Frozen - White Love escrita por Mirytie


Capítulo 12
Capítulo 12 - O diamante no gelo


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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E assim a palavra espalhou-se pelo reino de uma maneira quase viral. Não só por Arandelle, mas também em Fraziel. O princípe mais novo de Fraziel estava a cortejar a rainha de Arandelle.

Havia reacções mistas em relação a isso, mas a maioria estava descansada por não ter de haver uma troca de papeís entre as duas irmãs. A reacção de Elsa não tinha importado para Sirius. Depois de ter-lhe perguntado se podia cortejá-la, pegara na mão dela gentilmente, sorrira e, depois de depositar um leve beijo na mão dela, virou costas e saiu do castelo.

E decidiu parar de viver no castelo e ir viver para a aldeia. Claro que não havia muitas casas vagas e Sirius não tinha dinheiro para arrendar as que estavam vazias.

No entanto, para sua surpresa, houveram várias surpresas que não se importaram de acolher o potencial futuro rei de Arandelle em sua casa. Sirius aceitou humildemente a primeira oferta, prometendo que iria repagar o favor no futuro.

Elsa não vira Sirius durante alguns dias, o que lhe deu tempo para perguntar à irmã como é que o reino inteiro sabia que Sirius estava interessado em cortejá-la.

– Eu sou capaz de ter dito ao Kristoff e ele deve ter contado a alguns colegas de trabalho. – disse Anna, remexando na comida com o garfo à sua frente – E os colegas dele às suas familias...

– Já percebi! – exclamou Elsa, levando uma mão à cabeça – Foi assim que a palavra se espalhou.

– Mas acho que ele cansou-se de esperar. – pensou Anna, pousando o garfo – Para onde é que foi aquela vergonha toda que ele demonstrou ao príncipio?

Elsa olhou para a mão que ele tinha beijado durante alguns segundos e depois desviou os olhos. Pegou no garfo e continuou a comer com a irmã ao seu lado.

– Não tinhas combinado almoçar com o Kristoff? – perguntou Elsa, vendo a irmã a anuir com a cabeça – O que é que se passou?

– A familia dele quis comer com ele para discutirem alguns aspectos do casamento. – respondeu Anna – Eles querem que nos casamentos na floresta.

– A população de Arandelle vai querer presenciar o casamento da princesa. – avisou Elsa – Não acho que vão ficar contentes por ouvirem que te casaste na floresta.

– É por isso que ele está lá a falar com eles. – disse Anna – É verdade que tenho deveres quanto princesa. No entanto, os troles são a familia dele e não podem vir à cerimónia no castelo.

Elsa olhou para a irmã.

– Não te preocupes. – decidiu Elsa – Eu vou pensar nalguma coisa. Vocês só...

– Rainha Elsa.

Uma empregada entrou com um enorme cesto de frutas e chocolates nos braços, cortando a conversa das irmãs.

– Peço imensas desculpas pela interrupção. – disse a empregada, baixando a cabeça – Mas o rei e a rainha de Fraziel enviaram isto.

A empregada pousou o cesto no meio da grande mesa, com cuidado.

– O navio acabou de partir com o representante que trouxe o presente. – continuou a empregada – Eles puseram um bilhete no cesto para a sua majestade ler.

Depois, com uma vénia, deixou a sala.

– A sério? – Anna olhou para o cesto, descredula – Eu sabia que as nuvidades também já tinham chegado lá, mas não sabia que os pais dele tinham acreditado.

Elsa suspirou e pegou no bilhete que estava preso a uma barra de chocolate que deu à irmã imediatamente. Sabia como ela gostava de chocolate, afinal. Depois de ler o bilhete, suspirou outra vez e fechou os olhos.

– O que é que diz? – perguntou Anna, dando a primeira trinca na barra de chocolate.

– Diz para tratar bem o filho deles. – respondeu Elsa – E para lhes dizer quando vai ser a data do casamento.

– Awww....

– “Awww” não. – disse Elsa – Eles puseram toda a população de Fraziel a pensar que o casamento já é certo.

– Quase... – murmurou Anna, dando outra trinca no chocolate – Mas o chocolate deles é bom.

Mais uma vez, a empregada entrou na sala, desta vez um bocado corada.

