Frozen - White Love escrita por Mirytie


Capítulo 13
Capítulo 13 - A Lágrima de Gelo


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/476360/chapter/13

Depois de um par de semanas, Elsa decidiu aceitar a “proposta “ que Sirius lhe tinha feito. Já o teria feito antes, mas tinha pensar no seu reino e não só nela própria.

Claro, que o assunto de “A Rainha vai casar” tornou-se o principal, não são em Arandelle, mas um pouco por todo o lado. Uma vez que metade das coisas já estavam preparadas, o casamento iria-se realizar no castelo de gelo dentro de poucos dias.

No entanto, uma notícia percorreu os Reinos de que a Rainha Branca de Neve estava grávida e, então Elsa adiou o casamento para que Arandelle pudesse festejar essa notícia, em vez do casamento.

Houve até uma pequena festa, à qual Elsa foi, não só para lhe dar os parabéns, mas também para representar Arandelle. Claro que ela não sabia nada sobre o seu casamento, por isso Elsa decidiu não lhe contar sobre isso.

Depois de aceitar o convite para ficar lá durante um par de dias, Elsa voltou a Arandelle, onde teve de tratar de alguns assuntos que tinham ocorrido enquanto ela estava fora. E dessa maneira, o casamento foi adiado e adiado até já ninguém falar nele....a não ser Anna, que também estava a adiar o seu próprio casamento para que a irmã se casasse primeiro.

Na altura, quando a Rainha Branca de Neve descobriu que a sua madrasta estava a planear lançar uma maldição sob todos os reinos, manteve em segredo dos outros reinos, fazendo com que Elsa pensasse que tinha todo o tempo do mundo.

– Tens de te casar! – disse Anna, durante o jantar. Já se tinha passado uns quantos meses desde que tinham adiado o casamento pela primeira vez.

Elsa olhou para Anna e inclinou a cabeça.

– Porquê tanta pressa? – perguntou Elsa – O Sirius está menos preocupado do que tu. É porque te queres casar? Se o teu noivo te estiver a pressionar, eu posso falar com ele.

– Não é nada disso. – disse Anna, pousando os talheres para apontar para a mão dela – Tens o anel de noivado, mas está coberto pela luva. Metade do reino já se esqueceu que planeavas casar e a outra metade pensa que cancelaste e rejeitaste o Sirius.

– O reino de Fraziel não parece preocupado. – disse Elsa, encolhendo os ombros – E, se eu tivesse rejeitado o Sirius, ele já não estaria em Arandelle.

Anna suspirou.

– Ele disse que não se ia mudar para o castelo até o casamento. – lembrou Anna – Quanto tempo é que ele vai continuar a viver com o casal de aldeões?

Elsa fechou os olhos e parou de comer.

– Está bem. – disse Elsa, finalmente – Amanhã voltamos ao planeamento. Pelos meus calculos, daqui a uma semana podemos ser capazes de fazer a cerimónia. Quando é que a Rainha Branca de Neve vai ter o bebé?

– Como é que queres que saiba isso? – disse Anna, cruzando os braços – Casa-te sem te preocupares com isso.

– Mas já se passaram alguns meses...

Anna levantou-se, interrompendo a irmã.

– Já te disse para não te preocupares e ires falar com o Sirius. – disse Anna, saindo da sala-de-jantar.

A verdade é que sabia que não faltava muito para que a Rainha desse à luz. No entanto, se a irmã soubesse disso, iria adiar o seu casamento outra vez até o herdeiro da Branca de Neve nascer e fazer uma celebração.

Não ia deixar que isso acontecesse.

...

Finalmente, o dia tinha chegado.

Arandelle estava completamente enfeitada e os entes mais chegados de Sirius já tinham chegado de Fraziel e estavam agora instalados no castelo. No entanto, o principe recusava-se a fazer o mesmo, e continua a viver na aldeia.

A ideia era irem em dois grupos separados até o castelo de gelo. Um grupo que ia a escoltar Elsa e um grupo que ia escoltar Sirius. O segundo grupo sairia primeiro para Sirius já estar na sua posição quando Elsa chegasse. Encontrariam-se na varanda do quarto de Elsa, onde um padre e Sirius estariam à espera de Elsa.

