Love Amid The Chaos escrita por Brenda


Capítulo 2
Undesirable surprise


Notas iniciais do capítulo

Eu queria me desculpar pela demora para postar o capítulo, eu estava com alguns probleminhas :/ Mas agora está aí e espero que gostem :) Comentários (críticas, sugestões) sempre são bem vindos. Beijos, xXx.



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Carol acordou precocemente com Daryl chacoalhando-lhe o ombro. Ainda meio grogue por causa do sono, ela sentou-se na cama. Daryl se afastou da mesma, dando-lhe espaço.

Ele observou-a esfregar os olhos e levantar-se. Ficaram em silêncio até que Carol retornou do banheiro. Daryl foi quem quebrou o silêncio.

– Achei um mapa no quarto em que eu dormi. Há um posto de gasolina há quinze quilômetros. Eu vou lá agora mesmo e volto o mais rápido que eu conseguir. Você fica, talvez eu ache alguma comida no caminho e então, nós possamos passar mais uma noite aqui.

Carol olhou-o mais atentamente, ele parecia diferente de ontem. Quando ela falou, pode perceber o cansaço em sua voz:

– Bom, eu posso ir junto. Não sabemos o que há adiante, você pode precisar de ajuda.

Daryl olhou-a firmemente, em seus olhos um lampejo apareceu, Carol não conseguiu identificar o que era. Quando ele falou novamente, sua voz era mais grave:

– Você irá ficar aqui. Não irei precisar de ajuda.

– Mas Daryl... - Ela tentou protestar, mas ele a interrompeu.

– Nada de mas, Carol. Agora, eu preciso manter você em segurança. Podemos ser os únicos sobreviventes do ataque. E não vou deixar que algo aconteça com você. Não posso te perder, também. Não vou suportar sem você.

No mesmo momento que Daryl parou de falar, arrependeu-se de suas palavras.

Carol olhou-o surpresa, não acreditando nas palavras do homem á sua frente. Percebeu que Daryl havia ficado constrangido e resolveu não discutir mais.

Apenas concordou com a sua decisão e observou-o desaparecer pela porta do quarto.




Daryl caminhava á passos largos pela rua, já fazia alguns minutos que havia saído de casa e ainda não se deparara com nenhum zumbi.

Sua mente estava um caos. Ainda podia sentir a vergonha tomando conta de seu ser quando lembrava do que havia dito á Carol.

A confusão era evidente em seu semblante.

Continuou o seu caminho sem muitas interrupções, não havia muitos zumbis por ali. Daryl atribuiu isso ao incêndio da prisão, a fumaça com certeza atraiu a maioria dos zumbis da região para lá.



Carol estava sentada em uma das três cadeiras da mesa da cozinha. Seus pensamentos ainda estavam presos nas palavras de Daryl. Estava confusa, mas mesmo assim, um pouco de alegria e esperança se fazia presente em seu coração.

Carol sabia que Daryl era alguém como ela, cheio de traumas e por isso não deveria ser apressado á fazer nada com relação aos seus sentimentos. Mas queria também que ele contasse á ela o que realmente sentia.

Seus pensamentos foram interrompidos com um estrondo na porta da frente. Carol agarrou a faca que estava presa em seu cinto, retirando-a de lá. Levantou-se devagar, tentando não fazer barulho algum, poderia ser um zumbi. Ela foi a curtos passos até a sala, tentando identificar um novo ruído, mas não havia nada.

Com a faca em punho, ela adentrou na sala.

Não havia zumbi algum, para a surpresa de Carol.

Mas havia alguém.

Um homem.




Já estava escuro quando Daryl avistou ao longe a casa em que ele e Carol estavam.

Seu dia havia sido exaustivo, mas havia valido a pena. Tinha conseguido uma boa quantidade de mantimentos. Havia conseguido encher a mochila que agora carregava nas costas. Também estava trazendo gasolina.

Mas para conseguir tudo isso, teve que matar muitos zumbis.

Em certo momento, quando estava dentro de um supermercado, cercado por uns 20 zumbis e sem para onde correr, pensou em Carol. E prometeu a si mesmo que se conseguisse voltar para casa - para ela -, iria dar uma chance ao que ele sentia.

Agora, Daryl caminhava mais contente. Idealizava em seu coração que em meio àquele caos, ele poderia ser feliz.




Carol estava sentada em uma poltrona na sala, em frente ao sofá. Ela conversava animadamente com o homem á sua frente.

Após ter se deparado com Ewan na sala e terem acabado com a tensão do momento, começaram a conversar sobre coisas realmente triviais.

Para Carol estava sendo um alívio ter com quem conversar qualquer outra coisa que não fosse sobre a falta de abrigo, mantimentos. Ela estava cansada e Ewan estava ajudando-a a relaxar.

