Love Amid The Chaos escrita por Brenda


Capítulo 4
Moving on


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo se passa mais ou menos uma semana depois do último, como vocês irão perceber.



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Daryl suspirou irritado olhando para o armário praticamente vazio á sua frente. A comida que ele havia encontrado dias atrás já estava quase no fim. Agora, havia enlatados para dois dias, no máximo, isso se racionassem muito bem.

Ele e Carol, nessa última semana, haviam esquecido parcialmente de tudo. E agora, a falta de comida seria um grande problema.

Ele fechou o armário e girou nos calcanhares, em seguida voltou para a sala e sentou-se ao lado de Carol no sofá.

Daryl sentiu novamente a paz que vinha desfrutando nessa última semana quando Carol segurou sua mão e com a outra acariciou os cabelos revoltos dele.

Tudo nela o acalmava e ele perguntou-se como havia conseguido ficar tanto tempo sem aquilo.

Mas a voz de Carol logo o tirou de seus pensamentos:

– Nós vamos ter que ir embora, não é?

– Sim, não há mercados ou casas por aqui. Tudo o que consegui, eu achei em um bar, e não há mais nada lá.

Carol mexeu-se incomodada ao lado de Daryl. Já estava se acostumando com aquela casa, voltar para a estrada seria torturante. Mas ela sabia que ficaria bem, contanto que Daryl estivesse ao seu lado.

– Quando nós vamos? – A voz de Carol tinha um tom triste e Daryl percebeu – Temos pouca comida e não podemos sair sem nada.

Ele passou o braço em volta dos ombros de Carol, trazendo-a para mais perto de si.

– Vamos hoje! Agora! – Exclamou.




Daryl parou de caminhar e fitou a estrada que se estendia á sua frente, só desaparecendo ao longe, junto com o sol que se punha.

Ele olhou para Carol ao seu lado, ela observava sorrindo o mesmo ponto que ele fitava segundos atrás.

Daryl sorriu para ela, apertou a mão de Carol na sua e deu um passo a frente, recomeçando a caminhar e ela fez o mesmo.




Há três dias Carol e Daryl saíram da casa. Haviam sido obrigados a dormir em bares na beira da estrada, em pequenos acampamentos na floresta; A vida deles voltara a ser como no começo de toda aquela droga. Uma das únicas diferenças era que agora, eles não tinham sua família.

Mas em nenhum momento eles quiseram pensar nisso. No íntimo dos dois, eles tinham a sensação de que não eram os únicos sobreviventes. E se agarravam nessa sensação inconscientemente para continuar.

Mas não tocavam no assunto.




Daryl apontou sua crossbow para um zumbi que vinha em sua direção, de dentro da floresta, e disparou uma flecha certeira na cabeça.

Carol caminhou até o corpo morto novamente no chão e retirou a flecha de Daryl da carne podre, em seguida, entregou-a para o mesmo.

Daryl colocou a flecha no lugar em que estava antes e puxou Carol para si, colando seu lábios nos dela.

Ele sentia falta de um contato maior, até agora, contentava-se com os beijos, mas era extremamente difícil fazer isso após ter provado, de ter estado em cada centímetro do corpo de Carol.

Ele afastou-se dela, ouvindo um grunhido atrás de si. Um zumbi novamente. Quando Daryl fez menção de mata-lo, Carol o impediu.

Ela retirou a faca que estava presa em seu cinto e caminhou até o zumbi que lentamente se aproximava. Enquanto ela ia, Daryl não prestou atenção em nada que não fosse o balanço de seu quadril, acompanhando seus movimentos e desejando pousar suas mãos possessivamente no local.




Já estava escuro e Daryl e Carol ainda não haviam encontrado um lugar para passar a noite. Eles continuavam na estrada, na esperança de encontrarem um lugar descente. Estavam cansados da floresta, ela oferecia perigos que eles não podiam dar conta.

Carol apressou o passo, puxando Daryl consigo, quando avistaram uma casa.

Eles caminharam até lá e quando chegaram, Daryl, como sempre, postou-se á frente de Carol, com a crossbow apontada para a porta.

Ele empurrou a porta com o pé e ela se abriu silenciosamente. Quando entraram, os dois pares de olhos vagavam por todos os cômodos, verificando se havia algum perigo.

