S.H.I.E.L.D. - O Futuro: Jovens Vingadores escrita por Catwoman


Capítulo 26
Capítulo 26 - Hazel


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal!!

Primeiro, gostaria de agradecer ao James R10, Superboy e a Cristina Malik pelas maravilhosas recomendações, valeu mesmo pessoal!! E claro, obrigada a todos que favoritaram/comentaram e sejam bem vindos os novos leitores!

Enfim trago o novo capitulo que, como prometido, terá a revelação (bem sutil) do principal vilão da parada, e claro, um pouco de tretas pra animar o domingo;)

Nos vemos lá em baixo!



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Capitulo 26 — Hazel Fitz-Simmons

Assim que saímos da base, eu e Dominic tomamos caminhos diferentes, quase que imediatamente. Não perguntei para onde ele ia, mas, depois do que aconteceu hoje, acho que ele deve ter ido pra casa.

Provavelmente, eu deveria estar desconfiada dele, como todos os outros, e até mesmo com raiva, pelo que aconteceu com Garrett (Já que mesmo depois das explicações, o cara ainda podia ser considerado um suspeito), mas eu não estou. Na verdade, estou com pena dele. Não conheço-o tão bem quanto Scarlett, mas simpatizei com ele desde o início, e acho que ele não deveria estar passando por isso.

Não deve ser fácil descobrir que sua mãe ingressou em um grupo ninja assassino. E deve ser pior ainda ver que, a maioria dos seus amigos, está contra você. Mas de qualquer modo, essa história, somada a quase morte de Garrett, me fizeram querer dar um tempinho nas coisas relacionadas aos Jovens Vingadores.

Eu sabia que essa vida de “equipe de heróis adolescentes” não era pra mim. Não que eu esteja reclamando, é só que os problemas que vem adicionados a uma equipe são enormes. Claro que fomos avisados. Lembro de meus pais falando que, ter uma equipe não era fácil. Quer dizer, é só dar uma olhada no passado, pra ver o resultado. Quando juntaram os seis vingadores originais, eles não se davam muito bem, e a equipe foi marcada por muitos altos e baixos.

Agora, imaginem juntar dez adolescentes. É multiplicar esses problemas por mil!

Então sim, uma tarde longe disso tudo ia me fazer bem.

Mando várias mensagens para a única pessoa que sei que vai me fazer esquecer dos problemas, perguntando se poderíamos nos encontrar onde sempre nos encontramos, no final da aula, ou nos dias livres.

Não demora muito para que Teddy Altman respondesse a todas as mensagens. Digo a ele que já estou esperando e ele responde que logo estará aqui.

Eu e Teddy nos conhecemos há quase um ano e meio, quando ele se mudou para nossa escola. Quando ele chegou, lembro-me de achar que ele seria um daqueles valentões, jogadores de futebol americano que saem com líderes de torcida, pois, ele era um garoto extremamente lindo e atlético

Alto, loiro, com olhos tão azuis quanto os de Scarlett ou Aiden e muito forte, do tipo que parece viver em uma academia. Era assim que podíamos descrever Teddy. Ou melhor, como eu podia descreve-lo.

Por isso, nos primeiros meses, mantive distancia dele. Afinal, eu conheço o tipodele, e eu era (e sou ainda) a garota que é rotulada de nerd, sempre péssima e esportes e em eventos sociais. E por favor, eu não vivo em um filme americano, em que o jogador de futebol americano, basquete, se interessa pela anti-social. A vida real não funciona desse jeito.

Mas havia algo diferente em Teddy.

A primeira amizade dele foi Alex Wilder. Depois de duas semanas, eles já não se desgrudavam, o que foi estranho. O garoto novato, com jeito de galã, andando com o fantasma excluído da turma? Achei que Teddy devia estra usando ele, para conhecer a escola, fazer seus deveres, quem sabe.

Então, nos colocaram como dupla na aula de biologia, minha aula favorita. Foi ai que finalmente trocamos nossas primeiras palavras. E foi aí, que percebi que, Teddy realmente não era como os outros garotos. Ele não era o babaca que eu imaginava, mas sim, um garoto tímido e fofo.

Foi preciso mais um mês para que eu percebesse que Teddy Altman era exatamente como eu em vários sentidos, e deixasse que ele realmente me conhecesse melhor. Ambos éramos péssimos em esportes, não gostávamos de multidões e preferíamos passar nosso tempo livre na biblioteca, ouvindo música e lendo livros.

Depois disso, nos tornamos amigos rapidamente.

