Love Amid The Chaos escrita por Brenda


Capítulo 11
She will be my




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Por mais que quisesse se sentir aliviada, Maggie simplesmente não conseguia.

Beth não estava entre os mortos do ônibus, mas isso não queria dizer que ela estava viva.

Carol passou o braço pela cintura de Maggie, em um abraço lateral. A jovem sorriu minimamente e recostou sua cabeça na da mais velha.

– Nós vamos encontra-la, querida. – Carol sussurrou apenas para Maggie escutar.

– Eu não sei se ainda acredito nisso. – A morena observou os corpos jogados no chão, tão sem vida como ela se sentia no momento.

– Pois eu acredito! – Carol insistiu. – Ela pode não estar aqui, o que por um lado é bom. Mas ela está em algum lugar. E é pra esse lugar que nós vamos.

Maggie riu nervosamente.

– E como vamos saber para onde ir? – Ela afastou-se de Carol, ficando frente a frente com a mulher.

– Simplesmente vamos saber, Maggie. – Carol lançou um olhar intenso a jovem Greene, fazendo-a acreditar em suas palavras, ao menos por enquanto.

– Você poderia ser um pouco útil aqui, não é? – Daryl olhava diretamente para Tara. A garota que estava há alguns metros do caipira, observando Carol e Maggie, olhou-o.

– Desculpe, falou comigo? – Tara encaminhou-se até onde o pequeno grupo se formava com Glenn, Daryl, Carl e Judith.

– Sim, eu falei com você mesmo! – Daryl bufou. – Nós precisamos caçar, estamos ficando sem suprimentos e seria bom ter mais comida antes de seguir viagem.

– E você quer que eu vá caçar com você? – Tara indagou surpresa.

Daryl riu zombeteiramente.

– É claro que não. Glenn vai comigo. Eu quero que você ajude Carl a cuidar de Judith já que Carol está com Maggie.

Tara observou a criança nos braços de Carl. Ela brincava com os botões da camisa do garoto.

– Você pode fazer isso ou vai continuar sendo apenas um peso morto pro nosso grupo? – Daryl perguntou, irritado com a demora de Tara para responder.

– Claro, eu posso fazer isso. – A garota olhou rapidamente para Daryl e logo voltou sua atenção para Judith.

– Ótimo. – O homem deu dois passos a frente, ficando na frente de Tara e impedindo-a de olhar para a criança. Daryl baixou seu rosto até que ele estivesse a poucos centímetros do de Tara. Quando falou novamente, seu tom era ríspido – Eu espero que você não deixe nada acontecer a esses dois, você tem que cuidar de Carl também. Se quando eu voltar, qualquer um deles estiver com simplesmente um pequeno arranhão, eu faço o que deveria ter feito quando te encontramos naquela prisão.

Tara estremeceu, mas sustentou o olhar frio de Daryl.

Antes que qualquer um dos dois falasse algo, Glenn puxou Daryl pelo braço.

– Ok, nós já entendemos, Daryl. – O coreano olhou em volta rapidamente. – Quanto mais rápido formos, mais rápido estaremos de volta.

Daryl continuou a encarar Tara por alguns segundos, mas logo virou seu olhar para Carol, que estava com Maggie do outro lado da estrada.

– Certo, vamos logo com isso. – Daryl falou automaticamente. Ele e Glenn encaminharam-se para as duas mulheres.

Tara continuou observando-os enquanto os quatro falavam algo, que de onde ela estava, não conseguia ouvir.

O coração da garota perdeu uma batida quando o caipira que tanto a detestava se inclinou para Carol e colou seus lábios aos dela.

Tara baixou o olhar para o chão enquanto bufava.

– Não ligue para ele. – Carl retirou-a de seus pensamentos conturbados. – Daryl só está preocupado.

Tara assentiu levantando seu olhar para o garoto. Ele sorria para ela. Ela pode apenas retribuir o sorriso.

– Posso segurá-la? – Tara perguntou, percebendo que nunca teve contato com a criança.

Carl assentiu, passando Judith para os braços de Tara.

A garota sorriu quando Judith agitou as pequenas mãos no ar, enquanto tentava em vão alcançar o rosto dela.

– Você tinha filhos? – A curiosidade na voz de Carl era evidente.

– Não. – Tara riu, deixando o garoto um tanto confuso. – Bem, eu não tinha filhos porque... – Ela parecia procurar as palavras certas para explicar a Carl o que queria dizer – Bem, eu nunca pensei sobre isso e também, eu gosto de mulheres, sabe. – Tara deu de ombros. – Mas esse é um segredo nosso, não é? – Ela observou Carl assentir com os olhos arregalados.

O garoto ficou em silêncio por alguns minutos, apenas observando Tara e Judith a sua frente. Por fim ele caminhou até o ônibus, que estava com as portas traseiras abertas e sentou-se lá.

Tara seguiu-o, sentando-se ao lado dele.

– Então é por isso que você olhar daquele jeito para a Carol? – Carl foi direto.

Tara engasgou por alguns segundos, seus olhos se arregalaram.

Carl não era bobo, mas ela imaginou que ninguém havia percebido as olhadas indiscretas que ela lançava para Carol.

Quando ela se recuperou, seus olhos se prenderam em um ponto fixo, o chão. Suas bochechas esquentaram, fazendo-a corar ferozmente.

– Está tudo bem, eu não vou dizer nada para ninguém. – Carl tentou acalmá-la.

– É claro que você não vai dizer nada, até porque não há nada para ser dito! – Tara exclamou rapidamente.

Carl riu, não se abalando pelo tom mal humorado da garota.

– Então está bem. – Carl parou de rir, ficando sério – Mas posso te dizer uma coisa?

Tara apenas resmungou um sim, ajeitando Judith em seu colo.

– O Daryl ama a Carol. A Carol ama o Daryl. E eles não são apenas um casal. Eu não sei realmente tudo o que aconteceu com eles antes do apocalipse - Carl bufou –, porque eles dizem que eu sou criança demais para saber. Mas eu sei que eles sofreram muito. E agora, depois de muitas coisas ruins, eles perceberam que foram feitos um para o outro.

Tara sentiu um arrepio passar por sua espinha ao ouvir as palavras de Carl.

– O que você quer dizer com tudo isso? – A garota ainda evitava o olhar dele.

– Só queria que você soubesse que sinto muito, mas não há nada que você possa fazer para ficar com ela. – Carl olhou para o céu – Eles se amam, fariam qualquer coisa para ficarem juntos. Principalmente Daryl.

Tara observou como Carl parecia anos mais velho, um homem; ele era inteligente o suficiente para perceber que um trio amoroso não acabaria bem.

Mas Tara nunca havia se sentido assim. Era a primeira vez que alguém causava-lhe sensações como aquelas que sentia quando estava perto de Carol.

E ela não pretendia desistir daquele sentimento.

Talvez levasse algum tempo, mas ela sabia que conseguiria. Ela separaria Daryl e Carol!

– Não se preocupe, Carl. – A mulher lançou um olhar na direção de Carol – Eu já sei o que tenho que fazer.


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Notas finais do capítulo

Então, os capítulos estão um pouco parados, mas para a história andar até as partes mais importantes, precisamos desses capítulos. Comentem o que acharam, pessoal :) Até o próximo capítulo. Beijos, xXx.