S.H.I.E.L.D. - O Futuro: Jovens Vingadores escrita por Catwoman


Capítulo 2
Capítulo 2 - Scarlett


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas lindas!

Desculpem a demora, mas aqui está mais um capitulo, com uma personagem que todos amam!
Aproveitem e nos vemos lá em baixo!! (:



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Capítulo 2 – Scarlett Romanoff

— Preste mais atenção! — Ouço minha mãe dizer, enquanto eu perco o equilíbrio e caio batendo com as costas no chão, pela terceira vez desde que começamos nossa luta amigável.

— Isso não é justo, você me distraiu! — Consigo dizer, e vejo que minha mãe esboça um sorriso.

— Você se distraiu sozinha, como antes. — Aceito seu braço estendido para me ajudar a levantar. — Sabe que a distração em uma luta séria pode levar a....

— Morte. Eu sei.

Recomeçamos nossa luta, e novamente minha mãe está com a vantagem. Ela desfere dois socos seguidos de um chute, que eu bloqueio com facilidade. Porém, quando vou revidar com um cruzado de direita, levo mais um soco, que me faz perder o equilíbrio, e novamente ela me chuta para o chão.

Estamos na sala de treinamento desde que todos foram embora, a quase uma hora atrás. Logan me chamou para ir com ele ao Edifício Baxter, por que hoje ele iria ficar de “babá” para Valéria Richards. Isso estava se tornando bem frequente, pois Franklin começou a passar muito mais tempo com Rachel de uns meses para cá. Mas ele não deixou de ser o irmão mega protetor de sempre. Ele nunca deixava Val sozinha. Por isso Logan as vezes ficava com ela. Eu adorava a Val, mas não aceitei o convite, pois eu já tinha dito que ficaria para treinar com a minha mãe. Era minha oportunidade de passar um tempo com ela.

Ao contrário das garotas “normais” da minha idade, que passavam o tempo com suas mães indo a shoppings, ou a salões de beleza, eu e minha mãe passávamos nosso... “Tempo mãe e filha” treinando lutas e outras coisas.

E eu adorava isso. Afinal de contas, quantas pessoas tinham o privilégio de treinar com a própria Viúva-Negra? Além de chama-la de mãe sem que ela tente te matar de todas as formas possíveis?

— Vai levantar ou prefere ficar no chão, se lamentando? — A voz de minha mãe me traz de volta para a realidade.

— Se você me deixasse usar um arco... — Não me leve a mal. Eu lutava melhor do que metade dos agentes aqui (Não quero me gabar, mas eu ganhava até do pai do Garrett). Mas não dava pra simplesmente vencer minha mãe, quando ela decidia lutar “a sério”.

— Arco e flechas é com seu pai. — Ela diz com a voz firme. — Comigo, apenas lutas. Sabe disso.

Bufo demonstrando que sim, eu sabia disso.

Me levanto novamente e aproveito que minha mãe está de costas para criar uma pequena bola de neve na palma da minha mão.

— E não se atreva a jogar essa bola de neve. — Ela diz em tom sério. — Me lembro de ter dito que essa luta seria sem poderes.

— Droga. — Solto uma risada ao atirar a bola na parede, enquanto me ponho em posição de luta novamente.

Novamente recomeçamos nossa luta, e desta vez sinto que estou com a vantagem.

— Como andam os treinamentos com Lorraine? — Minha mãe me pergunta enquanto desfere novos golpes e chutes, que eu facilmente bloqueio.

— Vão bem. — Digo desviando de um cruzado de direita, enquanto me abaixo para uma rasteira. — Ela é uma excelente professora, nos divertimos bastante.

— Faz tempo que ela não aparece por aqui. — Minha mãe desvia da minha rasteira, e me imobiliza com facilidade. Ela, ao contrário da grande maioria (Que incluía meu pai), não odiava Lorraine.

— Pois é, ela não é a pessoa mais queria por ninguém daqui. — Tento me livrar do golpe, sem muito sucesso.

