Love Amid The Chaos escrita por Brenda


Capítulo 3
Forgive-me




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Daryl levantou seu olhar do chão, fitando o horizonte. Ele observou por entre as árvores o nascer do sol. Não havia dormido a noite toda, podia sentir o cansaço, mas não poderia dormir. Não ali na floresta.

Desde que saíra da casa, não havia conseguido pensar em nada que não fosse ela.

Carol havia estado em todos os pensamentos de Daryl. Ele forçara sua memória para lembrar-se de todos os momentos com ela, desde que havia a conhecido, ainda no acampamento em Atlanta, até hoje. Lembrou-se também detalhadamente da discussão que tivera com ela.

Sentia-se um idiota, havia se descontrolado. Mas Daryl não sabia como lidar com aquilo, não estava acostumado com o ciúmes.

Seu estômago se contraiu em função da fome que sentia. Sabia que deveria voltar para a casa, mas não tinha certeza do que faria quando chegasse.

Obviamente deveria desculpar-se com Carol. Mas como?

Daryl levantou-se do tronco de árvore tombado no qual esteve sentado nas últimas horas. Olhou em volta, certificando-se que não havia nenhum zumbi ao alcance de seus olhos e começou a caminhar para fora da floresta.




Carol e Ewan estavam sentados á mesa da cozinha, em silêncio.

Desde que Carol saíra do quarto que Daryl havia ocupado na primeira noite em que ficaram naquela casa, ela não havia pronunciado palavra alguma.

Os pensamentos dela eram povoados de imagens dos momentos que tivera com Daryl. Sentia-se fraca demais para lutar contra a vontade que tinha de ao menos vê-lo.

Ela sabia que o que Daryl havia feito era quase imperdoável, aquelas palavras saídas da boca que ela tanto desejava beijar, foram piores que as surras que Ed lhe dava tanto tempo atrás. Mas Carol atinha-se a parte do quase imperdoável. Quase. Porque por mais que estivesse magoada, não poderia simplesmente seguir em frente sem ele, não conseguiria.

Carol havia chorado a noite toda. E pela primeira vez em meses, não se sentiu fraca por isso, não quis parar.

E agora, nesta manhã, enquanto sentia-se pesarosa por não saber onde Daryl se encontrava, sentia-se também mais leve.




Daryl sequer parou em frente á porta quando chegou á varanda da casa, apenas abriu-a rapidamente e entrou.

Enquanto ele caminhava á passos largos pelo pequeno corredor, a mente dele ainda tentava achar alguma desculpa boa o suficiente, mas não encontrava nenhuma.

Antes que chegasse até a sala para ver se Carol estava lá, Daryl, com sua audição apurada, ouviu o tintilar de xícaras batendo contra o pires e dirigiu-se para a cozinha.

Carol estava de costas para a porta da mesma e não viu a entrada de Daryl, mas Ewan viu e levantou-se num rompante.




Ewan havia ouvido o choro de Carol á noite toda e mesmo que tivessem compartilhado apenas algumas horas e conversas irrelevantes, ele viu nela uma amiga e sentiu-se extremamente culpado pelo desentendimento dela com Daryl.

Não poderia negar que no começo, havia olhado para Carol de outro modo, mas após ela ter falado mais sobre seus momentos com Daryl do que qualquer outra coisa, ele desistiu.

E agora que Daryl havia voltado para a casa, Ewan sentia a necessidade de resolver todo o mal entendido.

E era isso o que ele faria.




Após Ewan pedir um minuto a sós com Daryl e os dois homens terem ido para a sala, Carol vergonhosamente se esgueirou silenciosa até estar perto o suficiente para ouvir a conversa deles.




Daryl olhou para Ewan - sua expressão era de descontentamento -, e esperou o começo da conversa.