Casariam-se perante toda a gente que estivesse disposta a subir a montanha até ao castelo que a irmã tinha criado. Não estava frio, por isso Anna tinha esperanças que a maior parte de Arandelle fosse assistir ao casamento. Não havia uma regra mas, afinal, era o casamento da rainha e do futuro rei de Arandelle.

As irmãs encontravam-se agora com a costureira a fazerem os últimos arranjos no vestido que Sirius mandara fazer para o casamento mesmo antes de saber que ele seria o noivo. Elsa tinha emagrecido um pouco durante o planeamento do casamento, por isso estavam a apertar o vestido.

Faltava cerca de trinta minutos até o grupo de Sirius sair do castelo. O que significava que faltava cerca de quarenta e cinco minutos até o que ia escoltar a rainha sair. Isso podia ser muito tempo mas a custureira estava a ter extremo cuidado. A razão era a ausência de luvas no vestido. Anna sabia disso. Elsa sabia disso. E era por isso que nenhuma delas pedia à custureira para se despachar...mas Anna estava a ficar impaciente, a olhar constantemente para o relógio de parede.

– A minha irmã vai-se casar para o mês que vem. – começou Elsa, para tentar pôr a custureira mais descontraida – Até eu acho que dois casamentos dentro de um mês é um bocadinho demais.

– De todo, rainha. – disse a custureira, sorrindo finalmente – Estamos mais do que contentes em fazer um vestido para a princesa Anna.

Elsa ficou um bocado magoada por isso, mas não deixou transparecer, continuou a sorrir de volta para a custureira.

– Espero que não estejam a esforçar-se muito, já que o meu casamento foi um bocado inesperado. – continuou Elsa.

– O seu casamento também é muito bem vindo. – continuou a custureira, trabalhando um bocado mais rápido, o que significava que estava mais descontraida – A ausência de um rei em Arandelle era uma coisa que nos preocupava a todos depois daquele incidente há um ano atrás.

Mais uma vez, Elsa ficou um bocado magoada, mas continuou a sorrir.

– Tens razão. – disse Elsa – Um reino tem de ter rei....

– O que é que estás a dizer!? – exclamou Anna, fazendo a mão da custureira tremer – Estavas a fazer um ótimo trabalho a cuidar Arandelle mesmo sem rei!

– Peço imensas desculpas. – disse a custureira, levantando-se para fazer uma vénia – Não queria dizer que a rainha Elsa era de alguma maneira incompetente.

– O vestido está pronto? – perguntou Anna, ainda um bocado chateada.

– Sim, está pronto. – respondeu a custureira.

– Então podes sair? – pediu Anna, vendo a custureira sair rapidamente, mesmo sem responder.

– Tu és a boazinha. – disse Elsa, depois de estarem sozinhas – Não devias falar assim com os empregados.

– Se não te defendes sozinha, tenho de ser eu a fazê-lo. – justificou-se Anna, pegando no véu, enquanto Elsa calçava os sapatos.

– É natural que eles se sintam assim, não é? – perguntou Elsa, arranjando o cabelo, para que Elsa pudesse colocar-lhe o véu.

Mas, antes que Anna pudesse fazê-lo, ouviram vários gritos vindos da aldeia. Elsa afastou-se do espelho e dirigiu-se à janela, onde viu uma enorme nuvem negra a espalhar-se pelo céu, no horizonte. E estava a aproximar-se rápidamente.

Os aldeões estavam em frenezim, a correr de um lado para o outro. Quando Kristoff entrou na sala de rompante, Elsa virou-se.

– Está-se a passar alguma coisa...

– Eu já vi. – disse Elsa, calmamente.

Passou por Kristoff, parou à porta do palácio e olhou para o céu. Os aldeões pararam de correr e olharam para a rainha, parada, com o vestido de noiva, como uma bela estátua, esculpida ao detalhe.

– Elsa. - ela olhou para trás e viu Sirius, completamente preparado para o casamento – Porque é que estás a chorar?

Elsa levou com calma a mão à cara para limpar as lágrimas a não ser uma, que congelou. Arrancou o colar que tinha ao pescoço e fundiu a lágrima que tinha congelado ao fio. Dirigiu-se a Anna e deu-lhe o colar, em silêncio. Depois virou-se e dirigiu-se a Sirius.

