loucas na porta interromperam sua briga interior. Vestiu qualquer coisa e foi até a porta pensando ser Temari que tinha esquecido as chaves outra vez. Afinal a loira estava praticamente morando com Shikamaru agora, só passava ali para pegar algumas roupas e sempre — sempre — esquecia as chaves. Para falar a verdade nem se lembrava a última vez que tinha conversado com a moça. Abriu a porta se deparando com revoltos cabelos ruivos.

— Eu estou grávida... — a mulher exclamou desesperada. Sakura ficou estática.

— O que?

— Estou grávida? — Karin perguntou choramingando.

— Você está me perguntando? — Sakura riu nervosa. Infelizmente quando se tratava de bebês ela ficava assim — Como eu posso saber? — quase disse que a periquita afoita não era sua, mas não quis piorar a situação.

— Você é médica! Tem a obrigação de saber dessas coisas. — disse indignada, mas Sakura sabia que na verdade estava em pânico.

— Pode parecer, Karin, mas eu não sou uma ultrassonografia ambulante. Não posso dizer só de olhar para você. Além do mais você também é médica! — apesar de não ter especialização na área a ruiva tinha suas habilidades e um certo talento para medicina.

— Não faça gracinhas, isso é sério. — disse invadindo o apartamento. — Minha vida acabou, eu preciso que você negue isso para mim.

Sakura não quis sentir a pontada no peito que sentiu, sempre quis um filho e a outra sua frente estava louca para negá-lo.

E assim era a vida. Uma maravilha.

Colocou as mãos brilhando em chackra esmeralda brilhante na barriga plana da ruiva; franziu o cenho.

— Não sinto nada Karin. — a ruiva já ia começar a festejar — Isso não quer dizer que não há bebê, pode ser que o feto ainda esteja muito novo. Normalmente assinatura do chackra aparece só depois da décima semana de gestação. — explicou apática — Acho melhor fazer um exame de sangue, é fácil e não demora muito.

— Você só pode estar enlouquecendo! — disse puxando os cabelos — Sabe o que vai acontecer se uma notícia dessas vazar? Sabe que os equipamentos agora têm memória e guardam os dados de cada um pelo DNA. Não teria nem como fazer um teste com um nome falso! — a ruiva estava inconsolável. Perderia sua liberdade, seu amado corpinho e noites de sono.

— Já tentou um daqueles testes de loja? — perguntou franzindo a nariz. Aqueles não eram muito confiáveis. Mas era o que a ruiva podia fazer de imediato.

— Treze. Oito deram positivo. — disse se jogando no sofá e Sakura logo a acompanhou.

— Parece que o dia não foi muito bom para nós duas, não?

— Pois é, sua cara está péssima.

— Muito obrigada mamãe. — provocou recebendo um olhos vermelho hostil — Talvez eu devesse espalhar a notícia por ai. Acho pelo menos a metade dos habitantes de Konoha do sexo masculino iriam ter um princípio de ataque cardíaco. — riu recebendo um puxão de cabelo. Forte mesmo. Aquela maldita ruiva.

— Pelo menos não estou criando teias de aranha entre as pernas! Por isso essa cara feia. Tudo tesão reprimido.

— Vá se ferra, Karin.

— Oh, vai me dizer que viver juntinho com o kazegake não dá asas as suas fantasias? Poupe-me.

— Porque tudo se resume a sexo para você e Temari? — essas duas pervertidas.

— Nem tudo minha querida... Bom, talvez a metade. — as duas riram — Mas é sério Sakura, liberte-se, conheça novas pessoas, novas sensações, novas experiêcias. Você ainda é muito nova para vestir essa máscara de divorciada amargurada.

Sakura sorriu.

— Quando você me viu pela primeira vez — disse relembrando-se do dia que Sasuke quase matou elas duas — achou que acabaríamos assim? Rindo?

— Na verdade não. Estava mais preocupada com a possibilidade de você me matar. — riu travessa — E depois te odiando por conseguir o Sasuke. É estranho, mas eu cresci, e as coisas evoluíram sozinhas, até hoje me pergunto como virei amiga da Temari. Porque assim, nós duas, nada a ver.

Sakura riu. Pelo jeito a vida era assim, pensou se ainda cruzaria com muitas pessoas e se elas mudariam algo em sua vida.

Esperava que sim.

— Pipoca? — levantou do sofá vendo a ruiva se esparramar se sentindo em casa, foi em direção à cozinha.

— Com manteiga!




.*.*.*.*.*.



Depois da reunião desastrosa Gaara resolveu dar uma volta, espairecer, tentar fazer as dores de cabeça diminuírem.

Era impressão sua ou estavam ficando cada vez piores?

Além do ar fresco também queria evitar de se encontrar com Sakura. Não estava com cabeça para mais confrontos. Adentrou em um pequeno bosque sentou no chão e recostou-se em uma árvore.

Quando as coisas tinham saído do controle? Tinha vindo para Konoha e em vez de melhorar a situação apenas se agravou. Apertou as têmporas e ainda tinha a maldita médica que não lhe saia da cabeça?

Queria sentir seu cheiro. Apreciar o sabor da pele clara. Morreria para vez os olhos esmeraldinos brilhandp luxuriosamente enquanto seu corpo macio se arqueava ao chegar em um clímax arrebatador.

A dor estava tirando sua sanidade.

Essa era a única explicação.

Maldita mulher de cabelo cor-de-rosa!

Ouviu passos. A dor também estaria causando alucinações?

Levantou-se rapidamente e tentou se aproximar sem fazer muito alarde, mas a verdade era que mal podia manter-se de pé. Quem mais estaria alí? Tentou focar sua vista embaçada mas não estava tendo muito resultado.

De repente silêncio. Apenas o canto dos pássaros.

Uma dor excruciante atingiu-lhe a cabeça e ele caiu nos braços da escuridão.


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Notas finais do capítulo

*Trading Barbs = Trocando Farpas*


Obrigada por todos comentários e favoritos. Vou responder logo.

Até breve!



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