Da última vez que ela esteve aqui na base, Lorraine e Luthor (literalmente o irmão gêmeo do mal dela) tiveram uma briga bem feia. A coisa só não passou de uma discussão cheia de insultos para agressão física, por que Luthor estava preso em uma cela de segurança máxima. Depois desse incidente, a quase quatro meses, Luthor foi levado para Asgard por Connor e Thor, para cumprir sua pena perpétua por lá, juntamente com seu pai.

Agradeço todos os dias a Odin por terem levado Luthor para bem longe de mim, pois ele e o pai dele ainda protagonizam meus pesadelos, que tenho praticamente todas as noites.

— Scarlett, já disse que você tem que parar de ser tão impulsiva. — Escapo de seu golpe pronta para revidar, porém sou pega de surpresa com uma joelhada no estômago. O golpe não foi forte, pois ela não queria me machucar, mas foi o suficiente para me derrubar novamente.

— Finalmente achou uma adversária a altura, Tasha? — A voz de Coulson nos faz virar para encarar seu semblante curioso de sempre. — Quem ganhou?

— Precisa perguntar? — Digo, massageando a área atingida e ele ri. — O que foi, chefe? Algum problema? Os super - gêmeos e o Gary precisam de ajuda?

— Não. Eles saíram em missão com seu pai, o capitão e....

— Ok Coulson. – Eu lhe corto. — Eu não diria que estou muito interessada. – Nossa equipe estava se acostumando a fazer missões separadas. O agente dá um sorriso ao ver minha reação.

— Essa é a Scarlett que eu conheço. — Ele continua sorrindo, enquanto minha mãe me reprova com o olhar. — Na verdade, vim falar com sua mãe. Precisamos de você em um interrogatório. — Ele olha para minha mãe, que logo está ao lado dele.

Ok. Acho que essa era a minha deixa para ir embora.

— Vou pegar as minhas coisas na base, e depois eu vou ver se dou uma passada na casa dos Richards. — Informo minha mãe, que concorda com a cabeça. — De qualquer jeito, nos vemos em casa mais tarde.

Me despeço de minha mãe com um beijo em seu rosto (Por que era sempre bem engraçado ver a reação dela), e de Coulson com um aceno de mãos.

[x]

— Seja bem vinda de volta, Senhorita Romanoff. — JARVIS me cumprimenta ao entrar na base, como sempre.

— Olá JARVIS. – Retruco, enquanto me dirijo para as escadas, sem pressa. Por um segundo, tive a sensação de algo não estar certo, mas logo tirei esses pensamentos da minha mente.

Eu conhecia a base da minha equipe como a minha segunda casa. Por isso nem me importei com a pouca luz que havia no local, por estar vazio. Fui direto para a parte inferior do lugar, onde ficavam as áreas de treinamento e o laboratório de Hazel. Minhas coisas estavam lá.

Ao entrar no laboratório, logo avistei minha mochila em cima da mesa. Passei os olhos pelo local onde ela se encontrava, e não tive nem sinal do meu celular que devia estar ao lado da mesma. Abri a mochila e revirei a mesma a procura do aparelho, mas tudo o que obtive foram alguns papéis de bala, lições amassadas e duas revistas em quadrinhos da Mulher - Gato.

“Que estranho”. – Eu pensei. – “Eu tenho certeza absoluta de ter deixado ele aqui.”

Como eu não sou a pessoa mais organizada desse mundo, decidi pedir ajuda para alguém que saberia onde encontrar meus pertences perdidos.

— JARVIS, sabe onde deixei meu celular? — Pergunto para nosso simpático mordomo, mas não obtenho nenhuma resposta. — JARVIS? — Novamente não tenho resposta.

Me viro bruscamente ao ouvir passos e ter a sensação de ter mais alguém junto a mim naquela sala vazia. De repente, ouço meu celular. A julgar pela distância do som, tenho a certeza de que o mesmo se encontra na parte superior da base. E não era para ele estar lá.