Quando Ewan falou, sua voz era pesarosa e ele visivelmente media suas palavras:

– Eu sei que não tivemos tempo de conversar por causa, bem... Você sabe. Eu gostaria de ter evitado o acontecido de ontem, queria ter lhe explicado que tudo não passou de um mal entendido. – Ele riu, constrangido. – Não posso negar que Carol é uma mulher incrível, mas ela te ama, eu nunca teria chance alguma. E também sei que você gosta dela. – Daryl que estava se mantendo apenas como ouvinte, quis interromper e negar, mas Ewan continuou – Cara, você acha que engana alguém? – Agora a risada de Ewan ecoou pela sala. E a expressão de Daryl se tornou uma careta enquanto ele sentia suas bochechas assumirem um leve tom rosado. – Vocês se gostam, isso é algo que qualquer um nesse mundo perceberia.

Daryl continuou em silêncio, seu olhar fixo no chão. Era a primeira vez em muito tempo que ficava envergonhado.

Depois de um tempo em silêncio, Ewan voltou a falar.

– Eu vou embora. Eu sou um lobo solitário, irei seguir meu caminho. E desejo toda a sorte dessa droga de mundo á vocês.

Quando Ewan já estava em frente á porta, Daryl chamou-o. Ele virou-se e encarou o caçador. A voz de Daryl era amistosa agora.

– Boa sorte, cara.

Ewan assentiu e antes de virar-se e ir embora, lançou uma piscadela para Carol, que ainda estava escondida. Ela sorriu-lhe e lançou um silencioso "obrigada" em direção á ele.




Depois da saída de Ewan, Daryl caminhou até onde sabia que Carol estava. Ela olhou-o surpresa e completamente corada por ele saber que ela estava escutando escondida sua conversa com Ewan.

Daryl a olhou intensamente, seus olhos se perdendo no azul dos olhos de Carol. E por um momento, nenhum dos dois conseguiu falar nada. Mas logo a voz rouca de Daryl chegou aos ouvidos de Carol, fazendo-a sair do transe.

– Eu acho que te devo um pedido de desculpas.

A voz de Daryl transparecia todo o arrependimento de sua alma. Ele deu um passo á frente e baixou seu rosto em direção ao de Carol. Suas bocas ficaram a poucos centímetros uma da outra. ela assentiu, não conseguia encontrar sua voz. ele voltou a falar e Carol pode sentir o hálito dele contra o seu rosto.

– Eu sinto muito, por tudo. Sei que já estamos passando por um momento extremamente difícil e o que eu disse só piorou tudo, mas eu realmente sinto muito. Carol, eu sei que você ouviu o que Ewan disse, mas quero que você ouça de mim: Eu gosto de você. – A risada de Daryl se tornou extremamente sexy para Carol dada á proximidade deles. – Eu me sinto um idiota dizendo isso, gostar não é a palavra certa. Eu te amo, Carol.

Quando Carol sorriu, seus olhos se iluminaram. Por mais que soubesse dos sentimentos de Daryl, ouvi-lo dizer era incrível. Pousou suas mãos suavemente sobre o rosto do caçador.

– Não posso negar que suas palavras me magoaram, mas eu vou superar. Se você prometer nunca mais deixar o ciúmes te dominar dessa maneira, eu vou superar. Eu vou!

Carol ficou na ponta dos pés, colando sua testa na de Daryl e aprofundou seu olhar no dele. Pode sentir o calor do corpo dele quando o mesmo a abraçou.

Daryl só conseguiu assentir minimamente antes de colar seus lábios nos dela. O beijo, a princípio, foi calmo, mas em pouco tempo, se tornou urgente.

As costas de Carol estavam agora coladas á parede do corredor, enquanto as mãos de Daryl passeavam pela lateral de seu corpo.

As mãos dela traçavam um caminho pelos braços, costas e nuca de Daryl, puxando-o, apertando-o.

O estômago de Daryl clamou por comida novamente, mas ele não deu atenção. Estava ocupado demais para pensar nisso.

O beijo deles só cessou tempo o suficiente para chegarem ao sofá da sala.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, eu pensei em terminar a fanfic nesse capítulo. Mas eu ainda quero fazer uma coisa u.u Então possivelmente terá apenas mais um, no máximo dois capítulos. É isso. Beijos, xXx.



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