Love Amid The Chaos escrita por Brenda


Capítulo 6
Entwined lives


Notas iniciais do capítulo

Demorei para postar sim ou claro? Haha. Eu queria ter postado antes, mas minha inspiração estava em 0%. Mas está aí, espero que gostem. Lá nas Notas Finais iremos conversar...



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Daryl colocou a última mochila no porta-malas, fechando-o em seguida. Ele observou Glenn e Carl, que estava com Judith em seu colo, caminharem em direção a ele; quando chegaram, escoraram-se na lateral do carro e olharam Carol e Maggie despedirem-se pela quinta vez, no mínimo, do grupo de Joshua.

– As mulheres são tão sentimentais. – Carl sussurrou quando Maggie limpou uma lágrima de Lisa, filha de Derek.

Glenn e Daryl apenas concordaram com um leve aceno de cabeça.




Carol observava Judith adormecida em seu colo, ao seu redor, podia ouvir o barulho do fogo consumindo e estalando na madeira, o som das vozes de Carl e Glenn e o cantarolar baixinho de Maggie.

Daryl mantinha-se em silêncio esta noite, mais do que o normal. Estava pensativo, havia muitas questões a serem resolvidas e muitas perguntas a serem feitas.

Mas por enquanto, o caipira preferia deixar todas essas coisas apenas em seus pensamentos. Não queria dar esperanças á sua família e depois vê-los sofrer ainda mais com uma nova decepção.

Daryl resolveu deixar isso de lado por hora, mas seu inconsciente não iria deixar essas questões serem esquecidas tão facilmente.

Ele ainda precisava de uma resposta para saber o que fazer.




Carl observou o cervo alguns metros á sua frente e riu. Um riso mais nervoso do que divertido. Daryl observou-o, sabia o porquê daquilo.

O garoto havia se lembrado de tempos atrás, quando havia levado um tiro acidentalmente.

Parecia que já havia se passado séculos desde aqueles dias.

Daryl voltou seus pensamentos para o animal que seria a refeição do dia.

A flecha disparada por ele acertou o alvo: a cabeça do cervo.





– Vocês acham que podemos encontrar mais alguém? Quero dizer, da nossa família? – A voz de Carl estava calma, mas seu olhar denunciava a importância de uma resposta positiva.

Todos se entreolharam, nem eles mesmos sabiam a resposta para aquela pergunta.

Já haviam se passado semanas desde o ataque do Governador, o resto do grupo, a parte que sobreviveu, poderia estar muito longe.

Mas Carol, com todo seu lado maternal, envolveu Carl em um abraço e falou em alto e bom som, querendo que todos ouvissem e absorvessem em seu ser aquelas palavras:

– Eu tenho certeza que sim. Não posso dizer que todos sobreviveram, sabemos que isso não é verdade; mas se alguém da nossa família estiver por aí, nós vamos encontrá-lo.

A decisão já estava tomada, agora, a principal prioridade era voltar para aqueles que eles amavam.




Judith chorava copiosamente no colo de Maggie. A garota tentava acalmá-la, mas nada adiantava. O carro estava tomado pelo choro esganiçado e os ouvidos de todos já clamavam por silêncio.

– Ela está com fome! – Glenn exclamou mais alto do que o choro, fazendo-se ouvir naquele pequeno caos. – Nós temos que achar mais fórmulas. As que tínhamos já acabaram.

Daryl pisou fundo no acelerador, aproveitando a estrada vazia; ele sabia onde tinha que ir.




– Bela casa. – Glenn elogiou quando entraram na casa que semanas atrás havia sido ocupada por Daryl e Carol.

Carol encaminhou-se rapidamente para a cozinha, retirou os potes de fórmulas do armário e começou a preparar para Judith, que agora estava minimamente mais calma.

A mulher agradeceu mentalmente a Daryl por lembrar que havia fórmulas naquela casa, pois ela mesma havia expulsado essa memória de sua mente quando achava que Judith estava morta.

– Então foi aqui que vocês ficaram depois que fugiram da prisão? – A voz de Maggie fez Carol sair de seu pequeno momento de lembranças.

– Sim. Daryl resolveu que seria uma boa ideia ficarmos aqui. Eu queria continuar, mas estávamos sem gasolina e devo admitir, eu realmente não aguentaria muito tempo na estrada. Eu estava destruída.

Maggie assentiu, entendendo o que a mulher queria dizer.

Carol riu e quando falou novamente, sua voz era baixa, ela falava apenas para Maggie ouvir:

– Em um dos dias, quando Daryl estava caçando, um homem encontrou essa casa. Ele entrou e eu quase o ataquei – Carol sorriu com a lembrança – O nome dele é Ewan. Ele era uma boa pessoa, mas quando Daryl voltou, ele simplesmente não quis nem falar com o homem. Ele ficou tomado por ciúmes!

– Daryl Dixon com ciúmes? Oh, meu Deus, isso é... – Maggie parecia procurar a palavra certa para descrever aquilo. Mas deixou sua frase inacabada e acompanhou Carol numa risada.

– Do que vocês estão rindo? – Carl entrou na cozinha, com uma Judith completamente impaciente nos braços.