E isso deixou Alex feliz por um tempo. Afinal, ele conseguia passar mais tempo com seu novo amigo e comigo. Na época, todos sabiam que Alex tinha uma queda por mim.

Mas obviamente, alguma coisa deu errado, e ele se sentiu excluído. Deve ser porque eu e Teddy sempre tivemos mais afinidade um com o outro. Então Alex deixou nosso trio. Depois disso, sabemos que fim levou o Alex. O ressentimento dele é tão grande que agora tenta nos matar praticamente todo mês.

Inclui Teddy na minha turma, com meus amigos e ele foi bem recebido. Mas, novamente, Teddy é muito parecido comigo, e é bem fechado, por isso costumamos sair sozinhos na maioria das vezes. É mais fácil, tanto pra ele, quanto pra mim.

Viro meu rosto por conta do vento forte, que anunciava uma tempestade a caminho, e finalmente o vejo.

Teddy se aproxima de mim, com um sorriso em seu rosto. Me levanto, assim que ele chega perto e o abraço.

— Onde você estava? — Questiono, assim que nos separamos, observando a mochila que ele trazia consigo.

— Eu estava na quadra, aqui do lado. — Ele se senta no banco e eu o acompanho. — Sabe, treinando uns arremessos...se eu ainda tiver alguma chance remota de entrar no time, quero estar melhor.

Rio da cara que ele faz, ao passar a mão pelo cabelo, sem jeito.

Abaixo os olhos, e Teddy logo percebe que há algo errado.

— Ei, o que foi? Você parece meio pra baixo hoje. — Ele olha em meus olhos, com uma preocupação genuína neles. — Aconteceu alguma coisa? Problemas no laboratório? — Ele sorri e me cutuca com o braço. — Por acaso você criou algum tipo de vírus estilo Residente Evil, que pode matar todos nós?

Como sempre, ele consegue arrancar ais um sorriso de mim.

Teddy acha que eu tenho uma espécie de estágio em algum laboratório de biologia, junto com meus pais. Não é a verdade, mas não chega a ser uma mentira completa, e eu precisava dizer algo para explicar as tardes em que sumo por aí. Odeio mentir pra ele, mas também não posso contar o que eu realmente faço.

— Não, eu só estou...cheia de coisas pra pensar. Problemas para resolver.

— Bom, senhorita cheia de problemas, você veio ao cara certo. — Ele sorri confiante. — Eu tenho a solução.

— E o que seria?

— Bom, nós podemos... — Um trovão ressoa, fazendo Teddy olhar para o céu, mas logo ele se virar para mim novamente. — Tudo bem, parece que o clima não quer colaborar comigo, então te proponho uma tarde de filmes, a sua escolha.

Quando estou prestes a responder que seria uma ótima ideia, outro trovão ressoa e praticamente em um piscar de olhos, uma garoa começa a cair. Em menos de um segundo, a garoa ganha força.

— Ah, que ótimo. — Resmungo. — Tudo para melhorar o meu dia.

Teddy se levanta, e tira sua jaqueta da mochila, estendendo-a para mim.

— Acho que agora você está sendo obrigada a aceitar a minha oferta, Hazel Fitz-Simmos. Se corrermos, ainda chegamos na minha casa sem parecer que caímos em uma piscina.

Ele não precisa dizer duas vezes. Coloco seu casaco e saímos em direção ao prédio de apenas cinco andares, onde Teddy morava com a mãe, que ficava ao lado de onde estávamos. Assim que entramos, a chuva realmente se torna mais forte.

Subimos as escadas, conversando, até chegarmos a porta de seu apartamento.

— Mãe? — Teddy chama assim que abre a mesma. — Cheguei, e trouxe a Hazel comigo!

Sim, eu já conhecia a mãe de Teddy. Ela era uma mulher muito doce e simpática, assim como seu filho. Teddy também conhecia meus pais, minha mãe o adorava, e meu pai o achava interessante.

— Mãe? — Teddy chama novamente, se obter respostas. Ele se vira para mim e me encara com seus olhos azuis — Que estranho. — ele resmunga. — Jurava que ela estava em casa. Vou ver se ela deixou algum bilhete por aí. — Ele diz se dirigindo para a cozinha do apartamento. — Fique à vontade, você está em casa.

Concordo um pouco acanhada enquanto pego alguns filmes na estante, tentando decidir o que assistiremos até que a chuva passe.

— Teddy, nós podemos....

— Mãe?! — A voz de Teddy é repleta de urgência e medo — Quem é você?!

