Lamento selvagem escrita por psyluna
Notas iniciais do capítulo
Apenas posso desejar boa leitura.
Tropecei, errei de novo.
Meias palavras, gaguejadas e entrecortadas
Não foi intenção, quase nunca foi.
Fico em silêncio, apanhando
Sofrendo por não ter decorado cada linha, cada regra
Cada lei que evita que nos tornemos selvagens.
Sabê-las era meu dever com o qualquer ser humano decente... e um direito que me foi negado.
Quase ninguém nota, mas me dói ser assim.
Eu me isolo, me encolho e reflito. Não me falta coração.
Abro feridas que nem conheço. Sou algoz acidental.
Quando se afastam, murmuro que esperem e não me ouvem.
Poucos tiveram paciência para que eu me explicasse
E eu não culpo os que não tiveram.
Não imaginam eles que já fui pior, muito pior.
Que não temo o mal, a dor e a loucura. Que me revezo entre enfrentá-los e abraçá-los.
Acordo todos os dias lutando contra mim.
Os demônios da paranoia, do medo, me agarram
Se recusam a me abandonar e se nutrem de minhas forças.
É uma guerra silenciosa, invisível e sangrenta.
Deixo aqui meu pedido de perdão pelos cortes abertos
Pelas rebeldias e inadequações, maus-tratos e absurdos.
Não sou vítima nem inocente.
Abaixo minhas armas e meu orgulho agora.
Mas eu vou aprender. Eu juro que vou.
Vou ser livre a qualquer custo de minhas correntes.
Vou sair ao sol e suportar que ele me toque
Para depois aprender a amá-lo.
A mão que me estendem é meu porto seguro
E não vou me deixar morrer outra vez.
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Obrigada por me acompanharem até aqui. Tenho vontade de um dia elaborar uma história em quadrinhos curta usando os versos do poema de legenda. Vai que... né. Ficarei feliz em receber as opiniões de vocês. Não sou a maior leitora de poemas do mundo, então, pode haver algum "desvio de gênero". Até a próxima!