– O que é que se passa? – perguntou Elsa, com medo de mais algum presente de Fraziel.

– O princípe Sirius está aqui para vê-la. – anunciou a empregada, vendo a rainha a levantar-se imediatamente – Ele deseja vê-la, se estiver disponível.

– Só um momento. – pediu Elsa, vendo a empregada a sair para ir dar a resposta a Sirius.

– O que é que eu faço? – perguntou Elsa, virando-se para a irmã, que sorriu ternamente – Não estava à espera da visita dele. Mando-o embora?

– Não! – exclamou Anna, levando-se também – Ele está a cortejar-te. Não precisa de hora marcada para isso!

– Está bem... – Elsa levantou um pouco o vestido e afastou-se da mesa – Só preciso de ir vê-lo. Já vivemos juntos. Não deve ser muito difícil.

Anna sorriu outra vez quando Elsa saiu da sala. Perguntava-se se o pai delas também tinha cortejado a mãe.

...

Mesmo que tivesse dito que só precisava de ir vê-lo, o que viu foi um enorme ramo de flores e um sorriso enorme e brilhante.

E não era Sirius que estava com ele nos braços, mas sim o seu novo conselheiro.

– O que é que se passa? – perguntou Elsa confusa – Não o princípe Sirius que queria ver-me? Onde é que ele está?

– O princípe de Fraziel mudou de ideias. – respondeu o conselheiro – Ele para lhe entregar isto e pedir-lhe que fosse ter com ele esta noite ao castelo de gelo.

– Ao castelo de gelo? – Elsa pegou no ramo, olhando para as túlipas brancas que Sirius lhe tinha trazido – E porquê à noite?

– Eu disse que a rainha não iria aparecer. – disse o concelheiro, fazendo com que Elsa tirasse os olhos das flores – Mas ele disse que ia esperar até o sol nascer. O que devo fazer?

– Eu trato disso. – respondeu Elsa – Vai ajudar a minha irmã a escolher uma data para o casamento dela.

O conselheiro fez uma vénia e desapareceu, deixando Elsa a olhar para as flores.

...

Elsa esperou que anoitecesse e que toda a gente no castelo fosse dormir ou para as suas próprias casas. Vestiu a sua capa mais quente, levantou o capuz e saiu do quarto silenciosamente.

Elsa suspirou quando saiu do castelo e arrepiou-se. Porque é que não inventavam vestidos mais quentes para as rainhas?

– Porque uma rainha tem de estar sempre apresentável. – murmurou Elsa, pensando no que a costureira mestre diria – Apresentável e congelada.

O que era estranho vindo dela porque o frio não a incomodava. Por outro lado. Chegava a sentir-se mais confortável. No entanto, naquela noite, sentia cada rajada de vento e parecia estar a congelar ela própria.

No entanto, apesar do frio, começou a caminhar, de cabeça baixa quando passou pela vila e depois com passo mais ligeiro quando saiu de lá. infelizmente, deparou-se com um trol.

– Sua majestade. – disse ele, desenrolando-se – Há algum problema?

Elsa limitou-se a levar o indicador aos lábios, para que ele se calasse. Apesar de ter medo que a rainha estivesse a fugir outra vez, o trol calou-se, voltou a enrolar-se e saiu da frente do caminho da rainha.

Elsa continuou até chegar às escadas que iam dar à entrada do castelo.

Subiu e entrou, mas não entrou Sirius na entrada, por isso subiu as escadas que iam dar ao ser quarto e viu-o na varanda.

Quando a viu, saiu de lá e sorriu.

– Está frio. – comentou Sirius, fechando as portas que iam dar à frente – Mas só te conseguia ver chegar dali.

Elsa corou um pouco quando quando ele disse aquilo. – Porque é que me chamaste aqui?

– Vem cá. – pediu Sirius, esticando o braço.

Elsa baixou o capuz e dirigiu-se até ele, ficando os dois a olharem para Arandelle, através das portas de gelo que iam dar à varanda.

– Olha. – disse Sirius, apontando para o céu, onde brilhavam centenas de estrelas – Normalmente, daqui, não se consegue ver as estrelas por causa das nuvens que se costumam acomular neste local. Mas estámos com sorte, hoje.