O andar de baixo estava vazio. Estavam cansados e não se preocuparam com o andar de cima.

Daryl jogou-se no sofá da sala, levantando uma nuvem de poeira. Os dois tossiram ao inspirar o pó.

Um barulho no andar de cima. Passos.

Carol fitou Daryl com o cenho franzido, havia alguém lá em cima. Um zumbi, possivelmente.

Daryl levantou-se do sofá, pegando a crossbow ao lado do mesmo e dirigiu-se para a escada. Carol o seguiu com a faca em punho, caso houvesse mais de um zumbi.

Eles andavam devagar, tentando não fazer barulho, mas algumas tabuas rangiam com o peso dos corpos sob si.

No final da escada, Daryl observou uma luz acesa em um dos quartos e encaminhou-se para lá, com Carol em seu encalço.

Mas antes que chegassem ao cômodo em questão, um homem saiu de lá, sendo seguido por mais outros dois. Os três apontavam suas armas para Daryl e Carol.




Henry e Derek estavam sentados no sofá empoeirado, suas expressões demonstravam todo o tédio que sentiam. Joshua conversava no outro canto da sala com Daryl e Carol.

– Então vocês tem um acampamento? – A voz de Daryl não demonstrava o interesse que deveria. – É longe daqui?

Joshua negou firmemente com a cabeça antes de responder com sua voz grave.

– Não é longe, não. Apenas uns dez quilômetros floresta á dentro.

Daryl ficou em silêncio, sua mente trabalhava nas questões que passavam em sua cabeça. Ainda não tinha certeza se deveria se juntar a um novo grupo.

Carol também estava confusa, mas sabia que precisavam de ajuda para continuarem vivos.

– E nós podemos ir com vocês? – A voz dela saiu mais aguda do que o normal.

Joshua era um homem alto e teve que baixar seu olhar para encontrar o rosto de Carol. Ele lançou um sorriso para ela.

– É claro que podem. Quando mais pessoas, melhor. Nós perdemos muitas desde o começo. Éramos trinta e quatro, agora, somos quinze, apenas. – O semblante dele ficou pensativo por um instante. – Na verdade, somos dezenove.

Daryl foi quem tomou a decisão definitiva por ambos, sua voz rouca saiu em alto e bom som.

– Nós vamos com vocês!




Após um longo tempo de caminhada silenciosa, eles chegaram ao acampamento de Joshua.

Derek e Henry fizeram a rápida apresentação do casal para o pequeno grupo de sobreviventes, enquanto Joshua pegava em sua barraca alguns mapas que queria mostrar ao mais novo homem do grupo.

Algumas pessoas foram gentis cumprimentando Daryl e Carol, outras eram mais reclusas.




Sobre o chão, havia um mapa do estado da Geórgia. Daryl e Joshua estavam ajoelhados em torno do mesmo, eles discutiam sobre uma rota para fora do estado. Joshua mantinha a esperança de um lugar mais seguro. Daryl não acreditava mais nisso.

Carol estava conversando com algumas mulheres quando o choro de um bebê tomou conta de sua audição.

Daryl ouviu também, seu rosto virou-se instintivamente para o local de onde vinha o choro, dentro de uma das barracas.

Carol voltou-se para olhar Joshua, sua voz trazia tristeza.

– Eu não sabia que vocês tinham um bebê por aqui.

– Ela chegou á alguns dias, com outros sobreviventes. Eles saíram á procura de mantimentos, logo devem voltar. – Joshua deu de ombros.

O choro da criança se intensificou e a mulher que estava com ela saiu da barraca. Carol e Daryl olharam atordoados por um momento para a pequena no colo da mulher.

A voz de Carol foi apenas um sussurro abafado.

– Judith!


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Notas finais do capítulo

Eu pulei vários dias durante o texto como deu para perceber. Eu não foquei em nenhum dia em especial, porque não era essa a parte interessante. Só escrevi um pouquinho de alguns dias para não nos perdemos completamente. O próximo capítulo será o último, eu acho. Ah, eu estou triste, não queria acabar a fic, mas fazer o que. Espero que aproveitem, ok! Beijos, xXx.



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