S.H.I.E.L.D. - O Futuro: Jovens Vingadores escrita por Catwoman


Capítulo 10
Capítulo 10 - Connor


Notas iniciais do capítulo

Eaeee gente! Sei que demorei, mas tive motivos pra isso '-'. Eu simplesmente quase ferrei com meu note, tive que restaurar tudo e acabei perdendo os três capítulos que eu tinha adiantado -.- (palmas pra mim) Mas já comecei a reescreve-los, então tudo bem.
Enfim, aqui está o novo capitulo e eu espero que gostem (:
Boa leitura!



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Capítulo 10 – Connor Foster

— Como você aguenta comer tanto?

Levanto os olhos e encontro os olhos castanho-esverdeados de minha prima, que finalmente abaixou o livro que estava lendo e agora me encarava com seu rosto inexpressível de sempre.

— Se você não quis sobremesa, o problema é seu. — Lhe digo em um tom bem-humorado. Nós dois estávamos almoçando em uma lanchonete há alguns quarteirões da minha casa, na qual minha mãe e eu costumamos vir desde que eu era pequeno. — Mas e você? Como você aguenta ler tanto?

Ela dá de ombros.

— Esse é um dos melhores livros que eu já li.

Estico-me para ler o nome na capa.

— Tormenta das espadas? — Ela concorda com a cabeça, voltando seus olhos para a página. — Qual seu personagem favorito até agora?

— Tyrion.

— Ele não vale, todos gostam dele. Diz outro.

— O Víbora Vermelha.

— Ele morre no final.

Fechando o livro lentamente, ela volta a me encarar com os olhos semicerrados, tentando não se mostrar irritada. Sua reação só me faz rir antes de terminar mais uma fatia de torta. Naquele momento éramos apenas dois primos, almoçando juntos. E cara, como eu queria que o dia tivesse continuado assim.

Tudo bem, isso é mentira.

Se meu dia continuasse parado assim, ele não teria graça. É sério, do que adianta ser um Jovem Vingador/ agente da SHIELD, se você não tem uma emoção rolando no seu dia?

A graça estava na ação, na adrenalina.

De qualquer maneira, meu primeiro sinal de que algo estava errado, foi o momento em que várias viaturas de polícia passaram em alta velocidade pela rua. Aquilo seria o suficiente para chamar a minha atenção, mas deixei passar a dica, e voltei a me concentrar na torta a minha frente.

Parabéns, Connor Foster. Você é um completo idiota.

Meu segundo (e definitivo) sinal de que meu dia seria mais cheio do que eu esperava veio com um chamado de Garrett em meu comunicador, quando eu e Lorraine já tínhamos deixado o “Bill’s Dinner”, e andávamos até a estação de metrô mais próxima.

— O que foi? — Lorraine inquire ao meu lado, quando paro de andar.

Termino de ouvir as orientações do “chefe da equipe” antes de responder.

— Problemas.

— Isso ficou bem óbvio, primo. — Ela retruca. — Que tipo de problemas?

— Os fugitivos outra vez. — Suspiro. — Desta vez, parece que fizeram uma festinha na Middletown High.

Minha prima me estuda por alguns segundos.

— A Scarlett não estuda lá? — Murmuro um “aham” enquanto volto a andar mais rápido, sendo seguido por Lorraine.

A rua estava cheia de pessoas e eu precisava achar um lugar mais reservado para trocar de identidade. (Quando digo “lugar mais reservado”, estou querendo dizer qualquer beco longe dos olhares dos Nova-Yorkinos que passam apressados pelas as ruas.)

— De acordo com o Ward, Aaron fugiu do local e Alex Wilder foi levado por alguma coisa. Não entendi essa última parte muito bem, só sei que isso só dificulta as coisas. — Termino de lhe explicar a situação assim que nos encontramos fora dos olhares dos pedestres. — Bom, acho que o Asgardiano precisa ir atrás deles.

— Connor, espera. Você...

Antes que ela pudesse completar a frase, vejo que seu olhar se dirige para um ponto mais distante no beco aonde nos encontramos. Instintivamente sigo seu olhar, e logo vejo o que chamou a atenção de Lorraine.

Há um garoto caído, próximo a uma das lixeiras.

“ Isso não é possível. Só pode ser uma brincadeira. ”— Penso comigo mesmo.

Sem dizer qualquer coisa, ambos nos aproximamos do garoto. Ele era loiro e tinha um porte atlético forte. Mas o que mais me chamou a atenção, foi seu uniforme. Ele vestia a camisa do uniforme de basquete de Middletown High.

— Como ele veio parar aqui? — Lorraine sussurra a pergunta, enquanto checa o pulso do garoto. Ele parecia ter se metido em uma briga – bem feia, diga-se de passagem.

Sem qualquer resposta e confuso com toda a presente situação, a única coisa que consigo dizer é:

— E isso importa agora?

— Tem razão. — Com um movimento de mãos de Lorraine, minhas roupas normais dão lugar ao meu uniforme. — Vá atrás do Hardy e do Wilder. Eu cuido deste aqui.

Antes que pudesse protestar qualquer coisa, minha prima estala os dedos e some junto com o garoto, me deixando sozinho no beco.

[x]

Depois de surtar por quase meia hora, Garrett parecia estar enfim, se acalmando.

— Essa irritação toda foi completamente desnecessária. — Mayday comenta. — Quer dizer, qual o problema? Eles são nossos amigos e aliados!

— Eu sei disso, Mayday. Nunca disso o contrário. — Gary suspira, se jogando no sofá. — Mas preferia que cuidássemos do assunto sozinhos. Eles não precisavam se envolver.