Carol virou-se, pegando a mamadeira de Judith e entregando ao garoto.

– De nada interessante para você, querido. Coisas de mulheres.

Carl fez uma careta enquanto colocava a mamadeira nas pequenas mãos do bebê em seu colo, ajudando-a a segurar e voltou para a sala.

Mas antes que as mulheres pudessem voltar ao assunto que fora interrompido por Carl, Glenn e Daryl adentraram na cozinha.

Os olhos de Daryl encontraram rapidamente os de Carol, fazendo-a corar com a intensidade do olhar.

Mas o clima foi cortado por Maggie. A voz da garota era carregada com malícia, ela queria ver o que Carol havia confidenciado á ela minutos atrás, queria saber como era Daryl com ciúmes:

– Soube que tiveram um visitante enquanto estavam aqui!

Daryl franziu os lábios; por mais que não odiasse Ewan, lembrar-se de sua cena deplorável de ciúmes o deixava envergonhado.

– É, tivemos sim. – O tom de voz de Daryl era rude e impunha o fim do assunto, mas Maggie prosseguiu.

– Carol me disse que você não gostou muito dele.

Daryl respirou fundo. Ele esperou até que Glenn saísse do seu lado e fosse assumir uma posição junto á Maggie antes de responder:

– Isso não é verdade. Admito, no começo, tivemos um pequeno desentendimento. Mas depois, ele tornou-se tolerável.

Carol que estava apenas observando a conversa de Maggie e Daryl com um pequeno sorriso nos lábios, resolveu arrumar as fórmulas de Judith em uma das mochilas para que pudessem levar quando partissem.

– Pequeno desentendimento agora é sinônimo de ciúmes? – A voz de Maggie denunciava toda a sua diversão com aquela situação.

– Carol! – O tom de repreensão na voz de Daryl fez com que Carol virasse para encará-lo, ela se sentiu culpada de imediato. – Você contou á ela?

Glenn que estava apenas ouvindo tudo sem entender, gargalhou alto quando deu-se conta do motivo daquela conversa. Ele tomou fôlego e falou:

– Eu não acredito. Você com ciúmes? – Glenn apontava o dedo em riste para Daryl. Ele olhou em volta, para as mulheres, como se quisesse uma confirmação em palavras. Mas os sorrisos já denunciavam a veracidade daquilo.

– O que você faria se pensasse que um cara qualquer está tentando roubar a sua mulher? – Daryl havia ficado irritado.

Ele não esperou uma resposta, apenas retirou-se rapidamente daquele cômodo.

A passos largos, ele caminhou em direção á escada, pulando de dois em dois degraus.

Não estava com raiva de Carol, só estava envergonhado. Não queria que todos soubessem de seu ataque de ciúmes.

Daryl entrou em um dos quartos, que ainda estava vagamente em sua memória. Ele sentou-se na cama e fitou o assoalho de madeira.

Ele ouviu passos rápidos subindo a escada. Teve certeza que era Carol quando a porta do quarto foi aberta.

Ela entrou devagar, esperando que Daryl dissesse o quanto estava irritado. Mas ele não disse nada.

Ele esperou que Carol sentasse ao seu lado.

Daryl pegou uma das mãos de Carol, acariciando a pele macia e suspirou; nunca conseguiria ficar com raiva dela. E sabia também que precisava acostumar-se com aquelas brincadeiras.

Aquilo era normal nas famílias de antigamente, de antes do fim do mundo, as brincadeiras, as provocações, os constrangimentos. Mas era tudo incrivelmente novo para Daryl.

Puxou a mão de Carol até seu rosto, pousando-a em sua bochecha. A maciez daquele toque acalmava o caipira de uma forma que o assustava. Mas ele queria aquele toque mais do que tudo.

– Você não está irritado, não é? – A voz de Carol era calma, suave. Era uma caricia para os ouvidos de Daryl.

Ele apenas negou com um aceno de cabeça, não queria falar, não conseguia na verdade.

Há dias implorava para ter um tempo á sós com Carol, mas sempre havia algo para fazer que não podia ser adiado. Mas agora, a presença dela ali fazia toda a espera valer a pena.

Carol sorriu antes de Daryl colar seus lábios aos dela.

O beijo foi interrompido por Daryl, seus olhos traziam um brilho intenso, divertido, e Carol não entendeu o que ele iria fazer quando levantou-se da cama e foi em direção a porta, abrindo-a um pouco, o suficiente para colocar sua cabeça para fora.

– Não nos incomodem até amanhã! – O grito de Daryl foi alto e com certeza ninguém os interromperia.

Ele fechou a porta com um baque ruidoso e voltou para Carol. Eles finalmente iriam aproveitar um tempo á sós.


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Notas finais do capítulo

Então minha gente linda, esse capítulo não teve muita coisa extremamente importante. Mas sem ele ficaria meio difícil acompanhar os próximos capítulos. Sim, eu disse próximos capítulos :D Vocês sabem que eu estava muito indecisa com relação a continuar ou não a fanfic; eu decidi continuar. Eu ainda quero fazer várias coisas, então, vamos lá. Comentem, digam se gostaram ou não, critiquem, opinem u.u Beijos, xXx.



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