Frozen - White Love escrita por Mirytie


Capítulo 8
Capítulo 8 - Príncipe Encantado


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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Só os mais leais tinham ficado. Aqueles que já trabalhavam no castelo antes de Elsa nascer ou quando Elsa era criança. Daquela vez, Elsa tinha-se contido e por isso era só o castelo que estava congelado. A neve caía no corredor dos quartos e, se não fossem as empregadas leais, já teria um monte de neve à porta do quarto de Elsa.

Anna ia lá todos os dias, mais do que uma vez por dia, uma vez que Elsa não saía de todo. Apenas quando não estava ninguém por perto e sabia que tinha a refeição à porta. Já que tinha uma casa de banho no seu quarto, não precisava de nada.

Kristoff também ia lá todos os dias, tanto para dar força a Anna como para tentar tirar o gelo que cobria a porta de Elsa mas, sempre que uma camada partia, duas cobriam a que ele tinha partido.

O castelo ficava cada vez mais envolto em gelo de dia para dia e, para isso, tinham contratado a equipa de Kristoff para manter as janelas e as portas do castelo abertas.

Sirius tinha ficado para trás e, apesar de tentar dizer à irmã isso todos os dias, ela não respondia.

Quando o sol nasceu, Anna levantou-se da cama e atirou mais lenha para a lareira que agora mantinha sempre acesa para que o quarto não congelasse. Saiu da cama, suspirou e correu as cortinas para que o sol passasse pelas camadas de gelo e iluminasse o seu quarto. Saiu com um pequeno empurrão na porta, ainda de pijama e, como fazia todos os dias, foi até à porta da irmã e bateu nas camadas de gelo que a cobriam.

–Elsa! - exclamou ela, esfregando as mãos uma contra a outra para as aquecer - Isto já não tem graça! Isto não é o teu castelo de gelo! Agora, veste-te, anda comer comigo e com o Sirius e sê a rainha que nasceste para ser!

Com as sobrancelhas franzidas, Anna vestiu o roupão cor-de-rosa que trazia nos braços e começou a descer as escadas. Quando viu Sirius à mesa abanou a cabeça.

–Está-se a tornar preocupante. - disse Anna, depois de se sentar - Não podes continuar a hipnotizar os cidadãos para sempre. Podes ficar cego outra vez.

Sirius tinha ficado para trás porque estava preocupado com Elsa mas, com o castelo a ficar cada vez mais congelado, a "preocupação" das pessoas também crescia. Assim, um dia, quando formaram um grupo para invadirem o castelo, Sirius pusera-se à frente deles e hipnotizara-os para que eles saíssem do castelo e nunca mais voltassem.

Para obterem a compreensão da população, Anna emitira a noticia de que alguém tinha tentado matar a rainha e ela estava a ultrapassar isso daquela maneira. Mas por quanto tempo é que os aldeões podiam ser compreensivos?

Tinha de tirar Elsa daquele quarto.

...

Elsa tinha ouvido tudo o que a irmã tinha dito, fechada no quarto, agarrada aos cobertores, protegida por uma espeça bola de gelo e as cortinas fechadas. O seu quarto estava completamente coberto de gelo. As roupas que vestia todos os dias também congelavam instantaneamente e agora...

Elsa olhou para a sua mão e viu as pontas dos dedos congelados.

Agora até ela estava a congelar. Deduzia que devia ser parte do seu sistema auto-protector. Se assim fosse, o seu corpo estava a proteger-se contra ele próprio.

Fazia algum sentido?

Se Elsa saísse do seu quarto e falasse com alguém, saberia que o seu corpo estava a começar a atacar-se a si próprio por causa dela. Estava deprimida com aquilo que o conselheiro lhe tinha dito e, se ela acreditava que era um monstro, o corpo iria agir como se a estivesse a salvar do "monstro".

Infelizmente ela não saía do quarto e ninguém conseguia entrar lá.

–Já está na altura de ser eu a ir conversar com ela? - perguntou Sirius,, que estava à espera de uma resposta positiva de Anna há já alguns dias - Eu posso persuadi-la.

–Podias se conseguisse olhar para ela. - disse Anna - Mas a tua hipnose não funciona de outra maneira.

Sirius ficou ofendido.

