Frozen - White Love escrita por Mirytie


Capítulo 10
Capítulo 10 - Final Feliz


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/476360/chapter/10

– Pequeno príncipe falso de Fraziel. - cantarolou Rumple - O que é que estás a fazer com a Rainha do Gelo?

– Quem és tu? - perguntou Sirius, confuso - Como é que sabes quem eu sou?

– Eu sei tudo. - gabou-se Rumple - E então, rainha. Já se apercebeu?

– Sim! - exclamou Elsa, chateada - Há magia por todo o lado, nesta terra! Eu não sou a única!

– Já se devia ter apercebido disso quando a pequena Rapunzel foi visitá-la. - disse Rumple - Afinal, ela costumava ter cabelos mágicos.

– Eu não sabia disso! - gritou Elsa. Estava mais chateada do que assustada, agora.

– E então os olhos encantados do príncipe mais novo de Fraziel? - perguntou Rumple, olhando para o rapaz e depois para ela - Parecem bastante próximos. Também não sabia?

– Então não foi...

– Não. - interrompeu Rumple - Não fui eu que lhe dei os seus poderes. Não amaldiçoei os seus pais nem sequer cheguei a conhecê-los. E também não tenho a sua essência guardada no meu cofre.

– Porque é que mentiu? - perguntou Elsa, abanando a cabeça.

– Obviamente não me conhece, minha querida. - disse Rumple, sorrindo - E obviamente não conhece os limites da magia. Eu fui até si, porque a sua não tem limites. Fascinante. Realmente fascinante. Dois pais sem magia e uma filha tão poderosa. O que terá acontecido?

– Alguém me amaldiçoou. - respondeu Elsa, ouvindo uma gargalhada vinda de Rumple - Nós vamos embora.

– E o inocente Sirius? - perguntou Rumple - Também foi "amaldiçoado"?

– Eu nasci assim! - exclamou Sirius.

– Tal como Elsa. Que coincidência. - disse Rumple, suspirando - Com pai e mãe normais, nasce um filho poderoso.

– Eu não sou...

– Oh, sim, és poderoso. - disse Rumple - Não tanto como a Rainha mas, ainda assim, poderoso. E eu acho que a Rainha Elsa devia preocupar-se mais com a origem dos seus poderes do que com casar.

– Como é que...

– Eu já disse que sei tudo! - gritou Rumple, fazendo força contra as grades - Agora, tire-me daqui e eu posso ajudá-la a descobrir tudo.

Elsa abanou a cabeça e começou a recuar, seguida de Sirius.

– Vai-se arrepender disto, sua majestade! - gritou Rumple.

Elsa virou-se e deu de caras com a Rainha que ia falar com Rumple. Instintivamente, levantou a mão e congelou-a. Sirius abriu a boca.

– Tu congelaste-a! - exclamou Sirius - Tu congelaste-a!

– Ela vai descongelar daqui a pouco. - disse Elsa, com a voz a tremer - Agora vamos embora. Não quero ficar nem mais um minuto nesta terra.

– Não nos despedimos da Rainha Branca de Neve? - perguntou Sirius.

Elsa abanou a cabeça com convicção. - Ela não vai notar que fomos embora, de qualquer maneira. Já representamos os nossos reinos. Agora, vamos embora.

Sirius concordou, contornaram a rainha congelada e entraram no barco o mais depressa que conseguiram. Elsa não descansou enquanto não viu a Floresta Encanta a desaparecer no horizonte.

Quando chegaram a Arandelle, dirigiu-se imediatamente para o seu quarto e vestiu o seu vestido azul.

Os seus poderes não tinham origem! Ela tinha nascido assim e mais nada!

...

Depois de Sirius contar tudo o que tinha acontecido a Anna, ela percebeu completamente porque é que a irmã tinha saltado o jantar.

– Foi um erro mandá-la lá. - admitiu Anna, conversando com Kristoff.

– Tu não sabias o que ia acontecer. - disse Kristoff, pousando uma mão no ombro de Anna - Não sabia que ela o iria encontrar por acidente. E onde é que está o príncipe?

– Ele também já foi para o quarto dele. - respondeu Anna, suspirando - Parece que aquele monstro também lhe disse alguma coisa. A culpa é toda minha.

– Não te culpes. - pediu Kristoff - Não adianta de nada, agora.

Anna anuiu a cabeça mas, mesmo assim, gostava de conseguir fazer alguma coisa para reconfortar a irmã.

...

Quando o sol bateu nos olhos de Elsa, no dia seguinte, ela tapou a luz com a mão e abriu os olhos devagar. Tinha tido pesadelos toda a noite e estava agora com grandes sombras por baixo dos olhos.

Parecia que aquele homem tinha razão nalgumas coisas. Há sempre consequências para aquilo que ela fazia.

Elsa levantou-se devagar, endireitou-se e dirigiu-se ao espelho, vendo a sua expressão sonolenta. Pegou nalgum pó de arroz e cobriu as sombras por baixo dos olhos, tal como os sinais de cansaço na sua pele.

Penteou os cabelos até estes ficarem completamente lisos e macios, colocou a coroa, vestiu o vestido azul, calçou os sapatos que combinavam com o vestido e decidiu que ia andar assim. Estava demasiado cansada para arranjar outro tipo de penteado mais elaborado e, em todo o caso, não importava. Não tinha marcado nada de especial para aquele dia.