Elsa olhou para o céu e sorriu. – É verdade. Este lugar costuma estar rodeado por nuvens.

– E achas que isto brilha tanto quanto uma das estrelas? – perguntou Sirius, colocando uma coisa na mão de Elsa.

Ela abriu a mão e viu um anel com um diamante. – O que é isto?

– Bem, eu pensei em cortejar-te. – explicou Sirius – Mas já passou um tempo considerável desde que nos conhecemos.

Elsa olhou para ele. – Estás a pedir para que me case contigo?

– Sem ter de te hipnotizar. – disse Sirius a brincar.

Elsa olhou outra vez para o anel. – Tenho de responder agora?

Sirius fechou os olhos e abanou a cabeça. – Leva o teu tempo.

...

Elsa abriu os olhos e fechou outra vez quando levou com os raios da madrugada. Levantou o braço e viu o anel no seu dedo, provando que não tinha sido um sonho.

Quando chegara ao castelo, tinha posto o anel no dedo “só para não o perder”, pensara ela na altura, mas não conseguia arranjar coragem para tirá-lo agora que o tinha posto, tal como não tinha coragem para mostrar à sua irmã ou ao resto do castelo que estava...bem, não era oficial...mas noiva.

Se alguém dali soubesse, desencadiaria uma reacção em cadeia. Começariam logo a preparar a data, para que o casamento dela acontecesse antes de o de Anna e, como já tinha vestido e bastaria um dia para tirar as medidas e fazer um fato para Sirius, não seria impossível.

Elsa levantou-se e, ao contrário do que fazia normalmente, foi imediatamente vestir as luvas, para tapa o anel.

Quando desceu e deparou-se com o conselheiro, já sabia o que ele ia perguntar.

– Soube o que o princípe Sirius queria? – perguntou ele.

Elsa pôs as mãos atrás das costas e sorriu. – Não fui até ao castelo. Por isso, não sei.

– Mas a princesa Anna disse-nos que foi. – disse o conselheiro, surpreendendo Elsa – Disse para não a acordarmos.

Sem dizer mais nada, Elsa virou costas e foi procurar a irmã para obter respostas.

– Foi o Kristoff que me disse, hoje de madrugada. – justificou-se Anna, quando Elsa a encontrou – Um dos parentes dele disse que te viu fora do castelo durante a noite. Como o Kristoff estava preocupado contigo, veio-me dizer.

– Estúpido trol. – murmurou Elsa.

– E então? – perguntou Anna, sentando-se na cama – O que é que o Sirius te disse.

Elsa suspirou fechou os olhos, tirou a luva e mostrou a mão à irmã. Os olhos de Anna brilharam.

– Ele pediu-te em casamento!? – Anna levantou-se imediatamente e foi abraçar a irmã – Parabéns!

– Eu ainda não aceitei. – disse Elsa, afastando-se – Só ando com ele para...não o perder.

– Sim, pois. Mesmo por baixo da luva, com o tamanho do diamante, as pessoas vão começar a notar. – avisou Anna, quando Elsa voltou a colocar a luva – Como é que ele pediu?

– No castelo de gelo, enquanto estavamos a olhar para as estrelas. – disse Elsa rapidamente.

– Não mintas. – pediu Anna, cruzando os braços.

– É verdade. – disse Elsa, um bocado ofendida por a irmã não acreditar nela.

– E o que é que tu disseste? – perguntou Anna.

– Disse que precisava de tempo para pensar. – respondeu Elsa, vendo a irmã a revirar os olhos – O que é que foi?

– Não precisas de tempo para pensar. – disse Anna – Precisas de tempo para começar a planear o casamento da rainha de Arandelle. Achas que a população de Arandelle vai querer presenciar o meu casamento? Junta a população de Fraziel e terás aí o teu casamento.

Elsa abriu a boca. Nem tinha pensado nisso.

– Mas tenho a certeza que o Sirius pensou. – murmurou Elsa, pensando em como ele tinha organizado o pedido de casamento para ser no local que ela tinha criado – O castelo!

– Sim... – disse Anna – Vai ser no castelo.

– O castelo de gelo.


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Notas finais do capítulo

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