Algum infeliz devia estar pregando uma peça em mim, provavelmente dando o troco por todas que eu já dei em todo mundo aqui, mas um certo garoto de 11 anos é a primeira pessoa na minha lista de suspeitos.

— Kevin, é você? – Pergunto em voz alta.

Nenhuma resposta.

— Se for você Kevin, eu te mato, seu peste. — Digo para o nada, enquanto pego meu arco e me dirijo lentamente para as escadas, sem fazer o menor barulho, rumo ao som do meu celular que ainda estava tocando.

Eu já estava pensando em algumas explicações convincentes para dar a Hill, quando eu tivesse que explicar o porquê de eu ter matado o filho dela, mas ao chegar no topo da escada, percebo que talvez não seja Kevin me pregando uma peça.

O som do meu celular denunciava que ele estava no grande sofá da sala. E neste mesmo sofá, havia uma figura, sentada de costas para mim. A falta de iluminação dificultava a identificação daquele semblante, mas obviamente não era Kevin. Ele era maior. Me aproximo com cautela do intruso, com uma flecha mirada em seu crânio. Se o engraçadinho tentar alguma coisa, eu não vou errar minha flecha.

— Vai atirar em mim? — O intruso pergunta com a voz grave e tranquila, com um leve sotaque que eu não identifico de cara. Como ele havia me percebido? Eu não fiz o menor barulho! — Creio que procura por isso. — Ele levanta meu celular em suas mãos, e eu aperto mais ainda meu arco.

De repente, Luthor aparece em minha mente. Mas descarto a opção, ou senão ele já teria tentado me matar.

— Quem é você e como entrou aqui? — Uso minha voz mais ríspida e intimidadora que consigo, mas isso não parece abalar o estranho, que solta uma risada divertida.

— Caramba Scarlett, você não mudou nada. — O estranho se levanta e fica de frente para mim, com as mãos levantadas em sinal de rendição. O babaca está com um capuz cobrindo seu rosto. — Mas é assim que me recebe depois de quase sete anos? Ou seriam oito?

— Eu não vou repetir a pergunta. — Novamente digo em tom ríspido, sem dar ouvidos ao que ele dizia.

— Vejo que não se lembra de mim. — Sua voz soa chateada. Ele caminha em minha direção e eu recuo, ainda mirando nele. — Mas eu nunca me esqueci de você, Scarlly. E aponta essa coisa pra outro lugar, antes que alguém se machuque.

O garoto retira o capuz, possibilitando que eu possa identifica-lo. Ele é alto e magro, porém forte. Seus cabelos negros caem levemente em seus olhos azuis claros, quase cinzas. Seu rosto é familiar, porém tenho um pouco de dificuldades para me recordar do garotinho magrelo, que estava constantemente com cara de choro que se escondia por trás daquele rapaz com o rosto destemido e sorridente que estava na minha frente.

— Dominic?! — Ao ouvi seu nome, o garoto não contém um sorriso. — Dominic Murdock?! — Digo mais uma vez, apenas para ter certeza de que ele é meu amigo de infância. Um amigo de quem eu gostava muito e agora, nem o reconhecia.

— Surpresa! — Ele brinca, enquanto me abraça fortemente. — Está feliz em me ver? Faz tempo que não nos...

— Mas que merda Dominic! — Eu grito, o empurrando enquanto largo meu arco no chão com raiva. – Eu podia ter te matado, seu idiota! Que porcaria foi essa?

— Primeiro, a ideia não foi minha. — Ele se aproxima mais. — Segundo, vejo que está radiante ao me ver. — Ele diz calmamente, ainda rindo. — E terceiro, você sabe muito bem que você não conseguiria me matar. Sou mais rápido do que você.

Levo um segundo para me recuperar do susto, e mil perguntas automaticamente afloram em minha mente.