Ela pensou em Daryl menos do que gostaria durante o dia, mas não havia deixado de sentir-se apreensiva.




Daryl subiu os poucos degraus até a varanda da casa, parando logo em seguida. Seus olhos acompanharam algumas pegadas sobre o chão de madeira sujo de lama.

Logo ele ficou alarmado. Poderia ser um zumbi, mas com certeza Carol teria acabado com ele.

Mas e se não fosse um zumbi?

Daryl largou a mochila e o galão de gasolina ao lado da porta, encostando-os na parede. Pegou sua arma no coldre preso em sua cintura e com a outra mão segurou a maçaneta da porta.

Lentamente, ele entrou na casa, tentando ser silencioso caso alguém além de Carol estivesse ali.

Seus olhos percorriam o pequeno corredor e com sua audição apurada, tentava ouvir algum som. Mas o que ouviu não foi o que esperava. Ele parou onde estava.

Uma risada, duas, na verdade. E uma era masculina.

Daryl recolocou a arma no coldre e deu mais um passo, deixando a sala em seu campo de visão. Ele acompanhou com o olhar para onde Carol olhava e se deparou com um homem no sofá. Quando ele falou, dois pares de olhos se viraram para ele:

– Mas que porra está acontecendo aqui?




Daryl e Carol estavam na cozinha, conversando.

Carol tentava explicar o que havia acontecido desde que ele partira de manhã, mas Daryl a interrompia a todo momento com comentários sarcásticos.

Ela já estava irritada com isso, mas tentava manter a calma. Era estranho para ela ver Daryl se comportando assim depois de tudo. Ele havia mudado tanto e agora, parecia o mesmo caipira que ela havia visto no acampamento em Atlanta. Hostil. Frio. Sarcástico.

Daryl estava visivelmente irritado, nem ele mesmo conseguia entender o porque. Mas algo em seu intimo dizia que era pelo fato de Carol ter ficado praticamente o dia todo sozinha com aquele homem.

Daryl tentava ouvir o que Carol dizia sem interromper, mas as palavras fluíam entre seus lábios. Podia ver que alguns comentários eram totalmente desnecessários e sem sentido, mas algo maior que ele o dominava agora.

Respirou fundo quando Carol terminou a breve história.

– Então é isso, Daryl.

Sua expressão se tornou confusa com o modo que Carol pronunciou seu nome. Ela continuou:

– Eu acho que você deveria ir conversar com ele.

Os olhos de Daryl se estreitaram.

– Acho que você já conversou o bastante com ele. E aposto que a sua companhia é bem mais agradável.

Carol olhou-o intrigada.

– O que está acontecendo, Daryl?

– Não está acontecendo nada, Carol. Eu só estou surpreso que em meio á tudo o que estamos passando, você já tenha esquecido todos os nossos amigos e achado um novo. Realmente, eu não sabia que você era capaz de substituir as pessoas.

Os olhos de Carol se arregalaram diante das palavras do caçador á sua frente.

– Como pode dizer isso? – Agora as palavras dela estavam em um tom mais alto – Acha que eu não estou sofrendo por perder todos que eram minha família? Acha que eu posso substituí-los? Está totalmente engando, Dixon.

– Estou enganado? Tem certeza disso? Pois pelo que observei, você substituiu Sophia. Lizzie se tornou sua filha. Tomou o lugar da verdadeira, não é mesmo? Você é fraca, Carol. Não suporta perder as pessoas, precisa preencher o buraco deixado por elas. E a primeira pessoa que aparecer em seu caminho, serve para isso.

Carol estava olhando para o chão, tentando controlar as lágrimas que ameaçavam transbordar de seus olhos. Quando falou novamente, as palavras saíram pausadamente. Ela queria que Daryl ouvisse cada uma delas com calma e as compreendesse.

– Sophia. Nunca. Vai. Ser. Substituída.

– Não era o que parecia.

Antes que Daryl pudesse entender o que havia acontecido, a mão de Carol atingiu-lhe a face. Ele cambaleou alguns passos por causa da força do tapa.

Quando conseguiu pensar racionalmente, olhou para onde Carol estava, mas ela já havia saído de lá.

Daryl amaldiçoou-se mentalmente por tudo. Caminhou em direção a sala e pegou sua crossbow no chão. Antes de sair pela porta da frente, pode ver o homem olhando confuso para a escada.

Ele não tinha aonde ir, mas continuou andando. Carol com certeza iria ficar bem com o novo amigo dela. Aquele homem iria substituí-lo, assim Daryl pensou.

Enquanto caminhava á passos largos pela rua, pode constatar o que lhe atormentava: Ciúmes.

Amaldiçoou-se novamente por isso.


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Notas finais do capítulo

Comentários (críticas, sugestões) e reviews sempre são bem vindos. Beijos, xXx. Até o próximo capítulo.



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