Com o coração disparado, corro até a cozinha, aonde encontro a seguinte cena:

A Sra. Altman está amarrada em uma das cadeiras da cozinha, amordaçada e com os olhos vermelhos causados pelas lágrimas que escorrem pelo rosto. Ao lado dela, há um homem de meia idade que eu não reconheço, com um sorriso psicótico em seus lábios.

— Dorrek...finalmente lhe encontrei.

É tudo o que o intruso diz com uma voz estranha.

— Quem é você!? — Teddy inquire novamente, com a voz trêmula, tão paralisado quanto eu.

— Lugar interessante pra se esconder. — O homem parecia falar mais para a mãe de Teddy do que para meu amigo. — Mas foi ingenuidade sua e de todos os envolvidos, acharem que não iriamos encontra-lo. Vocês sabiam que todos os esforços seriam inúteis, e eis o resultado.

A mãe de Teddy nos lança um olhar perdido, alarmado, enquanto o homem apenas gargalha com a situação.

— Como entrou aqui? — Desta vez, a voz de Teddy soa mais raivosa, mas isso não aprece afetar o intruso

— A segurança de vocês por aqui é precária. — Ele dá de ombros, se irritando quando a mãe de Teddy tenta mais uma vez, em vão, se soltar. — Pare de se mexer!

O homem aponta um tipo de arma que eu não reconheço para a cabeça da Sra.Altman

A arma era grande e reluzente, diferente de qualquer outra que eu já tenha visto em meus dezessete anos de vida. E sim, conheço praticamente todos os tipos de armas já inventadas, dado ao meu trabalho na SHIELD, e ao costume que eu tinha de ficar desmontando e montando armas com meu pai.

— Não Machuque minha mãe!

O homem lança a Teddy um olhar frio e cínico

— Sua mãe? Esse verme não é sua mãe. — Teddy fica confuso, assim como eu, o que parece apenas divertir ainda mais o agressor Ele puxa a Sra.Altam pelo cabelo e pressiona ainda mais a arma contra seu rosto. — Vamos, mostre a ele! — O Homem vozeira contra a mãe de Teddy, que nega com a cabeça o mais veemente que consegue na situação.

Minha primeira reação quando finalmente o estupor parece deixar meu corpo, é ativar meu comunicador e chamar por ajuda. Mas o pânico me invade novamente no momento em que percebo que estou sem ele. Eu o havia deixado na base no momento em que sai.

Perfeito, Hazel Fitz-Simmons! O mundo e esse psicótico agradecem sua estupidez.

Então, pego discretamente meu celular, para tentar chamar por alguém, nem que fosse a polícia de Nova York. Porém, logo percebo que não possuo nem um traço da sutileza que Scarlett, por exemplo, teria nessa situação.

— Largue essa coisa, garota. — O homem ordena. — Não queremos mais ninguém aqui.

Estudo rapidamente minhas opções e infelizmente, acabo obedecendo o homem e deixo meu celular cair no chão. Eu não tenho poderes especiais e também não sou forte ou experiente o suficiente para lutar contra esse cara.

A única coisa que posso fazer é me aproximar um pouco mais de Teddy, que treme de raiva, enquanto meu cérebro trabalha a mil por hora, tentando achar uma brecha na situação, criar um plano que nos tire daqui vivos e ilesos.

— Largue ela! — Em um rápido movimento, Teddy avança contra o homem, que o repele com um tapa tão forte, que joga-o de volta a parede do meu lado. Teddy cai quase aos meus pés, e eu me abaixo para ajuda-lo

— Você está bem?!

Ele concorda com a cabeça e voltamos a fitar o homem, assim que ele retorna a falar.

— Mostre a eles! — Ele bate na Sra.Altamn. — Mostre sua verdadeira forma, vadia!

Após o grito do maluco, a mãe de Teddy fecha os olhos, desistindo de lutar, e eu perco o folego com a cena que se segue.

A mãe de Teddy lentamente vai se transformando, deixando de ser humana, passando a ter a pele esverdeada, com uma forma monstruosa. Suas orelhas crescem, ficando como as de um elfo, e seu rosto toma uma forma praticamente desfigurada. Seu queixo ganha horripilantes saliências e seus olhos se tornam amarelos, com pupilas em um tom escuro.

— Muito bem. — O Homem sorri, no instante em que muda de forma também, se tornando ainda mais monstruoso e macabro que a mãe de Teddy. Ele, ao contrário da mulher, aparenta ser mais feroz, um monstro completo saído de um filme de terror sanguinário.