–Eu sirvo para outras coisas para além da hipnose. - disse Sirius quando uma das empregadas pousou duas bandejas em cima da mesa - Pode ser que ela saia do quarto para falar comigo.

Anna pensou um pouco enquanto tirava a tampa da bandeja para começar a comer. Alegadamente, a irmã parecia estar apaixonada por Sirius mas, se nem ela tinha conseguido como é que ele conseguiria?

–A empregada foi agora pôr uma bandeja de comida à frente da porta da Elsa. - informou Anna - Porque é que não vais lá e tentas falar com ela quando ela sair.

–Estás a tentar que eu a hipnotize, não estás? - perguntou Sirius.

–Se vires que é necessário. - confessou Anna, fechando os olhos - Ela não pode ficar naquele quarto durante muito mais tempo. Se a tirares de lá, podes até ganhar o respeito da população e ser o próximo rei.

Sirius corou um pouco, enquanto se levantava. - Não é por isso que vou falar com ela.

Anna sorriu e viu-o a sair sem sequer tocar na comida.

...

Sirius sentou-se no chão coberto de gelo, ao lado da bandeja que estava à frente do quarto da rainha de Arandelle. Já estava ali há mais de uma hora quando ouviu barulhos vindos do lado de dentro e levantou-se.

Viu a maçaneta a rodar e o gelo que a envolvia a quebrar-se e a cair no chão. Um frio insuportável saiu do quarto de Elsa quando ela abriu a porta. Não se se via um fio de luz.

Quando viu Elsa, quase abriu a boca. A rainha estava habituada ao frio. Aliás, o seu corpo era capaz de aguentar condições que mais nenhum conseguia. No entanto, ela continuava a ser humana e, apesar de não estar a tremer de frio, a sua pele já começava a ficar azulada. Mais uns dias e morreria de hipotermia sem sequer saber.

Ao vergar-se para pegar na bandeja, alguma neve caiu da sua cabeça para o chão, o que significava que estava a nevar dentro do quarto dela. Ela parou um pouco quando viu a neve, quase como se não se tivesse apercebido que estava a nevar no seu próprio quarto. Mas recompôs-se rapidamente e pegou na bandeja de prata. Foi então que viu Sirius.

Endireitou-se e, quase como asas, dois pedaços de gelo originaram das suas costas e cobriram-na, deixando apenas os pés e a cabeça de fora. Se Kristoff estivesse ali diria que aquilo era a coisa mais bonita que ele tinha visto. Mas Elsa parecia estar a fazer aquilo inconscientemente.

–Estás aqui para me hipnotizares e me levares para as masmorras? - perguntou Elsa - A Anna já é rainha?

–O quê? - perguntou Sirius, sem perceber o que ela queria dizer - Não, não estou aqui para te hipnotizar e tu é que és a rainha de Arandelle. A população percebeu imediatamente a situação quando souberam que quase foste assassinada. Estão do teu lado.

–Porque é que não foste com o teu irmão? - continuou Elsa, como se não tivesse ouvido nada do que Sirius lhe tinha dito - Como é que está a Anna?

Sirius aproximou-se e pousou a mão nas costas dela, sentindo o frio das "asas" de gelo. Empurrou-a gentilmente e ficou surpreendido quando ela começou a mover-se com ele. No entanto, quando entrou num dos quartos vagos, a sua mão já estava congelada.

Ele teve de usar força para separar-se dela.

Afastou-se, enquanto ela continuava ali, em pé, com a bandeja nas mãoa nas mão, e foi abrir as cortinas para que o sol entrasse no quarto. Elsa estreitou imediatamente os olhos.

Sirius olhou para as pontas congeladas dos cabelos dela e abanou a cabeça. Se tivessem esperado mais um bocado, já não iriam a tempo. Ela estava muito pior do que a irmã dela pensava que estava.

Ele aproximou-se e empurrou-a até ela se sentar na cama.

–Rainha, precisa de largar a bandeja, agora. - pediu Sirius, pegando nela q nela quando Elsa a largou. Foi então que viu as pontas dos dedos dela e deixou cair a bandeja no chão - O que é isto?

Elsa olhou para baixo para ver ao que Sirius se referia.

–Estou a matar o monstro. - respondeu ela monotonamente, chocando Sirius.