— Mas como você...? Por que você... — Tentei formular a primeira de várias perguntas.

— Que tal uma pergunta de cada vez? — Ele se encosta no sofá. — Aliás, lugar bacana este aqui.

— Como entrou aqui? — Decido começar com esta pergunta, que ao meu ver, era a mais importante.

— Eu o trouxe. — Lorraine aparece do nada ao meu lado, fazendo-me pular de susto. Caramba, hoje virou o dia de me assustar?

— Mas que...? — Miro minha amiga com raiva e surpresa, e ela solta uma leve risada com isso.

— Magia. Você sabe. — Ela responde, como se fosse óbvio (O pior, é que era óbvio.). — Não disse que seria engraçado? A ideia da brincadeira foi minha. – Ela olha para mim e depois para Dom, que abre mais um sorriso.

Legal, agora ela se achava a rainha das pegadinhas. Simplesmente perfeito.

— Desde quando vocês se conhecem? E o que fazem aqui, exatamente? — Me encosto no sofá, me recuperando da brincadeira. — Além de tentar me matar de susto, é lógico.

— Nos conhecemos há três dias, desde que eu voltei pra cá. — Dom responde primeiro. — E vim te visitar, só isso.

— Foi Danielle quem pediu para traze-lo. Ele não parou de falar de você, desde que chegou. — Dom abaixa a cabeça com as palavras de Lorraine. Ele sempre gostou muito de mim.

— Danny pediu? – Danielle, ou Danny como era bem mais conhecida, era a filha mais velha de Luke Cage. Ela era a líder da equipe em que Lorraine e os irmãos Maximoff faziam parte. Eu a conheci a quatro meses, enquanto Lorraine me ajudava a dominar meu poder de gelo. — Você conhece a Danny? Ah, pera ai...A Danny conhece todo mundo e mais um pouco, então...

— Mas o que importa... – Ele responde calmamente, me cortando. — É que eu estou de volta e estou feliz em te ver. Você cresceu, mudou bastante.

Eu mudei? Quase nem o reconheço, e ele diz que eu mudei?

— Veio morar com seu pai? – Inquiro com cautela. Dominic morava com a mãe na Grécia, e pelo que me lembro, ele não se dava muito muito bem com o pai. (Que aliás, era muito amigo da minha mãe)

— Sim. — Ele me encara com seus olhos azuis acinzentados, e então suspira longamente. — O que me diz de me acompanhar em um passeio noturno? Assim podemos colocar a conversa em dia, o que acha?

— Você sempre preferiu a noite, não é mesmo? — Digo rindo, enquanto me lembrava de quando éramos mais novos.

— Você também. — Ele retruca. — E então? A Arqueira Negra tem um tempo para mim? — Ele brinca, com seu sorriso encantador.

— Não me chame de Arqueira Negra. — Dom franze a testa quando eu recuso o codinome que eu “usava” quando éramos mais novos.

— O que aconteceu com a Arqueira Negra? — Ele pergunta, me seguindo para fora da base.

— Isso aconteceu. — Peguei suas mãos e as envolvi com as minhas. Pude ver a cara de surpresa e confusão dele ao sentir o frio que eu proporcionava. Quando tirei minhas mãos, uma mini escultura de gelo estava na palma da mão de Dom.- Sou a Dama de Gelo agora.

— Como você...?

— Lorraine não te contou? — Olho para minha amiga, que dá de ombros. Obviamente, ela havia omitido muitas coisas dele. — Bom, então é mais uma história para pôr em dia. — Coloco minha mochila nas costas e olho para os dois. — Aonde vocês querem ir?


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Notas finais do capítulo

E ai?? Gostaram??
Nãoo deixem de comentar, ok?? Já estou mega feliz com os comentários do primeiro capitulo! *0*
Ah, não deixem de passar no Tumblr, pois vai ter coisa nova lá hoje! Kkkkk

Bom, é isso então. Nos vemos na próxima!