Tal como imaginara, quando passou pelos empregados, eles olharam para ela de lado. Fazendo de propósito, ela passou uma mão pelo cabelo para mostrar-lhes que não tinha as luvas.

Resultou lindamente. Pararam de olhar para ela imediatamente e começaram a aumentar o passo.

Tinha acordado mais cedo, em parte porque tinha deixado as cortinas abertas, em parte porque não tinha jantado e estava com fome, por isso ainda não estava ninguém na mesa quando ela entrou.

– Deseja esperar pela princesa Anna? - perguntou uma empregada.

Elsa pensou um pouco mas acabou por abanar a cabeça. Tinha ouvido que Kristoff vinha mais regularmente ao castelo para comer com Anna. Não se queria intrometer.

Em dois minutos, as empregadas trouxeram a comida e puseram à sua frente. Ia começar a comer quando Sirius entrou na sala.

Ela parou, olhou para ele e depois para baixo.

– Bom dia, rainha. - cumprimentou Sirius.

– Bom dia. - murmurou Elsa, enquanto ele se sentava - Estás com fome?

Sirius anuiu, o que fez a empregada regressar à cozinha para ir buscar mais comida.

– Também não comeu, ontem? - perguntou Sirius, surpreendendo Elsa.

– Como é que sabes? - perguntou Elsa.

– Eu não comi. Foi por isso que acordei mais cedo. - explicou Sirius - E foi por isso que achei que também não tinha comido.

Elsa anuiu, enquanto punham a comida em frente a Sirius.

– Entendi. É verdade. Também não comi ontem. - confessou Elsa. Passaram-se alguns segundos de silêncio - Não quero ser tratada formalmente.

– O quê? - perguntou Sirius, confuso.

– Os meus empregados tratam-me formalmente, o meu povo trata-me formalmente. Até o Kristoff me trata assim às vezes. - disse Elsa, um pouco envergonhada e arrependida por ter começado aquela conversa - Só a minha irmã é que me trata informalmente. Uma pessoa. Assim sendo, uma vez que também não te trato formalmente, gostava que fizesses o mesmo.

– Mas, rainha... - Sirius parou de falar quando ela olhou para ele como um cachorrinho miserável. Ele suspirou - Está bem. Mas não será inconveniente, uma vez que voltarei para o meu reino brevemente.

Elsa encolheu os lábios. Era outra conversa que não queria começar.

– E que tal se ficasses mais um pouco? - sugeriu Elsa, fingindo ser impulsiva apesar de já estar a pensar naquilo há alguns dias - Quer dizer, humm, só se não for inconveniente, claro.

Sirius calou-se, sem saber o que dizer.

– Não tens de responder agora! - disse imediatamente Elsa, levantando-se - Caso queiras voltar para casa, há sempre um barco pronto para te levar de volta para Fraziel.

Antes de Sirius ter tempo de pensar numa resposta, Elsa saiu da sala apressadamente.

– Claro que quero ficar aqui. - disse Sirius para si mesmo.

...

– Pediste-lhe para ficar aqui? - perguntou Anna, em descrença.

Elsa estava sentada no trono, com as mãos a cobrir o rosto.

– Tenho de admitir que não é uma coisa que esperava que fizesses. - disse Anna, pondo uma mão na cabeça da irmã - Foste impulsiva. Isso é bom.

– Não é bom, Anna! - exclamou Elsa, endireitando-se - Eu sou a rainha de Arandelle! As rainhas não podem ser "impulsivas".

– Bem, tens planeado o teu casamento durante algum tempo. - disse Anna - Porque é que não o fazes? Não é impulsivo e o teu conselheiro ia ficar contente.

– O casamento? - perguntou Elsa, confusa - Mas com quem...não! Não vou casar-me com o Sirius só porque não quero que ele vá.

– Mas tu não queres que ele vá, porquê? - perguntou Anna, fazendo Elsa pensar - Tu gostas dele.

– Eu...não sou como tu. - murmurou Elsa.

– O que é que queres dizer? - perguntou Anna - Que não tens a capacidade de te apaixonar?

Elsa suspirou.

– De onde é que achas que vêm os meus poderes, Anna? - perguntou Elsa.

– Ora, os pais disseram que nasceste assim. - respondeu Anna - Não há nada de mal em seres assim. Pensei que já tínhamos passado dessa fase.

– Sim, eu sei. - disse Elsa, olhando para as mãos que a irmã agarrava - Tu nunca tiveste medo de mim, pois não?

– Só do boneco de neve enorme que tu criaste. - sorriu Anna - E o Sirius também não tem medo de ti. Tal como tu não tens medo dele.

– Sim. - murmurou Elsa.

– Tu e o Sirius deviam passar mais tempo sozinhos. - disse Anna - Vais ter a tua resposta, qualquer que seja, se o fizeres.

Elsa anuiu com a cabeça.

– Gostava que fosse tão fácil como foi contigo e com o Kristoff. - disse Elsa, ouvindo a irmã a rir-se.

– Não foi fácil comigo e com o Kristoff. - disse Anna - Eu não gostava dele. Mas, no fim, quando é amor verdadeiro...

– Temos sempre o nosso "E viveram felizes para sempre". - disse Elsa, imitando a irmã - Eu sei, eu sei.

– Então juras que pelo menos vais tentar? - pediu Anna - Porque não quero que percas o teu final feliz.

– Está bem, Anna. - prometeu Elsa - Eu vou tentar.

Mas será que havia mesmo um "final feliz" para pessoas como ela?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Frozen - White Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.