Bufo de forma cansada, perdendo totalmente o interesse pelo final desta discussão fútil.

Depois que Lorraine me deixou sozinho, me encontrei com os outros e passamos um bom tempo procurando por Aaron Hardy e Alex Wilder. Para nossa total frustração, nenhum dos dois foi localizado. Isso já fez com que Garrett se irritasse um pouco. Mas o que o fez surtar de vez, foi saber que Scarlett, Logan e Aiden foram ao instituto pedir a ajuda de Rachel.

Ele não gostava quando pedíamos ajuda da GeneXt.

Em resumo, Garrett achava que quando fazíamos isso, passávamos a imagem de ser uma equipe fraca, de iniciantes que não sabia o que estávamos fazendo. Eu tinha uma teoria. A de que ele tinha algum tipo de complexo de inferioridade, ou algum problema.

Mas é óbvio que ninguém acreditava em mim.

— Ok. Chega de nos estressarmos. — Gary diz, se levantando. — Temos Emma detida conosco. Vamos tentar arrancar alguma coisa dela, e então pegamos o resto do bando dela. Quer participar, Danvers?

— Não perderia esse interrogatório por nada. — Aiden responde de forma cansada e irônica, deixando a sala ao lado de Garrett.

O silencio que se seguiu durou pouco mais de cinco segundos, sendo quebrado por Mason, com uma voz exasperada.

— Quem foi que disse que esse..."troll" tem alguma coisa a ver comigo?

— Eu disse. — Scarlly levanta a mão, com um sorriso debochado no rosto.

— E ela tem razão. — Mayday comenta. — É a sua cara, Mason.

Mason, Megan e Mayday estão ao lado de Scarlett e Logan, que desenha um “retrato falado” da criatura que eles afirmam ter sumido com Alex Wilder. De acordo com a ruiva, a criatura se parecia com Mason. Acredito que o apelido “Hulk-Loiro” está sendo usado para descreve-lo.

— Isso aqui é só um esboço. — Logan consegue dizer entre um riso e outro. — E eu não cheguei a vê-lo, não posso ser mais detalhista que isso. To me baseando no que ela disse ter visto. — Ele aponta para a namorada.

Decido deixá-los com seu novo passatempo e sigo para o andar de baixo da base, onde ficam as áreas de treinos. Ao descer as escadas, vejo que Hazel e Pym estão no laboratório, fazendo alguma coisa nerd, como era de se esperar dos dois.

— Hey, Connor! — Hazel me chama, assim que percebe minha presença. — Vem cá!

Entro no laboratório e a primeira coisa que vejo são várias folhas espalhadas em cima de uma bancada, metade desarrumada (provavelmente a parte de Pym) e uma parte na mais perfeita ordem (Hazel). Aquilo me faz lembrar da minha mãe e suas intermináveis pesquisas astrológicas, ao lado do velho Erik Selvig (que era como um avô para mim) e da tia Darcy.

— Pois não?

— Eles já pararam de discutir lá em cima? — Hazel para o que estava fazendo para olhar para mim.

— Já. O Ward e o Danvers estão interrogando a Emma agora.

Vejo que Hazel fica visivelmente aliviada com a notícia.

Quando estou prestes a dar meia volta e ir embora, a garota me chama.

— Connor, espera. Algum dos seus amigos asgardianos está aqui? Ou veio pra cá recentemente?

Olho para a garota, levantando uma sobrancelha. Que tipo de pergunta era aquela? Até parece que eu era cheio de amigos em Asgard - lugar no qual eu apenas visito de tempos em tempos com meu pai – que vem pra cá o tempo todo me visitar. Sinceramente, se você é de Asgard, você não vai querer vir gastar seu tempo na terra.

— Hã, tirando o meu pai e Lorraine, acho que não. Por que?

— Ah. — Ela resmunga. — Eu tinha certeza de que havia captado assinaturas energéticas semelhantes a...

— Fala em inglês, Hazel. Eu não sou o Stark.

— Ela achou que alguém talvez pudesse ter aberto uma passagem de Asgard para cá. Ou vice e versa. — Henry explica, gesticulando com as mãos.

Naquele momento eu entendo tudo.

Desde que Luthor - meu primo psicopata - foi levado para a prisão em Asgard há alguns meses atrás, por tentar matar meus amigos e possivelmente dominar a terra, Hazel tem dado seu jeito de monitorar qualquer coisa que possa ser Luthor voltando para nos atacar. (Não me pergunte como ela faz isso, como eu já disse, não sou o Stark)

Mas eu chamo isso de paranoia.

— Hazel, meu pai está em Asgard. Se algo tivesse acontecido, ele me avisaria. — Tranquilizo a garota. — Vai dissecar alguma coisa, e deixa isso pra lá, ok?

— Foster. — Ouço Mason me chamar e encontro-o no tatame. — O que me diz de um mano a mano?

Sorrio em resposta.

— Já vou. — Volto a olhar para Pym e Hazel. — É sério, deixe essa história pra lá, tá bom?

Espero a mais nova confirmar com a cabeça para então, deixar o laboratório.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só gente!
Nãooo deixem de comentar! Amo trocar uma ideia com vocês, leitores *-*
Ah, provavelmente na próxima postagem, vou trocar a capa. Então, não estranhem se a capa for outra Kkk
Mais uma coisa, muito obrigada todos que seguem o Tumblr, sério, nunca achei que teria tantos seguidores *0*
Bom, acho que é só isso. Nos vemos no próximo capitulo!!