Atônita, olho para Teddy ao meu lado, que assiste a cena com um misto de horror e pânico, sem conseguir desviar os olhos por um segundo sequer. Ele está tão pálido quanto imagino que estou agora, e me pergunto como ainda estou de pé.

Eu nunca vi algo tão horrível e bizarro em toda a minha vida.

— M-mãe...?

O fio de voz patético que Teddy consegue balbuciar em meio ao choque, parece distante para mim. O plano que antes eu tentava criar em minha mente, desaparece, assim como praticamente todos os meus pensamentos. Não consigo desviar meus olhos das duas figuras monstruosas a nossa frente, e no momento, é tudo o que meu cérebro consegue tentar processar.

O Homem- monstro começa a rir sem parar, fixando seus olhos em Teddy.

— É isso que nós somos, Dorrek. — Até sua voz agora causa arrepios profundos, do tipo que nunca mais te deixarão dormir a note. — Esse pedaço de lixo que você chama de mãe, não passa de uma serva traidora, que te trouxe até aqui. — Ele crava seus olhos ferozes em meu amigo, quase como se ignorasse minha presença no ambiente. — Agora que ela já fez a parte dela, sua utilidade acabou.

Antes que eu consiga raciocinar, o homem atira na cabeça do que antes era a mãe de Teddy a sangue frio, e ela cai no chão, com um baque surdo, sem vida. Meu estomago se revira e eu tenho a sensação de que vou vomitar a qualquer momento.

Porém, o pior foi o grito de Teddy, carregado de agonia, diante da cena.

Não consigo impedir que Teddy tenha um acesso de fúria e sem pensar, pule contra o homem. Ele já havia tentado isso antes, e diferente da última vez, o homem-monstro segura meu amigo pelo pescoço, com tanta força, que foi um milagre ele não tê-lo quebrado ali mesmo. Então, com um movimento brusco, ele lança Teddy com força, fazendo-o ser lançado até a sala.

Por um segundo horrível, me vejo sozinha com o monstro na cozinha, o que me faz me encostar na parede o máximo possível, tateando algumas gavetas ao meu alcance. Eu achei que o monstro viria pra cima de mim, mas, novamente, ele não me dá atenção alguma.

Um som inunda o ambiente, e o homem pega algo como um celular, ou comunicador, mesmo que o parelho em questão não se pareça com nenhuma das duas coisas, e o leva até o rosto. Não vejo suas feições, mas a voz dele denuncia seu desagrado.

— Não me interessa! você não pode falhar nessa missão! Ache-o e mate-o. Fracassos não serão tolerados de forma alguma! Esse não é esse tipo de desempenho que você vai desejar que eu repasse, é?

Sem dizer mais nada, o homem-monstro guarda o aparelho e, lentamente, segue até a sala.

Aproveitando o pequeno momento de distração dele, foi a minha vez de ter um acesso de bravura idiota e irracional. Tateando uma das gavetas, sinto algo como uma faca, e com uma onda de coragem e estupidez repentinas, me aproximo rapidamente, tentando me lembrar das aulas de luta com os Banner, ou com Garret, e tento acertá-lo por trás, impedir que ele avançasse mais.

Eu não sei o que se passava na minha cabeça ao tentar fazer essa idiotice. O monstro nem parece perder seu tempo, ele apenas se vira e desfere um soco em meu rosto, que me leva ao chão no mesmo instante.

Tenho calafrios quando, antes de me deixar no chão ao lado do corpo da Sra.Altam, recita as palavras:

Ele ama a todos vocês.

A frase não faz o menor sentido para mim, mas no momento, nada mais fazia.

Os próximos instantes são apenas borrões, enquanto luto para não perder a consciência inevitável. Consigo ouvir a voz horripilante dele pronunciar: “Ora, não esperava vê-la aqui, pelo menos não agora”, mas não faço ideia com quem ele pode estar falando.

Capangas, talvez?

Ajuda para Teddy e eu?

Do que isso importa, afinal? Já não consigo mais pensar em nada, então, acabo me entrego a escuridão


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Notas finais do capítulo

Pois é, a partir de agora as coisas começam a ficar mais interessantes por aqui...hehehe

Como devem ter percebido, eu modifiquei um pouco o Teddy, pra poder encaixar com a história, espero que tenham gostado. Como sempre, comentem, eu adoro trocar uma ideia com vocês! (E se quiserem recomendar como presente de natal, estou aceitando, ok?)

Antes de terminar, só lembrando para darem uma passadinha nos tumblrs, tem bastante coisa nova lá.

Agora sim, por hoje é só. Vou tentar postar mais um antes do natal, espero que eu consiga ‘-‘

Até mais!