Ele pegou nas mãos de Elsa e cobriu-as com as dele. - Não sei o que o conselheiro lhe disse, mas não é um monstro.

Elsa não respondeu e também não lutou contra Sirintra Sirius quando este a ajudou a deitar-se e a cobrir com cinco camadas de cobertores.

–Não pode congelar esses, percebeu!? - ordenou Sirius, vendo-a a anuir com a cabeça - Vou buscar leite quente. Aposto que o que está na bandeja já está frio.

No entanto, quando se virou para sair já estavam a formar-se pedacinhos de gelo a formarem-se na parede. Ele virou-se para ela mas os cobertores continuavam intocados por gelo. Ao aperceber-se da sua estupidez, aproximou-se da cama e levantou os cobertores. A A roupa que ela trazia estava completamente congelada e já se estava a formar uma pequena bola de gelo em volta do corpo dela.

Quando começou a nevar, ele abriu a boca.

–Deixa o monstro morrer, príncipe. - disse Elsa, com os olhos virados para o teto - Volta para o teu reino e diz à minha irmã para se tornar rainha.

–Acha que a princesa Anna é apropriada para se tornar rainha? - perguntou Sirius, sem obter resposta - Ela é demasiado inocente e está demasiado distraída com o Kristoff.

Elsa não respondeu e a neve começou a intensificar-se.

Sirius dirigiu-se à porta, fechou-a e trancou-a. Aproximou-se da cama, baixou-se, fechou os olhos e pousou os lábios dele nos lábios dela, gentilmente.

Ela arregalou os olhos.

A bola de gelo à volta do seu corpo desapareceu imediatamente, as roupas descongelaram e a neve parou de cair em apenas dois segundos.

Aquilo mal se qualificava a um beijo, mas chocou-a porque pensava que Sirius nunca teria coragem de fazer tal coisa.

Quando se afastou, Sirius suspirou como se aquilo não fosse nada para ele, apesar de estar com o coração aos pulos.

–Até os seus lábios estão frios. - comentou Sirius, enquanto voltava a cobri-la - Também não pode congelar as roupas. - ele virou-se e dirigiu-se até à porta - Eu vou buscar o tal leite.

...

Anna endireitou-se quando ouviu Sirius destrancar a porta.

–Não sabia que a tinhas trazido para outro quarto. - disse Anna, notando algo estranho em Sirius - O - O que é que se passa?

–Nada... - gaguejou Sirius, passando por Anna sem parar - Eu vou...buscar leite quente.

Preocupada, Anna entrou no quarto.

A irmã estava deitava por baixo de uma tonelada de cobertores, com os dedos a cobrir os lábios e a cara extremamente vermelha. Não havia nada congelado no quarto. Apenas neve no chão e mesmo essa já estava a começar a desaparecer.

–Elsa? - chamou Anna, vendo a irmã a virar-se para ela com os olhos a brilhar. Depois de raciocinar um pouco sobre as reações dos dois, Anna abriu a boca - A sério? Ele teve a coragem de te beijar?

–Cala-te Anna! - explicou Elsa, enterrando a cabeça por baixo dos cobertores - Vai-te embora!

–Está bem. - disse Anna, aproximando-se - Mas sabes que ele vai voltar com leite quente, não sabes?

Do nada, Elsa tirou um dos braços de debaixo dos cobertores e puxou a irmã para cima da cama. Quando Sirius voltou com o leite, Elsa estava com a cabeça pousada no ombro da irmã com os olhos fechados.

–Eu vou deixar o leite aqui. - sussurrou Sirius, pousando o copo na mesinha ao lado da cama - Chame se precisar de mais alguma coisa.

Anna anuiu e esperou que ele saísse e fechasse a porta para se rir.

–Ele já foi. - disse Anna, entre gargalhas.

Elsa abriu os olhos, afastou-se da irmã e descobriu-se.

–Está calor. - protestou Elsa, levantando-se.

–Devo chamar-te Branca de Neve, agora? - perguntou Anna, vendo a irmã a olhar para ela - O príncipe encantado beijou a princesa e quebrou o feitiço.

–Que engraçado. - murmurou Elsa, cruzando os braços.


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Notas finais do capítulo

Causa de atraso: Problemas com o computador.
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