Para surpresa de todos, ela colocou as mãos nos ombros dele e beijou-o gentilmente.

– E assim, declaro-te rei de Arandelle. – disse Elsa, antes de alguém ter tempo de dizer alguma coisa – Mas tens de pedir ao padre para oficializar isto.

Ao ver a irmã a sorrir, Anna teve um mau pressentimento.

Mais uma vez, ela dirigiu-se à porta do castelo e olhou para a nuvem que se dirigia rapidamente para ali.

Suspirou, levantou um pouco o vestido e começou a correr em direcção aos limites de Arandelle. Anna seguiu-a dois segundos depois, com um aperto no coração.

Os aldeões tentavam chamá-la ou pará-la, mas ela continuava a correr. Só parou nos limites do seu reino, já sem fôlego.

– Elsa! – exclamou Anna, também sem fôlego, quando viu a irmã a ajoelhar-se na terra – O que é que estás a fazer?

– Eu sabia que me ias seguir. Preciso de dar-te algumas instruções. – disse Elsa, sem olhar para trás. Levou uma mão ao peito e a outra ao chão – Eu acho que aquela nuvem é algum tipo de maldição. Para proteger Arandelle, eu vou criar uma cupúla de gelo endurecido. O tempo vai arrefecer, mas a nuvem não deve demorar muito tempo a passar. Quando já não precisarem mais da protecção da cupúla, parte a lágrima de gelo que te dei e a cupúla partear-se-á ao mesmo tempo.

– Porque é que me estás a dizer isso. Tu própria podes fazê-lo, certo? – Anna não obteu resposta – Não podes, pois não?

– Vou criar uma cupúla em volta de Arandelle. – Elsa olhou para trás, ainda ajoelhada, e mostrou a mão que tinha colocado no peito à irmã – Para fazer tal coisa, vou ter de usar todo o amor que tenho por Arandelle.

– E o que é que acontece se eu partir a lágrima? – perguntou Anna.

– Não é mais divertido se descobrires quando a partires. – Elsa voltou a pôr a mão no peito, virou-se e fechou os olhos – Ajuda o Sirius a governar Arandelle.

– Elsa...

Anna ia a aproximar-se, mas caiu quando sentiu o chão a tremer violentamente. Quando viu uma parede espeça de gelo enorme, a erguer-se do chão e a cobrir o reino, Anna abriu a boca.

Quando já estava terminado, Anna levantou-se e foi até à irmã, que continuava de joelhos. No entanto, quando lhe tocou, ela caiu, inconsciente.

– Elsa! – Anna ajoelhou-se para pôr a cabeça da irmã no seu colo e olhou horrorizada para a mão que ela tinha no peito, completamente congelada.

...

Passados alguns minutos, Kristoff e Sirius apareceram e ajudaram-na a levar Elsa de volta ao castelo, onde a deitaram gentilmente na sua cama.

Enquanto Sirius explicava a situação à população de Arandelle, Kristoff e Anna estavam ao lado de Elsa.

– O que é que achas que ela fez? – perguntou Kristoff a Anna, que analisava a mão da irmã.

Com os dedos a tremer, passou os dedos pelo peito dela, que também estava congelado.

– O coração dela está coberto de gelo. – disse Anna, fechando os olhos.

– Então como é que ela ainda está viva? – perguntou Kristoff.

– Porque, debaixo do gelo, o coração ainda bate. – disse Anna – Quando eu partir esta lágrima, a cupúla não vai ser a única coisa que se vai partir.

– Ela está conectada com a cupúla? – perguntou Sirius, que tinha acabado de entrar no quarto. Quando viu Anna anuir com a cabeça, ele aproximou-se da cama onde Elsa parecia estar a dormir – Então basta não quebrar a cupúla.

– Ela não vai acordar por si só. – disse Anna, pousando uma mão na lágrima de gelo que tinha ao pescoço quando a nuvem negra passou por Arandelle – E nós não podemos ficar assim para sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Yup, acaba assim. XD
Obrigada por terem lido



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Frozen - White Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.