Love Amid The Chaos escrita por Brenda


Capítulo 19
Danger




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– Daryl? – Carol indagou assim que conseguiu se afastar de Tara.

O caipira estava a alguns metros das duas mulheres, a expressão era tomada da mais completa raiva.

Tara se virou lentamente na direção do homem, pela primeira vez, realmente temendo a fúria de Daryl Dixon. Os olhos dos dois se encontraram por um instante, e, no mesmo momento, o caipira avançou um passo, fazendo Tara recuar dois.

– Eu não disse para você ficar longe dela? – Daryl não tentou controlar seu tom de voz. As palavras eram cortantes, um lembrete fraco do que o homem estava sentindo naquele momento. Tara recuou mais um passo, fazendo com que a água do rio molhasse seus pés. – Eu avisei!

– Você não entende. – Tara exclamou subitamente irritada. – Eu a amo. Não você. Eu.

– Acha que eu não amo a Carol? – Daryl riu sem resquício de humor algum. – Eu até poderia dizer que o que você pensa ou deixa de pensar não me interessa, mas isso está interferindo na minha vida, então, acho que devemos deixar as coisas bem claras por aqui. Eu a amo. Simples assim.

– Bom, acho que só há uma maneira de resolvermos isso. – Tara deu alguns passos para frente, ficando á apenas pouco mais de um metro do caipira. – Uma luta pode decidir tudo. – Ela tremia, o medo estava deixando-a confusa. Mas o seu amor por Carol estava falando mais alto.

– Não! – Carol se colocou entre Daryl e Tara, de frente para a mulher. – Tara, isso não irá resolver nada. Eu não serei sua, sinto muito. – Tara fez menção que iria falar, mas Carol levantou a mão, fazendo sinal para que ela ficasse quieta. – Eu sou dele, não há nada que você ou qualquer outra pessoa possa fazer para mudar isso. Nada. Eu o amo.

– Mas Carol – Tara começou, mas foi interrompida por Daryl.

– Olha aqui, garota. Você tem algum problema? Não entendeu que ela é minha? – Daryl levantou o tom de voz na última palavra, destacando-a. –Não vou dizer que você tem opções nesse mundo, ao menos não agora, mas já vi Rosita te olhando e sabe, essa vai ser a última vez que serei tolerante com você caso insista em tentar algo com Carol.

– Não queremos ter problemas, Tara. – Carol disse, usando seu tom doce. A mulher podia sentir a tensão se dissipando no ar, mas não queria correr o risco, tinha que deixar tudo muito claro. – Vamos fingir que isso nunca aconteceu, ok.

Tara ponderou sobre aquilo. Ela não queria aceitar. Não queria desistir de Carol; mas lá no fundo, ela sabia que aquele era um amor impossível. Carol era de Daryl. A mulher apenas assentiu antes de baixar a cabeça e sair andando em direção ao acampamento com os olhos sempre fixos no chão.




Carol e Daryl caminhavam mais do que lentamente de volta para o acampamento. Nenhum dos dois havia dito nada desde que Tara sumira do campo de visão deles. O caipira levava nas costas a mochila com a roupa limpa, deixando Carol de mãos vazias.

– Você está bravo comigo, não está? – Carol indagou. Daryl parou de andar e Carol imitou-o. O caipira não disse nada, parecia pensar sobre a resposta para a pergunta de Carol. – Daryl? – Carol chamou após alguns longos instantes de silêncio.

– Não. – Ele suspirou pesadamente. – Não estou bravo. Só estou me sentindo um idiota. – Ele deu de ombros.

Carol esperou que ele dissesse mais alguma coisa, mas isso não aconteceu. Ela tentou entender o motivo de Daryl se sentir assim. Mas não conseguiu.

– Por quê? – Ela perguntou por fim.

– Quando eu vi vocês duas se beijando – Daryl fez uma careta ao relembrar a cena. – Pensei que havia te perdido. – Ele riu sem humor. – Seria ótimo. No meio de toda essa merda que estamos vivendo, perder a mulher que eu amo pra uma vadia. – Carol não se importou com o modo que Daryl se referiu a Tara. – Eu sou um idiota por pensar que talvez você tivesse me trocado.

Carol ficou frente á frente com Daryl, suas mãos pousando sob o rosto do caipira, fazendo-o olhar para ela.

– Eu nunca te trocaria. Nunca! – Ela tentou passar de alguma forma para ele toda a certeza que ela tinha no mundo sobre aquilo. – Sou apenas sua, entendeu?

Daryl apenas assentiu incapaz de formular alguma resposta com Carol tão perto de si. Ele apenas inclinou-se o suficiente para que seus lábios alcançassem os de Carol. O beijo foi, como sempre, apaixonado e quente. Mas logo precisaram se separar, lembrando-se que deveriam voltar.

– Vamos. – Daryl disse enquanto pegava a mão de Carol na sua e recomeçava a andar, sendo seguido por ela. – Temos que nos preparar pra amanhã.




– Logo poderemos ver ele novamente. – Carl sussurrou para Judith, que estava brincando com a boneca no colo do garoto. – Só precisamos esperar mais um pouco.

Carl sabia que a irmã não entendia nada do que ele dizia, mesmo assim, ele gostava de conversar com ela. Era uma forma de passar por tudo aquilo sem tantos danos. Além do mais, ele precisava compartilhar com ela a alegria de saber que logo encontrariam o pai.

Carl não via a hora de estar seguro nos braços protetores do xerife novamente. Ele só precisava do abraço do pai para saber que tudo iria ficar bem e que não se separariam novamente.

Ali no acampamento, o antigo grupo da prisão, como sempre, cuidou de Carl e Judith, sempre tentando tornar as coisas mais fáceis. Mas o garoto não podia negar que quem mais havia o ajudado era Daryl. Sim, ele poderia ser considerado um segundo pai para Carl. Ele havia visto nele um porto seguro quando se reencontraram.

O garoto sorriu olhando para a irmã que continuava entretida com a brincadeira.

– Só precisamos esperar mais um pouco. – Repetiu, convicto de suas palavras, recebendo um olhar animado de Judith, como se ela, dessa vez, pudesse entender o que ele dizia.




– Todos prontos? – Daryl questionou pela terceira vez. Todos ali assentiram. – Bom. Vocês já sabem o que deve ser feito. Agora de manhã, vamos apenas para conhecer a área, verificar os pontos fracos e fortes deles. Precisamos estar preparados para essa noite. – Novamente, todos assentiram. – Maddison, Carol, Dan e Tony veem comigo. Maggie, Glenn, Rosita e Eugene serão um grupo. Tara e Beth, vocês ficam aqui cuidando de Carl e Judith. – Elas concordaram rapidamente com o caipira antes de caminhar em direção aos filhos do xerife.

– Todos estão armados e com munição reserva, certo? – Glenn perguntou, querendo ter certeza que todos teriam como se defender caso algo desse errado na missão de reconhecimento do Terminus. Mais uma vez, todos confirmaram.

– Então vamos lá! – Daryl disse começando a andar pela floresta na direção do lugar aonde os que chegam, sobrevivem. Ele apenas ouvia o som dos passos atrás de si, sem se dar conta, que ao longe, algo se movia perigosamente na direção do mesmo destino que seu grupo.


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Notas finais do capítulo

E aí, minha gente? u_u Comentem e me deixem saber o que acharam, ok *u* PS: O próximo capítulo será o último...